Está chegando a hora. Lamento Paul, mas não irei no seu show em Porto Alegre amanhã, não é por falta de vontade mas na real marquei bobeira, não me ativei em tempo para comprar o ingresso e deu no que deu, esgotaram logo e fiquei fora dessa. A vida segue mas assim mesmo fico contente com a sua visita ao nosso estado, sei que você será muito bem tratado por todos e da mesma forma estarei bem representado em toda minha euforia por esse momento, lá na hora do show – em pleno gramado do eterno adversário futebolístico. Enfim, a arte está acima dessa rivalidade. Uma pena que você, Paul, seja um vegetariano convitcto, senão eu lhe diria que está perdendo uma boa oportunidade de provar nosso delicioso churrasco, coisa de lambusar os bigodes do tempo do Sgt. Peppers, lembra? Também de ter um tempinho livre e passear pela capital num domingo de manhã, provar um mate, quem sabe até dar uma passada pela Feira do Livro, hein!? Enfim meu chapa, quero muito te agradecer pela sua obra, suas músicas, suas letras e os sonhos (não aquele do Inter “querer” ser Bi do Mundial – esse desde já é furado). Se hoje em dia eu sou um cara que gosta muito de rock, já estive em algumas bandas e sei o que sei sobre o assunto, grande parte dessa baboseira toda devo a ti e teus comparsas do “Fab Four”, porque a cena rock mais antiga de minha memória é a de chegar em casa antes do meio dia, direto do jardim de infância e assistir na TV aqueles quatro caras tocando ao vivo no telhado de um prédio (puxa!!!). Isso aconteceu inúmeras vezes. Acho que para mim essa é uma das cenas rocker mais fortes, me transporta no tempo, é cheia de significados e simbologias até hoje. Aquilo na época pode não ter feito tanto sentido sentido quanto hoje e eu nem compreendia direito, podes crer. Ah!, mas era legal, báh.. como era. E o som! Sim o piá aqui já curtia, fan dos Beatles sem sequer saber do que se ratava. Era a tal magia da sua música e de seus amiguinhos, John, Ringo e George. Outra coisa importante que nunca mencionei, a minha paixão pelo baixo tem a ver com você Paul, sim, isso mesmo, você foi a minha primeira referência e definição de baixista de banda de rock, aliás, dica do meu amigo Tuta. Contigo eu consegui entender enfim a diferença e a vital importância de um baixo numa banda, saquei na hora que era bem mais legal e diferenciado tocar esse instrumento. Se o Paul que era o Paul, era quem tocava baixo nos Beatles, puxa, então eu tam bém quero. Valeu por isso Paul!!!!…Huahuahuahua.
Gracias amigo! Posso não ser o maior fan dos Beatles do mundo, longe disso, até porque tenho outros como Jimi, os manos Robinson, Keith, Pete, Malcolm, Angus, Jimmy e Bonzo na minha listinha também, mas cara, reconheço toda a sua importância em minha vida rocker assim como sei que sua passagem por estes pagos agora, mesmo distante daquela fase de ouro dos Beatles, é no mínimo um marco para a história local.
Hey! Um grande e forte abraço Paul McCartney, agradeço por essa sua visita e digo, volte sempre!