Grêmio – 3 vezes CAMPEÃO da AMÉRICA

Ontem foi dia de jogo decisivo da copa Libertadores da América de 2017, onde o time do Grêmio sagrou-se campeão diante do argentino do Lanús, pelo placar de 2×1. Já havia vencido na rodada anterior em casa por 1×0.

O time do eterno ídolo tricolor Renato Gaúcho jogava então apenas por um empate para ser campeão, mas o título veio de forma natural, com um time dominante, de forte pegada e marcação já no campo adversário, mesmo jogando fora de casa e em um estádio menor, portanto um ambiente mais arredio para uma final. O Lanús sentiu o golpe já no início da partida, quando não conseguiu se projetar ao ataque com tanta eloquência como em jogos anteriores, quando jogando em casa reverteu largos placares diante de seus adversários. Dessa vez não!

Com um gol Fernandinho depois de uma bela arranca de mais de meio campo, o Grêmio abriu o placar. Isso já serviu para aclamar um tanto os ânimos dos torcedores diante da pressão de um jogo de final fora de casa. Pouco tempo depois e ainda no primeiro tempo do jogo, o craque Luan numa jogada de muita inteligência, calma e sutileza, encobre em um simples toque o goleiro adversário. Goooool.

Com 2×0 no placar no intervalo da partida, mais o placar agregado da primeira partida da final, delineava uma situação favorável para o time já se imaginar com uma das mãos na taça. Mas calma, era apenas o intervalo e ainda restavam mais 45min de bola rolando. No final do primeiro tempo o meio campista Arthur se lesiona, volta no começo do segundo tempo mas não dá mais.  A partir daí confesso que nem assisti mais direito ao jogo, só queria que o meu time chutasse prá longe e prá frente o mais distante possível, afinal – “final de campeonato, bola pro mato”.

Tomamos um gol de pênalti ainda, é verdade, mas isso nem importa, a própria história vai esquecer esse pequeno detalhe e o que ficará com certeza desse dia maravilhoso é o toque sensacional do Luan encobrindo o goleiro adversário tipo em câmera lenta, saca? Uma pintura. O segundo tempo passou e foi um jogo feio sim, até tivemos uma nova chance com o Luan de marcar mais outro gol, mas OK, já estava bom e justo assim o placar. Deixa o tempo correr e esperar pelo apito final do juiz para assim soltar o grito de – é campeão!

E assim foi.

Valeu Grêmio! Serei eternamente grato por mais essa alegria, afinal o futebol é feito desse eterno ciclo de altos e baixo na história. Agora estamos bem, campeões e tal, mas amanhã ninguém sabe. então simbora aproveitar essa fase e alegria que ainda teima em ficar no ar desde a noite mágica dessa inesquecível quarta-feira – (29 de novembro de 2017). que venha o mundial, mas sei lá, nem me preocupo com isso, queria mesmo era ser Campeão da América! Sério.

Também sou grato pelas inúmeras felicitações de amigos torcedores do rival Internacional. Até porque o que seria do Grêmio sem o Inter? Essa dualidade de forças aqui no sul é que movimenta toda uma longa e histórica paixão local pelo futebol. Uma rivalidade interessante (desde que sem brigas é claro). Um forçando o outro a ser sempre melhor, se superar, a eterna roda – onde um está bem e o outro está mal. Faz parte da vida e do esporte. Gracias amigos!

Com esse título o Grêmio soma agora 3 Libertadores da América (1983 /1995 e 2017). Gracias Renato (#7) – campeão como jogador e agora como técnico do mesmo time. Valeu presidente Romildo Bolzan, meta alcançada e com louvor.

É CAMPEÃO! É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!!!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seja inadequado, porque não se adequar a uma sociedade doente é uma virtude

A vida contemporânea cheia de regras e adestramento fez com que houvesse uma padronização completa das pessoas, de tal maneira que todos se comportam do mesmo modo, falam das mesmas coisas, se vestem mais ou menos do mesmo jeito, possuem as mesmas ambições, compartilham dos mesmos sonhos, etc. Ou seja, as particularidades, as idiossincrasias, aquilo que os indivíduos possuem de único, inexistem diante de um mundo tão pragmático e controlado.

