Mês: agosto 2018
Não existe nível seguro de consumo de álcool, mostra pesquisa
Uma má notícia para quem gosta de tomar uma taça de vinho no fim do dia, acreditando ser um hábito saudável.
Um novo estudo global, publicado na revista científica The Lancet, confirmou o que algumas pesquisas anteriores diziam: não existe um nível seguro para o consumo de álcool.
Os pesquisadores admitem que beber moderadamente pode proteger contra doenças cardíacas, mas sugerem que o risco de desenvolver câncer e outros males se sobrepõe aos benefícios.
De acordo com os autores do estudo, essas descobertas são as mais significativas já realizadas até hoje, devido à variedade de fatores levados em conta na pesquisa.
Quão arriscado é beber moderadamente?
O estudo, que faz parte da série Fardo Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês), analisou os níveis de consumo de álcool e seus efeitos sobre a saúde em 195 países de 1990 a 2016.
Na pesquisa, realizada com participantes de 15 a 95 anos, os cientistas compararam pessoas que não bebem álcool com consumidores de bebida alcóolica.
E descobriram que, dos 100 mil abstêmios, 914 desenvolveram problemas de saúde relacionados ao álcool, como câncer, ou sofreram alguma lesão.
Já quem toma diariamente uma dose – equivalente a 10 gramas de álcool puro – apresenta um risco 0,5% maior, se comparado a quem não bebe.
Se o consumo for de duas doses por dia, o risco sobe para 7%. E, no caso de cinco doses diárias, chega a ser 37% maior.
“Um drinque por dia significa um aumento pequeno do risco, mas se você ajusta isso à população do Reino Unido, representa um número muito maior. E a maioria das pessoas não toma apenas uma bebida por dia”, diz a médica Sonia Saxena, pesquisadora do Imperial College London, no Reino Unido, uma das autoras do estudo.
“Estudos prévios identificaram um efeito protetor do álcool em relação a algumas condições, mas descobrimos que os riscos combinados à saúde associados ao álcool aumentam com qualquer quantidade (consumida)”, completa Max Griswold, principal autor da pesquisa, da Universidade de Washington, nos EUA.
“A forte associação entre o consumo de álcool e o risco de câncer, lesões e doenças infecciosas compensa os efeitos protetores contra doenças cardíacas.”
“E embora os riscos para a saúde do álcool comecem pequenos, com uma dose por dia, eles crescem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais”, alerta.
No Reino Unido, o sistema de saúde recomenda, desde 2016, que homens e mulheres não bebam mais do que 14 “unidades” de álcool por semana, o equivalente a seis pints (medida inglesa que corresponde a 560 ml) de cerveja de moderado teor alcoólico ou a dez taças pequenas de vinho de baixo teor alcoólico.
Na época, a professora Dame Sally Davies, chefe de saúde do governo britânico, observou que qualquer quantidade de álcool poderia aumentar o risco de câncer.
‘Risco consciente’
A pesquisadora Sonia Saxena ressalta que o estudo é o mais importante já realizado até hoje sobre o tema.
“Este estudo vai além de outros ao levar em conta uma série de fatores, incluindo as vendas de álcool, dados dos participantes sobre a quantidade de álcool ingerida, abstinência, informações sobre turismo e taxas sobre comércio ilegal e cervejarias artesanais”, explica.
Em todo o mundo, estima-se que uma em cada três pessoas consuma bebida alcoólica, responsável por quase um décimo das mortes de pessoas entre 15 e 49 anos.
“A maioria de nós, no Reino Unido, bebe muito além dos limites de segurança, e como o estudo mostra, não existe limite seguro. As recomendações do sistema de saúde precisam ser reduzidas ainda mais e o governo precisa repensar sua política. Se você vai beber, informe-se sobre os riscos e assuma um risco consciente”, diz Saxena.
Já o professor David Spiegelhalter, pesquisador Universidade de Cambridge, no Reino Unido, divulgou uma nota de advertência em relação aos resultados do estudo.
“Dado o prazer presumivelmente associado ao consumo moderado, alegar que não há um nível ‘seguro’ não parece um argumento para a abstenção”, diz ele.
“Não há nível seguro para dirigir, mas o governo não recomenda que as pessoas evitem dirigir.”
“Reflita um pouco a respeito, não existe nível seguro para viver, mas ninguém recomendaria desistir (da vida)”.
