Se penso em Gregg Allman essa é a 1ª coisa que me ocorre

Toda vez que penso em Gregg Allman, a primeira coisa que me vem a cabeça é ele com sua voz rouca tocando ao violão, sem a banda, esse puta som. E meu chapa, apesar de ser uma coisa bem comum qualquer arigó pegar um violão e sair tocando, não é prá qualquer um tocar e cantar assim tão “soulful”.

Thanks por tudo, sua música, sua banda e principalmente a sua louca história nessa trajetória do southern rock. Muita chalaça, mulherada, brigas, confusão, mas sempre em frente até o último momento.

Valeu meu bom amigo Gregg!

 

Gregg Allman – R.I.P. (69 anos)

Gregg Allman, um dos fundadores da banda The Allman Brothers Band, morreu neste sábado (27) aos 69 anos de idade. Segundo comunicado em seu site oficial, o cantor, compositor e tecladista “morreu pacificamente em sua casa em Savannah, [no estado da] Georgia”, nos Estados Unidos.

A nota não esclarece a causa da morte, porém afirma que ele enfrentava “muitos problemas de saúde nos últimos anos”. Allman foi diagnosticado com hepatite C em 1999 e passou por um transplante de fígado em 2010.

Ele fundou a banda, responsável pela canção “Ramblin’ man” e outro sucessos do gênero que ficou conhecido como “southern rock”, com seu irmão Duane em 1969. Com diversas formações, o grupo se separou muitas vezes ao longo dos anos, mas se apresentou até 2014.

“Perdi um amigo querido e o mundo perdeu um pioneiro brilhante na música”, afirmou seu empresário e amigo de longa data, Michael Lehman. “Ele era uma alma gentil e amável com a melhor risada que já ouvi. Seu amor por sua família e seus companheiros de banda era cheio de paixão, assim como o amor que ele tinha por seus fãs extraordinários. Gregg era um parceiro incrível e um amigo ainda melhor. Sentiremos sua falta.”

Gregg deixa sua mulher, Shannon Allman, quatro filhos e três netos.

 

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*Fonte: G1

Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre

Como é difícil balancearmos com equilíbrio nossas prioridades, dando a devida atenção tanto ao que precisamos obter quanto ao que precisamos manter junto de nós. Embora a vida nos obrigue a despendermos a maior parte de nosso tempo trabalhando para conquistar qualidade e conforto, essa rotina pesada ao mesmo tempo nos distancia mais e mais dos contatos e interações com as pessoas.

Nessa toada, acabamos muitas vezes nos apegando demasiadamente aos bens que acumulamos, valorizando a materialidade que nos rodeia acima de qualquer coisa. E assim relegamos ao segundo plano nossas necessidades afetivas, nossos desejos sentimentais, tudo aquilo que não possui preço, o que não se compra nem se vende, apenas se vive.

Por mais que sejamos alertados para o perigo que reside nessa busca maçante pelos bens, pela riqueza, pelo status social, acabamos sendo atraídos quase que mecanicamente pelos apelos disso tudo. Vamos nos enchendo de objetos e nos esvaziando de sustância emocional, pois acabamos apenas enxergando o que os olhos veem, esquecendo-nos das carências de nossa essência humana.

Por isso é que muita gente se preocupa com os riscos na calota do carro, sem nunca perguntar como a esposa se sente. Por isso é que muitos pais olham o boletim escolar, mas se esquecem de olhar nos olhos dos filhos. Por isso é que muitos de nós percebemos quando o amigo engordou, porém jamais percebemos o quanto ele está precisando de nossa ajuda. Por isso é que muitas vezes temos tudo o que queremos, mas não temos ninguém de quem precisamos.

É necessário, pois, mantermos o foco nas escolhas que vimos fazendo, nas atitudes que tomamos, na importância que estamos dando àquilo que colocamos como prioridade em nossas vidas. Não podemos nos desconcentrar em relação ao que temos de mais precioso em termos de parceria, amizade, amor verdadeiro, ou acabaremos lotados de tralhas que não preencherão o nosso vazio existencial.

No mais, perca coisas e não pessoas. Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre.

 

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Fonte: resilienciamag

Não acabem com a caligrafia: escrever à mão desenvolve o cérebro

Pediatra acredita que é preciso cuidado para que o mundo digital não leve embora experiências significativas que tem impacto no desenvolvimento das crianças

As crianças que vivem no mundo dos teclados precisam aprender a antiquada caligrafia?

Há uma tendência a descartar a escrita à mão como uma habilidade que não é mais essencial, mesmo que os pesquisadores já tenham alertado para o fato de que aprender a escrever pode ser a chave para, bem, aprender a escrever.

E, além da conexão emocional que os adultos podem sentir com a maneira como aprendemos a escrever, existe um crescente número de pesquisas sobre o que o cérebro que se desenvolve normalmente aprende ao formar letras em uma página, sejam de forma ou cursivas.

Em um artigo publicado este ano no “The Journal of Learning Disabilities”, pesquisadores estudaram como a linguagem oral e escrita se relacionava com a atenção e com o que é chamado de habilidades de “função executiva” (como planejamento) em crianças do quarto ao nono ano, com e sem dificuldades de aprendizagem.

Virginia Berninger, professora de Psicologia Educacional da Universidade de Washington e principal autora do estudo, contou que a evidência dessa e de outras pesquisas sugere que “escrever à mão – formando letras – envolve a mente, e isso pode ajudar as crianças a prestar atenção à linguagem escrita”.

