Hoje faleceu um dos maiores e mais inteligentes jogadores de futebol da história deste esporte, Johan Cruyff, o craque holandês perdeu a batalha para um câncer pulmonar aos 68 anos de idade.
Um talento fora do comum, jogador que defendeu o Ajax, Barcelona e foi um ícone da seleção Holandesa na época da chamada “Laranja Mecânica” (Copa do Mundo de 1974), quando a disciplina tática e um inventivo esquema de jogo revolucionaram para sempre a história do futebol e serve de referência até os dias atuais.
Cruyff foi escolhido pelo IFFHS o maior jogador europeu do século XX, e o segundo maior do mundo, atrás somente de Pelé. Para o colunista Maurício Barros, da ESPN Brasil, Cruyff é o maior da história do futebol na soma jogador-treinador, mesmo sem ter ganho nenhuma Copa do Mundo.
Muitas de minhas tarde de futebol no pátio de casa quando bem piá, era movido por cenas imaginárias de dribles e mais dribles em função do futebol da seleção Brasileira, mencionando nomes a cada jogada como os de Zico, Sócrates, Éder, Reinaldo, Edinho, Gerson, Jairzinho, Rivelino e tal, mas estranhamente a seleção da Holanda e seu diferentão uniforme “Adidas” laranja com listras pretas, sempre me fascinaram. E aquele craque da camisa 14. Um time esquisito, com uma numeração fora do comum como estávamos sempre acostumados a ver quando mencionávamos a escalação de nossos times com posições fixas de 1 à 11. Você que é mais novo jamais vai compreender isso, uma situação que invertia toda uma lógica a qual estávamos acostumados sobre futebol. Isso sim foi uma revolução num esporte que é tão “tradicional” e avesso a mudanças nas suas regras. Se não se pode mudar, então que tal inventar algo novo, para dar uma dinâmica totalmente diferente. Foi isso que a seleção Holandesa de Rinus Michel fez. Uma chinelada na cara do mundo todo. E quem era o maestro, o capitão de braçadeira e o número 14 nas costas?
Sim, ele mesmo, Johan Cruyff.
E tem mais, Cruyff foi o cara que se recusou usar o uniforme oficial da seleção de seu país, jogou a Copa do Mundo de 1974. Com uma camisa diferente da de seus colegas, não aceitava o patrocínio da Adidas. Confira cenas dos jogos de seu time na Copa e perceba que na sua camisa não há logo e nem as tradicionais 3 listras foram reduzida para somente duas. Compreenda que isso foi na década de 70, numa época em que qualquer “porrinhola” que tivesse essa marca esportiva valia ouro.
Ele também se recusou a vir jogar na Copa do Mundo da Argentina em 1978, por questões políticas. Não queria vir participar de jogos num país em que militares comandavam a política, torturas e assassinatos. Tempos difícieis aqueles 70’s na América Latina.
Outro, dentre vários de meus heróis e referências, que se vai.
Descanse em paz Cruyff! Valeu e muito obrigado por tornar o futebol algo mais vibrante.