Dia: 7 de março, 2017
O magnata que doou fortuna de US$ 8 bilhões em segredo e ficou com ‘quase nada’
A fortuna estimada em US$ 8 bilhões (R$ 25 bilhões) que transformou Charles Feeney em um dos homens mais ricos dos Estados Unidos não pertence mais a ele.
O magnata doou o montante em segredo, e em vida, para instituições ao redor do mundo.
“Não o fiz para provar coisa alguma, exceto que, com sorte, o mundo agora é um lugar melhor porque peguei o meu dinheiro e o dividi entre muitas pessoas”, afirmou Feeney, em entrevista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Quando questionado sobre a decisão de fazer as doações secretamente, afirmou que “não precisa explicar para todo mundo o que está fazendo”.
Entre as instituições agraciadas estão algumas na área de saúde pública e outras que fazem campanha pela paz.
Além disso, cerca de U$S1 milhão foi usado em custos operacionais da empresa Atlantic Philantropies, um grupo de entidades criado pelo próprio Feeney, em 1982, para canalizar as doações.
O valor mais recente foi uma doação de U$ 7 milhões (R$ 22 milhões), no fim do ano passado, para ajudar estudantes da Universidade de Cornell (EUA) envolvidos em trabalhos comunitários.
Apartamento alugado
Dessa forma, Feeney, hoje com 85 anos, terminou de distribuir a riqueza que acumulou como fundador de uma empresa pioneira de duty-free (ou free shop) – lojas especializadas em vender, sem encargos fiscais tradicionais, desde perfumes até bebidas alcoólicas e cigarros em aeroportos.
Segundo Oechsli, depois das doações, o agora ex-magnata ficou com apenas uma pequena parcela do que ganhou: aluga um apartamento modesto em São Francisco, na Califórnia. Não tem mais imóveis ou bens luxuosos.
Tudo o que guardou seriam “alguns poucos milhões” – menos de U$ 10 milhões (R$ 33 milhões) – para cobrir os custos de vida e cuidados médicos que ele e sua mulher, Helga, terão até a morte.
E, apesar da mudança no padrão de vida e de consumo, Feeney, apontado como uma espécie de antítese do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está longe de demonstrar arrependimentos.
“Viver e desfrutar da vida da maneira que eu fiz até agora já está bom. Estou feliz com isso, e minha esposa também”, afirmou.
James Bond da filantropia
Feeney é o filantropo americano que doou mais dinheiro ainda vivo.
Segundo a revista Forbes, ele encabeçou uma lista de percentual de doações em relação à fortuna, que inclui o megainvestidor George Soros – Soros que teria doado em vida cerca de 49% de sua riqueza atual – e o casal Bill e Melinda Gates (40%).
A mesma publicação o chamou de “James Bond da filantropia” pela forma como ele viajou o mundo por mais de três décadas com a missão de destribuir clandestinamente sua fortuna.
Feeney confessa que a decisão de se desfazer da riqueza acumulada não foi consequência de um episódio em particular, mas de um processo pessoal, que incluiu leituras sobre filantropia e algumas reflexões.
“Considerei as alternativas que tinha na minha vida e pensei que o melhor que poderia fazer era estender a mão e buscar as pessoas menos afortunadas”, disse.
Trajetória
Feeney não herdou sua riqueza, mas a ganhou ao longo da vida. Ele nasceu e cresceu em uma região humilde de Nova Jersey, filho de mãe enfermeira e pai corretor de seguros.
Aos 10 anos, vendia cartões de Natal de porta em porta e ainda adolescente se alistou na Força Aérea dos Estados Unidos – serviu no setor de inteligência de sinais na Guerra da Coreia (1950-53).
Direito de imagem Peter Foley
Image caption Feeney é considerado por alguns como a antítese de Donald Trump
Ele foi o primeiro membro da família a cursar o ensino superior, através de um programa governamental para veteranos de guerra – estudou justamente em Cornell.
A ideia de fundar a gigante Duty Free Shoppers (DFS) ao lado de Robert Miller, em 1960, foi baseada na experiência de negócios que Feeney tinha recebido vendendo mercadorias a tropas dos Estados Unidos em outros países.
A fortuna começou a se multiplicar até ele chegar à conclusão de que ele e os filhos tinham mais do que precisavam.
Direito de imagem Getty Images
Image caption Bill Gates e a esposa, Melinda, doaram 40% de sua fortuna
Vida simples
Muito antes de doar todo o dinheiro, Feeney era conhecido pelo estilo de vida mais simples, diferente da aura luxuosa que a empresa dele transmitia.
Preferia comer em bares populares do que em restaurantes caros de Nova York e não viajava de avião na primeira classe. Usava um relógio que custava cerca de US$ 15 e carregava uma sacola plástica com os jornais que lia frequentemente.