No ano passado, em um artigo no “Journal of Early Childhood Literacy”, Laura Dinehart, professora associada de Educação da Primeira Infância na Universidade Internacional da Flórida, discutiu várias possibilidades de associações entre boa caligrafia e desempenho acadêmico: crianças com boa escrita à mão são capazes de conseguir notas melhores porque seu trabalho é mais agradável para os professores lerem; as que têm dificuldades com a escrita podem achar que uma parte muito grande de sua atenção está sendo consumida pela produção de letras, e assim o conteúdo sofre.
Mas podemos realmente estimular o cérebro das crianças ao ajudá-las a formar letras com suas mãos?

Em uma população de crianças pobres, diz Laura, as que possuíam boa coordenação motora fina antes mesmo do jardim da infância se deram melhor mais tarde na escola.

Ela diz que mais pesquisas são necessárias sobre a escrita nos anos pré-escolares e sobre as maneiras para ajudar crianças pequenas a desenvolver as habilidades que precisam para realizar “tarefas complexas” que exigem coordenação de processos cognitivos, motores e neuromusculares.

Esse mito de que a caligrafia é apenas uma habilidade motora simplesmente está errado. Usamos as partes motoras do nosso cérebro, o planejamento motor, o controle motor, mas muito mais importante é a região do órgão onde o visual e a linguagem se unem, os giros fusiformes, onde os estímulos visuais realmente se tornam letras e palavras escritas

As pessoas precisam ver as letras “nos olhos da mente” para produzi-las na página, explica ela. A imagem do cérebro mostra que a ativação dessa região é diferente em crianças que têm problemas com a caligrafia.

Escaneamentos cerebrais funcionais de adultos mostram que uma rede cerebral característica é ativada quando eles leem, incluindo áreas que se relacionam com processos motores. Os cientistas inferiram que o processo cognitivo de ler pode estar conectado com o processo motor de formar letras.

Larin James, professora de Ciências Psicológicas e do Cérebro na Universidade de Indiana, escaneou o cérebro de crianças que ainda não sabiam caligrafia. “Seus cérebros não distinguiam as letras; elas respondiam às letras da mesma forma que respondiam a um triângulo”, conta ela.

Depois que as crianças aprenderam a escrever à mão, os padrões de ativação do cérebro em resposta às letras mostraram mais ativação daquela rede de leitura, incluindo os giros fusiformes, junto com o giro inferior frontal e regiões parietais posteriores do cérebro, que os adultos usam para processar a linguagem escrita – mesmo que as crianças ainda estivessem em um estágio muito inicial na caligrafia.

“As letras que elas produzem são muito bagunçadas e variáveis, e isso na verdade é bom para o modo como as crianças aprendem as coisas. Esse parece ser um dos grandes benefícios da escrita à mão”, conta Larin James.

Especialistas em caligrafia vêm lutando com a questão de se a letra cursiva confere habilidades e benefícios especiais, além dos fornecidos pela letra de forma. Virginia cita um estudo de 2015 que sugere que, começando por volta da quarta série, as habilidades com a letra cursiva ofereciam vantagens tanto na ortografia quanto na composição, talvez porque as linhas que conectam as letras ajudem as crianças a formar palavras.

Para crianças pequenas com desenvolvimento típico, digitar as letras não parece gerar a mesma ativação do cérebro. À medida que as pessoas crescem, claro, a maioria faz a transição para a escrita em teclados. No entanto, como muitos que ensinam na universidade, eu me questiono a respeito do uso de laptops em sala de aula, mais porque me preocupo com o fato de a atenção dos alunos estar vagando do que com promover a caligrafia. Ainda assim, estudos sobre anotações feitas à mão sugerem que “alunos de faculdade que escrevem em teclados estão menos propensos a se lembrar e a saber do conteúdo do que se anotassem à mão”, conta Laura Dinehart.

Virginia diz que a pesquisa sugere que crianças precisam de um treinamento introdutório em letras de forma, depois, mais dois anos de aprendizado e prática de letra cursiva, começando na terceira série, e então a atenção sistemática para a digitação.

Usar um teclado, e especialmente aprender as posições das letras sem olhar para as teclas, diz ela, pode muito bem aproveitar as fibras que se intercomunicam no cérebro, já que, ao contrário da caligrafia, as crianças vão usar as duas mãos para digitar.

O que estamos defendendo é ensinar as crianças a serem escritoras híbridas. Letra de forma primeiro para a leitura – isso se transfere para o melhor reconhecimento das letras –, depois cursiva para a ortografia e a composição. Então, no final da escola primária, digitação

Como pediatra, acho que pode ser mais um caso em que deveríamos tomar cuidado para que a atração do mundo digital não leve embora experiências significativas que podem ter impacto real no desenvolvimento rápido do cérebro das crianças.

Dominar a caligrafia, mesmo com letras bagunçadas e tudo, é uma maneira de se apropriar da escrita de maneira profunda.

“Minha pesquisa global se concentra na maneira como o aprendizado e a interação com as palavras feitas com as próprias mãos têm um efeito realmente significativo em nossa cognição”, explica Larin James. “É sobre como a caligrafia muda o funcionamento do cérebro e pode alterar seu desenvolvimento.”

 

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*Fonte: psicologiasdobrasil