Vivemos engaiolados, tendo sempre que seguir o padrão, que se encaixar em normas pré-determinadas, como se fôssemos todos iguais. Sendo assim, a vida acaba se transformando em uma grande linha de produção, em que todos têm que fazer as mesmas coisas, ao mesmo tempo e no mesmo ritmo, de modo a tornar todos iguais, sem qualquer peculiaridade que possa definir um indivíduo de outro e, por conseguinte, torná-lo especial em relação aos demais.

Somos enjaulados em vidas superficiais e nos tornamos seres superficiais, totalmente desinteressantes, inclusive, para nós mesmos. Sempre conversamos sobre as mesmas coisas com quem quer que seja, ouvindo respostas programadas pelo padrão, o qual nos torna seres adequados à vida em sociedade.

Entretanto, para que serve uma adequação que transforma todos em um exército de pessoas completamente iguais e chatas, que procuram sucesso econômico, enquanto suas vidas mergulham em depressões?

Qual o sentido de adequar-se a uma sociedade que mata sonhos, porque eles simplesmente não se encaixam no padrão? Uma sociedade que prefere teatralizar a felicidade a permitir que cada um encontre as suas próprias felicidades. Uma sociedade que possui a obrigação de sorrir o tempo inteiro, porque não se pode jamais demonstrar fraqueza. Uma sociedade que retira a inteligência das perguntas, para que nos contentemos com respostas rasas. Então, por que se adequar?

Os nossos cobertores já estão ensopados com os nossos choros durante a madrugada. O choro silencioso para que ninguém saiba o quanto estamos sofrendo. Para manter a farsa de que estamos felizes. Para fazer com que mentiras soem como verdade, enquanto, na verdade, não temos sequer vontade de levantar das nossas camas.

O pior de tudo isso é que preferimos vidas de silencioso desespero a romper com as amarras que nos aprisionam e nos distanciam daquilo que grita dentro de nós, esperando aflitamente que o escutemos, a fim de que sejamos nós mesmos pelo menos uma vez na vida sem a preocupação de agradar aos outros.

Somos uma geração com medo de assumir as rédeas das próprias vidas. E, assim, temos permitido que outros sejam protagonistas destas. É preciso coragem para retomá-las e viver segundo aquilo que arde dentro de nós, mesmo que sejamos vistos como loucos, pois só assim conseguiremos sair das depressões que nos encontramos.

É preciso sacudir as gaiolas, já que, como diz Alain de Botton: “As pessoas só ficam realmente interessantes quando começam a sacudir as grades de suas gaiolas”. E, sobretudo, é preciso ser inadequado, porque não se adequar a uma sociedade doente é uma virtude.

*Autor: Erick Morais

 

 

 

 

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*Fonte: fasdapsicanálise

Computadores já dominaram um dos três tipos de consciência

A consciência é um conceito difícil de se identificar, mas um pequeno grupo de neurocientistas acabou de tentar fazer exatamente isso. O objetivo deles era determinar se estamos perto do grande objetivo da inteligência artificial – a autoconsciência artificial.

Por enquanto, a resposta é não. Mas eles apontam que ainda podemos construir nossas próprias mentes totalmente conscientes.

Um jeito “fácil” de definir a consciência é que ela é o conjunto de pensamentos e sensações que todos experimentamos pessoalmente. O que significa que ainda não temos uma maneira de estabelecer se ela existe em uma coisa, como um computador.

Assumindo que a consciência que damos como certa nos seres humanos é baseada nas mesmas leis físicas descritas em nossos livros didáticos de física e química, devemos ser capazes, teoricamente, de encontrar uma maneira de criar um modelo dela.

Esta foi uma das motivações do lendário Alan Turing, um dos criadores da ciência da computação. Sua resposta foi estabelecer as bases para o computador moderno. Turing sonhava com máquinas de computação universais que poderiam jogar xadrez melhor do que campeões do mundo – ele ficaria chocado pelo nível de inteligência artificial que temos hoje em programas como o AlphaGo e o DeepMind.

Mas por mais fantásticos que esses sistemas computacionais sejam, seus talentos extraordinários apenas se comparam com nossas próprias habilidades cognitivas – eles podem resolver problemas em velocidades ridiculamente altas, mas eles ainda não sabem que podem resolver problemas.