Por isso, nega que sinta falta dos tempos em que tinha uma imensa fortuna.
“Não sinto falta, porque nunca fui apegado à riqueza material”, disse.
Questionado sobre o que lhe dá prazer depois de cumprir o grande objetivo de se livrar do dinheiro, ele responde.
“Viver exatamente do modo que eu vivo, sabendo que através do trabalho da fundação fiz o bem a quem não esperava”.
“Isso foi uma espécie de recompensa”, disse.
O destino das recompensas
As doações de Feeney ajudaram pacientes com Aids a terem acesso a tratamento retroviral na África do Sul, a reformar o sistema de saúde pública no Vietnã e a buscar a paz na Irlanda do Norte, onde ele se reuniu com paramilitares nos anos 90 para pedir que abandonassem as armas – sua família é de origem irlandesa.
Apesar de a Atlantic não ter negócios na América Latina, ele investiu na melhoria da saúde pública em Cuba e em ações que contribuíram para normalizar as relações entre a ilha e os EUA recentemente.
No mês passado, um artigo no jornal americano The New York Times comparou Feeney com Trump, mas como modelos opostos.
“Durante anos, Trump fez muita pressão para entrar na lista dos mais ricos da Forbes, por exemplo; Feeney articulou para estar de fora dela. A doação da Atlantic vinha inteiramente do dinheiro de Feeney, enquanto grande parte do dinheiro que entrou na Fundação Trump recentemente era de outras pessoas”, afirmou o jornal,.
Questionado pela BBC Mundo sobre o contraste, ele evitou comentar.
“Nunca tive a intenção de comparar a minha vida com a de ninguém.”
Apesar disso, assessores afirmam que o ex-magnata está muito preocupado com a situação atual dos Estados Unidos e com a polarização política no país.
Agora que sua fortuna já foi inteiramente repartida, a Atlantic está com os dias contados: vai se dissolver em 2020, depois de finalizar a entrega das doações prometidas e de desenvolver os programas previstos.
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*Fonte: bbcmundo / Gerardo Lissardy

ALPHA: Custom BMW K75
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*Fonte: bikeexif
Plantas têm memória, sentem dor e são inteligentes
Pode uma planta ser inteligente? Alguns cientistas insistem que são – uma vez que elas podem sentir, aprender, lembrar e até mesmo reagir de formas que seriam familiares aos seres humanos. A nova pesquisa está num campo chamado neurobiologia de plantas – o que é meio que um equívoco, porque mesmo os cientistas desta área não argumentam que as plantas tenham neurônios ou cérebros.
Plantas têm memória, sentem dor e são inteligentes
“Elas têm estruturas análogas“, explica Michael Pollan, autor de livros como The Omnivore’s Dilemma (O Dilema do Onívoro) e The Botany of Desire (A Botânica do Desejo). “Elas têm maneiras de tomar todos os dados sensoriais que se reúnem em suas vidas quotidianas … integrá-los e, em seguida, se comportar de forma adequada em resposta. E elas fazem isso sem cérebro, o que, de certa forma, é o que é incrível sobre isso, porque assumimos automaticamente que você precisa de um cérebro para processar a informação”.
E nós supomos que precisamos de ouvidos para ouvir. Mas os pesquisadores, diz Pollan, tocaram uma gravação de uma lagarta comendo uma folha para plantas – e as plantas reagiram. Elas começam a segregar substâncias químicas defensivas – embora a planta não esteja realmente ameaçada, diz Pollan. “Ela está de alguma forma ouvindo o que é, para ela, um som aterrorizante de uma lagarta comendo suas folhas.”
Plantas podem sentir
Pollan diz que as plantas têm todos os mesmos sentidos como os seres humanos, e alguns a mais. Além da audição e do paladar, por exemplo, elas podem detectar a gravidade, a presença de água, ou até sentir que um obstáculo está a bloquear as suas raízes, antes de entrar em contacto com ele. As raízes das plantas mudam de direcção, diz ele, para evitar obstáculos.
E a dor? As plantas sentem? Pollan diz que elas respondem aos anestésicos. “Pode apagar uma planta com um anestésico humano… E não só isso, as plantas produzem seus próprios compostos que são anestésicos para nós.”
De acordo com os pesquisadores do Instituto de Física Aplicada da Universidade de Bonn, na Alemanha, as plantas libertam gases que são o equivalente a gritos de dor. Usando um microfone movido a laser, os pesquisadores captaram ondas sonoras produzidas por plantas que liberam gases quando cortadas ou feridas. Apesar de não ser audível ao ouvido humano, as vozes secretas das plantas têm revelado que os pepinos gritam quando estão doentes, e as flores se lamentam quando suas folhas são cortadas [fonte: Deutsche Welle].
