Mais um dia triste nessa coleção de dias tristes em função da morte de um ídolo do rock. E olha que foram vários em seguida neste final de 2015. Numa listinha breve mas de pessos pesados para mim, partiram: Lemmy, Scott Weiland, Jupiter Apple e BB King,entre outros. Faz bem pouco tempo que começamos 2016 e agora mais essa cacetada… David Bowie!
Assim fica complicado. Confesso de que foi um dia bastante pesado e não estou falando isso por falar. Foi mesmo. Um dia cinza e bem triste. O tempo todo me lembrava de suas músicas, capas de álbuns, vídeos e de shows que assisti em DVD ou então no Youtube. Comentei de que essa coisa de ser admirador do trablho de um determinado artista gera essa proximidade de nossa parte, algo que o fan cria em sua cabeça (que via de regra não é de mão dupla, mas no problem) e assim nos sentimos tão próximos de alguém que julgamos entender tão bem. Ok, isso aqui não é um texto filosófico ou então de alguma verve psicológica, longe disso, não entendo nada desse assunto, mas li muitas coisas sobre o Bowie, assim não vejo problema em dizer algo tipo – era alguém próximo para mim, alguém com quem me importava e curtia seu discurso, aliás, seu múltiplos discursos dos tantos Bowies que ele criou. A vida segue seu ritmo, nem sempre da forma como gostaríamos que fosse, mas há de se seguir o curso.
Da morte de Lemmy de certa forma já se podia esperar, estava há tempos dando mostra de seu estado debilitado de saúde em seus últimos shows, quanto a Jupiter Apple e Scott Weiland também foram surpresa, mas agora David Bowie foi demais, um susto. Consigo me lembrar da primeira vez que eu o ouvi ali no anos 80, quando do lançamento do álbum “Let’s Dance” e mesmo sendo um metalhead de carteirinha eu curti o som, também tinha aquela vibe de seu visual extravagante (lembro de um vídeo dele tocando de luvas brancas) e logo de cara eu curti – santa blasfêmia (rsrsrsrsr…).
Depois disso foi um estrago, abriu a porta para mim ter logo mais adiante a um outro novo ídolo, o seu ex-guitarrista e também um grande fenômeno da música (blues) Stevie Ray Vaughan gostei de todas as suas “novas” vidas, mais do que um gato pode ter, se você for realmente contar. Seus álbuns com conceitos diferenciados, uma marca registrada de cada nova “encarnação” musical, sempre com um apurado senso estético e artístico, não importando se o resultado fosse apenas bom ou então super bom. Com Bowie nunca teve o ruim. E ele lançou sua arte além dos álbuns, teve muito mais aí nesse pacote, como figurinos, a luz, a fotografia, os palcos e o cinema. Seu trabalho há décadas influencia muita gente e assim com certeza o seu legado vai permanecer vivo entre nós.
David Robert Jones lutou os últimos 18 meses contra um câncer e recentemente, dia 8 de janeiro, comemorou seu aniversário de 69 anos, quando na mesma data lançou seu último álbum de estúdio “Blackstar” (o 25° álbum em sua prolífica carreira), uma despedida calculada como o fechar de uma cortina de palco.
Só me resta dizer mais uma vez um sincero MUITO OBRIGADO por tudo David Bowie!
Discografia de David Bowie:
1967: David Bowie
1969: Space Oddity
1970: The Man Who Sold the World
1971: Hunky Dory
1972: The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars
1973: Aladdin Sane
1973: Pin Ups
1974: Diamond Dogs
1975: Young Americans
1976: Station to Station
1977: Low
1978: “Heroes”
1979: Lodger
1980: Scary Monsters (and Super Creeps)
1983: Let’s Dance
1984: Tonight
1987: Never Let Me Down
1993: Black Tie White Noise
1993: The Buddha of Suburbia
1995: Outside
1997: Earthling
1999: ‘Hours…’
2002: Heathen
2003: Reality
2013: The Next Day
2016: Blackstar
