Rodando el mundo

A sexta-feira pós feriado por natureza soa estranha aos meus ouvidos. É um dia trancado, a gente quer que passe logo para se sentir o quanto antes novamente aquele gostinho de tempo livre pela frente, como foi no dia anterior, mas não. A coisa não é bem assim. Enfim chega a sexta-feira de noite, é dada a largada para o final de semana e daí resolve cair aquela chuvarada! Ok. Não vou reclamar, gosto de dias de chuva. Aposto que imaginaram que eu iria aqui fazer um enorme discurso sobre a chuva atrapalhar meu final de semana. Não!

A vida segue, ficar em casa é bom, para mim nunca foi problema. O problema era o meu sábado, dia oficial do rolê de moto ser com chuva. Fui dormir acreditando de que não haveria jeito, seria abaixo de água. Mas não. O céu estava estranho, mas a coisa toda era viável. Assim, depois do meio dia falei com meu chapa, o Pretto (Vladi e Rafa estavam off ou distantes demais) e pegamos a estrada.

Como a possibilidade de uma chuvarada acontecer a qualquer momento era grande, resolvemos não nos afastarmos demais em nossa empreitada. Fomos até Sinimbu, com direito a uma parada na praça central da cidade para um relax, uma água mineral e um breve bate papo sobre motos e planejamentos de futuras empreitadas. A chuva resolve aparecer novamente, mas onde estávamos, nem nos molhou.

A empreitada segue assim que a chuva para, vamos para Vera Cruz, damos a volta por trás do Autódromo da Santa Cruz do Sul, passamos pelo centro cidade (isso já voltando para casa), e então resolvemos parar para um café no Rancho América. O engraçado foi que tivemos muita sorte, a escolha do nosso trajeto de hoje, casualmente nos livrou de um banho de chuva na estrada. Em certo momento do trajeto, na volta, estávamos sempre há poucos minutos de diferença de onde a chuva recém havia passado. Tudo ainda bastante molhado, asfalto encharcado mas nada de chuva sobre a gente. Beleza!

Essa então foi a empreitada de hoje, tudo tranquilo, tudo na paz, um belo rolê.
Bom mesmo foram os planos para novos projetos.
Até a próxima.

 

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Susan Tedeschi e Derek Truck – Any Day

Mermão! Para escutar isso daqui faça o favor – AUMENTE o volume, tire as crianças da sala, arrede as poltronas e som na caixa.
Especiaria fina. O casal manda bem, muito bem.  Não se engane, o alemão tímido toca demais, um dos melhores no slide guitar na atualidade e a Susan canta muito.

*Sonzeira clássica do The Allman Brothers Band.

A sublime arte de dormir de conchinha!

Freud, conspiro, nunca dormiu de conchinha. Ele imaginava que o gozo, o deleite e a satisfação plena eram apenas impossibilidades. Nem desconfiava que a conchinha, que a verdadeira conchinha dos amantes, seria a realização de toda sua idealização. Lacan, confabulo, também nunca dormiu de conchinha. Ele dizia que a relação sexual perfeita não existia. Jamais concebeu a ideia de que a conchinha, que a autêntica conchinha dos apaixonados, fosse muito mais envolvente, íntima e profunda que o sexo propriamente dito. Tampouco Platão, o grande filósofo, que provou que tudo deveria principiar pelo amor, mas que ele, o Amor, apenas subsistia em um mundo distante, o das Ideias, foi capaz de refletir sobre a metafísica da conchinha. Se tivesse pensado, filosofado ou apenas adormecido carinhosamente nessa posição, teria certamente criado outras filosofias em seu famoso “Banquete”.

Eu nunca conseguia realmente dormir com alguém. Nunca. Conchinha, então, nem pensar! Já nos dois primeiros minutos meu braço se anestesiava e eu achava que teria que amputá-lo em questão de segundos, perdia a respiração, já que meu nariz avantajado ficava inteiramente inserido naquela vasta cabeleira e, por fim, em um ataque de pânico, sentia meu pé gangrenar e uma dor incrível de barriga. Assim sendo, era necessário desfazer logo aquela posição e fugir desesperadamente dali.

Mesmo depois da mais perfeita cumplicidade entre os corpos, da mais profunda troca de carinhos, carícias, licores e canções, minha mente não se aquietava. No mutismo e nas invenções monstruosas da noite, aquela outra pessoa ao meu lado muito me incomodava. Aquele ser estranho, diferente, enigmático me importunava durante as muitas horas que nos separavam do constrangedor amanhecer. Será que faltava amor? Sinceridade? Intimidade? Empenho? Eu me sentia como o neurologista de Milan Kundera, em seu maravilhoso “A Insustentável Leveza do Ser”, viril nas travessuras, impotente na intimidade velada da noite. E a vida seguia assim, fugidia… escapando sorrateiramente do dormir, do acalentar… da utopia aconchegante do encontro.