Sistema nervoso de plantas
Como as plantas sentem e reagem ainda é um pouco desconhecido. Elas não têm células nervosas como os seres humanos, mas elas têm um sistema de envio de sinais eléctricos e até mesmo a produção de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e outras substâncias químicas que o cérebro humano usa para enviar sinais.
As plantas realmente sentem dor
As evidências desses complexos sistemas de comunicação são sinais de que as plantas sentem dor. Ainda mais, os cientistas supõem que as plantas podem apresentar um comportamento inteligente sem possuir um cérebro ou consciência.
Elas podem se lembrar
Pollan descreve um experimento feito pela bióloga de animais Monica Gagliano. Ela apresentou uma pesquisa que sugere que a planta Mimosa pudica pode aprender com a experiência. E, Pollan diz, por apenas sugerir que uma planta poderia aprender, era tão controverso que seu artigo foi rejeitado por 10 revistas científicas antes de ser finalmente publicado.
Mimosa é uma planta, que é algo como uma samambaia, que recolhe suas folhas temporariamente quando é perturbada. Então Gagliano configurou uma engenhoca que iria pingar gotas na planta mimosa, sem ferir-la. Quando a planta era tocada, tal como esperado, as folhas se fechavam. Ela ficava pingando as plantas a cada 5-6 segundos.
“Depois de cinco ou seis gotas, as plantas paravam de responder, como se tivessem aprendido a sintonizar o estímulo como irrelevante“, diz Pollan. “Esta é uma parte muito importante da aprendizagem – saber o que você pode ignorar com segurança em seu ambiente.”
Talvez a planta estava apenas se cansando de tantos pingos? Para testar isso, Gagliano pegou as plantas que tinham parado de responder às gotas e sacudiu-as.
“Elas continuavam a se fechar“, diz Pollan. “Elas tinham feito a distinção que o gotejamento era um sinal que elas poderiam ignorar. E o que foi mais incrível é que Gagliano as testou novamente a cada semana durante quatro semanas e, durante um mês, elas continuaram a lembrar a lição.”
Isso foi o mais longe que Gagliano testou. É possível que elas se lembrem ainda mais. Por outro lado, Pollan aponta, as abelhas que foram testadas de maneira semelhante se esquecem o que aprenderam em menos de 48 horas.
Plantas: seres sentientes?
“As plantas podem fazer coisas incríveis. Elas parecem se lembrar de estresse e eventos, como essa experiência. Elas têm a capacidade de responder de 15 a 20 variáveis ambientais”, diz Pollan. “A questão é, é correto de chamar isso de aprendizagem? É essa a palavra certa? É correto chamar isso de inteligência? É certo, ainda, dizer que elas são conscientes? Alguns destes neurobiólogos de plantas acreditam que as plantas estão conscientes – não auto-conscientes, mas conscientes, no sentido que elas sabem onde elas estão no espaço … e reagem adequadamente a sua posição no espaço”.
Pollan diz que não há definição consensual de inteligência. “Vá para a Wikipedia e procure por inteligência. Eles se desesperam para dar-lhe uma resposta. Eles têm basicamente um gráfico onde dão-lhe nove definições diferentes. E cerca da metade delas dependem de um cérebro … se referem ao raciocínio abstracto ou julgamento.”
“E a outra metade apenas se referem a uma capacidade de resolver problemas. E esse é o tipo de inteligência que estamos falando aqui. Então a inteligência pode muito bem ser uma propriedade de vida. E a nossa diferença em relação a essas outras criaturas pode ser uma questão da diferença de grau e não de espécie. Podemos apenas ter mais desta habilidade de resolver problemas e podemos fazê-lo de diferentes maneiras.”
Pollan diz que o que realmente assusta as pessoas é “que a linha entre plantas e animais pode ser um pouco mais fina do que nós tradicionalmente acreditamos.”
E ele sugere que as plantas podem ser capaz de ensinar os seres humanos uma ou duas coisas, tais como a forma de processar a informação sem um posto de comando central, como um cérebro.
Veja o vídeo de Michael Pollan:
http://c.brightcove.com/services/viewer/federated_f9?isVid=1&isUI=1
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*Fonte: pensadoranonimo
Jack White Inaugura a Sua Fantástica Fábrica de Discos!
A Third Man Pressing de Jack White foi inaugurada neste final de semana em Detroit. A sua fábrica de vinil fica localizada em anexo à Third Man Records, de forma que as pessoas que por ali passam podem ver a fabricação dos discos novos. Ficou incrível! Confira no vídeo.
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*Fonte: bileskydiscos