17 curiosidades sobre a água que você talvez não saiba

A água é essencial para que haja vida. Ela está presente em cada célula do corpo humano e é necessária para a produção de alimentos e qualquer tipo de bem de consumo. Nesta quarta-feira (22) é comemorado o Dia Mundial da Água, para celebrar esta data, o CicloVivo separou uma lista com 17 curiosidades sobre este recurso que podem mudar a forma como você enxerga este recurso:

1. O corpo humano de um adulto possui até 65% de água em sua composição. Em um recém-nascido o número é ainda maior: 78%.

2. O planeta Terra também é conhecido como o Planeta Água. A justificativa para o nome deve-se ao fato de que 70,9% de sua superfície é coberta por água.

3. Apenas 3% da água do mundo é doce. Deste total, 70% está na forma de gelo ou no solo.

4. 12% da água doce do mundo está no Brasil. O país é privilegiado por seus aquíferos, que armazenam a água no solo.

5. O Aquífero Guarani é o maior do mundo. Ele se estende por uma área média de 1,2 milhão de km2 e reserva, aproximadamente, 45 mil quilômetros cúbicos de água.

6. Existe mais água na atmosfera do que em todos os rios do mundo juntos.

7. De acordo com a ONU, existem 783 milhões de pessoas no mundo que vivem sem água potável. Em 2025 esse número pode chegar a 1,8 bilhão.

8. Na América Latina são 36 milhões de pessoas sem acesso à água de boa qualidade.

9. Enquanto nos EUA as pessoas gastam, em média, 370 litros de água por dia, os africanos usam de sete a dezenove litros.

10. Por não terem acesso à estrutura de saneamento básico, mulheres e crianças na África Subsaariana perdem até seis horas do dia caminhando longas distâncias para encher baldes de água. Em apenas um dia, a soma dessas viagens cobriria a distância de ida e volta à Lua.

11. Em média, 2/3 da água do mundo é usada para a produção de alimentos, em especial à agricultura e pecuária.

12. Nos EUA, 26% da água usada nas residências é gasta apenas em descargas.

13. Uma torneira que goteja a cada segundo pode vazar três mil litros em um ano.

14. Em São Paulo, os vazamentos nas redes de distribuição geram desperdício de 980 bilhões de litros de água por ano, em média, 30% da água tratada no município. Em Nova York são perdidos 13 trilhões.

15. Para fazer uma calça jeans são necessários, aproximadamente, dez mil litros de água.

16. Para produzir um quilo de manteiga são necessários 18 mil litros de água e para um quilo de carne gasta-se 15.400 litros.

17. Um banho de 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água. Uma mangueira aberta pelo mesmo tempo pode desperdiçar até 280 litros.

Diante destes fatos, é impossível não valorizar a água que chega até a sua casa. Faça sua parte, economize cada gota!

 

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*Fonte: ciclovivo

 

 

 

 

 

 

 

Asimov Explica #1 – O que é o Método Científico?

Além de não ser o único, um método científico não é uma escritura “sagrada” que você deve obedecer a todo custo – algo que é estático e que se vende como infalível. Nem teria como sê-lo, pois a ciência é dinâmica, é um sistema aberto que está sempre se construindo, se corrigindo…

Item 1 – Tomar conhecimento de um problema.

Cuidado. Intuitivamente tendemos a achar que a ciência começa com a observação. No entanto, pelo que a epistemologia sabe hoje, isso está errado! A observação é essencial à ciência, mas não sendo o único gatilho dela, como pensavam os indutivistas. O começo da ciência ocorre baseado em conhecimento prévio.

Quando uma hipótese, que passou por um crivo rigoroso de testes, é eventualmente provada falsa, um novo problema emerge. Como propõe o bom doutor, a ciência pode começar com um problema, pois algo só é problemático com base em alguma teoria.

Proposições de observação também pressupõem teoria. Exemplo: num fogão a gás, você tenta ferver água. Não consegue. Então diz “o gás acabou!”. Isso é uma proposição da observação de que um fluido, a priori inflamável e que ocupa todo o espaço do recipiente onde está, não tem quantidade suficiente para gerar uma chama. Percebeu os vários conceitos por trás?