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*Fonte: bbc
Pessoas mais felizes conversam com desconhecidos no transporte público
Se você é incapaz de ficar muito tempo em silêncio, adora fazer novos amigos e não resiste a uma boa conversa no ônibus ou no metrô, mesmo com estranhos, saiba que, de acordo com a ciência, você é pessoa muito feliz.
Conversar com estranhos no ônibus ou metrô pode te deixar feliz
Pesquisadores orientaram participantes de um estudo a conversarem com desconhecidos em um trem, se sentar sozinhos e em silêncio ou agir normalmente para, depois, responder a um questionário sobre seus sentimentos. Os dados foram recolhidos em viagens em meios de transporte público de Chicago, EUA.
O levantamento, divulgado pelo site Scientific American, mostrou que as pessoas que conversavam com estranhos relataram ter experiências mais prazerosas do que as que ficaram sozinhas e caladas.
Perguntados sobre os cenários opostos, os passageiros que agiram normalmente no experimento concordaram que o bate-papo no coletivo poderia realmente deixar o dia deles mais feliz.
A pesquisa ainda descobriu que, apesar de ser considerado um hábito prazeroso, as pessoas evitam puxar conversa com estranhos no transporte público porque acreditam que os colegas de assento não estão dispostos a dialogar.
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*Fonte: corujaprof
5 dicas de como economizar água e energia no banheiro da casa
Você já parou para pensar qual o lugar da casa em que o consumo de água e energia é maior? Acertou quem falou que é o banheiro! Por isso, se você ou seu cliente notaram alguma diferença no valor das contas, talvez esteja na hora de começar a economizar água e energia nesse cômodo.
É verdade que maioria dos moradores passem mais tempo em outros lugares da casa do que no banheiro. No entanto, hábitos incorretos durante alguns minutos nesse local são os responsáveis por um aumento expressivo no consumo de toda a residência.
1. Faça a manutenção preventiva
Uma pequena bucha gasta pode fazer com que uma torneira ou o chuveiro fiquem pingando por dias. Um detalhe que pode ser evitado com a manutenção preventiva. Ainda, o chuveiro deve ser limpo periodicamente, assim como os ralos, evitando vazamentos e infiltrações e, consequentemente, desperdício de água.
E, claro, sempre recomende ao seu cliente um check-up do estado dos canos e da fiação do banheiro.
2. Feche a torneira quando não estiver usando
É muito comum deixar a torneira aberta enquanto ensaboa o rosto ou escova os dentes, não é mesmo? O problema é que esse hábito corriqueiro pode desperdiçar até 12 litros de água durante alguns minutos de escovação. É muito coisa! Agora, multiplique essa quantidade por 30 dias ao mês? São 360 litros e alguns bons reais a mais nas contas.
Por isso, é preciso fechar a torneira sempre que não estiver utilizando o fluxo de água.
3. Regule o chuveiro e não desperdice água
Outras práticas comuns são: esperar o chuveiro esquentar enquanto a água escoa para o ralo, e tomar longos banhos com a água quente — o que também não faz bem para a pele.
Para ajudar a economizar água e energia nesses casos, a dica é deixar um balde abaixo do chuveiro enquanto a água fria sai, depois é só usar a água para molhar as plantas ou em outras tarefas. Deixar o balde dentro do box, para não esquecer de utilizá-lo, é uma ótima ideia.
Programar a temperatura do chuveiro de acordo com a estação do ano, assim como regular a saída de água fria e quente também são ações que ajudam a poupar energia.
E o mais importante é praticar um tempo de banho curto. De acordo com a Organização das Nações Unidas (OMS), cinco minutos são suficientes. Lembre-se também de sempre fechar o chuveiro quando for ensaboar o corpo e os cabelos.
4. Utilize equipamentos que consumam menos
Já existem muitas opções de torneiras e descargas mais econômicas disponíveis no mercado. Mas também é possível incluir, em um projeto para economizar água e energia, o uso das lâmpadas de LED que, em comparação com uma lâmpada convencional, pode poupar até 80% a mais.
Recomenda-se também as placas de aquecimento solar, que são sustentáveis, reduzem o uso de energia e ainda garantem água quente por toda a casa.
5. Reutilize água sempre que possível
Além da água que é possível captar do chuveiro enquanto ele aquece, uma outra forma de reaproveitamento é utilizar a água das fases da máquina de lavar para limpar o banheiro.
