Antes da chuva que não veio

Logo após o almoço o céu estava estranho e parecia que iria chover, então tratei de de me agilizar, arrumar as coisas e pegar a estrada o quanto antes. Tenho uma frase que é mais ou menos assim:
– Melhor pegar chuva voltando para casa, do que na ida.
Sendo essa a vibe do momento, me fui. Sozinho dessa vez e meio que sem um destino definido, não importa, seguindo em frente. Imaginei que iria tomar um banho de chuva no caminho, mas tudo bem, moto nova, novas sensações, precisava mesmo de um batismo. Resolvi seguir em direção a Herveiras, subir um pouco na vida…rsrsrsrs, nem que seja apenas subindo um morro por uma estrada de encosta. Uma bela estrada, diga-se. Já comentei várias vezes isso por aqui. Um trajeto meio que contemplativo e muito bom para um relax de moto. Paro no caminho, sem pressa e nenhum compromisso, apenas de olho na paisagem e também no tempo. Não esqueça de que mencionei o céu cinza e a possibilidade de chuva. Paro num posto de gasolina, abasteço e converso com o frentista, que me avisa que deve chover em seguida. Ok! Mas ainda não estava afim de retornar, resolvi seguir em frente mesmo com a possibilidade de chuva. Uns 20km a frente outro posto, agora resolvo parar então para um café já que é um local habitual, conhecido de outras paradas na região, quando perto de Barros Cassal. Recebo uma mensagem no celular, meu chapa Pretto resolveu fazer um rolê também e estava no Autódromo de Santa Cruz do Sul, vendo o Track Day que rolava por lá. Bem, um novo destino no mapa entonces. Termino ainda o meu café e depois rumo em direção inversa, agora descida de morro. Uns 70km depois, chego no autódromo e encontro o meu parceiro de empreitada. Ainda o céu encoberto, um calor danado, carros acelerando tudo na reta bem em nossa frente, colocamos a conversa em dia, algumas risada e era hora de voltar para casa. Ainda dava tempo de um chopp antes de bater a porta de casa. Mais uma tarde daquelas.
Ah! E a chuva? Pois é, toda essa função e ele não veio, em momento algum. Beleza, torna as coisas bem mais fáceis na estrada assim.

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Por que é que sentimos quando uma pessoa olha para a gente?

Já aconteceu com você de, de repente, ter aquela sensação estranha, olhar para o lado e flagrar alguém te observando? De onde será que vem esse sentimento? Seria o “sexto sentido” em ação, pura intuição ou, quem sabe, o poder da premonição? Na verdade, segundo Laura Moss, do portal Mother Nature Network, perceber quando alguém está olhando para nós não tem nada de paranormal, e o responsável por esse fenômeno é o cérebro.

Segundo Laura, o nosso cérebro está programado para registrar “pistas” presentes no ambiente e nos alertar caso alguém esteja olhando para nós. Isso faz parte do nosso instinto de sobrevivência e, conforme explicou, muitos mamíferos contam com um sistema parecido, que os avisa quando outro animal — um potencial predador — está por perto e à espreita.
Sistema de detecção

No caso dos seres humanos, o sistema de detecção de risco é bem eficaz, principalmente à distância, o que significa que nós conseguimos identificar facilmente quando alguém está nos olhando — especialmente se esse alguém estiver olhando diretamente para a gente. No entanto, embora seja uma resposta natural, não pense que se trata de ação simples, pois, para julgar se estamos sendo observados ou não, o cérebro deve processar um bocado de informações.

Estudos revelaram que a simples posição do corpo ou da cabeça dos “observadores” pode despertar o nosso sistema de detecção, e se essa pessoa estiver voltada para o nosso lado, é bem fácil deduzir onde o foco de sua atenção se encontra.

Além disso, a detecção se torna ainda mais simples se a cabeça do observador estiver apontada para a nossa direção e o corpo para outra, já que basta olhar para os olhos do sujeito para determinar para onde ele está olhando. Nesse sentido, os humanos têm vantagem sobre muitos animais, já que as pupilas e as íris se destacam da esclera — a parte branca do olho —, permitindo que possamos identificar o foco da atenção dos outros.

Aliás, segundo Laura, um dos motivos de os humanos terem desenvolvido escleras maiores é o fato de a nossa sobrevivência depender grandemente da interação com outros membros do grupo — e o contraste entre o branco dos olhos e a pupila/íris facilita o contato visual. Voltando ao sistema de detecção de risco, o cérebro também se apoia nas informações registradas pela nossa visão periférica para avaliar uma situação de perigo.
Instinto de sobrevivência

De acordo com Laura, os seres humanos evoluíram para perceber quando estão sendo observados porque cada olhar vindo de outra pessoa representa um risco em potencial. Afinal, um olhar direto pode ser interpretado como indício de dominação ou de ameaça, portanto ser capaz de identificar sinais de perigo é vital para a nossa preservação.

Um experimento revelou que quando não conseguimos determinar a direção para a qual uma pessoa está olhando — por ela estar de óculos escuros ou por se encontrar em um local com pouca visibilidade —, geralmente sentimos que estamos sendo observados. Isso ocorre porque, na falta de informações, o cérebro assume que o sujeito está olhando para a gente, pois, na dúvida, estar alerta pode ser a melhor estratégia para escapar de um ataque.

*Texto / Fonte: MegaCurioso

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