Sapo de Plástico – VI

Já que contei “um pouco” da história do Sapo de Plástico, seria injusto não deixar aqui também um registro da época em que eu já não fazia mais parte da banda. Se considerarmos que o Sapo começou por volta de 1983 e na metade de 1986  quando deixei a banda junto com o Iuri (para formarmos os Exilados do Sudão), creio que a banda durou ainda até por volta de 1988, eu creio, mas não tenho certeza disso.
O Sapo com a nossa saída teve ainda outras formações, inicialmente contaram com o retorno do Daniel na bateria, colocaram a Ana Cláudia nos vocais e o Caco Lopes no baixo. Tempos depois teve ainda o Toninho Görgen, assumindo os vocais. Era uma outra fase da banda, tocavam bem melhor e já tinham um apelo mais heavy metal mesmo (não aquela tosqueira meio punk do início), tanto que até nas fotos já se percebe uma influência do Iron Maiden (N.W.O.B.H.M.) visual, coisa comum do estilo na época. Nessa fase a banda teve poucas apresentações, mas mesmo assim fizeram grandes shows, um deles muito bom, na SOVA, junto com a banda Astaroth (POA) e outro no Parque do Chimarrão, num grande evento regional de motocross. São essas portanto as fotos que tenho dessa fase.

*Quanto a data oficial do final do Sapo de Plástico eu não sei bem informar, só lembro que os Exilados do Sudão duraram exatamente 1 ano (1986/87) e depois de um bom ano, uma gravação de fita-demo (em k7), vários shows, resolvemos encerrar as atividades de comum acordo, com um show de despedida, que justamente foi naquele tal evento coletivo das bandas de rock da cidade, na Socidedade de Leituras. Neste show o Sapo de Plástico também tocou (já com o Toninho nos vocais). Por ironia do destino, talvez esse mesmo dia do show de despedida (anunciada) dos Exilados, tenha sido casualmente também o último show oficial do Sapo de Plástico. Depois disso não recordo de mais nehuma apresentação deles, imagino que tenha sido porque o Tuta, nessa época, tenha ido de muda para Santa Cruz do Sul. O Caco largou do baixo e da música por causa da faculdade de jornalismo e o Daniel, que é músico profissional até hoje, depois disso tudo, montou uma banda de baile chamada NOVA ESTAÇÃO, que é de grande sucesso na região.

*Ainda tentamos fazer anos mais tarde um revival do Sapo de Plástico como um trio, comigo no baixo, o Tuta na guitarra e vocal e o Daniel na bateria. Ensaiamos assim algumas vezes, acho até que tenho fotos disso (vou procurar), mas acabou dando em nada.

*Então o material que tenho sobre o Sapo de Plástico é esse, além, é claro, de muitas outras histórias e lembranças e talvez os outros ex-membros tnha lá também as suas versões dos fatos. O que importa é que foi divertido em uma boa fase da vida. É o rock!

Sapo em 1987: Tuta, Ana Cláudia, Daniel e Caco
Sapo de Plástico no Parque do Chimarrão - 1986

Sapo de Plástico – V

Agora algumas fotos “sortidas” do Sapo de Plástico que tenho por aqui, ou seja, o resto de todo o meu acervo fotográfico da época. São via de regra fotos de ensaio e chalaça da banda.

Curiosidades:
>> Em uma das fotos aparece junto com a banda o Duda “Satan”, um amigo nosso que tinha uma banda de heavy metal em Passo Fundo (Armagedon), que depois até veio com essa banda tocar junto num show na Sociedade de Leituras em 1985. Esse foi período muito louco mas também bem legal, os pais do Tuta foram de veraneio para a praia e a casa deles foi transformada em um estúdio de ensaios e QG da banda. Muita festa, muita chalaça. Báh! Mas justamente nesse período é que começaram as brigas e desentendimentos e houve então a dissolução da formação da original da banda, com a saída do Daniel (baterista). Um pouco antes disso a banda havia feito um show em Garibaldi e já tinha agendado um outro em Santa Cruz do Sul, no Posto Tapuia, um grande “point” na época (este não ocorreu em função da recente dissolução da banda).

>> Aliás, sobre o evento que mencionei anteriormente na Sociedade de Leituras (1985), poderia se dizer que foi tipo um Vênus Rock da época, que contou com 4 bandas: além do Sapo e o Armagendon, teve ainda Exilados do Sudão (minha banda na época então) e a Luis Ruschel Blues Band.

>> Com a saída do Daniel, o Sapo de Plástico virou um power-trio, isso era uma nova época e a gente então já tocava um pouco melhor, com o Iuri passando para a bateria e o Tuta novamente assumindo os vocais. Depois de alguns meses de muitos ensaios numa pequena sala da Soc. de Leituras (havíamos sido chutados da garagem da casa do pai do Tuta), sem muitas perspectivas e nehuma apresentação em vista, eu e o Iuri saímos da banda por divergências musicais. Resolvemos criar um novo projeto, com um estilo diferente e menos “pesado”, assim nos juntamos a outros 2 amigos para formarmos uma nova banda chamada Exilados do Sudão (outro desses nomes engraçadinhos – que merda)! Isso já é uma outra história.

Sapo + Duda Satan e sua guitarra de caveira
A banda como um trio (sem o Daniel), com umas roupas de carnaval que encontramos na sala do clube onde ensaiávamos.

Sapo de Plástico – III

Um outro lote de fotos do Sapo de Plástico que possuo em minha caixa preta do passado, dessa vez de um show de setembro de 1984, na Sociedade de Leituras, em Venâncio Aires. E o Daniel continua aparecendo pouco nas fotos, é a vida de baterista é phoda. E eu um garoto muito sério e compenetrado..rsrsrsr

A banda existia desde o final de 1982, quando começou a ensaiar comigo no baixo, o Tuta na guitarra, Daniel na bateria e a Cristina “Tocha” (apelido porque era ruiva) na outra guitarra. Sim, havia uma menina na banda no começo, mas não ficou muito tempo na formação, logo a banda virou um trio, depois de alguns meses apareceu o Iuri como vocalista, deixando o Tuta livre só para a guitarra. Então quando se vê fotos dos shows de 1984/1985 que tenho para dispor aqui, são todas desse tal período clássico da banda, quando realmente começaram a acontecer os shows, mas  na real a banda já existia há uns 2 anos antes (1983), quando estava fazendo seus equipamentos e aprendendo a tocar, ensaiando muito, muito mesmo! O problema é que não se tem muitas fotos desse período, uma pena, hoje todo mundo tem uma máquina digital e um turbilhão de fotos de qualquer baboseira…

*PS: Acredito que nesse dia é que deve ter ocorrido a tal frase da menina que ao final do show, quando o Tuta anunciou ao microfone que era a última música da noite, disse para ele um – “Ainda bem!” (…huahuahbauhaua). É o rock!!!