São mudanças simples — individuais e coletivas — que podem fazer uma grande diferença. Praticar e orientar seus clientes sobre essas atitudes também contribui para mostrar que você é um profissional consciente e responsável. Afinal, além da economia financeira, o meio ambiente é poupado e valorizado com essas ações.
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*Fonte: amigoconstrutor
Ansiedade noturna, a dificuldade de acalmar a mente devido às preocupações do dia
Se mesmo cansado e esgotado após um dia de trabalho estressante você não consegue relaxar e dormir, fica rolando na cama e permanece em estado de alerta, saiba que pode estar sofrendo de ansiedade noturna, condição caracterizada pela dificuldade de acalmar a mente devido às preocupações do cotidiano.
Como identificar ansiedade noturna
O acúmulo de ansiedade gerada ao longo do dia, quando não administrado no momento que ocorre, acaba se apresentando no período noturno, justamente no momento reservado para o descanso e para o sono reparador.
Preocupação, medo e nervosismo que aparecem na hora de dormir são experiências comuns de quem sofre de ansiedade noturna, assim como a dificuldade em pegar no sono, mesmo com esgotamento físico e despertares súbitos.
Insegurança em relação ao futuro e antecipação de acontecimentos ruins são fatores comuns que dificultam o desligamento dos problemas do dia a dia e atrapalham o relaxamento do corpo e da mente, fundamental para o sono. Sem conseguir dormir, portanto, a pessoa fica tensa, nervosa e entra em um ciclo vicioso de ansiedade que impede o descanso.
Como combater a ansiedade noturna
Ir para a cama somente quando o sono chegar, dar preferência a alimentos leves no jantar, praticar técnicas de meditação e respiração profunda antes de se deitar são medidas simples que ajudam a driblar a ansiedade noturna.
É importante ainda manter uma rotina regular de sono, com horários específicos, manter o quarto escuro, silencioso e livre de distrações, assim como evitar levar para a cama computador e celular, que podem aumentar a ansiedade e comprometer o descanso por causa da iluminação artificial dos aparelhos.
Caso o problema permanecer, o mais recomendado é sempre procurar um especialista psicólogo e/ou psiquiatra que podem ajudar a resolver situações mais graves.
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*Fonte: resilienciamental
‘O pensamento crítico morreu’, afirma o filósofo italiano Franco Berardi
“A possibilidade de futuro passa por estarmos abertos ao imprevisível”
A trajetória de Franco Berardi é no mínimo eclética. Na década de 60, ingressa no grupo Poder Operário, quando estudava na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Bolonha, onde se licenciou em Estética. Em 1975, funda a revista “A/Traverso”, que se transforma no núcleo do movimento criativo de Bolonha, e centra o seu trabalho intelectual na relação entre tecnologia e comunicação. Em finais da década de 70 exila-se em Paris e, posteriormente, ruma a Nova Iorque. Quando regressa a Itália, em meados dos anos 80, publica o artigo “Tecnologia comunicativa”, que preconiza a expansão da internet como fenómeno social e cultural decisivo. Com vasta obra publicada, o filósofo italiano e professor de História Social dos Media na Accademia di Brera, em Milão, continua a refletir sobre o papel dos media e da tecnologia de informação no capitalismo pós-industrial, a precariedade existencial e a necessidade de repensarmos “o nosso futuro económico”.
Entrevista* concedida à Ana Pina/O jornal Económico (Portugal), em 17 de junho 2018.
Leia trechos da entrevista com o filósofo italiano Franco Berardi:
O acrónimo inglês TINA – There Is No Alternative [não há alternativa] – é usado recorrentemente para justificar a necessidade de trabalhar mais e de aumentar a produtividade. Na sua opinião, não há mesmo alternativa?
Esse tem sido o discurso dos líderes políticos nos últimos 40 anos, desde que Margaret Thatcher declarou que “a sociedade não existe”. Existem apenas indivíduos, empresas e países competindo e lutando pelo lucro. É este o objetivo do capitalismo financeiro. E com esta declaração foi proclamado o fim da sociedade e o início de uma guerra infinita: a competição é a dimensão económica da guerra. Quando a competição é a única relação que existe entre as pessoas, a guerra passa a ser o ‘ponto de chegada’, o culminar do processo. Penso que, em breve, acabaremos por assistir a algo que está para além da nossa imaginação…
O que pode pôr em causa o capitalismo financeiro? Enfrenta alguma ameaça?
