Integrantes de Pearl Jam e Soundgarden reúnem o supergrupo Temple of the Dog para turnê

Em 1991, cinco ícones do rock de Seattle, nos Estados Unidos, lançaram o único e autointitulado disco como o Temple of the Dog. Para marcar o 25º aniversário do álbum, o supergrupo com integrantes de Pearl Jam e Soundgarden vai se reunir em uma turnê de cinco datas – a primeira deles em todos os tempos.

Em novembro, o quinteto – que inclui o vocalista Chris Cornell, do Soundgarden, os guitarristas Mike McCready e Stone Gossard, e o baixista, Jeff Ament, do Pearl Jam, além do baterista das duas bandas, Matt Cameron – vai tocar em cinco cidades dos Estados Unidos: Filadélfia, Nova York, São Francisco, Los Angeles e Seattle.

“Queríamos fazer uma coisa que nunca conseguimos: tocar shows e ver qual a sensação de estar na banda que abandonamos 25 anos atrás”, disse Cornell em comunicado. “Isto é algo que ninguém nunca viu. Queríamos parar, reconhecer que fizemos isso e fazer uma homenagem.”

Além das apresentações, no dia 30 de setembro, a UMe vai levar às lojas um relançamento de 25 anos do disco autointitulado da banda, remixado pelo colaborador de Pearl Jam e Soundgarden, Brendan O’Brien. A reedição estará disponível em quatro versões: pacote super de luxo com quatro CDs, vinil duplo, edição com dois CDs e com apenas um CD.

A edição super de luxo e a com dois CDs incluirá cinco sobras de estúdio e sete gravações demo (incluindo duas músicas que não chegaram até as sessões do álbum, “Angel of Fire” e “Black Cat”). O pacote de luxo ainda contará com um DVD recheado de imagens de shows, videoclipes e mais.

Cornell formou o Temple of the Dog depois da morte por overdose do amigo próximo e colega de quarto, Andrew Wood, líder do Mother Love Bone. Depois do luto da morte, ele recrutou os integrantes do Mother Love Bone – Gossard e Ament –, que recrutaram McCready. Finalmente, eles fecharam a formação trazendo Cameron, do Soundgarden.

Mesmo nunca tendo saído em turnê, o Temple of the Dog fez diversos shows ao longo dos anos – primeiro em Seattle, em novembro e dezembro de 1990. Cornell também se juntou ao Pearl Jam no show beneficente de Neil Young, Bridge School, em 2014. O Temple chegou a se reunir brevemente para tocar duas músicas – “Reach Down” e “Call me a Dog” – no Benaroya Hall, em Seattle, em 2015.

…………..

*Fonte: rollingstone

 

 

“Stranger things”: por que a série da Netflix que homenageia os anos 1980 virou queridinha do público

Enquanto crianças e adultos de cinco países andavam pelas ruas, hipnotizados, caçando Pokémons virtuais (ou, como os brasileiros, sofrendo crises agudas de ansiedade porque o jogo de realidade aumentada ainda não está disponível no seu celular), a Netflix colocava no ar uma série que celebra a última década em que as bicicletas ainda eram o maior sonho de consumo das crianças — e passar a noite brincando com amigos de carne e osso permanecia como a ideia mais bem acabada de diversão.

Disponível desde sexta-feira para os assinantes do serviço de streaming, Stranger things retrata os anos 1980 em toda sua glória low tech, surfando na onda retrô que parece se alimentar exatamente das ilimitadas possibilidades de consumo nostálgico que a tecnologia oferece. De That ’70s show (anos 1970) a Mad men (anos 1960), já encerradas, a Masters of sex (anos 1950) e The americans (anos 1980), ainda em exibição, muitas séries têm apostado nesse filão, mas talvez nenhuma tenha sido tão bem-sucedida no objetivo de alcançar públicos de idades diferentes: entre os muitos espectadores que passaram o último fim de semana devorando os oito episódios, estão tanto os cinquentões que eram adolescentes em 1983 quanto a legião de jovens e crianças que nunca gravou uma fita cassete ou assistiu a um televisor sem controle-remoto. A receita deu tão certo que, mesmo antes da estreia, a série já tinha uma segunda temporada confirmada.

A trama combina suspense, terror sobrenatural e a paranoia real da época: a Guerra Fria. Enquanto uma turma de garotos de 12 anos tenta descobrir o paradeiro de um amigo que desapareceu, os espectadores se divertem caçando pistas de referências aos anos 1980.

Steven Spielberg e Stephen King são as influências mais evidentes na trama, mas há diversão à vontade para quem se dedicar a identificar acenos dos criadores, os irmãos Duffer, para os ícones da época, a começar pelos dois adultos que lideram o elenco: Winona Ryder, no papel da mãe que não desiste de encontrar o filho, mesmo quando todo mundo acha que ela está ficando maluca, e Matthew Modine, o assustador vilão de cabelo platinado — ambos com carreiras que começaram na década de 1980 e se desaceleram nos últimos anos.

