Inteligência artificial do Google aprendeu a se tornar “altamente agressivo” em situações de estresse

O grande físico Stephen Hawking já nos alertou de que o avanço contínuo da inteligência artificial pode ser “a melhor ou a pior coisa” a acontecer com a humanidade. Para saber qual é essa pior coisa, comece assistindo O Exterminador do Futuro.

E não pense que esse é só um filme maluco muito longe da realidade.

Em testes no final do ano passado, o sistema DeepMind, a inteligência artificial (IA) do Google, demonstrou a capacidade de aprender independentemente a bater os melhores jogadores do mundo em Go, um jogo que envolve grande capacidade estratégica.

Agora, os pesquisadores têm testado sua disposição para a cooperação – e o que eles descobriram é no mínimo preocupante. Quando um agente DeepMind sente que está prestes a perder, opta por estratégias “altamente agressivas” para garantir que saia por cima.

Gathering

A equipe do Google executou 40 milhões de rodadas de um jogo de computador simples de coleta de frutas, chamado Gathering, que pedia a dois agentes DeepMind para competir um contra o outro para reunir quantas maçãs virtuais pudessem.

Os cientistas descobriram que as coisas corriam bem contanto que houvesse maçãs suficientes para ambos. Assim que as maçãs começavam a diminuir em quantidade, os dois agentes se tornavam agressivos, usando raios laser para expulsar o oponente do jogo e roubar todas as maçãs.

Você pode assistir a uma simulação do Gathering abaixo, com os agentes DeepMind em azul e vermelho, as maçãs virtuais em verde e os raios laser em amarelo:

 

Quanto mais complexo, mais agressivo

Curiosamente, se um agente acertava seu adversário com sucesso usando um raio laser, nenhuma recompensa era dada. Ele simplesmente conseguia tirar o oponente do jogo por um período definido, o que permitia que coletasse mais maçãs.

Se os agentes não usassem os raios laser, poderiam teoricamente acabar com quantidades iguais de maçãs, que é o que as versões “menos inteligentes” de DeepMind optaram por fazer.

Já quando a equipe do Google testou formas mais complexas da IA, sabotagem, ganância e agressão entraram em jogo. Redes menores de DeepMind tinham uma maior probabilidade de coexistência pacífica.

Ambiente e aprendizado

Os pesquisadores sugerem que, quanto mais inteligente é o agente, mais capaz ele é de aprender com seu ambiente, permitindo que use algumas táticas altamente agressivas para alcançar o topo de sua performance.

“Este modelo mostra que alguns aspectos do comportamento humano emergem como um produto do ambiente e do aprendizado”, disse um dos membros da equipe, Joel Z Leibo, ao portal Wired. “As políticas menos agressivas emergem do aprendizado em ambientes relativamente abundantes, com menos possibilidade de ações dispendiosas. A motivação da ganância reflete a tentação de tirar um rival e recolher todas as maçãs”.

Wolfpack

Os agentes DeepMind também foram testados em outro jogo, chamado Wolfpack. Desta vez, três IAs participaram das rodadas, duas como lobos e uma como presa.

Ao contrário de Gathering, este jogo ativamente incentivava a cooperação, porque se ambos os lobos estivessem perto da presa quando esta era capturada, ambos recebiam uma recompensa – não importa qual deles finalmente a agarrasse.

A ideia é que a presa é perigosa – um lobo solitário pode superá-la, mas corre o risco de perder a carcaça para outros animais. Se dois lobos capturam a presa em conjunto, eles podem proteger melhor a carcaça e receber uma maior recompensa.

Assim como os agentes DeepMind aprenderam em Gathering que a agressividade e o egoísmo lhes renderam o resultado mais favorável nesse ambiente em particular, eles aprenderam em Wolfpack que a cooperação levava a um maior sucesso individual neste caso. No vídeo abaixo, lobos (vermelhos) perseguem presa (azul) enquanto evitam obstáculos (cinzas):

 

Ensinando os sistemas de IA a ser bonzinhos

Sim, estes são “apenas” jogos de computador. A mensagem, entretanto, é clara: se sistemas de IA diferentes se tornarem responsáveis por situações da vida real, seus objetivos “particulares” (o motivo pelo qual foram criados) precisam ser equilibrados com o objetivo geral de beneficiar os seres humanos acima de tudo.

Como a Inteligência Artificial pode destruir a humanidade, de acordo com uns caras muito inteligentes

A equipe do Google ainda precisa publicar um artigo revisado por pares sobre os resultados destes testes, mas os dados iniciais mostram que, só porque os construímos, isso não significa que robôs e sistemas de IA terão automaticamente nossos melhores interesses como guias.

Em vez disso, precisamos incutir essa natureza útil nas nossas máquinas, e antecipar qualquer “lacuna” que poderia permitir que elas cheguem aos raios laser. [ScienceAlert]

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*Fonte: hypescience

Há pessoas que nunca deveriam levantar cedo, diz pesquisa

O cronotipo reflete o horário do dia em que o indivíduo preferencialmente encontra-se mais disposto à realizar diversas tarefas. Há pessoas que, antes de o sol nascer, tomam o café da manhã, limpam a casa e organizam a sua agenda. No entanto, para a maioria das pessoas, sair da cama com os primeiros raios do sol é um sacrifício. Na verdade, algumas pessoas são exatamente o oposto: eles são muito mais eficientes e produtivos durante a noite.