A solidariedade é a maior ameaça para o capitalismo financeiro. A solidariedade é o lado político da empatia, do prazer de estarmos juntos. E quando as pessoas gostam mais de estar juntas do que de competir entre si, isso significa que o capitalismo financeiro está condenado. Daí que a dimensão da empatia, da amizade, esteja a ser destruída pelo capitalismo financeiro. Mas atenção, não acredito numa vontade maléfica. O que me parece é que os processos tecnológico e econômico geraram, simultaneamente, o capitalismo financeiro e a aniquilação tecnológica digital da presença do outro. Nós desaparecemos do campo da comunicação porque quanto mais comunicamos menos presentes estamos – física, erótica e socialmente falando – na esfera da comunicação. No fundo, o capitalismo financeiro assenta no fim da amizade. Ora, a tecnologia digital é o substituto da amizade física, erótica e social através do Facebook, que representa a permanente virtualização da amizade. Agora diz-se que é preciso “consertar o Facebook”. O problema não está em “consertar” o Facebook, mas sim em ‘consertarmo-nos’ a nós. Precisamos de regressar a algo que o Facebook apagou.
O pensamento crítico pode ajudar a “consertarmo-nos”?
Não há pensamento crítico sem amizade. O pensamento crítico só é possível através de uma relação lenta com a ciência e com as palavras. O antropólogo britânico Jack Goody explica na sua obra “Domesticação do Pensamento Selvagem” que o pensamento crítico só é possível quando conseguimos ler um texto duas vezes e repensar o que lemos para podermos distinguir entre o bem e o mal, entre verdade e mentira. Quando o processo de comunicação se torna vertiginoso, assente em multicamadas e extremamente agressivo, deixamos de ter tempo material para pensarmos de uma forma emocional e racional. Ou seja, o pensamento crítico morreu! É algo que não existe nos dias de hoje, salvo em algumas áreas minoritárias, onde as pessoas podem dar-se ao luxo de ter tempo e de pensar.
Como vê o papel dos media e das redes sociais nos tempos que correm?
Devo dizer que, nos dias de hoje, a expressão “media” não é muito óbvia. Remete para quê exatamente? Remete para o The New York Times (NYT) ou para o Facebook? Digamos que, neste último ano, houve uma disputa cerrada entre o NYT e o Facebook e foi este que acabou por vencer, porque o pensamento crítico morreu. E o pensamento imersivo está fora do alcance da crítica. A imersividade é, pois, a única possibilidade. Esta é outra questão relevante. Acredita que o Facebook pode ser ‘consertado’? Pessoalmente não acredito. Em tempos, eu e muitas outras pessoas acreditávamos que a Internet ia libertar a humanidade. Errado. As ferramentas tecnológicas não vão libertar-nos. Só a humanidade pode libertar-se a si própria. Voltando ao Facebook, como podemos defini-lo? O Facebook é uma máquina de aceleração infinita. E esta aceleração, intensificação, obriga a distrair-nos daquilo que é a genuína amizade.
Considera que as redes sociais padronizam formas de estar?
Sem dúvida. A nossa energia emocional foi absorvida pelo mundo digital, por isso as pessoas esperam que os outros “gostem” do que dizemos [nas redes sociais] e muita gente sente-se infeliz quando os seus posts não produzem esse efeito. Uma das consequências desse investimento emocional é o chamado ‘efeito da câmara de eco’, ou seja, tendemos a comunicar, a trocar informações e opiniões com pessoas que pensam como nós, ou que reforçam as nossas expetativas, e reagimos mal à diferença. Podemos chamar-lhe psicopatologia da comunicação. O futuro só é imaginável quando estamos dispostos a investir emocionalmente nos outros, na amizade, na solidariedade e, claro, no amor. Mas se não formos capazes de sentir empatia, o futuro não existe. São os outros que nos validam, que nos conferem humanidade.
