Dia: 24 de março, 2018
Beber água emagrece
Sabe aquela dieta que você vai, com toda certeza, começar amanhã, ou na próxima segunda-feira? Bom, tem uma maneira de dar esse início agora mesmo. São só três passos: 1) levante; 2) pegue um copo d’água; 3) beba. Fim. De acordo com um estudo da Universidade de Illinois, beber água, mesmo que nem seja tanta água assim, ajuda você a perder peso.
O estudo foi feito com mais de 18 mil americanos, divididos entre quatro fases que ocorreram entre 2005 e 2012. Para realizar o estudo, os pesquisadores pediram que os participantes filmassem absolutamente tudo que ingeriam (sólido ou líquido) durante dois dias não consecutivos. Com as imagens, os cientistas calculavam a quantidade de água presente nos alimentos e bebidas consumidos. Os dados revelaram que um aumento, ainda que de apenas 1%, na ingestão de água estava relacionado a reduções significativas nas quantidades de calorias, sódio, colesterol e açúcar.
Quando o consumo era de até três copos d’água a mais, havia uma diminuição de até 205 calorias ingeridas, o açúcar chegava a diminuir 18 gramas, o colesterol abaixava até 21 gramas, e o sódio alcançava uma diminuição de impressionantes 235 gramas. Ou seja, pessoas que bebem mais água consomem muito menos comida.
O estudo aponta que não houve diferenças significativas nos resultados, quando se comparavam cor, gênero, peso, altura, classe social, ou nível de educação — beber água melhora a dieta de qualquer um. “Essa descoberta sugere que deveríamos promover uma intervenção nutricional universal, com campanhas educacionais para promover o consumo de água no lugar de bebidas calóricas”, afirmou em comunicado Ruopeng An, cinesiologista (especialista em movimentos humanos) da Universidade de Illinois e responsável pela pesquisa.
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*Fonte: superinteressante
Pareidolia: ver significado em formas por todos os lados
Alguma vez você já viu a forma de um rosto em uma fechadura? Ou talvez um animal em uma nuvem? Essas percepções não são anormais. São, na verdade, bem comuns, e podem ser exemplos do que chamamos de pareidolia. A pareidolia é definida como um fenômeno psicológico em que um estímulo qualquer e aleatório – como uma imagem – é percebido erroneamente como uma forma reconhecível. O indivíduo cria uma organização e atribui significado para um estímulo ambíguo ou pouco estruturado.
Exemplos de pareidolia são as caras que vemos desenhadas no perfil de uma montanha, ou na fumaça que sai de uma chaminé. As pareidolias não são patológicas. Inclusive, talvez a incapacidade para formá-las pudesse ser patológica. Desse modo, são apenas um magnífico exemplo do que nossa mente é capaz de criar, de uma experiência mental anômala, sendo que o termo anomalia, nesse caso, não implica patologia, doença ou transtorno.
A pareidolia é uma distorção perceptiva
Os transtornos da percepção e da imaginação costumam ser classificados em dois grupos: distorções e enganos perceptivos. As distorções perceptivas somente são possíveis mediante a atuação dos órgãos dos sentidos.
Essas distorções perceptivas ocorrem quando um estímulo que existe fora de nós, e que é acessado pelos órgãos sensoriais, é percebido de um modo diferente do que seria normalmente percebido. A anomalia reside no fato de que as características físicas do mundo externo são percebidas de uma forma distorcida, criando outras imagens que não estão de fato lá.
Por distorção entendemos qualquer uma dessas possibilidades:
Percepção distinta da habitual e mais provável, tendo em conta as experiências prévias ou o modo como outras pessoas percebem o estímulo.
Percepção diferente da que seria a lógica se considerarmos unicamente a configuração física do estímulo. Isso acontece nas ilusões. É o caso também da pareidolia.
No caso dos enganos perceptivos, uma percepção nova é produzida. Essa nova percepção costuma conviver com o resto das percepções normais. Os enganos perceptivos não são fundamentos em estímulos existentes do mundo exterior, como acontece por exemplo com as alucinações.
Quantos tipos de distorções perceptivas existem?
Dentre as distorções perceptivas, encontramos a seguinte classificação:
– Hiperestesias e hipoestesias. São anomalias na intensidade da percepção (por exemplo, hiperalgesias e hipoalgesias, que é a condição de sentir mais ou menos dor do que o normal que o estímulo traria).
