A semana toda fiquei esperando pela chegada do sábado, dia em que teria tempo livre o suficiente para dar um rolê de moto e aproveitar o quanto eu quisesse, mas as notícias do satélite do tempo não eram boas, apresentava chuva para o final de semana. Não deu outra, assim que acordei e olhei para fora da janela e lá estava um céu cinzento, com aquela velha cara conhecida de que iria mesmo vir o aguaceiro. Liguei para os meus parceiros do rolê de moto e as perspectivas de juntar a rapaziada não eram boas. Logo em seguida aos telefonemas, chuva!
Depois do almoço dei mais um tempo, aguardei para ver como ficaria a situação, a chuva deu uma trégua e o vento secou um pouco a rua e bastou para eu me empolgar. Rapidamente tomei as providências com a moto e o equipamento, já estava pronto na garagem, mas escuto um barulho estranho no telhado. Sim, era a chuva de volta. Mas agora não tinha mais espaço em meu pensamento para o fato de mudar de ideia. Estava pronto, de motor ligado e acima de tudo “decidido”. Vou para a estrada.
Aqui cabe citar mais uma vez uma frase que sempre digo: “Melhor pegar chuva no caminho de volta para casa, do que ao sair de casa”.
Dessa vez o botão estava ligado no foda-se. Com ou sem chuva lá vou eu. Esperei tanto por isso e não seria agora então que iria desistir. Só no ato de tirar a moto da garagem, colocar na rua e chavear novamente o portão para partir, eu já estava molhado. Melhor assim, nem deu tempo para resmungar de nada, era seguir em frente até onde der ou então o frio começar a apertar.
Um problema de última hora. A moto não ligava com a partida elétrica, a bateria estava fraca. Depois de muita insistência e algumas boas chacoalhadas na moto, ela ligou. Beleza! Tive de abastecer a moto, a chuva deu uma diminuída mas ainda estava lá.
Ao sair tomei o caminho para Santa Cruz do Sul, não havia me decidido para onde iria, só tinha certeza de que precisava pegar a estrada. Estava sozinho, meus parceiros não quiseram dessa vez sair com esse clima. Mais chuva depois, a viseira começa a embaçar, as calças e as botas começam a ficar cada vez mais molhadas, aquela coisa de sempre. O frio aparece, mas incomoda mesmo é quando as calças ficam bem molhadas, ainda tem mais o vento, que no caso da moto amplifica o efeito. Mas segui em frente, tava curtindo mesmo assim. Sei que um dia ainda terei de encarar a chuva muito mais forte na estrada, então nada como já estar preparado e ter daí uma melhor sensação e confiança de pilotagem nessas condições. Sou um pouco suspeito por falar assim, no tempo em que fazia trilha de moto, os dias de chuva (ainda mais no verão), eram os melhores para se andar. Acho que por isso andar de moto na chuva não me incomoda tanto assim.
Depois de um tempo a chuva parou, isso já na volta de Santa Cruz, me empolguei novamente, então resolvi mudar o trajeto e seguir para a direção de Passo do Sobrado e Vale Verde. Foi bom, gosto desse trajeto. Na volta a chuva apareceu outra vez, mas como daí eu já tinha me molhado mesmo, nem fez tanta diferença. Assim que cheguei, um lanche rápido na locadora do Robson e depois direto para casa tomar um bom banho quente…. Mazah. Que coisa boa!
Chances de ficar gripado? Sim, bem alta, mas mais vez tudo isso valeu a pena – (ensaio para projetos mais longos).
Outro sábado daqueles com sabor de aventura, burlando o ócio e a inatividade no sofá da vida, com apenas o céu por testemunha e a minha moto. Gracias!
Até +