Futebol americano no Beira Rio

A prova de que o Campeonato Gaúcho de Futebol Americano está crescendo, é a de que o jogo da final deste ano será realizada no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre. Atualmente 10 times disputam o título gaúcho. Dê força ao esporte, incentive, torça, vá aos jogos e participe!

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*Foto: ZH

De qualquer jeito

A semana toda fiquei esperando pela chegada do sábado, dia em que teria tempo livre o suficiente para dar um rolê de moto e aproveitar o quanto eu quisesse, mas as notícias do satélite do tempo não eram boas, apresentava chuva para o final de semana. Não deu outra, assim que acordei e olhei para fora da janela e lá estava um céu cinzento, com aquela velha cara conhecida de que iria mesmo vir o aguaceiro. Liguei para os meus parceiros do rolê de moto e as perspectivas de juntar a rapaziada não eram boas. Logo em seguida aos telefonemas, chuva!

Depois do almoço dei mais um tempo, aguardei para ver como ficaria a situação, a chuva deu uma trégua e o vento secou um pouco a rua e bastou para eu me empolgar. Rapidamente tomei as providências com a moto e o equipamento, já estava pronto na garagem, mas escuto um barulho estranho no telhado. Sim, era a chuva de volta. Mas agora não tinha mais espaço em meu pensamento para o fato de mudar de ideia. Estava pronto, de motor ligado e acima de tudo “decidido”. Vou para a estrada.

Aqui cabe citar mais uma vez uma frase que sempre digo: “Melhor pegar chuva no caminho de volta para casa, do que ao sair de casa”.

Dessa vez o botão estava ligado no foda-se. Com ou sem chuva lá vou eu. Esperei tanto por isso e não seria agora então que iria desistir. Só no ato de tirar a moto da garagem, colocar na rua e chavear novamente o portão para partir, eu já estava molhado. Melhor assim, nem deu tempo para resmungar de nada, era seguir em frente até onde der ou então o frio começar a apertar.

Um problema de última hora. A moto não ligava com a partida elétrica, a bateria estava fraca. Depois de muita insistência e algumas boas chacoalhadas na moto, ela ligou. Beleza! Tive de abastecer a moto, a chuva deu uma diminuída mas ainda estava lá.

Ao sair tomei o caminho para Santa Cruz do Sul, não havia me decidido para onde iria, só tinha certeza de que precisava pegar a estrada. Estava sozinho, meus parceiros não quiseram dessa vez sair com esse clima. Mais chuva depois, a viseira começa a embaçar, as calças e as botas começam a ficar cada vez mais molhadas, aquela coisa de sempre. O frio aparece, mas incomoda mesmo é quando as calças ficam bem molhadas, ainda tem mais o vento, que no caso da moto amplifica o efeito. Mas segui em frente, tava curtindo mesmo assim. Sei que um dia ainda terei de encarar a chuva muito mais forte na estrada, então nada como já estar preparado e ter daí uma melhor sensação e confiança de pilotagem nessas condições. Sou um pouco suspeito por falar assim, no tempo em que fazia trilha de moto, os dias de chuva (ainda mais no verão), eram os melhores para se andar. Acho que por isso andar de moto na chuva não me incomoda tanto assim.

Depois de um tempo a chuva parou, isso já na volta de Santa Cruz, me empolguei novamente, então resolvi mudar o trajeto e seguir para a direção de Passo do Sobrado e Vale Verde. Foi bom, gosto desse trajeto. Na volta a chuva apareceu outra vez, mas como daí eu já tinha me molhado mesmo, nem fez tanta diferença. Assim que cheguei, um lanche rápido na locadora do Robson e depois direto para casa tomar um bom banho quente…. Mazah. Que coisa boa!

Chances de ficar gripado? Sim, bem alta, mas mais vez tudo isso valeu a pena – (ensaio para projetos mais longos).
Outro sábado daqueles com sabor de aventura, burlando o ócio e a inatividade no sofá da vida, com apenas o céu por testemunha e a minha moto. Gracias!

Até +

 

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Matemáticos encontram padrão nos números primos

Os matemáticos estão surpresos com a descoberta de que os números primos são mais exigentes do que se pensava. A descoberta sugere que os teóricos dos números precisam ser um pouco mais cuidadosos ao explorar a vasta infinidade dos números primos.

Os primos, números divisíveis apenas por si mesmos e por 1, são os blocos de construção a partir dos quais o resto da linha de números é calculado, uma vez que todos os outros números são criados multiplicando os primos. Isso faz com que decifrar os mistérios dos primos seja a chave para compreender os fundamentos da aritmética.

