Há algum tempo tenho vontade de ir novamente até o templo Budista de Três Coroas (RS), só que dessa vez de moto. Estive lá há alguns anos atrás e foi uma boa experiência, queria repetir. Na sexta-feira conversei com o Vladi e marcamos um ponto de encontro no meio do caminho, já que eu saio de Venâncio Aires e ele de Porto Alegre. É sábado de manhã, acordo cedo, ajeito as minhas coisas e quando passo no posto para abastecer a moto e encontro o Rafa, que é um parceiro de viagens de moto. Convido ele para ir junto mas já tem compromisso de trabalho para o período da tarde (fotógrafo).
De tanque cheio e sozinho parto tomo a estrada em direção de Porto Alegre (BR-287). Começo da empreitada. Curto passar na ponte do Mariante sobre o rio Taquari e não sei explicar bem o porque, mas é sempre uma boa sensação para mim desde os tempos de criança quando das viagens de carro em família com meus pais. Um pouco mais adiante resolvo parar no acostamento para verificar a amarra da minha mochila (com poucas coisas mas providencial). Estava com a sensação de que iria cair a qualquer momento. Mas não, foi só uma sensação e ela estava firme e forte no seu lugar.
Assim que chego no trevo, mudo a direção e sigo para Montenegro e depois São Leopoldo (caminho que percorri centenas de vezes por causa da universidade). Tudo tranquilo, dia muito bonito de céu limpo e claro prometendo calor para a o período da tarde. Perto de São Leopoldo mudo novamente de direção e sigo para Novo Hamburgo, onde me encontraria com o casal de amigos Vladi e Fabi. Chego antes do que eles mas esse tempo é muito bem aproveitado de boas sentando na conveniência de um posto de gasolina só observando as MUITAS motos legais (e bota muitas nisso!) passando pela 116. Estrada movimentada e com um fluxo de motociclistas incrível. Devo ter visto quase o catálogo inteiro de motos da Harley Davidson e das big trails da BMW desfilarem por ali…rsrs
Não demora muito, o tempo de tomar um café e eles chegam. Uma conversa breve e combinamos melhor o trajeto que seguiríamos dali para frente o resto do dia. Ok. segue o baile. Partimos para Três Coroas direto. Novamente uma viagem bem tranquila nesse trajeto, curto andar/pilotar nessa região. Chegando lá ainda havia o caminho que leva até o templo, uma estrada que começa com asfalto, muda para uma pavimentação de pedras irregulares, depois para uma saibro e por fim um trecho de chão batido mesmo. Na entrada do templo uma fila enorme de carros e ali já começava o exercício da “paciência” (srsrsrsr…). Tivemos um bom tempo de espera para entrar no templo. Mas ok, estávamos de boas e aproveitamos para por a conversa em dia e combinarmos novas empreitadas.
Sobre o templo budista de Três Coroas o que tenho para dizer ou então recomendar (um dos objetivos desses textos aqui), é que o lugar é incrível e muito bonito, realmente passa uma sensação de paz e harmonia (dá sim para sentir isso – acreditem!). Muitas coisas para ver, talvez até várias carecem de uma explicação maior ou ajuda de alguém (fica a dica) mas é sem dúvida uma grata experiência, independente de sua crença religiosa ou não. Chegamos perto do meio-dia, mas o tempo passou voando. Muita coisa para ver, admirar, ler, se informar e descobrir. Dessa vez consegui finalmente entrar no templo principal (numa outra passagem anterior por lá, ele estava fechado). Como ontem era sábado haviam muitos visitantes tipo a gente e sinceramente acredito que uma visita em um dia de semana deve ser mais calmo e portanto melhor ainda. Uma visita mais tranquila., mas isso é apenas uma opinião.
*Vou fazer um post somente com imagens dessa visita do templo. O lugar é incrível e rende muitas fotos que ressaltam essa harmonia, as texturas e cores diferenciadas de nossa cultura, o que acredito, seja sempre muito bom esse “choque”.
Depois dessa visita ao templo e ainda sem almoçarmos, já era por volta de duas horas da tarde, ainda seguimos para são Francisco de Paula que não era longe. Onde então iríamos almoçar. Eu que achei que a viagem já estava sensacional até então, tive uma grata surpresa, ainda teve mais situações interessantes. Tomamos a RS 270, que é uma estrada muito bonita, cheia de curvas e cercada de verde por todos os lados em várias partes do seu trajetos. E sempre subindo a serra (nesse caso). Depois do nosso almoço ainda fomos na lago São Bernardo, que é bem perto do centro da cidade, assim dizer. Um local muito bem cuidado e bonito. Gostei! Aliás, em uma nova oportunidade pretendo voltar e também dar uma passada na famosa livraria Miragem.
Tempo depois dessa empreitada já era hora de começarmos o processo de volta para casa. Descemos então direto até Taquara (trajeto incrível) para andar de moto, depois rumo à Sapiranga, Novo Hamburgo – onde mais adiante me separei do Vladi e cada um seguiu o seu caminho final de casa. Já estava noite e eu ainda tinha toda uma viagem similar à São Leopoldo – V.Aires pela frente. Uma paradinha para completar o tanque, um café e esticar as pernas. E de volta ao trecho. Fica difícil dizer que essa foi uma das melhores trips de moto que já fiz, até pelo contexto espiritual e também de paisagens locais e tal, mas sem dúvida está entre os meus TOP 10 de todos os tempos. Um dia longo e muito bem aproveitado, cerca de410km bem rodados de forma que não há texto nem muito menos fotografia alguma que conseguiria traduzir a sensação tão boa de que foi esse rolê. Só tenho a agradecer por mais esse momento.
Valeu Vladi e Fabi pela parceria, mais uma vez.
*Para conferir abaixo, algumas imagens dessa trip.