The Black Crowes – My Morning Song

Outra dos caras, não aguentei, sexta-feira dia de rock bebê!
Já que este blog paga pau diretaço para The Black Crowes, aqui então uma da banda no auge, num de seus melhores momentos, comendo pelas beiradas quando todo mundo estava de olho no grunge (que eu tbém gosto) e naquela tal Guns & Roses, o rock’n rol de verdade estava aqui. Tem guita slide, tem o mojo do blues, tem muita gana & atitude, tem tudo que uma boa banda precisa e ainda sobra prá janta de domingo. PQP!

Boa sexta para todos vocês!

*Ah! E se por ventura for realmente escutar esse som, já sabe… Aumenta o som, deixa rolar e pau na máquina.

Sofomaníaco: indivíduo estúpido que se acha extremamente inteligente

Muitos indivíduos não têm o conhecimento necessário para opinar com propriedade sobre um fato e, mesmo assim, opinam, inclusive não aceitando que ninguém os contrarie.

Há dias, deparei-me com esse conceito, que eu desconhecia. De início, refleti sobre mim mesmo, para ver se eu não me encaixava como exemplo, mas percebi que tento conhecer bem minhas limitações intelectuais. Então, comecei a procurar exemplos de sofomaníacos por aí e, obviamente, constatei que as redes sociais estão lotadas deles.

A palavra “estúpido” possui muitos significados, mas, nesse caso, conclui-se o mais adequado é tomá-la como sinônimo de “ignorante”, referindo-se a indivíduos que não têm o conhecimento necessário para opinar com propriedade sobre um fato e, mesmo assim, opinam. E o fazem se baseando em juízos de valor, em achismos, sem se aprofundarem sobre aquilo que se discute.

Hoje, assistimos a muitos embates entre grupos com ideologias diferentes, nas redes sociais principalmente, no que diz respeito a assuntos vários, relacionados à política, à religião, à sexualidade, aos governos, a relacionamentos, entre tantos outros. Qualquer questão minimamente crítica inicia uma avalanche de comentários e de postagens, muitas vezes agressivas, pois cada lado quer que seu ponto de vista vença, mesmo que por meio de argumentos pífios.

Comum, nesse contexto, proliferarem as notícias falsas – fake news -, que, muitas vezes, denigrem a imagem de alguém que esteja na berlinda naquele momento, através de inverdades, de fatos mentirosos, de calúnia e difamação.

Isso porque a internet parece uma terra de ninguém, ou melhor, parecia, porque, recentemente, muitos processos estão sendo movidos e causas vêm sendo ganhas, em favor de quem vê sua reputação manchada por fofocas infundáveis. No entanto, calúnias virtuais não estão mais circulando livremente impunes.

Cada um tem o direito de pensar o que quiser, porém, quando os pensamentos vão parar em registros virtuais, há necessidade de moderação e um mínimo de educação. Da mesma forma, não cabem, em pleno novo milênio, posturas extremistas, preconceituosas, que incitam ao retrocesso, após tanta luta para a conquista dos avanços que já se firmaram.

Ninguém é obrigado a gostar, a concordar, mas respeito é fundamental, sim, e imprescindível. Caso a pessoa exponha opiniões publicamente, terá que saber assistir a muita gente contrariando suas ideias, pensando exatamente o contrário, e isso não deve levá-la a agredir estupidamente, em vez de argumentar.

É preciso ter a consciência de que nada apaga o que se posta na internet, ou seja, assim como se deve proceder na vida, é necessário debater muita cautela, pesar bem as palavras antes de digitar em frente ao computador. Ou isso, ou encarar gente esbravejando, ou até mesmo abrindo processos judiciais. Tudo indica, ultimamente, que não haverá mais impunidade para os arrogantes que disseminam ódio e difamação pelas redes sociais. E isso é bom demais da conta.

*Por Marcel Camargo

 

 

 

 

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*Fonte: psicologiadobrasil

Um em cada dois brasileiros não se exercita o suficiente, diz OMS

Estudo Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira confirma que o brasileiro – apesar do fenômeno das “musas fitness” e da rápida expansão das academias nas médias e grandes cidades – se exercita menos do que deveria.

O levantamento, feito com dados coletados nos últimos 15 anos, revela que praticamente uma em cada duas pessoas em idade adulta (47%) no país não pratica atividades físicas suficientemente.

Entre as mulheres, a ociosidade é ainda maior que a média, 53,3%, enquanto a prevalência de inatividade entre os homens é de 40.4%.

No mundo todo, 1,4 bilhão de pessoas que correm risco de saúde por causa da ociosidade, que pode aumentar a propensão ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, por exemplo, diabetes do tipo 2, demência e de alguns tipos de câncer.

Para chegar à estimativa, o órgão da ONU computou dados de 168 países e revisou 358 pesquisas populacionais feitas entre 2001 e 2016, sondando 1,9 milhão de pessoas.

No contexto global, o Brasil se encontra no grupo de países onde há maior ociosidade, superando nações como os Estados Unidos (40%), o Reino Unido (36%).

O estudo define como “atividade física insuficiente” o descumprimento da recomendação padrão da OMS, que aconselha que seja praticado pelo menos duas horas e meia de esforço moderado por semana ou 75 minutos de atividade intensa.

Em nível mundial, a falta de exercícios é um mal que atinge 32% das mulheres e 23% dos homens adultos.

Essa discrepância entre os sexos é um problema cultural, segundo os médicos da OMS, e revela uma questão de desigualdade. “Mulheres enfrentam mais barreiras sociais e culturais para participar de atividades físicas, particularmente nas horas de lazer”, afirma Melody Ding, da Universidade de Sydney, na Austrália, coautora do estudo.

