Humilhar os outros não te faz forte, te faz infeliz

Como é de esperar, na vida nos deparamos com tudo, vivenciamos de tudo e aprendemos constantemente, isso é viver. Nas nossas relações durante a vida, nós iremos interagir com pessoas amáveis, generosas, que nos farão evoluir como seres humanos, mas, em contrapartida, nos depararemos também com pessoas amargas que, por se sentirem inseguras, ferem os outros.

Geralmente essas pessoas têm um complexo de inferioridade, consciente ou inconsciente, e por isso abusam de alguma posição entendida como privilegiada para descontar sua frustração em cima das outras, principalmente quando a vítima está em posição vulnerável.

Quando uma pessoa tenta humilhar outra de propósito, significa que:

1 – Ela tem um complexo de inferioridade em relação a quem ela tenta humilhar.

2 – Ela mesma é totalmente insegura sobre si mesma e em relação as realizações de quem ela tenta humilhar. Constranger e humilhar a outra pessoa é uma forma dela satisfazer seu complexo, criando uma falsa sensação de que seja superior.

3 – Sente-se ameaçada perante o potencial da suposta vítima e agir assim é uma forma de “botar o outro no seu devido lugar”.

Submeter outra pessoa a uma situação de humilhação não é um indicador de superioridade, mas o contrário é válido. A imagem que você vai conseguir passar de si mesmo é apenas a de uma pessoa fraca, frustrada e talvez com muito medo da outra pessoa a qual você esteja destratando.

Avalie-se e veja se o desdém, o descaso e o nojo que você coloca no seu tratamento em relação a uma pessoa de posição hierarquica inferior, não é apenas um modo de “marcar territótio”, um modo de mostrar quem manda, quando na verdade só está incoscientemente procurando se auto-afirmar perante si mesmo.

Humilhar outra pessoa não vai te blindar, não vai criar uma armadura impenetrável onde você possa se proteger de seus prórpios demônios. Fazendo isso você apenas estará escancarando sua personalidade frágil, mostrando aos outros o quanto é infeliz e que precisa pisar em alguém para se sentir um pouco melhor.

O certo é que você jamais terá o respeito daqueles a quem você constrange; talvez, no máximo, consiga despertar medo e, com certeza, muito ódio e desprezo daqueles a quem você humilha. Mas, se causar esse tipo de sentimento dos outros em relação a você é o que te apraz, deve ser porque, com certeza, você é uma pessoa com sérios problemas e deveria procurar ajuda.

Quem já esteve em situação de ser humilhado sabe que a “vítima” nunca enxerga aquele a quem lhe humilha como superior, portanto, tentar se impor por essas vias com o propósito de se afirmar sobre a outra, é apenas uma forma de mostrar sua fraqueza diante dela, que não reage por outros motivos que implicam em perdas e prejuízos a si ou a outrém a quem queira preservar e proteger, jamais pelo respeito que, evidentemente, não tem mesmo pelo humilhador.

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*Fonte: pensarcontemporaneo

Morre o guitarrista Otis Rush, um dos maiores nomes do blues

Otis Rush, cantor de blues e guitarrista inovador que teve uma influência profunda não apenas em seus colegas bluesmen, mas também em guitarristas como Eric Clapton e Jimmy Page, do Led Zeppelin, morreu no sábado, 29. Ele tinha 83 anos.

Sua mulher, Masaki Rush, anunciou a morte no site do Rush, dizendo que a causa foi uma complicação de um AVC que ele sofreu em 2003. Ela não disse onde ele morreu.

Um cantor emotivo e um guitarrista de grande habilidade e imaginação, Rush estava na vanguarda de um pequeno círculo de inovadores do final dos anos 50, incluindo Buddy Guy e Magic Sam, cuja música, inspirada no R&B, anunciava uma nova era para o blues de Chicago.
Enquanto Muddy Waters e Howlin ‘Wolf, seus antecessores do lado sul da cidade, popularizaram uma atualização amplificada do som do Delta do Mississippi, a variante modernizada de Rush – que veio a ser chamada de som West Side devido à sua predominância em clubes noturnos, naquela parte da cidade – era ao mesmo tempo mais lírica e mais ritmicamente complexa.

“O som foi um afastamento radical dos discos caseiros que dominavam o mercado na época”, disse o produtor Neil Slaven, contrastando o som de West Side de Chicago com sua contraparte do South Side, nas notas de uma compilação das gravações de Rush dos anos 50 para o selo independente Cobra.

No Cobra, Rush, que nasceu em 29 de abril de 1935, no Mississippi, mostrou suas linhas de guitarras elétricas dilaceradas e vibrantes e seus vocais gritantes inspirados no gospel – gemidos no meio do registro, saltos emocionantes de falsete. Dominando Chicago, sua cidade natal adotiva, essa obra inicial serviu como um rico repositório de material para as bandas de blues-rock dos anos 60.

O grupo britânico John Mayall e os Bluesbreakers, que tinha Clapton na guitarra, incluiu uma versão do shuffle de 1958, All Your Love (I Miss Loving), em 1966, Blues Breakers. O Led Zeppelin reinventou o sucesso de 1956 de Rush, I Can’t Quit You, Baby, em seu álbum de estreia, Led Zeppelin; Os Rolling Stones atualizaram a mesma música em 2016 em seu álbum Blue and Lonesome.

O guitarrista Stevie Ray Vaughan nomeou sua banda após a turnê secundária de Rush, Double Trouble. Virtuosos guitarristas, incluindo Johnny Winter e Duane Allman, também citaram Rush como influência.

Em uma entrevista à revista Rolling Stone, em 1968, o guitarrista Michael Bloomfield disse que as bandas de blues brancas que esperavam se provar na década de 1960 “tinham que ser tão boas quanto Otis Rush”.

Em 2015, a Rolling Stone classificou Otis Rush com o número 53 em sua lista de “100 Melhores Guitarristas”.

*Por Bill Friskics-Warren, The New York Times 

 

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: estadao