Dia: 25 de janeiro, 2016
Sobre o 8° Encontro de Trilheiros de Venâncio Aires – 2016
Normalmente a data do evento anual do Encontro de Trilheiros de Venâncio Aires (RS), acontecia no mês de aniversário do município em maio, mas por uma série de motivos se resolveu alterar essa data para o começo do ano, ou seja, em janeiro. Uma das principais causas é a de que em maio sempre tinha grande possibilidade de chuvas, então procurando fugir desse problema climático, se optou pela mudança da data. Tudo bem que agora a coisa está mais longe da possibilidade de chuvas fortes e constantes mas estamos no olho do furação do calor do verão e convenhamos, andar cerca de 80 ou 90km de moto com todo aquele equipamento de proteção (botas, calças, meião, joelheiras, cotoveleiras, colete, camisa comprida, capacete , luvas e óculos) não é nada fácil ou confortável numa situação assim. Mas o barato desse esporte com moto é justamente isso, ultrapassar as adversidades naturais, seja lá um morro muito íngreme para subir ou descer (não sei o que é pior…rsrsrs), o calor, o frio, a dor e o clima. Um esporte nada fácil, tem a parte técnica de pilotagem off road que devemos considerar aqui também, que varia muito em cada caso. Mas o seguinte, apesar do caloréu danado do dia de hoje, esteve afudê o encontro.
Não consegui andar propriamente dito “na trilha” hoje (domingo), apesar de estar com uma moto emprestada por um amigo, era hora de ajudar o grupo de trilheiros do Tutaloko no encontro. Algumas das tarefas vão mudando ao longo das horas em que acontece a prova. A largada é livre, ou seja, depois das 8hs da manhã, o trajeto está aberto para quem quiser passar. O trilheiro primeiro faz a sua inscrição, paga uma taxa (aqui foi R$65,00 – com direito aos 300 primeiros ganharem uma camiseta personalizada do evento), tomam um bom café da manhã antes da partida e depois, na volta tem também o direito a um almoço. Coisa já de praxe no circuito estadual de encontros de trilheiros. O que varia mesmo é a geografia, terreno, clima (época do ano) e a qualidade da organização. Não querendo me gabar, mas o encontro de Venâncio Aires é sempre muito bom. Já fui em vários na região em anos anteriores e posso garantir isso. Só para se ter uma ideia, hoje, até onde fiquei sabendo, foram 630 trilheiros inscritos participando do evento. Uhúúúú!!!!
É claro que para tudo isso funcionar bem existe toda uma logística, um local para o pessoal chegar, se inscrever, estacionamento para centenas de veículos e equipamentos de transporte das motos, banheiros, refeições, um lugar paras as nulheres, parentes ou amigos ficarem esperando o retorno (teve até parquinho inflável para a criançada), bancas vendendo materiais para motos e motociclistas, etc. Sem contar ainda a atuação do grupo local na inscrição, identificação, guias na trilha, pontos de águas, pontos de apoio com combustível e recolhimentos de motos estragadas pelo caminho, ambulância…bláh,bláh,bláh… Entenderam, né? Muita coisa envolvida.
Estou muito cansado, acordei às 5h da manhã, fiquei horas de pé durante uma manhã de sol escaldante, cuidei de estacionamento, prestei assistência a diversos trilheiros pelo caminho, tive de ir em vários pontos da trilha e depois ainda servi de apoio na pista de cross test – sim, também tem isso no meio da trilha – são vários obstáculos em um espaço limitado e sem volta, passando por rampas, troncos de tamanhos variados pelo chão (êta coisa ruim prá caralho de se fazer de moto, passar por cima de sucatas de carros velhos , buracos com lama até o joelho, contornar 3 pequenos açudes com uma taipa bem estreita, saltos e o escambau. Pronto, já falei, cansei até de escrever.
E então. O Dia foi do caralho!!!
Só quem participa ou anda de moto sabe. Um evento em que o pessoal da comunidade do interior fica aguardando ansioso em vários pontos do trajeto, só assistindo a perícia (ou não) dos tais trilheiros e suas máquinas que se aventuram por aqui.
Valeu!



