Mas como são belos os dias em que nos esquecemos de nós mesmos. De nossos monstros, medos, invenções e loucuras. Como são formidáveis, e raras, as noites em que nos libertamos, totalmente blasés, leves, livres e descuidados, das nossas oníricas Quimeras. Num desses poéticos momentos adormeci acompanhado. E de conchinha. Sonhei, e senti deveras, a verdadeira leveza do ser: “Com as outras mulheres ele nunca dormia. (…) Portanto, qual não foi sua surpresa quando acordou com Tereza segurando firmemente sua mão! Olhou-a e custou a compreender o que estava acontecendo. Evocou as horas que tinham se passado e acreditou respirar o perfume de uma felicidade desconhecida. (…) Deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes, mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série incansável de mulheres), mas pelo o desejo do sono compartilhado (desejo que só se sente por uma única mulher)”. Acordei surpreso, contente, realizado, e com meu corpo intacto, sem gangrenas e suplícios. Converti-me e aceitei o sublime. Virei um pregador da divina conchinha.

*Jacques Fux, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2013 com o livro ‘Antiterapias’. Autor do badalado livro ‘Brochadas: Confissões Sexuais de um Jovem Escritor’, publicado pela Editora Rocco.

*Fonte/Texto: revistabula

dormir de conchinha

 

O relógio do apocalipse está muito perto da meia-noite, alertam os cientistas

Acredite ou não, o Relógio do Apocalipse é bem real, e agora está muito próximo da meia-noite – faltando apenas 3 minutos para ser exato. “Três minutos é muito perto. Muito perto”, alertam os membros do Conselho de Ciência e Segurança no Boletim de Cientistas Atômicos que foi anunciado na terça-feira em um comunicado. O que acontecerá quando chegar à meia-noite? Alguma catástrofe global. Os Cientistas Atômicos estrearam o Relógio do Juízo Final em 1947, como uma forma simbólica de acompanhar o quão perto a humanidade está para aniquilar a si mesma – principalmente por meio de uma guerra nuclear, devido ao advento das armas nucleares.

Hoje, a guerra nuclear é apenas um dos muitos riscos que se passa a cada ano, eles definem o tempo do relógio. O Boletim de Cientistas Atômicos é uma revista acadêmica, que apresenta as últimas pesquisas sobre temas como armas nucleares de destruição em massa, tecnologias emergentes, as alterações climáticas e doenças.

Qualquer coisa que aborda o potencial de destruição global – de uma forma ou outra – está no topo da lista do Boletim. O Relógio do Apocalipse é uma maneira simbólica em que os membros do conselho combinam todos os riscos potenciais dos anos passados em um formulário único e compreensível. Veja como a humanidade tem passado ao longo dos últimos 69 anos:

Em 2015, os membros do conselho fizeram um movimento sombrio, alterando o ponteiro dos minutos no relógio de 23:55h para 23:57h, ou seja, aumentaram 2 minutos.  “Esta decisão não é uma boa notícia, mas uma expressão de desânimo em que os líderes mundiais continuam a falhar a concentrar os seus esforços e atenção do mundo sobre a redução do extremo perigo representado pelas armas nucleares e as mudanças climáticas”, escreveu o conselho em um comunicado.

Ele acrescentou: “O acordo nuclear do Irã e o acordo das conferências climáticas realizadas em Paris são grandes conquistas diplomáticas, mas constituem apenas pequenos pontos brilhantes em uma situação a nível mundial, onde está cheio de potencial para uma catástrofe.”

Algumas das razões citadas para a decisão incluem:

– A decisão dos Estados Unidos de gastar $ 350.000.000.000 nas próximas décadas para manter e modernizar as suas forças militares e infra-estruturas nucleares.
– O conflito acontecendo sobre a livre passagem no Mar do Sul da China.
– O fato de que a China, o Paquistão, a Índia e a Coreia do Norte estão aumentando os seus arsenais nucleares.
– E que 2015 foi o ano mais quente já registrado.

Em um comunicado de imprensa, O Boletim publicado em 22 de janeiro dá um terrível aviso para a humanidade:

Porque os sucessos diplomáticos no Irã e em Paris foram compensados, pelo menos, por eventos negativos nas arenas nucleares e pelo clima, os membros do The Bulletin of the Atomic Scientists Science e Security Board dizem que a situação do mundo é altamente ameaçadora para a humanidade – tão ameaçadora que as mãos do Relógio do Juízo Final deve permanecer em três minutos para a meia-noite, o mais próximo que eles chegaram a uma catástrofe desde os primeiros dias de testes da bomba de hidrogênio acima do solo

[The Bulletin]

*Fonte/texto: climatologiageografica

stephen_hawking