Fui entender como a neurociência quer hackear nossos cérebros

Antes de entrar na palestra “Hack The Brain: The Power of Neuroenhancement”, aqui no SXSW, não tinha realizado exatamente como os convidados trariam esse tema sem parecer algo sobre ficção científica. Até porque, num painel com um neurocirurgião, uma comunicadora e um professor de Stanford, eu não sabia muito o que esperar.

Eles começaram da forma mais simples, explicando quase que literalmente o que o título da palestra queria dizer: o poder do aprimoramento da neurociência na vida das pessoas.

Resumidamente, eles disseram que já existe uma tecnologia, que não é a ritalina, capaz de reprogramar as funções do cérebro e deixá-lo melhor e que isso realmente mudaria a forma de vida da sociedade.

Mas, como isso funcionaria na vida real?

Imagine doenças cognitivas como Alzheimer, que destrói a memória e outras funções mentais importantes. Agora imagine que essa tecnologia aliada à neurociência estão trabalhando para conseguir reprogramar o cérebro de pessoas que sofrem com a doença, “trocando os fusíveis” e apagando essas falhas, trazendo essas pessoas à vida normal novamente.

Implantando um chip, a tecnologia de neuroenhancement é capaz de mudar comportamentos e vícios do cérebro, como alcoolismo e anorexia, por exemplo. Isso acontece através de um estimulo o córtex, que pode inclusive curar pessoas com depressão.

Além de doenças, essa tecnologia também seria capaz de melhorar nosso potencial intelectual. Um pouco sobre como a ritalina age, mas muito mais poderoso e menos temporário. Você seria capaz de armazenar mais dados, avaliar melhor suas decisões, aproveitar o poder do seu consciente, prestar atenção em tudo que desejasse e tomar decisões muito mais assertivas.

Tudo parece maravilhoso, certo? Quase levantei a mão e perguntei em qual sala estavam implantando o chip.

Mas, existem riscos. Os convidados deixaram isso muito claro apesar de serem entusiastas e otimistas: não é tão permanente como se pensou. As doenças cognitivas, por exemplo, podem voltar em 10 ou 20 anos depois de implementar o chip no paciente.

Mas, não é apenas sobre isso. Com opiniões a favor e contra, os palestrantes trouxerem um ponto de vista interessante: o acesso a esse tipo de tecnologia será restrita o que poderia ser injusto para as camadas menos favorecidas da sociedade.

E o que isso implica? Num problema usual em países com desigualdade: os mais ricos teriam acesso à tecnologia, teriam mais chances nas melhores vagas de emprego (além de terem mais chances de sobreviver a uma doença, já que teriam dinheiro para pagar pelo chip).

A falta de acesso por todas as camadas da sociedade é problema que está sempre por perto, mas Henry Greely, professor de Stanford, disse algo para se pensar: “Quando o celular surgiu, apenas os mais favorecidos tinham acesso, poucos anos se passaram e hoje já são 5 bilhões de aparelhos no mundo”. A evolução é exponencial, mas o começo nem sempre é fácil.

Enfim, tudo isso parece muito maravilhoso, principalmente sobre o ponto de vista de exterminar doenças cognitivas e acabar com o sofrimento das pessoas, mas será que estamos preparados para melhorar a capacidade do nosso cérebro?

E mais: será que nós vamos saber lidar com os dados que os nossos pensamentos irão produzir e que estarão disponíveis? Essa preocupação já é real. O Facebook já tem disponível uma tecnologia que lê seus pensamentos e escreve o seu post sem que você precise digitar.

A grande questão é: quem vai ter acesso ao nosso pensamento nesse caso? O Facebook? A partir do momento que eu uso essa tecnologia, eles estão permitidos a controlar ou raquear meus pensamentos?

Fica aqui essa questão. São prós e contras como tudo na vida. Tudo tem a ver com aprimoramento, mas também com privacidade.

Na minha opinião, tudo que tem propósito faz sentido. Então, se for para aliviar o sofrimento humano com relação a doenças cognitivas, you go guys! Se for para tornar possível aprender uma língua nova apenas implantando um chip, you go too. Mas, se for para ter direitos sobre os meus pensamentos, thanks but no thanks.

Já dividimos dados demais por aí e meu pensamento é a única coisa que ainda é minha propriedade. Por isso, Mr. Zuckerberg, prefiro continuar perdendo tempo digitando, até porque eu adoro um textão.

Entre a invenção da roda e o lançamento da primeira nave espacial, uma coisa continua a mesma: a vontade humana de se recriar e ser impulsionada adiante.

Assim é o SXSW 2018. E esse é o DNA Hypeness.

O futuro é mais rápido, desafiador e inspirador do que se poderia imaginar. E é por isso que nossa passagem por Austin, para ver o SXSW de pertinho, tem um só objetivo: trazer para você hoje o que pode mudar o mundo amanhã.

*Por Janaína Navarrette

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*Fonte: hypeness

Dia de calor, mas foda-se – Simbora pegar a estrada.

Hoje foi mais um dia de testes com a XRE 300, sentir como ela se comporta na estrada e não somente na cidade, afinal ela tem de se acostumar. Vou ainda fazer também alguns testes “off road” com ela. Talvez semana, que vem. Tem vários lugares aqui no interior que rendem um bom passeio. E dá-lhe poeira na cara, hein!

Por causa do forte calor no começo da tarde de hoje, o que não lá era muito encorajador para pegar o asfalto e também economizar um pouco de grana (com esse preço da gasolina…), resolvi então não andar muito longe. Gosto de andar de moto, mas também não preciso me torturar por isso. Fui até Lajeado, que é perto na real. Depois, com tempo ainda de sobra segui adiante até Estrela (RS) – taí uma cidade que tenho curtido cada vez mais.

Fui até “antiga” fábrica da cerveja POLAR, um lugar bonito e interessante, tem uma cara de abandono mas nem tanto. Me dá a impressão de seja atualmente um espaço reservado para eventos culturais locais. Tem uma certa infra por lá que dá essa impressão. Bom isso. Numa área desse local, tem uma pequena praça que conta com uma bela escadaria que leva mais abaixo até um pequeno pier, na margem do Rio Taquari.

Fica a dica, é fácil de encontrar esse lugar e  é bem bacana para uma visita ou então, se não conhecem o lugar e a cidade, aproveitar para conhecer. Não esqueça, ali já era espaço da saudosa fábrica da cerveja Polar (que aliás, essa cerveja já não é mais “aquela coisa” hoje em dia – mas já foi muito boa). A título de informação, não sei dizer onde é fabricada atualmente a cerveja Polar.

Depois de curtir o lugar, meter um exerc´cio de subir e descer essa escadaria do local (ufa!), segui adiante, de volta a Lajeado e depois no rumo de casa novamente. Um rolê de moto curto mas muito bom. Ainda tive de parar e encarar uma fila em plena RS-453, porque estão arrumando o asfalto no trajeto. Espero que seja uma obra descente dessa vez, porque a estrada está bem ruim. Sempre na expectativa por estradas melhores e mais seguras.

*Abaixo algumas imgs dessa tarde (na real a maioria são do tal ambiente na antiga fábrica da Polar (Estrela – RS):