As tendências foram organizadas por regiões e, no caso da América Latina e Caribe, o estudo concluiu que houve uma piora significativa no intervalo de 15 anos pesquisado.

De 2001 a 2016, a parcela ociosa da população saltou de 33,4% para 39,1%.

A Oceania, onde apenas 16,3% da população se exercita pouco, foi a região mais bem colocada. Só foi registrada melhora, contudo, no leste e sudeste da Ásia, onde a proporção de pessoas inativas caiu de 26% em 2001 para 17% 15 anos depois. A boa notícia se deve principalmente à popularização do hábito de se exercitar entre os chineses.

Os países ocidentais ricos, de maneira geral, apresentaram piora nos níveis de sedentarismo, que passou de 30,9% em 2001 para 36,8% em 2016.

Inatividade física e dinâmica de desenvolvimento

“Diferentemente de outros grandes riscos à saúde, os níveis insuficientes de atividade física não estão diminuindo mundialmente. Na média, um quarto dos adultos não está alcançando os níveis de atividade física recomendados para uma boa saúde”, alertou a principal autora do estudo, a médica Regina Guthold.

Citado no estudo da OMS, o pesquisador brasileiro e reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, acredita que o conceito de “atividade física insuficiente” não é a melhor forma de tentar expressar o nível de ociosidade física em uma determinada população.

Ele avalia que o mais correto seria falar em “inatividade física”, e questiona as conclusões do estudo, que classifica como redundantes quando confrontados com levantamentos anteriores feitos pelo professor James F. Sallis, da Universidade da Califórnia em San Diego.

Hallal reconhece, porém, que o documento da OMS tem o mérito de destacar que “efetivamente não estamos conseguindo lidar com a pandemia de inatividade física”.

“A população não está se tornando mais ativa com o passar do tempo, e isso é extremamente preocupante, ainda mais pelo fato de que 5,3 milhões de mortes por ano no mundo são causadas pela inatividade física”, disse à BBC News Brasil, citando estudo de I-Min Lee, de Harvard, publicado na revista The Lancet em 2012.

O pesquisador gaúcho observa que há um contraste entre países muito pobres e ricos. Nos primeiros, os indivíduos são fisicamente ativos em suas tarefas diárias, fazendo deslocamentos a pé ou de bicicleta para o trabalho e se engajando em tarefas domésticas intensas.

Já em boa parte dos países mais desenvolvidos, os hábitos de transporte estão relacionados ao uso de veículos motorizados e o trabalho não envolve esforço. Isso leva a uma situação de sedentarismo que, se não for compensada com a prática de esportes, resulta em problemas de saúde.

“Quando os países começam a se desenvolver, essas atividades físicas que são mais obrigatórias do que voluntárias diminuem, e permanece apenas a atividade física de lazer. Acontece que a atividade de lazer ainda é procurada por muito pouca gente no mundo”, diz.

“Por isso a tendência é que esses dados piorem ao longo dos anos, porque, quando as pessoas dos países pobres começarem a ter mais recursos financeiros, elas vão sair da ocupação que exige atividade”.

Hallal pondera, porém, que elas não adotarão necessariamente a prática da atividade recreacional se não houver um incentivo a isso.

Políticas públicas e norma cultural

A OMS teme que o objetivo global de reduzir os níveis de inatividade em 10% até 2025 não será atingido se novas medidas não forem implementadas – políticas públicas para a promoção de atividade física regular, por exemplo, que impulsionem mudanças de hábitos.

“A gente precisa que a população incorpore a prática no seu cotidiano, e não como uma coisa pontual, só antes do verão”, diz Hallal. “Não adianta dizer: ‘eu jogo futebol com meus amigos às terças-feiras’. Isso não é ser ativo fisicamente”, critica.

“Precisamos que as pessoas incorporem o hábito de fazer atividade regularmente. Esse é o grande desafio da população brasileira nesse sentido. As grandes medidas que têm eficácia para aumentar o nível de atividade física são estruturais e ambientais”, afirma o reitor.

A construção de parques, academias populares, calçadões de orla e ciclovias são alguns exemplos de políticas públicas citados por Hallal como medidas que comprovadamente trazem resultados.

“Não vamos resolver o problema da inatividade física com academias privadas. Isso vai melhorar a vida dos 5% mais ricos da população. Para atingir os 95% restantes, precisamos mesmo é de políticas coletivas, especialmente as que atingem a questão do meio em que vivemos”.

A brasileira Fabiana Rodrigues de Sousa Mast, doutora em ciências esportivas pela Universidade de Basileia, pesquisou o uso desse tipo de infraestrutura pelas mulheres na comunidade da Cidade de Deus no Rio de Janeiro.

Ela concluiu que instalações públicas, ainda que em condições precárias, nitidamente favorecem uma maior prática de exercícios e melhoram a qualidade de vida da população.

“Precisamos focar em construir um ambiente, particularmente em áreas sociais vulneráveis, se quisermos atingir os níveis de atividade física necessários para conquistar indicadores de saúde desejáveis”, diz Sousa Mast.

“Quando falamos da promoção de atividade física na esfera global, falamos de política pública e de norma cultural. É como no caso de Amsterdã, por exemplo. Hoje a norma cultural em Amsterdã é andar de bicicleta. No dia que a gente chegar a um estágio onde a atividade está incorporada na rotina, o problema já vai ter diminuído consideravelmente”, conclui Hallal.

*Por Marina Wentzel

 

 

 

 

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*Fonte: bbc/brasil