Mas será que poderíamos fazer alguns ajustes no futuro próximo para fazê-los acordar?

Para responder a isso, os pesquisadores quebraram a consciência em três categorias.

Eles chamaram a categoria de C0 a mais baixa, comparando-a com a solução de problemas que nossos cérebros efetuam sem percebermos, que é o que acontece quando voltamos do trabalho sem nem pensar no caminho. Os computadores podem fazer isso suficientemente bem, como podemos ver na iminente revolução dos veículos sem motorista.

Mas é questionável se podemos chamar isso de “consciência” em qualquer sentido real, o que nos leva à próxima categoria, a C1. “Refere-se à relação entre um sistema cognitivo e um objeto de pensamento específico, como uma representação mental da luz do tanque de combustível”, escrevem os pesquisadores.

Na C1, esse objeto de pensamento é selecionado para o processamento global, movendo-o de um relacionamento estreito para um que pode ser manipulado em vários contextos. Essa luz de combustível intermitente pode ser modelada em C1, não apenas como um único problema, mas um conceito que pode ser avaliado, priorizado e resolvido – ou não – de forma temporizada.

A categoria final, C2, é como um chefe olhando para sua fábrica do alto de um mezanino, consciente das tarefas que estão sendo desenvolvidas. Abrange o que chamamos de “meta-cognição” – uma sensação de saber o que sabemos. C1 pode ocorrer sem C2, e vice-versa. Mas de acordo com os pesquisadores, nenhum dos sistemas possui um equivalente na inteligência das máquinas. Ainda não, pelo menos.

Os pesquisadores especulam que a C1 evoluiu como uma maneira de quebrar a modularidade dos processos de inconsciência. Os avanços recentes em microchips que podem tanto armazenar como processar informações da mesma forma que células cerebrais humanas podem potencialmente desempenhar esse papel de revolucionar a tecnologia modular existente.

Para que isso funcione, precisamos aprender mais sobre como nossos próprios cérebros criam seu próprio espaço de trabalho global – a arquitetura que dá origem ao que pensamos como nossa consciência.

Para desenvolver a tecnologia C2, os pesquisadores sugerem vários processos, como alguns que aplicam probabilidade de tomada de decisão e outros que possuem algum tipo de meta-memória para estabelecer uma linha entre o que é conhecido e o que não é.

Embora o relatório não forneça caminhos para a próxima geração de inteligência artificial, argumenta que é perfeitamente possível construir máquinas conscientes com base em nosso próprio hardware mental.

Talvez tenhamos que esperar um pouco mais pelos replicantes de Blade Runner, mas parece que eles estão a caminho. [Science Alert]

 

 

 

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*Fonte: hypescience

20 Verdades Brutais Sobre a Vida que Ninguém Quer Admitir

Já passou por uma situação constrangedora? Como quando você pergunta a alguém se essa pessoa está bem, e ela responde sinceramente – e te conta o que se passa, as verdades sobre a vida dela. Difícil de engolir, certo?

Não porque sejamos apáticos com as dificuldades alheias. Mas não estamos habituados a vermos a vida do jeito que ela realmente é.
Afinal, todos temos nossos próprios problemas, que muitas vezes acabamos varrendo para baixo do tapete, para que ninguém as veja.

Viver uma vida cheia de mentiras é um equívoco. Claro que você não precise ser sincero e dizer a todos os problema que você passa na sua vida. Seria deselegante.
Apenas não se perca numa realidade inventada, ok?

Aqui estão 20 verdades brutais sobre a vida que todos deveriam, mas ninguém quer admitir.

1. Você vai parar de viver algum dia.
Todos queremos pensar que somos invencíveis. Mas, infelizmente, não somos. Pare de desejar ansiosamente mais dias. Comece a aproveitar o que está acontecendo agora.

2. Todo mundo ao seu redor vai morrer.
Abrace sua mãe e seu pai e seus irmãos. Você os ama. Seu smartphone pode estar sempre presente – e pode ser até substituído, caso necessário. Mas pode ser que eles não estejam para sempre ao seu lado. Diga às pessoas que importam para você o quanto eles importam.