Refere num artigo que o ser humano tem de abandonar o desejo de controlar…
Hoje em dia, o grau de imprevisibilidade aumentou de tal forma que pôs fim à potência masculina. O ponto de vista feminino, por seu turno, representa a complexidade, a imprevisibilidade da infinita riqueza da natureza e da tecnologia – não no sentido de algo oposto à natureza, mas como uma forma de evolução natural. Atualmente, só o ponto de vista feminino é que pode salvar a raça humana. O ponto de vista masculino já não é capaz de fazer o tipo de ‘trabalho’ de que fala Maquiavel: dominar a natureza. Isso já não é possível, por isso temos de libertar a produtividade da natureza e da mente humana, isto é, o conhecimento. Hoje em dia, o problema não está no excesso de tecnologia, mas sim na nossa incapacidade de lidar com a tecnologia sem ficarmos reféns do preconceito do poder, do controlo, da dominação. Temos de abandonar essa pretensão: a de controlar.
Subscreve as palavras de Keynes: “o inevitável geralmente não acontece, porque o imprevisível prevalece”.
Sem dúvida. E embora não seja meu hábito fazer sugestões, deixo esta: as pessoas devem estar abertas ao inesperado, ao imprevisível. Se olharmos para o presente, constatamos que a guerra, a violência, o fascismo são inevitáveis. Mas o inevitável nunca acontece porque existe o imprevisível. Ora, nós não sabemos o quão imprevisível as coisas podem ser, mas podemos estar receptivos ao imprevisível. Devemos estar atentos e procurar continuamente uma ‘linha de fuga’ para o inevitável, sendo que isso requer muito empenho, uma enorme energia e atividade.
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*Fonte: revistaprosaversoearte
Como a madeira interfere nos vinhos
A madeira. Muitos vinhos passam pequenos ou longos estágios em barricas de carvalho. Mas qual a influência total dessa amadurecimento na bebida?
A madeira com que a barrica é fabricada altera a química do vinho ao entrar em contato com ele. Ocorrem, por exemplo, interferências como a estabilização e a suavização dos taninos, alterações nos aromas e sabores, entre outros fatores.
Esse é um processo conjunto com o oxigênio. Quando as barricas são preenchidas e vedadas, recebem uma quantidade pequena, mas significativa, de oxigênio. A absorção desse elemento químico, que ocorre de forma mais lenta nas barricas, tende a diminuir os aromas primários e frescos, e também faz com que pequenas moléculas de taninos se aglomerem, o que suaviza a adstringência nos tintos. A cor é estabilizada, podendo ser intensificada pela reação entre taninos e antocianinas (pigmentos vegetais de cor azulada ou avermelhada que conferem cor às frutas).
Qualquer tipo de madeira, como acácia, cerejeira e castanheira, com resultados variados e muito positivos. Mas, sem dúvida, as mais comuns são as espécies de carvalho, que, ao longo dos anos, revelaram uma afinidade diferenciada com o vinho, além de possuir boa maleabilidade e durabilidade.
O diferencial do carvalho
O maior diferencial do carvalho é, em uma palavra: porosidade. No caso do carvalho, é a ideal, já que os poros presentes na madeira permitem uma perfeita micro-oxigenação do vinho.
O carvalho é uma árvore nativa das zonas temperadas da Europa, América do Norte e Ásia. Ao todo, são mais de 250 espécies, mas as que deram melhor resultado na indústria toneleria foram: o carvalho francês, o americano – proveniente principalmente da Pensilvânia, Minnesota e Wisconsin – e do Leste Europeu, originário de países como a Hungria, Romênia, Rússia, Polônia e Croácia (Eslavônia).
Um vinho estagia em dois tipos principais de barrica: a barrica tradicional bordalesa, com capacidade para 225 litros, e a borgonhesa, que acomoda 300 litros. Essas quantidades facilitam o trabalho na adega, visto que 225 litros rendem, exatamente, 300 garrafas de 750 ml, enquanto 300 litros rendem 440 garrafas de 750 ml.
Nem todos os vinhos – brancos, tintos ou rosés – passam por amadurecimento em barrica. Os frutados, frescos e recomendados para consumo ainda jovens não são indicados ao estágio em madeira. E a maioria dos brancos está inserida nessa faixa. Porém, muitos dos maiores vinhos brancos do mundo fermentam e amadurecem em carvalho. É um trabalho considerado intensivo, mas, para muitos produtores, os benefícios valem o esforço.
Quais aromas e sabores o carvalho confere ao vinho?
Os fenóis são os principais responsáveis pelos aromas do vinho. São compostos que podem ser encontrados tanto nas uvas, gerados no processo fermentativo, quanto no carvalho da barrica. Os principais aromas que o carvalho cede ao vinho durante o envelhecimento são de especiarias, baunilha, canela, cravo, fumo, coco, caramelo, amêndoa torrada, frutos secos e café.
