As Sessões de Blues Perdidas de Jimi Hendrix

Stephen Stills se lembra muito bem daquele dia. Era o final de 1969 quando ele visitou o estúdio Record Plant, em Nova York, para curtir algumas horas de diversão musical com o amigo Jimi Hendrix, que topou tudo – a certa altura, pegou um baixo para acompanhá-lo em uma versão animada de “Woodstock”, de Joni Mitchell. Stills foi embora revigorado. “Vê-lo tocar era como acompanhar o melhor atleta que você já viu – como Muhammad Ali”, diz. “Ele me ensinou a parar de pensar e deixar acontecer.”

Essa versão de “Woodstock” aparece em Both Sides of the Sky, lançado no dia 9 de março, pela Sony Legacy Recordings, em diversos formatos, incluindo CD, digital e uma edição limitada de vinil duplo de 180g. Trata-se de um álbum de gravações inéditas de estúdio que Hendrix fez nos dois últimos anos de vida, enquanto acumulava fitas para lançar depois de resolver uma disputa contratual. É o último trabalho de uma trilogia que começou com Valleys of Neptune, de 2010, depois que a Sony chegou a um acordo com a irmã do guitarrista, Janie, para liberar as músicas.

Alguns notáveis colaboradores aparecem no set, incluindo, além de Stills, Johnny Winter e o vocalista/saxofonista Lonnie Youngblood (companheiro de Hendrix antes da fama na banda Curtis Knight & the Squires). Stills aparece em duas faixas gravadas em setembro de 1969: a cover de “Woodstock”, de Joni Mitchell (meses antes da famosa regravação do Crosby, Stills, Nash & Young), e uma original, “$20 Fine”. Winter surge em uma versão completa e remixada de “Things I Used to Do”, do Guitar Slim.

Both Sides of the Sky pesa a mão no blues, mas capta a diversão que Stills descreve: há uma poderosa “Mannish Boy”, com Hendrix cantando em falsete acompanhando a guitarra incendiária; durante “Lover Man”, uma favorita nos shows, ele executa espontaneamente a música-tema de Batman. “Quando tudo desmoronava, ele começava a tocar o tema de Batman ou do seriado Peter Gunn”, conta o engenheiro de Hendrix, Eddie Kramer, que trabalhou no projeto. “Ele queria manter tudo leve.” Kramer dá como exemplo “Cherokee Mist”, uma faixa instrumental maluca e hipnótica de sete minutos com Hendrix na guitarra e no sítar. “Soa como um animal selvagem à solta no estúdio”, diz. Revisitando as músicas, ele lembrou a alegria de trabalhar com Hendrix, que mixava as próprias partes enquanto Kramer mexia na mesa diminuindo e aumentando os outros instrumentos ao mesmo tempo. “Depois de terminar, caíamos na risada.”

Será que esta é a última palavra sobre o trabalho em estúdio de Hendrix? “É difícil dizer”, afirma o coprodutor John McDermott. “Com Jimi, sempre há esperança de que exista uma pilha de fitas realmente ótimas por aí. Ele amava gravar e criar.”

>> Tracklist de Jimi Hendrix – Both Sides of the Sky Track

1 – “Mannish Boy” (inédita)
2 – “Lover Man” (inédita)
3 – “Hear My Train A Comin'” (inédita)
4 – “Stepping Stone” (inédita)
5 – “$20 Fine” (inédita, com Stephen Stills)
6 – “Power Of Soul” (versão estendida inédita)
7 – “Jungle” (inédita)
8 – “Things I Used to Do” (com Johnny Winter)
9 – “Georgia Blues” (com Lonnie Youngblood)
10 – “Sweet Angel” (inédita)
11 – “Woodstock” (inédita, com Stephen Stills)
12 – “Send My Love To Linda” (inédita)
13 – “Cherokee Mist” (inédita)

*por Kory Grow

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>> Uma palinha de cada música do álbum:

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*Fonte: rollingstone

Cuidados e precauções a respeito da irradiação de alimento no Brasil

Uma das técnicas empregadas com maior frequência pela indústria alimentícia para conservar os ingredientes por mais tempo é a irradiação iônica. Esse método baseia-se em submeter vegetais, frutas e até mesmo carnes a índices controlados de radiação com raio-X, Césio 197, Cobalto 60 ou ainda isótopos acelerados.

Irradiação de alimentos: benefícios e precauções

A radiação apresenta uma série de benefícios, sendo que o principal deles é a proteção contra insetos e demais pragas. Além disso, como já foi citado, a medida consegue retardar as etapas de amadurecimento e envelhecimento dos tecidos nos alimentos. Como consequência, os itens permanecem frescos e podem ser armazenados por um período mais prolongado. Este processo ocorre porque a radiação torna os átomos instáveis em íons (átomos carregados eletronicamente), evitando que os tecidos estraguem.

Apesar desses benefícios, muitas pessoas e especialistas questionam os possíveis malefícios que esses alimentos podem levar à saúde dos consumidores. Ainda que o procedimento seja classificado como seguro para os seres humanos, a carga de íons que uma única fruta recebe pode ser até 150 milhões de vezes maior do que a quantia envolvida em uma radiografia torácica, por exemplo.

Há também setores que levantam a praticidade dessa ação, trazendo para debate aspectos relacionados aos elevados custos deste tipo de operação e eficiência duvidosa do procedimento. Além disso, por conta dos efeitos dos elementos químicos adicionados e ao maior tempo de armazenagem, o valor nutritivo dos itens pode ficar comprometido. Estima-se a quantidade de vitaminas e proteínas sejam reduzidas em até 90%. Alguns estudos preliminares investigam uma provável relação entre o aumento nos casos de câncer no mundo todo e a radiação.

Este tipo de prática, portanto, é uma solução dispendiosa para lidar com a questão de segurança sanitária, pois foca nos sintomas e não na origem do problema. Um caminho economicamente viável e mais consciente do ponto de vista da saúde seria o cultivo local dos alimentos.

Quais são as regras para a irradiação de alimentos no Brasil?

Desde a publicação da Instrução Normativa nº 9, em 2011, o Ministério da Agricultura reconhece o emprego da radiação ionizante como tratamento fitossanitário. Ou seja, o texto liberou a técnica para a prevenção e disseminação das chamadas pragas quarentenárias. Como resultado, o Brasil ganha força para expandir a venda de frutas para mercados externos mais exigentes.

Tanto a dose de irradiação quanto categoria de alimento devem ser observadas para que não haja prejuízos à saúde da população. Além disso, é preciso estar atento aos efeitos da radiação para o meio ambiente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o processo é visto como seguro e pode resolver a escassez de alimento em várias nações.

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*Fonte: pensamentoverde