3. O dinheiro não faz você feliz.
Não importa o quanto você tente, o dinheiro não vai lhe comprar felicidade. A vida é sobre viver, não acumular. Mude sua mentalidade quanto a isso.

4. Procurar a felicidade impede que você a encontre.
A menos que você esteja vivendo o agora, você está desperdiçando sua vida. Pare de perseguir amanhã e comece a aproveitar o hoje.

5. Gastar dinheiro é menos eficaz do que gastar tempo.
Se você quer fazer uma diferença real no mundo, doe seu tempo e economize seu dinheiro. Passar o tempo com as pessoas afeta aos outros e a você de maneiras que você sequer pode imaginar. Há sempre mais dinheiro, mas nunca háverá tempo suficiente.

6. Fazer com que todos sejam felizes.
Não se preocupe em tentar fazer todas as pessoas felizes. As pessoas nunca serão felizes. Essa é uma tarefa impossível. Faça feliz a si mesmo, antes que seu tempo se acabe. Sua felicidade por si bastará para afetar quem quer que esteja contigo.

7. Tentar ser perfeito irá matá-lo.
Se você ficar sempre na frente do espelho, apontando suas próprias falhas, você irá envelhecer antes do tempo! Não perca outro segundo tentando ser qualquer coisa exceto o que você está agora.

8. Os sentimentos também são importantes.
Nem tudo precisa ser lógico e racional. Os sentimentos nos levam a fazer coisas bastante surpreendentes. Preste atenção em como você se sente, ao invés de tentar se esconder de seus sentimentos.

9. Você é responsável por você mesmo.
Ninguém vai viver sua vida por você. Não seja uma talentosa criança de 40 anos que vive na barra da saia de sua mãe. Inspire-se. Saia e faça algo de bom com a sua vida.

10. Nada importará quando você se for.
Algum dia, você perceberá que boa parte daquilo com que você passou sua vida se preocupando não importa mais. Espero que você perceba isso enquanto ainda tem tempo para fazer as coisas que você realmente quer fazer.

11. Seu talento pode ser facilmente desperdiçado.
Se você tem um talento, ou quer aprender um novo, não espere. Faça isso por você mesmo, e fique orgulhoso disso.

12. O agora é tudo o que importa.
Você pode acordar morto amanhã, então não adie o que pode fazer hoje. Você pode não ter mais a mesma chance.

13. Pare de reclamar: ninguém se importa com a sua vida.
Adivinha? A vida é difícil para todos. Se quiser uma vida diferente, saia e se esforce. Ninguém vai mudar sua vida para você.

14. Compartilhe sua sabedoria com pessoas.
Se você sabe alguma coisa, e pode ajudar os outros com isso, compartilhe com o mundo. Não seja mesquinho. Nem deixe seu ego entrar no caminho e atrapalhar essa tarefa.

15. Invista em si mesmo.
Pare de viver às margens de sua própria vida. Se há algo que você quer fazer com sua vida, tome uma decisão e faça . Passar mais tempo com você mesmo nunca é uma decisão ruim.

16. Controle suas reações quando as coisas ficarem ruins.
Não importa o quão ruim seja uma situação, o que realmente importa é como você reage. A vida é cheia de desafios. Pedras no caminho. Mas se você realmente quer algo, desistir é uma péssima idéia.

17. Tenha melhores relacionamentos.
Trabalhe para mostrar seu melhor para as pessoas que você gosta. Não assuma que eles já sabem.

18. Procure o significado mais profundo das coisas.
A vida é sobre exploração e descoberta. Faça perguntas e fique curioso. Esteja em aprendizado constante. Queira ser alguém melhor a cada dia.

19. A ambição é inútil sem o trabalho.
Você pode ter todas as grandes idéias do mundo, se você não agir elas são apenas idéias inúteis. O sucesso é constituído por 10% de inspiração e 90% de transpiração, disse Thomas Edison.

20. O tempo é a coisa mais preciosa em sua vida.
Você nunca terá tempo suficiente. Faça o melhor que puder com o tempo que você tem hoje. Não o desperdice à toa.

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*Fonte: sociologialiquida

O Mito da Caverna – (Platão)

É Platão quem nos dá uma idéia magnífica sobre a questão da ordem implícita e explícita no seu célebre “Mito da Caverna” que se encontra no centro do Diálogo A República.