– Anomalias na percepção das características. Faz referência a visões coloridas e a mudanças na percepção da cor dos objetos.
– Metamorfosia. Supõe uma anomalia da percepção no tamanho ou na forma.
– Anomalias na integração perceptiva. São anomalias pouco frequentes que às vezes aparecem em alguns transtornos orgânicos e na esquizofrenia.
– Ilusões. Aqui temos dois tipos: de sensação de presença e as pareidolias – que são tema desse artigo.
Como podemos ver, são várias as distorções perceptivas que podemos experimentar, uma mais surpreendente que a outra. Nesse tema específico que estamos tratando, vemos que a pareidolia é apenas um tipo de distorção, sendo uma ilusão.
As ilusões: anomalias na estruturação de estímulos ambíguos
Uma ilusão pode ser descrita como uma distorção da percepção, sendo que essa é definida como uma “percepção equivocada de um objeto concreto”. Desse modo, as ilusões são percepções que não correspondem às características físicas objetivas de um estímulo concreto.
A partir de uma perspectiva psicológica clássica, as ilusões são o produto de uma disposição, ou tendência, que os humanos possuem de organizar em um todo significativo elementos mais ou menos isolados entre si em relação ao seu fundo. Existem muitos exemplos de ilusões, como a ilusão de Müller-Lyer ou de figuras reversíveis. Podemos encontrá-las facilmente na internet, e uma está abaixo. A ilusão é que apesar de não parecer, as duas linhas horizontais são do mesmo tamanho.
As pareidolias influenciam a cultura e as religiões humanas
Existem muitos fenômenos que, observados de maneira superficial, podem ser bastante curiosos e inclusive ser motivo de brincadeira. Esse é o caso da pareidolia. Se buscarmos na internet poderemos encontrar referências a uma fotografia de uma explosão, ou da superfície de um planeta, uma nuvem ou simplesmente uma mancha na parede, em que as pessoas declaram ver imagens religiosas, extraterrestres, rostos de pessoas, animais ou textos sagrados.
O fenômeno também pode acontecer em percepções auditivas, por exemplo no canto de um pássaro ou no eco que a pirâmide de Kukulkán em Chichen Itzá, que está na foto, faz. Também podemos notá-lo no ruído branco de uma televisão, ou em discos que são reproduzidos de trás para frente, nos quais muitos dizem que escutam mensagens satânicas.
Religiões anicônicas – que rejeitam os ícones – como a muçulmana e a judaica têm suas próprias manifestações associadas à pareidolia. Graças a ela, os muçulmanos veem o nome de Alá nas nuvens, em manchas de neve nas montanhas ou até mesmo nas auroras boreais, entre outras manifestações que já foram denominadas pareidolias muçulmanas ou milagres islâmicos.
Entre os fiéis da religião judaica, são conhecidos os chamadas códigos secretos da Torá. Neles, matemáticos especialistas em estatística acreditam encontrar textos proféticos de acontecimentos presentes e futuros. Pois bem… pensa-se que provavelmente o fenômeno é como o da pareidolia, funcionando sob o mesmo mecanismo da mente.
Um caso conhecido de pareidolia: as Faces de Bélmez
As Faces de Bélmez são um fenômeno considerado paranormal pelos adeptos da parapsicologia. Esse fenômeno consistiu na aparição de pigmentações, identificadas como rostos, no solo de uma casa localizada em Bélmez de Moraleda. Bélmez é um pequeno povoado na província de Jaén, na Espanha.
Esse fenômeno começou a ocorrer em 1971. Adeptos da parapsicologia consideraram esse caso como, sem dúvida, o fenômeno paranormal mais importante do século XX. Vários estudiosos, no entanto, já destacaram o acontecimento como uma fraude.
Isso pode ter sido percebido, erroneamente, devido ao fenômeno da pareidolia. Os rostos que apareciam na casa, na forma de umidade, podem ter sido “criados” mentalmente por distorções perceptivas. Ainda assim, os rostos que apareceram em Bélmez pareciam tão reais que também foi cogitado que tivessem sido feitos em segredo pela dona da casa.
Em todo caso, a pareidolia é um fenômeno que não deixa de nos surpreender. Tem explicações na forma como organizamos os estímulos que percebemos em nossa mente, e trata-se simplesmente de uma ilusão ou distorção perceptiva.
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*Fonte: amenteemaravilhosa