Uma sensação muito boa toma conta da gente quando consegue ver de perto, de perto mesmo, um de seus ídolos em ação. Foi o que aconteceu ontem no Bar Opinião, em Porto Alegre, quando pude assistir ao show do britânico Glenn Hughes (ex-Deep Purple). Tudo bem, o cara hoje em dia não tem lá uma grande carreira musical em termos de faturar milhões, não está está no topo da cadeia alimentar artística da mídia e nem muito menos de fazer shows em estádios para milhares de pessoas, mas em termos de personalidade, carisma e habilidades vocais/musicais, o cara é simplesmente phoda!
Jamais me esqueci do dia em que o meu chapa Tuta me apresentou aquela banda chamada Deep Purple, justamente um álbum ao vivo do período em que o Glenn Hughes era da formação da banda. Aliás, uma formação não tida como a melhor deles por grande parte do fans, opinião da qual eu sou veementemente contrário. A fase do David Coverdale e do Glenn Hughes no Deep Purple é a melhor para mim! Os melhores e mais paudurísticos álbuns da banda são desta fase (Burn, Stormbringer e Come Taste the Band). Tenho dito. Voltando ao dia em que conheci o Deep Purple, tava lá aquele som de baixo com um ronco poderosíssimo, tinha pegada, tinha groove (blues/soul) e ainda soava também pesado ou flutuava em outros momentos. Um puta som! E quem pilotava as quatro cordas? Sim, ele, Glenn Hughes. Feito, desde ali me tornei seu fan e da banda. Entende agora o porque de ir assistir a um show dele e achar tudo maravilhoso, mesmo em pleno 2015, quando o rock já nem é mais um estilo tão importante assim no contexto musical deste período (uma pena)!???
Sobre ontem… um power trio, formação clássica e básica para se detonar o bom e velho rock, contando com o luxuoso auxílio de Doug Aldrich (ex-Dio e Whitesnake) na guitarra e Pontus Engborg, na bateria. Um show prá lá de eficiente, com muitas nuances e climas ora intensos e outros mais amenos, com várias vocalizes e também solos dos músicos. No repertório algumas músicas do tempo de Deep Purple (era óbvio que teríamos isso), canções de sua carreira solo e também de outras bandas em que teve participação como Black Country Communion e California Breed.
O interessante era a sua desenvoltura no palco com tamanha habilidade no baixo e vocais, ainda mais se levarmos em conta a sua idade (62 anos), muito falante entre as músicas e passou a impressão de estar realmente muito emocionado com tamanha recepção eufórica do público. Um show prá mim inesquecível.
Keep on rock, baby!