Dia: 28 de agosto, 2016
Preço de envio de livros pode triplicar com mudança de regras dos Correios
Os Correios, um dos patrocinadores da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa hoje, não aceitarão mais, a partir do dia 1º de setembro, que livros sejam postados como “mala direta”. Essa categoria permite que exemplares de até um quilo sejam enviados de São Paulo ao Rio de Janeiro, por pouco mais de R$ 6. Em um documento da gerência de vendas corporativas ao qual o PublishNews teve acesso, os Correios recomendam contratação dos serviços de Impresso Normal e Urgente para livros de até 500g e possibilidade de contratação de registro módico para todas as modalidades (antes, esse serviço era permitido apenas para livros sem valor mercantil).
A Folha de S. Paulo simulou algumas situações de envio de livros da cidade de São Paulo para a capital fluminense. Para livros de até 499 g, o envio ficará um pouco mais barato. Cairá de R$ 7,97 (R$ 3,67 da Mala Direta + R$ 4,30 do registro) para R$ 7,55 (R$ 5,40 do Impresso + R$ R$ 2,15 do registro módico). Para livros de até um quilo, no entanto, o preço vai ficar bem mais salgado. Hoje, utilizando o serviço Mala Direta, um envio de um livro de até 999 g sai por R$ 10,61 (R$ 6,31 da Mala Direta + R$ 4,30 do registro). A partir do dia 1º de setembro, esse valor subirá para R$ 20,45, se enviado por PAC, ou R$ 30,25 se for por Sedex.
À Folha, os Correios enviaram nota em que argumentam que “o serviço vinha sendo utilizado para remessa de livros, o que causava desequilíbrio na estrutura de preços da empresa e na cobertura dos custos”.
Profissionais do livro ouvidos pelo PublishNews alertaram que a medida entra em choque com a Lei 10.753/2003, que instituiu a Política Nacional do Livro. Ofende, em especial, o artigo 13 da lei, que diz que cabe ao Poder Executivo – ao qual os Correios são subordinados – “estabelecer tarifa postal preferencial, reduzida, para o livro brasileiro”.
Lembrando ainda que os Correios são o operador logístico de programas de compras governamentais de livros. Não há, no entanto, nenhum posicionamento dos Correios a respeito desse serviço.
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*Fonte: publishnews
Como a indústria 4.0 mudará a sociedade e o consumo
São Paulo – Para Reinaldo Lorenzato, especialista em indústria da Hewlett-Packard Enterprise, as ondas de revolução industriais são um processo de continuidade. A transição atual para a indústria 4.0 não é diferente dos processos anteriores nesse sentido.
As revoluções industriais não são algo que aconteçam somente dentro das fábricas. Por outro lado, elas foram “um conjunto de políticas governamentais e do uso da tecnologia”.
EXAME.com conversou com Lorenzato sobre a onda atual de revolução da indústria, as fábricas do futuro e como elas irão mudar a sociedade. Veja a seguir.
O que muda com a indústria 4.0?
O que temos visto não é de hoje, mas uma evolução desde a primeira revolução, lá em 1700. Relembrando, a segunda revolução foi com a adoção da energia elétrica e a terceira com o início da automação.
Essa quarta revolução é uma continuidade desse processo. É importante dizer que isso não é algo que aconteça somente dentro das fábricas. As revoluções anteriores foram um conjunto de políticas governamentais de diversos países, junto com a adoção de tecnologias.
Uma mudança importante acontece agora. Antes, a indústria balizava o comportamento da sociedade, ditava tendências. Isso se inverte e são as pessoas e a sociedade que influenciam a indústria agora. Isso fará com que a indústria se reinvente e participe desse novo conjunto – com áreas de serviço, transporte, etc.
O alicerce para essa mudança é a tecnologia. O que eu vejo é que a manufatura tem palavras importantes: colaboração e a integração. Essas mudanças devem vir para conectar o ecossistema industrial aos de consumo, suprimentos, sustentabilidade, entre outros.
Nesse sentido, será uma indústria mais limpa?
Na verdade, já vem sendo uma indústria mais limpa. Não somente a produção mais limpa, mas também o consumo será mais limpo.
Cada produto que é produzido e vai para uma prateleira está estocando recursos. Entre eles matéria prima, energia e mão de obra.