O perfil de sabor que o carvalho confere ao vinho depende dos diferentes graus de torrefação da barrica,
que podem garantir notas amadeiradas, de especiarias, de caramelo, entre outras. Neste caso, o três níveis mais comuns de sabor são: leve, médio e intenso.
As barricas de carvalho podem ser usadas mais de uma vez, dependendo do que o enólogo quer dar o vinho. Em seus primeiros usos, a barrica repassa mais aromas e sabores ao líquido. E quanto mais usada, menor sua interferência. Apesar do preço elevado, em poucos anos a barrica passa a ser neutra, ou seja, já não agrega tantos compostos como quando era nova. Por isso, alguns enólogos optam por preenchê-las com vinho apenas de três a cinco vezes. Geralmente, após esse tempo elas são vendidas a outros segmentos, como o de destilados.
Vinhos complexos não necessariamente têm que passar por carvalho. São vários os fatores que tornam os vinhos complexos – o amadurecimento em barricas é apenas um deles. Bons vinhos são resultado da preocupação constante com a qualidade em toda a produção e esse processo começa na vinha, com o acompanhamento da maturação das uvas.
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*Fonte: winepedia
Estudantes desenvolvem bactéria que come plástico dos oceanos e o transforma em água
A poluição nos oceanos é um problema grave. Segundo estudos recentes, é muito provável que até 2050 terá mais plástico do que peixes em nossas águas marítimas. Para a nossa sorte, não faltam pessoas muito visionárias trabalhando para reverter essa situação. Lembra do jovem de 21 que desenvolveu tecnologia que promete limpar o Oceano Pacífico até 2030?
Pois bem, a novidade do momento é uma bactéria, desenvolvida pelas estudantes Miranda Wang e Jeanny Yao. Trabalhando na ideia desde os tempos do colégio, hoje elas colhem os frutos e já possuem duas patentes, uma empresa e cerca de U$ 400 mil dólares de investimento inicial. Tudo isso com vinte e poucos anos!
Com cinco prêmios nas costas, a dupla ficou famosa por ser a mais jovem a ganhar o prêmio Perlman de ciência. Tudo graças ao protótipo de bactéria capaz de transformar plástico em CO2 e água. A tecnologia está sendo utilizada de duas formas: para limpar as praias e também para produzir matéria-prima para confecção de tecidos.
“É praticamente impossível fazer com que as pessoas parem de usar plástico. Nós precisamos de tecnologia capaz de quebrar o material. Tudo deveria ser biodegradável”, disse Wang.
A tecnologia em desenvolvimento é composta por duas partes. Primeiro o plástico é dissolvido e depois as enzimas de catalização quebram os componentes em pedaços mais maleáveis. Esses componentes são colocados em uma estação biodigestora, em que tudo será compostado. O processo leva, no máximo, 24 horas para acontecer. Ah, a tecnologia…
*Por Jessica Miwa
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*Fonte: thegreenestpost
Brasil é o país mais deprimido e ansioso da América Latina
Nos últimos dez anos, o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% — hoje, isso corresponde a 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. Os dados vieram à tona em um relatório recente realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para piorar, os brasileiros estão levando esses índices para o alto. No nosso país, 5,8% dos habitantes sofrem com a desordem, a maior taxa do continente latino-americano. A faixa etária mais afetada varia entre 55 e 74 anos.“Apesar de a depressão atingir sujeitos de todas as idades, o risco se torna maior na presença de pobreza, desemprego, morte de um ente querido, ruptura de relacionamento, doenças e uso de álcool e de drogas”, atesta o relatório.
O Brasil também é campeão mundial no índice de ansiedade: 9,3% da população manifesta o quadro. Essa disfunção engloba várias outras, como ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias e estresse pós-traumático.
O sexo feminino é o que mais sente as consequências — 7,7% das mulheres são ansiosas e 5,1% são depressivas. Quando se trata dos homens, a porcentagem cai para 3,6% em ambos os casos.
O documento ainda mostra uma possível causa para a taxa elevada de problemas mentais que o mundo presencia atualmente: “Esse crescimento é sentido principalmente em países com menor renda, porque a população está aumentando e mais gente está vivendo até a idade em que depressão e ansiedade são mais comuns”.
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*Fonte: resilienciamental