Uma risada falsa é identificada por pessoas de qualquer lugar do mundo

Não importa em qual lugar do globo você esteja – uma risada forçada não engana ninguém. Essa é a conclusão a que chegaram pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos. O principal autor do artigo, Greg Bryant, estuda há quase uma década a risada e o que ela diz sobre a evolução humana. Para ele, esse é um sinal universal que dá pistas sobre nosso comportamento e afinidade com outras pessoas.

Nesse último estudo, publicado em julho de 2018 na revista científica Psychological Science, a ideia era provar que indivíduos de qualquer parte do mundo sabem identificar um riso genuíno de um forçado. O experimento incluiu 884 homens e mulheres de 21 países, localizados em todos os continentes.

Primeiramente, Greg e sua equipe extraíram trechos de risadas verdadeiras de amigas que conversavam em inglês. Já os risos falsos foram tirados de gravações em que as mulheres tinham que rir quando recebessem um comando. Os áudios foram expostos aleatoriamente aos voluntários, e todos conseguiram distinguir as risadas reais daquelas que não saíram naturalmente. Mas alguns tiveram um pouco mais de dificuldade: habitantes de Samoa, uma ilha na Oceania, acertaram que uma risada era verdadeira em 56% das vezes; os japoneses, por sua vez, miraram na opção correta em 69% das oportunidades.

No geral, quem vive em países menos industrializados se saiu melhor em reconhecer um “riso falsiane”. Segundo Bryant, isso sugere que, nesses lugares, as pessoas se ligam emocionalmente umas às outras com maior frequência e usam sinais como a risada para prever o comportamento alheio. Já em regiões mais desenvolvidas, o sorriso falso é tido como um ato de educação no caso de relações entre indivíduos que não se conhecem, mas convivem apenas por status.

Mecanismos diferentes

Rir de forma espontânea e forçada não se difere apenas na expressão do seu rosto – cada uma dessas manifestações vem de mecanismos vocais diferentes e tem características próprias.

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*Fonte: superinteressante

Cingapura-Nova York: como é viajar no voo mais longo do mundo

Andar de avião já é um desafio. Horas de fila, banheiros apertados, cadeiras desconfortáveis, comida sem graça… Imagine, então, como é a linha Singapura-Nova York, que começa a funcionar na próxima quinta (11).

Com 16,7 mil km de extensão e 19 horas de voo, a linha, que será operada pela Singapore Airlines, ocupará o posto de mais longa do mundo. Antes, quem detinha o título era a conexão Doha (Catar)-Auckland (Nova Zelândia), que a Qatar Airways inaugurou no ano passado e que dura pouco mais de 17 horas.

Levantando voo

A equipe responsável pelo voo fez uma parceria com um spa, o Canyon Ranch, para diminuir os danos nos corpos dos passageiros: exercícios guiados de alongamento e um cardápio leve, ainda que atraente, com pratos como camarão, lagosta e vitela.

A equipe será composta por 13 funcionários. Mas calma, não vai haver nenhum tipo de abuso ou horas extras não pagas: eles terão quatro horas de descanso durante a viagem, e ficarão em Nova York por pelo menos dois dias antes de encarar a jornada de volta.

Preços salgados

A extensa rota não é novidade: a Singapore realizava essa mesma viagem, porém cancelou a linha cinco anos atrás. O motivo foi a alta no preço nos barris de petróleo, que tornam viagens longas caras e pouco vantajosas. Agora, o barril está cotado a US$75, contra os mais de US$100 da época.

Além disso, a tecnologia deu uma ajudinha. Os aviões agora são mais leves, armazenam mais combustível e consomem menos. O modelo que vai realizar o voo mais longo do mundo é a aeronave A350-900 Ultra Long Range, que possui menos assentos e mais espaço para passageiros que o normal. Serão 67 poltronas para a classe executiva e outros 94 para a econômica premium (uma espécie de “mini-executiva”).

Isso mesmo que você leu: não haverá assentos de classe econômica comum. A passagem de ida e volta mais em conta para a linha sairá por R$ 15 mil. Haja milha para juntar no cartão.

*Por Rafael Battaglia

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*Fonte: superinteressante