Dependendo do produto, se ele não for usado, pode ser reaproveitado. Por outro lado, energia e mão de obra não podem ser reaproveitados. Por isso é importante o consumo mais consciente.
É um direcionamento mais ecológico então.
Sim. Temos movimentos, como o Tratado de Kyoto, diminuição de emissão de CO2 e de produção de lixo. Esses são pontos importantes que afetam a indústria e todo o processo de industrialização.
Nas últimas décadas, vimos um processo de desindustrialização de alguns países europeus e a forte industrialização de países asiáticos, que foi motivada pela produção em escala. E é aqui que chegamos algo importante.
No mundo todo, vemos um freio nesse consumismo, o que vai fazer com que a indústria repense a forma de trabalho. Uma das características da indústria 4.0 é que ela não vai mais produzir como antes. Será uma produção em menor escala e de forma mais personalizada – e a tecnologia é fator essencial para isso.
Que tipo de tecnologia terá impacto?
Eu dou o exemplo da impressão 3D. Há alguns meses saiu a notícias de que aviões comerciais já têm peças produzidas em impressoras 3D, que foram aprovadas. Produção em larga escala não é mais embargo para se produzir.
Há dez anos, uma lan house fazia impressão de documentos. Daqui a pouco elas terão impressoras 3D. O consumidor fará a compra de um produto, e ele será produzido perto de sua casa. Essa é uma quebra grande de paradigma que a tecnologia poderá prover.
Um ponto recorrente nesse assunto é sobre mão de obra. O perfil do trabalhador da indústria muda?
Em comparação com o século XVI, cada vez temos mais gente na indústria. Temos no Brasil entre 3 e 3,5 milhões de trabalhadores diretamente nas fábricas brasileiras. É um número significativo. Poderia ser mais? Poderia.
Mas a questão é de valor agregado. A mão de obra braçal não é de alto valor agregado. O que existe é uma mudança. Onde antes víamos várias pessoas apertando parafusos, veremos engenheiros trabalhando.
Com essa nova revolução, como muda a economia local?
Um ponto importante que temos que ver é que apesar da desindustrialização de alguns países percebemos que a participação industrial é importante. Na Alemanha é perto de 30% do PIB e há crescimento anual desde a crise em 2009. Por outro lado, a participação da população alocada na indústria diminui.
Esse é um sinal importante no processo que vem sendo motivado pela automação e informação. A indústria cresce, a população nesse processo diminui. A tecnologia pode ocupar essas posições.
Países com iniciativa em indústria 4.0, como Alemanha, França e EUA, têm seus governos visando aumentar e continuar a produzir tecnologia industrial. Países em desenvolvimento como Brasil, China, Índia, vão começar a consumir essa tecnologia para continuar tendo uma manufatura eficiente.
E o Brasil nessa história? O que esperar?
Eu vejo programas espalhados pelo mundo todo. Existe um processo de modernização da indústria chinesa. Os EUA estão trabalhando com indústria 4.0. Os europeus também, principalmente França e Alemanha.
Isso é natural. Esse é um movimento e tecnologia que virá de países desenvolvidos para emergentes. Mas o Brasil está devagar nesse assunto. Eu tenho esperanças que embarquemos logo nesse movimento.
Nós temos um programa na Alemanha para mostrar as iniciativas, não só governamentais ou sociais, mas também as tecnologias que estão envolvidas. A ideia é mostrar como elas podem ajudar empresas brasileiras a entrar nessa revolução.
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*Fonte: exame / Victor Caputo
Domingando
Não tem sido muito normal um rolê no domingo, mas agora sair para tomar um café não faz mais sentido sem ter de pegar a moto e percorrer alguns quilômetros de asfalto antes…rsrsrsrs. E assim foi hoje novamente. Meu chapa Pretto, que ontem não andou, me convidou para um rolê na tarde.
Também não há necessidade alguma de toda vez que sentar a bunda no banco da moto fazer fotos, mas já virou um costume sei lá. Um vício!
Ah! Por falar nisso, consegui ajeitar novamente a minha câmera e ela está outra vez na ativa. Mas não fiz muitas fotos porque o dia estava fechado, pouca luz e havia muito movimento na estrada.
Saímos já sabendo de que iríamos pegar chuva. Mas no final não o teve chuva, teve sim alguns breves momentos de pingos aqui e ali, mas nada de chuva de verdade. E lá se foi mais um final de semana on the road. Legal. valeu!