Os genes determinam as enzimas de síntese, os quais, por sua vez, aceleram ou desaceleram as reações químicas no interior das células do hipotálamo. Estas reações químicas são reciclados e determinam o período do nosso “relógio interno”. Mas, lembre-se, dia e noite ajustam-se continuamente a velocidade do ciclo. Outro fator poderoso é a sociedade que dita padrões de horários de trabalho, determina quando a pessoa deve ser produtiva, mas isso é um processo biológico polar de grupos de indivíduos. Todos os empresários, industriários, banqueiros e etc deveriam ler esta pesquisa e começarem a fazer estudo do cronotipo de seus funcionários e fazer a escala de trabalho de acordo com os horários de melhor produção de cada grupo.

Você é uma cotovia ou uma coruja?

Os cientistas criaram dois grupos opostos: os cotovias, que acordam cedo e tiram o máximo proveito de manhã e os corujas da noite, que aumentam o seu desempenho ao longo do dia e têm explosões de energias exclusivas à noite. Mas agora um estudo realizado no Instituto de Pesquisa de Biologia Molecular e Biofísica da Academia de Ciências da Rússia revelou que, na realidade, há muito mais por trás desses chronotypes e que certas pessoas nunca devem cedo.

Para biólogo Arkady Putilov e seus colegas da Academia Russa de Ciências pediu 130 pessoas para não dormirem por 24 horas seguidas. Os sujeitos indicariam por meio de um questionário, como eles se sentiram após tantas horas sem dormir e como foi o desempenho de suas atividades durante a experiência.

Assim, eles descobriram que há pessoas que passam o dia todo com baixo consumo de energia, são os categorizados como “letárgicos”, enquanto outros ficam ativos apesar da privação do sono e, independentemente da hora em que eles acordaram, estes foram chamados de “enérgicos”.

Estas pesquisas indicam que para as pessoas letárgicas – com menos energia – seria desastroso para elas serem obrigadas a se levantarem cedo, mas elas podem ser muito produtivas à noite. É provável que seu problema é porque o seu ritmo circadiano não é bem sincronizado com o ciclo natural de luz e escuridão. Basicamente, a luz solar é uma espécie de relógio natural que estimula o nosso corpo a produzir melatonina, o hormônio que provoca sono e algumas pessoas são exclusivamente produzem melatonina com mais velocidade e assim ficam com sono durante o dia mesmo que tenham dormido a noite inteira.

As pessoas energéticas atingem picos de atividade ao meio-dia. A luz solar, quando mais intensa, mais se sentem energizadas. No entanto, à noite essas pessoas não seriam produtivas, seu desempenho é aumentando lentamente ao longo do dia e diminui no final da tarde. O que muitos chamam de “melancolia do entardecer” é por causa disso.

Estas diferenças são devido, entre outros fatores, ao nosso DNA. De acordo com uma pesquisa realizada no Centro Nacional de Neurologia e Psiquiatria, em Tóquio, o gene PER-3, um dos genes do nosso relógio biológico, determina a propensão a subir mais tarde ou mais cedo, assim como o nosso nível de energia durante todo do dia e/ou à noite.

Os chamado “corujas” depois de 24 horas acordados, eles ainda sentem que seu “dia doméstico” não terminou, então eles estão dispostos a trabalhar mais tempo e ir para a cama mais tarde. “Cotovias”, por outro lado, alcançam seu “dia doméstico” antes do final astronômico, mas porque eles são propensos a uma atividade mais cedo. Podem acordar, por exemplo, às 5 da manhã e sentirão bem dispostos até o final da tarde.

Geralmente o cronotipo de cada pessoa é colocado ao nível genético. Por exemplo, os cientistas descobriram um gene que faz com que a pessoa tenha o ritmo de sono perturbado. Isto já é conhecida como DSPD (Delayed Disorder Sleep Phase) que afeta cerca de 3 pessoas em cada 2000.


Mas se o seu cronotipo não se encaixa em cotovia e nem coruja?

Muitas pessoas não podem ser atribuídas aos cronotipos de “corujas” ou “cotovia”. Para eles, outro cronotipo fornecido.

Um terceiro cronotipo é chamado de “Pombas” – aqueles que facilmente reorganizam o ritmo da vida em quaisquer circunstâncias. Este grupo de pessoas ainda está em estudos.

Você deve conhecer e adaptar o seu estilo de vida para o seu cronotipo

Conhecer o seu cronotipo lhe permitirá trabalhar seguindo o seu ritmo circadiano natural, que não só afeta sua produtividade, mas também o seu humor e sua saúde. Na verdade, tem sido mostrado que quando um ritmo circadiano é incompatível com o ritmo de atividade da pessoa, ela fica mais propensa a obesidade, diabetes e alguns tipos de câncer. Além disso, se a você estudar o seu cronotipo e adaptar seus horários de atividades ao seu ritmo circadiano, resultará positivamente no seu estado de espirito e sua saúde mental e emocional.

Na verdade, o ritmo circadiano é tão importante que os médicos do Hospital Paul Brousse, em Paris afirmaram que a quimioterapia deve ser aplicada em conformidade com este ciclo, pois é sabido que as células de certos tipos de linfoma tendem a dividir mais entre 9 e 22:00. Pelo contrário, as células intestinais tendem a fazê-lo às 7 da manhã e medula óssea ao meio-dia. Portanto, se a quimioterapia é aplicada no momento, seria mais eficaz e menos tóxico.

*Publicado originalmente por Julia Ruzmanova – Tradução e livre adaptação de Portal Raízes

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*Fonte: portalraizes