De certa forma não deixa de ser engraçado e até irônico de que estejamos em pleno inverno e pelo calendário, no auge da estação e há semanas que está um calorão danado. Nem me lembro agora, de quando foi a última vez que precisei usar um blusão de lã, nem parece que estamos no inverno. Ar condicionado bombando, roupas suadas, calorão, pelo jeito é verão outra vez. Daqui há algum tempo teremos apenas uma estação no ano, o “inferno” – inferno de quente, inferno de calorão, inferno de verão!
E eu que gostava daquele tal inverno.
Dia: 22 de agosto, 2012
Banda na praça
Hoje casualmente vi algumas fotos antigas de Capão da Canoa que o amigo Mano Mylius havia postado no seu Facebook e isso imediatamente me transportou no tempo. Uma viagem rápida, sem escalas, vapt-vupt, muitas cenas corridas recheadas de boas lembranças dos tantos verões de minha infância e adolescência naquela cidade balneário. Tudo bem, já estamos acostumados aqui no extremo sul com esse nosso mar marrom e de águas geladas, uma característica que somente algum cataclisma um dia poderia alterar, mas de qualquer forma, o gaúcho gosta de praia assim mesmo, força do costume e da situação geográfica. Mas voltando ao papo das boas lembranças, foi justamente na praça central da cidade, numa sexta-feira de noite, em que assisti pela primeira vez em minha vida (junto com meus amigos e depois – futuros colegas de banda), a um show de rock com uma banda tocando ao vivo somente músicas de sua autoria! Aquilo foi uma cassetada, totalmente incrível e pirou a minha cabeça. Sei lá, acho que deveria ter uns 14 anos, mas jamais esqueci daquele show do Taranatiriça. No mesmo instante, eu e alguns dos amigos que estavam lá naquela noite tínhamos uma certeza, a de que também iríamos montar um a banda de rock. Bem, o resto é história, fizemos a tal banda quando da volta daquele verão e até hoje ainda acreditamos de que somos roqueiros. Tudo por causa de um show grátis e ao ar livre, num pequeno palco de maderia mas coim uma banda que mandava ver “detonando o rockn roll” – como diria o Alemão Ronaldo & sua gangue. Foi também quando vi pela primeira vez um baixo Fender ao vivo. Enlouqueci.
Abaixo uma foto da tal praça central e também dos arredores do centro de Capão da Canoa, do que presumo ser mais ou menos daquela época do referido show. Todas as noites estes espaços ficavam atrolhados de gente circulando no verão, muita barraquinha vendendo camisetas, artigos de rock, peças de artesanato, lanches, muito antes dessa invasão de produtos do Paraguai e China de hoje em dia e ali naquela prédio verde (o Boliche), funcionava um imenso “fliperama”. Báh!
Hoje a cidade cresceu bastante, as coisas e as pessoas também mudaram tanto que a cidade é completamente um outro universo, que já nem comporta mais espaço para um acontecimento como foi esse efeito mágico do rock naquela noite…