Dia: 13 de dezembro, 2017
Cientistas descobrem como desligar a ansiedade
O interruptor é uma proteína que controla a emissão de neurotransmissores ligados à sensação de medo e nervosismo.
E se existisse um interruptor da ansiedade, que você pudesse ligar e desligar a hora que quisesse? Pois é nisso que alguns cientistas da Universidade da North Carolina estão trabalhando. O foco da pesquisa são pequenas proteínas cerebrais que podem ser a resposta para tratar várias doenças mentais, sendo a ansiedade a principal delas.
Essas tais proteínas, chamadas receptores de opioides Kappa (KORs, na sigla em inglês), têm um papel importante na liberação de um neurotransmissor ligado à dor e às alterações de humor, o glutamato. As KORs são justamente a porta desse neurotransmissor: é como se elas fossem um portão que regula a sua saída do cérebro para o corpo. O que os cientistas descobriram é a chave para abrir e fechar este portão.
O problema é que os pesquisadores ainda não compreendem totalmente como essa chave funciona, e nem os possíveis efeitos desse abre e fecha no organismo. Eles só sabem que funciona. Eles usaram ratos de laboratório para estudar o mecanismo: os bichinhos tiveram as KORs ligadas e desligadas em situações com diferentes níveis de stress, como, por exemplo, ser colocado em um campo aberto – o que é bastante assustador se você tiver o tamanho de um rato.
A partir daí, eles perceberam que o comportamento das cobaias mudava bastante de uma situação para a outra. Quando as proteínas estavam desligadas, os ratinhos mostravam sinais de estar menos ansiosos: eles permaneciam mais tempo no espaço aberto, e não ficavam tão agitados buscando abrigo. Quando os neurotransmissores saíam do cérebro de uma forma normal, acontecia o oposto: eles entravam em pânico e ficavam o tempo todo tentando achar abrigo.
Os resultados indicam que as proteínas em questão podem realmente ser portas que fecham o caminho da ansiedade no cérebro. Ainda não se sabe se elas funcionam da mesma forma no cérebro dos ratos e no dos humanos, mas como as estruturas das duas espécies são similares e como nós também temos as KORs, os cientistas estão confiantes para começar testes em humanos em breve.
O próximo passo para o estudo dessas portas é explorar as diferentes formas de ansiedade, suas causas e seus diferentes impactos no organismo humano. Essa fase é importante para que os cientistas possam identificar os usos mais corretos das proteínas em cada neurotransmissão, já que as quantidades de glutamato que saem do cérebro são diferentes em cada situação.
As KORs são conhecidas há pelo menos 20 anos na ciência e são, inclusive, a base para o funcionamento de alguns analgésicos e de medicamentos que tratam a adicção. Mas foi a primeira vez que os cientistas conseguiram estudar os efeitos dessas proteínas sobre as variações de humor – e, efetivamente, desligar essas pequenas portas.
Mas então, por que a gente não desliga tudo de uma vez? Afinal, ninguém gosta de ficar suando frio. Acontece que a ansiedade tem um papel muito importante nas nossas vidas: ela nos avisa sobre situações de perigo, nos ajuda a ficar espertos e prepara nossa cabeça para importantes eventos futuros. É só imaginar o que poderia acontecer com um ratinho desses se ele não ficasse ansioso em espaços abertos: ele seria uma presa muito fácil.
O problema real, que é o que os cientistas buscam solucionar, é quando os sintomas da ansiedade são constantes e interferem nas atividades do dia a dia e na nossa capacidade de viver uma vida normal. Essa situação configura o transtorno de ansiedade, termo guarda-chuva que abrange várias doenças, como a síndrome do pânico, a fobia social e as fobias específicas. Para dar uma ideia, só no Brasil, cerca de 47 milhões de pessoas sofrem com o transtorno em suas diferentes formas. Por isso, a descoberta, se levada adiante, pode ajudar muita gente a ter uma vida mais equilibrada.
……………………………………………………………………………………………….
*Fonte: fasdapsicanalise **(Fonte: super.abril.com.br)
Cientistas colocaram o cérebro de um verme em um robô e funcionou
Tem de “San Junipero”, um dos episódios mais aclamados da série “Black Mirror”, a imortalidade tecnológica, com o upload de cérebro em supercomputadores, é perseguida na ficção científica há muito tempo. Agora, porém, de acordo com a revista Smithsonian, cientistas conseguiram fazer algo muito próximo disso ao implantar com sucesso o cérebro de uma minhoca em um robô de peças de Lego.
Ainda que os avanços tecnológicos – e discussões éticas – necessários para realizar o mesmo em humanos ainda estejam muito distantes de nós, o feito dos pesquisadores é impressionante. Em 2014, um coletivo chamado OpenWorm mapeou todas as conexões entre os 302 neurônios do verme Caenorhabditis elegans e conseguiu fazer uma simulação em um software. O C. elegans é um pequeno nematódeo que foi extensivamente estudado na história e, como resultado, conhecemos todos os seus genes e sistema nervoso.
O objetivo final do projeto é reproduzir completamente o ser vivo como um organismo virtual – e o implante do cérebro simulado no robô é o primeiro passo. O robô tem as mesmas partes que o verme: um sensor de sonar que atua como um nariz e motores que substituem os neurônios motores do verme em cada lado do seu corpo. Sem nenhuma instrução, o cérebro virtual do C. elegans controlou e moveu o robô.
Segundo Lucy Black, do portal I Programmer, os membros do OpenWorm afirmam que o robô se comportou de maneira semelhante aos C. elegans observados. “A estimulação do nariz parou o movimento para a frente. Ao tocar os sensores de toque anteriores e posteriores, o robô move-se para a frente e para trás de acordo [com o contato]. Estimular o sensor de alimentos fez com o que o robô avançasse”, escreve.
Um dos criadores do projeto, Timothy Busbice, postou em seu canal no YouTube um vídeo do robô se movendo usando apenas a simulação do cérebro do C. elegans:
A simulação ainda não é perfeita. Os pesquisadores precisaram, por exemplo, simplificar os processos que fazem com que um neurônio dispare. Mesmo assim, o robô pode se mover, parar antes de bater em algo e fazer a volta usando nada mais do que uma rede de conexões que imita o cérebro de um verme. [Smithsonian]
…………………………………………………………
*Fonte: hypescience
Trem-Bala mais veloz do Mundo – 603 Km/h
O “Maglev” funciona por meio de um sistema de levitação magnética que usa motores lineares instalados perto dos trilhos. O campo magnético gerado faz com que o trem seja elevado até 10 centímetros acima da ferrovia e também o impulsiona, eliminando o contato e fazendo com que a única forma de atrito seja o ar.