O Mito da Caverna

Vejamos o que nos diz Platão, através da boca de Sócrates:

Imaginemos homens que vivam numa caverna cuja entrada se abre para a
luz em toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes tenham as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde há uma parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de um homem e que, por trás desse muro, se movam homens carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o sol. Finalmente, imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna.

Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som real das vozes emitidas pelas sombras.

Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se freqüentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se deparava. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e, após formular inúmeras hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal ou limitado.

Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas. Compreenderia, então, que estas e somente
estas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas.

Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das coisas. Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar seus irmãos do julgo da ignorância e dos grilhões que os prendiam. Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não reconhece ou não mais se adapta à realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E, então, eles o desprezariam….

Platão

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*Fonte: holos

Por que a culpa não é do Tinder

Estava conversando com meu sobrinho sobre aplicativos de encontros, trocando ideias e experiências, quando ele me disse: “os aplicativos sempre servindo para nos apresentar pessoas interessantes… só que não”. Respondi a ele que os aplicativos são apenas ferramentas e que não podem fazer milagre. Eles nos mostram quem está disponível no “mercado” e supostamente interessado em ter um relacionamento afetivo ou sexual.

Há uma tendência generalizada de se “culpar” os aplicativos, a internet ou a tecnologia de forma geral pela queda na qualidade dos relacionamentos de hoje em dia. É como se o fato de usarmos um aplicativo para celular pudesse nos transformar em pessoas piores, passíveis de descartar outras pessoas em um piscar de olhos. Aliás, não… é como se isso acontecesse com todos os outros – menos com a gente. O que mais se vê são pessoas reclamando que não encontram outras pessoas interessantes, mas, por que será que essas pessoas não se encontram? Se quase todo mundo comenta a mesma coisa, quem são esses outros, afinal?

Os aplicativos de encontros são apenas mais uma forma de conhecer pessoas. Eles têm vantagens e desvantagens com relação a outras formas mais tradicionais de se buscar possibilidades de relacionamentos afetivos. Não é melhor em tudo, nem pior em tudo. É só mais uma forma. Facilita o descarte de pessoas – já pensou se cada cara mala que viesse nos abordar em um bar pudéssemos arrastar para a esquerda com um “nope” gigante? No bar, fica mais complicado. As pessoas selecionam mais, até porque, o descarte é mais difícil. Por outro lado, o aplicativo ajuda os tímidos. Poderia ficar aqui enumerando dezenas de vantagens e desvantagens, mas não é esse o ponto. A grande questão é: o problema não é o Tinder. O problema são as pessoas que usam o Tinder.

Quando dizemos “hoje em dia” ninguém quer mais relacionamento, estamos comparando com “antigamente”. Se dizemos que hoje é assim, é porque consideramos que antes não era. Ora, não era mesmo. Antes as pessoas se casavam por outros motivos – que não necessariamente o amor – e não se separavam. Não havia a possibilidade de buscar relacionamentos de melhor qualidade. Casava-se e vivia-se casado para sempre. Isso garantia felicidade? Obviamente, não. Novamente, temos vantagens e desvantagens. Havia a segurança, mas não havia a liberdade. Porém, essa tal liberdade que conquistamos hoje não é garantidora de felicidade, afinal. Porque você nunca sabe direito se está agindo certo ou não. Porque você não é obrigado a seguir script, o que lhe dá um número absurdo de possiblidades que você simplesmente não sabe se serão boas ou ruins.

Vivemos hoje a angústia descrita por Sartre, de sermos “condenados à liberdade”. Temos opções que não tínhamos antes, o que é ótimo, mas isso vem com uma carga de responsabilidade e maturidade que talvez as pessoas não tenham percebido. Vem também com uma questão interessante: afinal, o que você espera de um relacionamento? O quanto está disposto a se doar também?

Zygmunt Bauman em seu livro Amor Líquido cita a seguinte frase: “poucas coisas se parecem tanto com a morte quanto o amor realizado”, de Ivan Klima. Ele diz que no amor – assim como na morte – só sabemos como é vivendo. Se a morte é uma experiência única, ou seja, só morremos uma vez, o amor não necessariamente é assim. No entanto, cada história de amor é única. “Não se pode aprender a amar, assim como não se pode aprender a morrer”, diz Bauman.