Embora o fato de um número ser primo ou não seja pré-determinado, os matemáticos não têm uma maneira de prever quais números são primos, e assim tendem a tratá-los como se eles ocorressem aleatoriamente. Agora, Kannan Soundararajan e Robert Lemke Oliver, da Universidade de Stanford, nos EUA, descobriram que não é bem assim.

“Foi muito estranho”, conta Soundararajan. “É como uma pintura que você está muito familiarizado, e então de repente você percebe que há uma figura nela que você nunca viu antes”.

 

Ordem surpresa

Mas o que deixou os matemáticos tão assombrados? Além do 2 e do 5, todos os números primos têm final em 1, 3, 7 ou 9 – ele têm que ter, de outra forma seriam divisíveis por 2 ou 5 – e cada uma destas quatro terminações é igualmente provável. Mas enquanto observavam os números primos, a dupla percebeu que primos que terminavam em 1 eram menos propensos a ser seguidos por outro primo com final 1. Isso não deveria acontecer se os primos fossem verdadeiramente aleatórios – números primos consecutivos não deveriam estar ligados com os dígitos do seu vizinho.

“Na ignorância, pensamos que as coisas seriam mais ou menos iguais”, diz Andrew Granville, da Universidade de Montreal, no Canadá. “Nós certamente acreditávamos que em uma questão como esta, tínhamos uma forte compreensão do que estava acontecendo”.

A dupla descobriu que, nos primeiros cem milhões de números primos, um primo com final 1 é seguido por outro com final em 1 apenas 18,5% das vezes. Se os números primos fossem distribuídos aleatoriamente, era de se esperar dois 1s ao lado do outro 25% das vezes. Primos terminados em 3 e 7 compensam a sequência, cada um seguindo um 1 em 30% dos números primos, enquanto um com final 9 segue um 1 em cerca de 22% das ocorrências.

Padrões semelhantes apareceram para as outras combinações de terminações, todos os valores diferentes dos aleatórios esperados. Os pesquisadores também encontraram as diferenças em outras bases, onde os números são contados em outras unidades que não em 10s. Isso significa que os padrões não são um resultado do nosso sistema de numeração de base 10, mas algo inerente aos próprios números primos. Os padrões ficam mais aleatórios conforme você conta números mais elevados – foram verificados números na casa de alguns trilhões -, mas ainda persistem.

“Fiquei muito surpreso”, diz James Maynard, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que na audição do trabalho realizado imediatamente fez seus próprios cálculos para verificar que o padrão estava lá. “De alguma forma eu precisava ver por mim mesmo para realmente acreditar”.

 

Até o infinito

Felizmente, Soundararajan e Lemke Oliver apresentam uma explicação. Grande parte da pesquisa moderna sobre números primos é sustentada em G H Hardy e John Littlewood, dois matemáticos que trabalharam juntos na Universidade de Cambridge no início do século 20. Eles apresentaram uma forma de estimar quantas vezes pares, trios e grupos maiores de primos aparecerão, conhecida como a conjectura de k-tuple.

Assim como a teoria da relatividade de Einstein é um avanço na teoria da gravidade de Newton, a conjectura de Hardy-Littlewood é essencialmente uma versão mais complicada do pressuposto de que primos são aleatórios – e essa última descoberta demonstra como os dois pressupostos são diferentes. “Matemáticos saíram por aí assumindo que os primos são aleatórios, e 99% das vezes isso está correto, mas é preciso lembrar que em 1% das vezes não está”, diz Maynard.

A dupla usou o trabalho de Hardy e Littlewood para mostrar que os agrupamentos dados pela conjectura são responsáveis ​​por introduzir este padrão dos últimos dígitos. Além do mais, como os números primos vão até o infinito, eles acabam se desprendendo do padrão e fornecem a distribuição aleatória que os matemáticos estão acostumados a esperar.

“Nosso pensamento inicial era que, se havia uma explicação para ser encontrada, nós teríamos que encontrá-la usando a conjectura de k-tuple”, diz Soundararajan. “Achamos que seriamos capazes de compreendê-la, mas era um verdadeiro quebra-cabeças”.

A conjectura de k-tuple ainda está para ser provada, mas matemáticos suspeitam fortemente que ela está correta, uma vez que é tão útil para prever o comportamento dos primos. “É a conjectura mais precisa que temos, ela passa todos os testes”, diz Maynard. “Eu vejo este resultado como mais uma confirmação da conjectura de k-tuple”.
Embora o novo resultado não tenha quaisquer aplicações imediatas para problemas de longa data sobre números primos como a conjectura twin-prime ou a hipótese de Riemann, deu uma mexida no campo. “Isso nos dá mais compreensão, cada pouco ajuda”, diz Granville. “Se o que você toma como garantido está errado, faz você repensar algumas outras coisas que você achava que sabia”. [New Scientist]

*Fonte/textos: HypeScience

 

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