Novoselic: “Kurt nunca deveria ter se matado!”

Na edição de 30 de setembro de 2006 do NME, foi publicada uma rara entrevista com o antigo baixista do NIRVANA, Krist Novoselic como parte da publicação inglesa do aniversário de 15 anos do álbum “Nevermind”.

 

Alguns trechos da entrevista seguem abaixo:

NME: Quais memórias aparecem imediatamente em sua mente quando você escuta a palavra “Nevermind”?

Krist: “Bem, fazer aquele álbum foi bastante agradável. Nós estávamos morando em Los Angeles, ao norte de Hollywood, num apartamento semi-mobiliado, e nos divertindo o máximo possível. Nós trabalhávamos até o meio-dia e íamos até Venice Beach ao anoitecer para ver o sol se pôr. Metade das músicas haviam sido compostas nos meses antes da gravação, e a outra metade, eram músicas que já tínhamos composto há algum tempo. Nós tínhamos o material e estávamos tocando shows ao vivo, e tocando bem.”

NME: Com que freqüência você escuta o “Nevermind” agora?

Krist: “Bem, eu assisti o clipe de ‘Heart-Shaped Box’ na noite passada. É uma viagem dura, cara. Isso está aberto a interpretações, o que é o máximo que eu irei falar, mas… Eu escutei o “Nevermind” não faz muito tempo, e ele é um álbum muito bom. Ele se desenvolve muito bem, possui bastante diversidade, tem um pouco de hard rock, música pop e possui grandes refrões. Eu tenho muito orgulho dele. Eu realmente tenho muito orgulho do modo como toquei baixo naquele álbum. Coisas que eu coloquei no álbum que eu sinto que acabou ajudando para construir a música.

NME: Quais são seus sentimentos em relação a Kurt Cobain após todo esse tempo?

Krist: “É de partir o coração. Ele nunca deveria ter feito aquilo. Você não pode culpar alguém por fazer aquilo, foi uma disfunção e foi muito ruim. Eu acho que ele deveria ter agüentado e as coisas teriam saído melhor para ele. Ele poderia ter feito qualquer coisa que ele quisesse fazer. Ele era um grande, grande pintor, ele era um escultor, ele era um compositor – ele era um verdadeiro artista. Foi realmente trágico.”

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*Fonte: whiplash

Brasileiro toma água com milho e pensa que é cerveja, saiba por quê

O Brasil, que hoje é o terceiro maior produtor da bebida no mundo, tem na cerveja a bebida preferida dos mais de 200 milhões de habitantes. Mas, curiosamente, a bebida que é servida por aqui, na grande maioria dos casos, não é cerveja.

A “Reinheitsgebot”, Lei da Pureza da Cerveja, foi promulgada em 23 de abril de 1516 pelo Duque Guilherme IV da Baviera e tinha como objetivo regular a fabricação da bebida em território alemão. O texto era simples, dizia que a cerveja só poderia ser feita com três ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. Até hoje: mais de quinhentos anos depois, a maioria dos cervejeiros alemães ainda segue a receita à risca.

O mesmo não acontece por cá. Grandes marcas nacionais como a Kaiser, Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Itaipava se aproveitam de uma “brecha” na legislação brasileira para não usarem cevada em suas bebidas. Aqui é permitido que até 45% do malte de cevada seja substituído por outras fontes de carboidratos mais barata. O que entra na garrafa então é milho transgênico, produto que existe em abundância no país e que reduz drasticamente o custo das cervejarias. Nosso país está entre os maiores produtores de transgênicos do mundo; aproximadamente 90% do milho brasileiro é não orgânico.

Para saber do que é feita sua cerveja preferida, basta ler o rótulo da embalagem. Normalmente, a descrição diria: água, malte de cevada e lúpulo, ou água, cevada e lúpulo. No entanto, nas marcas nacionais citadas acima, a composição descrita retira o malte de cevada e inclui a expressão ‘cereais não maltados’. A ‘nova fórmula’ da bebida no Brasil começou a ser posta em prática a partir de 2007, quando o Ministério da Ciência e Tecnologia liberou a comercialização de milho transgênico em território nacional. Esta mudança impede que o consumidor saiba do que realmente é feita a bebida, pois em todos os casos não é especificado que tipo de cereal é utilizado na fabricação da cerveja.

Em 2013, uma pesquisa de cientistas brasileiros da Unicamp, USP e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi publicada no “Journal of Food Composition and Analysis” (jornal científico internacional com estudos sobre a composição dos alimentos) demonstrando o alto grau de adulteração da cerveja brasileira. O consumidor deve, portanto, pensar bem antes de comprar a cervejinha para o churrasco. O risco de levar gato por lebre é grande.

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*Fonte: blastingnews

gelada1