Há um alto grau de insegurança ao se embarcar em uma relação. Diante disso, “em vez de haver mais pessoas atingindo mais vezes os elevados padrões do amor, esses padrões foram baixados. Como resultado, o conjunto de experiências às quais nos referimos com a palavra amor expandiu-se muito”, continua Bauman. Então, vive-se a ilusão de que pode-se “ganhar experiência” com o amor, aprender a amar. No entanto, “amar significa abrir-se ao destino, a mais sublime de todas as condições humanas, em que o medo se funde ao regozijo num amálgama irreversível”.

Em outras palavras, há um medo generalizado dessa insegurança, desse frio na barriga que vem junto com o amor correspondido. Há uma vontade de ter o lado bom do relacionamento, mas sem ter o lado ruim – ou seja, a possibilidade iminente de sofrimento. As pessoas querem ter, mas não querem depender. Tem coisa pior do que depender? Bauman diz que as pessoas querem “comer o bolo e ao mesmo tempo conservá-lo; desfrutar das doces delícias de um relacionamento evitando, simultaneamente, seus momentos mais amargos e penosos”.

Bauman cita, então, uma frase de Erich Fromm que diz: “A satisfação no amor individual não pode ser atingida sem a humildade, a coragem, a fé e a disciplina verdadeiras. Em uma cultura na qual são raras essas qualidades, atingir a capacidade de amar será sempre, necessariamente, uma rara conquista”. Essa frase praticamente resume o que quis dizer quando afirmei que o problema não é o Tinder, mas as pessoas que usam o Tinder.

A ideia de que “eu mereço uma pessoa que faça isso ou aquilo e não aceito menos que isso” é completamente coerente com os tais “amores de bolso” que Bauman cita, com o consumo de pessoas que satisfaçam nossos anseios. Arrisco a dizer que a maioria das pessoas não está, mesmo, preparada para o amor, mas não por causa do Tinder; nunca estiveram.

Rilke, no livro Cartas a um jovem poeta, um dos livros mais bonitos que já li, escreve que o amor é algo para o qual nós nos preparamos durante toda a vida. “O amor de duas criaturas humanas talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta, a maior e última prova, a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação. (…) O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe”.

Ele também compara o amor à morte. “Quem examina a questão com seriedade acha que, como para a morte, que é difícil, também para o difícil amor não foi encontrada até hoje uma luz, uma solução, um aceno ou um caminho. Não se poderá encontrar, para ambas estas tarefas (…) nenhuma regra comum, baseada em qualquer acordo”.

Essas cartas do Rilke foram escritas entre 1903 e 1908, muito antes do Tinder, o que mostra que o problema mesmo está nas pessoas, sempre esteve, e que os aplicativos somente são mais uma forma de explicitar isso.

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*Fonte: genialmentelouco/ Juliana Santin

60% dos jovens estão aprendendo profissões que a AI vai ocupar em 20 anos

Como problema perceber a extinção de profissões não é exclusiva de trabalhos manuais. Existem previsões catastróficas no mercado de TI.

De acordo com o relatório The New Work Order, divulgado pela Foundation for Young Australians (FYA), mais da metade dos estudantes do país estão atrás de profissões que se tornarão obsoletas pelos avanços tecnológicos e automação.

Em um apontamento preocupante, a pesquisa mostra que 60% dos jovens entram no mercado de trabalho em profissões que serão “radicalmente afetados pela automação”, e que pode ocorrer dentro dos próximos 10 a 15 anos.

A CEO da FYA, Jan Owen, disse que enquanto a taxa de desemprego e subemprego para os jovens na Austrália já é de cerca de 30%, as chances de conseguir uma posição no mercado de trabalho vão continuar a encolher. “Nossa análise descobriu que 60% dos estudantes ocuparão empregos que terão um nível de automação de dois terços nas próximas décadas”, destacou.

Neste relatório recomenda que se dê mais ênfase às habilidades digitais e ao empreendedorismo para os jovens. Acrescenta também que a redução dos impostos para os trabalhadores de baixa renda e a concessão de mais direitos aos trabalhadores freelancers poderiam ajudar a preparar a economia e a sociedade da Austrália para o futuro.