Item 2 – Selecionar e desprezar informações inúteis.

Bem, isso é “enxugar” o problema, tornar ele tão nítido quanto possível. Ao estudar o movimento de entidades, você pode descartar o cheiro delas? Depende do seu sistema! Para o estudo de um bloco deslizando por um plano inclinado, o cheiro dele (ou do plano) não faz a menor diferença. Mas o cheiro pode fazer com que um predador detecte uma presa, influenciando na tendência de movimento dos dois. Saber o que é relevante para o seu estudo é fundamental.

Item 3 – Coletar todos os dados disponíveis referentes ao problema.

Esse é o momento de ver o que a humanidade construiu até então sobre o assunto. Você dificilmente dará conta de saber tudo de uma determinada área, isso porque a ciência não para, ela é dinâmica. Ela também não é feita individualmente, você certamente vai falar de algum referencial. A meu ver, isso é uma grande jogada. Produzir conhecimento é difícil, e seria inviável se não tivéssemos os resultados do passado.

“Se vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”, disse certa vez o homem que pra muitos (incluindo Asimov) foi o maior gênio que nossa espécie teve, Sir Isaac Newton. No caso, os gigantes eram Galileu Galilei e René Descartes.

Item 4 – Formular uma hipótese, a mais simples possível, que descreva o fenômeno – breve enunciado ou relação matemática.

Uma hipótese é uma suposição com base em conhecimento prévio e/ou observação. Essa suposição, como veremos, tem um árduo caminho até ser promovida a teoria e, quem sabe, lei natural.

Item 5 – A hipótese permite prever resultados de experimentos que sem ela nem se teria pensado em fazê-los. Realizar esses experimentos e verificar a validade da hipótese.

Em ciência, a hipótese deve ser testável, para confirmar ou refutar ela. Tome como exemplos física e biologia. Tem que ser possível fazer experimentos para testar as hipóteses nessas duas ciências que, por algum motivo, são classificadas como experimentais.

Se uma hipótese não é falseável, ela não pode ser científica. No entanto, o fato da hipótese ser falseável é insuficiente como critério de cientificidade. Há fatores mais importantes no critério do que é científico e do que não é, como a coerência externa e confirmabilidade.

Por coerência externa, quero dizer que a hipótese tem que estar de acordo com o conhecimento que já temos. Toda teoria científica tem escopo, uma região limitada de atuação. Uma nova teoria tem, no mínimo, que conter o escopo da velha. Na proposta de Einstein para a mecânica relativística, se recuperam os resultados da mecânica clássica (que já era bem estabelecida e que fazia/faz muitas previsões). A clássica se mostra como um caso particular da relativística. A física nova tem que ser compatível com a velha. Isso faz sentido, porque até que provem o contrário, as leis da física são imutáveis (e temos pouca ou nenhuma razão para pensar diferente).

Além da coerência externa, a hipótese precisa confirmar o que propõe. Se falhar, ela deve ser descartada ou atualizada. Existe também a chance de falha experimental (ou até picaretagem), por isso os experimentos devem ser reproduzidos por outros grupos de pesquisa pelo mundo. Todos devem estar de acordo com os resultados.

Item 6 – Caso os experimentos correspondam ao esperado, a hipótese é fortalecida e talvez passe a ser considerada uma teoria ou mesmo uma ‘lei natural’.

Uma teoria científica é um conjunto de hipóteses que suportou inúmeros testes. Para continuar sendo aceita pela comunidade científica, a teoria não pode ser refutada. Caso seja refutada, será substituída por uma mais forte.

As leis naturais ocupam o primeiro lugar no que há de mais forte na ciência, o alicerce do conhecimento científico é composto pelas leis. Se uma lei fosse mostrada falsa, o edifício de conhecimentos que ela sustenta desabaria. De outra forma: com a lei estando errada, tudo o que deriva dela, por extensão, estaria errado.

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*Fonte: universoracionalista /Calo Dallaqua