O segredo do sucesso de Stranger things, porém, não está na profusão de referências ou na trama de suspense (um tanto sem pé nem cabeça, para falar a verdade), mas no adorável elenco infantil, comandado por Millie Bobby Brown, no papel da misteriosa menina de cabelos curtos que tem poderes sobrenaturais. A turma de garotos não fica atrás, com desempenhos sobrenaturalmente graciosos e convincentes.

A série assusta os espectadores mais jovens com monstros e dimensões paralelas, diverte os mais velhos com a bem cuidada reconstituição de época e as referências oitentistas, além de mostrar para espectadores de todas as idades como a ciência pode ser sexy (o nome da cidade onde se passa a história não poderia deixar isso mais claro: Hawkins), mas é o puro prazer de contar com amigos de verdade que vai lembrar, a adultos e crianças, o poder mágico que nenhum Pokémon tem.

……..

*Fonte: zhclickrbs

Mantenha vivo o “Cumprimento Biker”

Historicamente, os motociclistas fizeram parte de uma raça caracterizada por seu feroz individualismo. Suas motos geralmente refletem seu caráter individual e eles continuam a rodar mesmo quando outros ao seu redor não conseguem entender por que alguém iria querer locomover-se sobre duas rodas, completamente exposto, quando poderia estar confortavelmente envolto em uma “gaiola.”

Essa diferença na escolha pessoal levou motociclistas em toda parte a sentirem um forte senso de comunidade; todos em duas rodas sentiram-se conectados, não interessando se sua moto era uma Harley ou uma Honda. Este sentimento de conexão foi muitas vezes manifestado com o “cumprimento biker” (biker wave, em inglês). Você ainda o vê na estrada: dois pilotos ao se aproximar, darão um ao outro um aceno despretensioso com a mão, reconhecendo a irmandade de estar ao vento.

Geralmente, quando um motociclista para no acostamento, outras motos costumam param ou ao menos diminuir a sua velocidade para ver se o amigo piloto precisa de uma mão. Pelo menos é assim que costumava ser.

No ano passado, em meu caminho para o Reading Motorcycle Club Rally em Oley, Pensilvânia, minha moto sofreu uma pane elétrica e morreu na Route 422, a apenas 15 minutos de distância do evento. Fiquei impressionado com o fato de que, pelo menos uma dúzia de motos passou por mim e sequer um motociclista parou ou diminuiu para ver se eu precisava de ajuda. Finalmente, um ex-motociclista que estava em uma pick-up parou e me deu uma carona para a cidade para que eu buscasse ajuda. Talvez este foi apenas um acaso estatístico. Talvez a sorte não estivesse a meu favor nesse dia.

Mas eu acho que há algo a mais acontecendo em nosso mundo. Na semana passada eu fiz um passeio através do país Amish, no sudeste da Pensilvânia. Acenei para os dois primeiros motociclistas que vi, e nenhum deles acenou de volta. Então comecei a contar. Das oito motos seguintes, apenas dois pilotos acenaram. Será que isso significa alguma coisa? Caramba, eu estava andando na minha nova Harley – e  a maioria dessas motos também eram Harleys! O sociólogo em mim me diz que há um significado maior para este fenômeno.

Vivemos em uma cultura caracterizada pelo alto individualismo. As pessoas realmente acreditam que são os indivíduos que fazem este mundo grande, e não os grupos e equipes de pessoas que trabalham em conjunto. Eles acreditam que não precisam de ninguém além deles mesmos para sobreviver. E quando eles ou outros ao seu redor têm problemas, eles acreditam que o indivíduo é quem tem totalmente a culpa. Eles falham ao ver como esses problemas pessoais estão, de fato, ligados a questões sociais maiores. Todo o mito do individualismo, que é tão forte em nosso país, está levando muitas pessoas por um triste caminho de estilos de vida alienados e isolamento social.

Dados de pesquisas recentes mostram que cada vez mais as pessoas dizem não ter em suas vidas alguém com quem conversar sobre problemas pessoais. Em vez disso, eles se voltam para psiquiatras e psicólogos. Um estudo mostra que em meados da década de 80, uma pessoa comum relatava que tinha pelo menos três confidentes pessoais; hoje em dia este número já está próximo de zero, ou seja, estamos mais sozinhos.

Andar de moto nos proporciona uma oportunidade única, tanto para expressar nosso individualismo, quanto para abraçar a comunidade de motociclistas e todos os bons trabalhos que eles fazem ao longo do ano. Andar de moto também é sobre a comunidade. Não se esqueça que, ao desfrutar o doce aroma de rodar contra o vento, é a sua comunidade que te acena quando outro piloto se aproxima. Reconheça-o, deleite-se desta sorte, abrace-a e sinta orgulho. E não se esqueça de acenar de volta.

*Fonte/ Texto: usebandana

The-Biker-Wave