Neste ano a Foxconn substituiu 60.000 funcionários por robôs em uma fábrica na China este ano.

A empresa de eletrônicos que abastece a Apple, Samsung e dezenas de montadoras famosas reduziu o quadro de suas fábricas em Kunshan (China) de 110.000 a 50.000 empregados, de acordo com o jornal South China Morning Post.

A empresa explicou que os novos robôs estão efetuando as tarefas mais mecânicas do processo de produção, mas que os seus centros continuará precisando de trabalhadores envolvidos em pesquisa e desenvolvimento.

Substituir trabalhadores por robôs na cidade de Kunshan na China não é apenas uma decisão isolada da Foxconn, sendo que 600 grandes empresas estabelecidas nesta cidade têm planos bem parecidos.

Atualmente, a cidade de Kunshan é a mais importante do mundo em produção de laptops, smartfones, peças de computadores e eletrônicos em geral. Ela sozinha conta com mais de 4.800 empresas produtoras tecnologia.
Com isso nos podemos perceber que a extinção de profissões não é exclusiva de trabalhos manuais. Existem previsões catastróficas no mercado de TI.

A maioria das pessoas pensava que a AI só pode assumir, trabalhos manuais como o de motoristas de táxis, caminhões, ônibus, cobradores de ônibus, supermercado e etc… Isso com certeza torna as previsões surpreendentes até mesmo para o público de profissionais de TI. Já que são obviamente somos bastante familiarizados com tendências tecnológicas e avanços nas carreira do setor de TI.
Segundo o bilionário Vinod Khosla fundador da Sun Microsystems, 80% dos cargos de TI podem ser substituídos pela inteligência artificial.

Em uma Conferência, em San Francisco, o bilionário Vinod Khosla fundador da Sun Microsystems afirmou que 80% dos empregos de TI poderiam ser substituídos por sistemas com AI em questão de décadas.

“Eu acho que isso é emocionante”, acrescentou Khosla, fundador da Sun Microsystems e CIO da empresa Khosla Ventures em Silicon Valley.

Isso, é claro, é uma afirmação estranha a fazer sobre a perda de emprego de talvez milhões de pessoas no mundo.

Falando para uma plateia formada basicamente por CIOs e outros grandes executivos da tecnologia do Vale do Silício, Khosla apoiou sua declaração citando exemplos de empresas que estão desenvolvendo tecnologia que automatizaria a indústria de TI.

Credits: Thomson Reuters – A AI (Inteligencia Artificial) vai se apossar de mais de 60% das profissões mundiais em menos de 20 anos e os profissionais de TI não estão fora desta lista de profissões que serão jogadas no
Ele menciona Nutanix, uma empresa que Khosla Ventures vem investindo pesado em novas tecnologias para automatizar a maior parte do trabalho de infra-estrutura da computação. Automatizando a configuração, manutenção, administração e planejamento de redes tudo através da nuvem.

Ele também menciona Startups de software empresarial como a Mesosphere, que simplificam muito o trabalho de instalação e manutenção de software em servidores.

Khosla tentou acalmar seu público de grandes executivos do Vale do Silicio, dizendo-lhes para não se preocupar porque “estamos todos nos outros 20% e não mos 80% que são funções automatizáveis.”

Ele garantiu que CIOs e grandes executivos de tecnologia não precisam se preocupar, garantindo que para eles ainda há um futuro promissor nas carreiras do alto escalão da Tecnologia da Informação.

O bilionário do Vale do Silício não está sozinho em ver um futuro de IA nas indústrias de colarinho branco, talvez como médicos, advogados e contadores.

Mas para ser justo, talvez Khosla esteja certo ao dizer que é “excitante”, pelo menos até certo ponto. Afinal, ver máquinas fazendo o que os seres humanos podem fazer tem uma “certa vantagem”. Sendo que com a automatização dos processos ficarão mais rápida, produtiva e mais barata. Isso pode garantir preços mais baixos e proporcionará benefícios para a sociedade comum através de tecnologias mais acessíveis.

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*Fonte: suporteninja