Você tocou a última música, o público começa a dispersar, não se ouve mais aquela voz em coro em cima do seu refrão. Acabou seu show, é hora de guardar o equipamento e ir embora, certo? Não! Esse é um dos maiores erros de artistas que se apresentam ao vivo.
Seu “pós-show” é tão importante quando o evento em si. Nele, muitas portas podem se abrir (ou fechar).
Por favor, não cometa esses 5 erros:
1) Não anunciar uma recepção ao público
Como disse, muitos artistas ao terminar uma GIG, fazem um breve fechamento, agradecem ao público e vão embora. Sabia que durante sua apresentação podem existir pessoas que estão ali aguardando um momento para se aproximar, conhecer seu trabalho, pedir um autógrafo, tirar fotos, te oferecer uma oportunidade profissional? Pessoas que ficam observando suas reações e não se arriscam em se aproximar sem ter a certeza de que você está disponível pra isso. Se você não anuncia que estará atendendo o público, tirando fotos ou mesmo a postos pra conversar, não há quem possa adivinhar isso e naturalmente, esse público acaba indo embora, sem ter um contato mais próximo. Você perde a chance de aumentar sua base de fãs, sem falar em possíveis parceiros que poderiam se aliar.
2) Não vender ítens de seu merchandising
É justamente após uma apresentação que o público está no momento de compra de algum produto. Ele já viu seu show, cantou as músicas (inclusive aquela sua, autoral) e está pensando: “Caramba, esses caras são bons, onde encontro mais sobre eles?”. E nesse momento você finaliza o show e “manda” o seu consumidor embora, não é? Não faça isso. Prepare seu material promocional, CDs, camisas, adesivos, tudo o que remeta o seu trabalho e anuncie que estará vendendo no final. Comprar é uma experiência sensorial e a sua música já direcionou esse público a colocar a mão no bolso e pagar para levar aquela lembrança pra casa. Não vamos atrapalhar isso, correto?
3) “Pedir ajuda” na hora de vender
Esse ítem complementa o anterior. Ok, você possui um material e vai vender no final da sua GIG, mas, vender não é pedir contribuição ou ajuda. Fico vermelho de vergonha quando vejo músicos depreciarem tanto seu trabalho, pedindo para que o público “ajude seu trabalho independente com R$ 10 no CD”. Quando alguém faz isso, jogou pelo ralo aquelas 2 horas de autoridade que ganhou ao vivo. Se as pessoas viram seu potencial não terão dificuldades em comprar seu disco ou camisa, a não ser que você diga a elas que tudo o que foi visto naquela noite foi um engano e vocês são amadores e precisam de ajuda pra crescer. É o que transparece quando ao invés de se posicionar com segurança, seu argumento passa uma imagem fraca. Se você fez o melhor show de sua vida, acredite, você não pede, mas, manda.
4) Não transparecer cordialidade
Sabe aquele ditado que diz “a primeira impressão é a que fica”? Nem sempre. A última também. Lembra de quando você viajou através de uma companhia aérea e quando pousou, saiu e viu o comandante do vôo e as aeromoças desejando um bom dia, uma boa estadia, com baita sorriso no rosto? Qual foi sua impressão? Ruim? Eu duvido. Você pode ter reclamado do serviço, da comida, mas acaba espalhando para mais pessoas que o atendimento daquela companhia é muito bom. E acaba voltando a contratá-la por isso. Com sua música, não é diferente. As pessoas vão levar pra casa a imagem que você irá transmitir no final do seu show. Seja cordial, transpareça felicidade, acessibilidade. Isso conta demais.
5) Não ter um cartão de visitas
É no final de um show que oportunidades podem bater à sua porta. No meio do público que ouviu seu som podem estar pessoas capazes de abrir portas de trabalho. São homens e mulheres de negócios, viram em você o potencial artístico para uma parceria e se aproximam para conhecê-lo melhor. Nessa hora, mostrar que o seu trabalho é profissional e que você sabe vender o seu negócio, faz toda a diferença. Ter um cartão de visitas com o nome do representante e contatos é um passo básico para primeiro, estreitar esse relacionamento e segundo, comprovar que você oferece vantagens em uma relação de negócios. Simples, mas, faz toda a diferença.
*Texto: ViníciusSoares / Fonte: palcodigital
