Estamos de volta!

Depois de um intervalo de mais ou menos uns 20 dias estamos novamente na atividade. O blog não pode parar (ao menos por enquanto – quem sabe uma hora dessas simplesmente tudo isso não faça mais sentido algum?Bem, ao menos por enquanto segue o baile. E ainda mais agora, de alma lavada e encharcada e de tanto prazer em estar nesses tantos últimos dias, numa incrível trip de moto por estradas da Argentina, Chile (cruzando a Cordilheira, chegando até o Pacífico e depois o deserto do Atacama) e depois a volta ao Brasil – tudo bem acompanhado dos amigos Vladimir, Fabiana e André. A estrada é longa, tortuosa, cheia de subidas e descidas mas You Keep on Movin, como diria o meu amigo Glenn Hughes (Deep Purple)!

ESTAMOS DE VOLTA!

*Ah! Claro que tem um caminhão de fotos dessa trip, mas ainda nem parei para pensar o que fazer. Uma hora dessas talvez publique alguma coisa.

 

91% das pessoas não relacionam produção de alimento com ameaça ambiental

91% das pessoas não reconhecem a conexão entre a produção e o consumo de alimentos –incluindo o desperdício- como a maior ameaça ao estado da vida no planeta. Essa é a conclusão de uma pesquisa divulgada pelo WWF nesta terça, Dia Mundial da Alimentação.

O sistema alimentar, que inclui a produção, o consumo e o desperdício, é o maior consumidor de recursos naturais e o maior emissor de gás de efeito estufa: usa 34% do solo e 69% da água dos rios disponíveis, e é a principal causa de desmatamento e de perda de habitat. Ao mesmo tempo, um terço de todos os alimentos produzidos nunca é consumido. O sistema alimentar é também responsável por cerca de um quarto de todas as emissões de gases de efeito de estufa um terço dos quais provém apenas dos alimentos desperdiçados.

A pesquisa encontrou uma desconexão preocupante entre os jovens: 11% dos entrevistados com idades entre 18 e 24 anos não consideram o sistema alimentar uma ameaça à natureza. Somando todas as faixas etárias, 40% das pessoas acreditam que a ameaça é “menos que significativa”. Cerca de 60% das pessoas com mais de 55 anos têm mais consciência sobre o assunto.

“A boa notícia é que podemos fazer esse sistema alimentar funcionar para as pessoas e para a natureza. Se a comida for produzida de maneira mais sustentável, distribuída de forma justa e consumida de maneira mais responsável, podemos alimentar todos sem destruir mais florestas, rios e oceanos. Precisamos aumentar a conscientização das pessoas sobre de onde a comida vem e mudar nossos comportamentos para garantir o funcionamento adequado de todo o sistema”, afirma o brasileiroJoão Campari, líder global da prática de Alimentos do WWF.

Foto: iStock by GettyImages

Encomendada pelo WWF e realizada pela YouGov, a pesquisa entrevistou 11.000 pessoas na Austrália, Brasil, Colômbia, Índia, Indonésia, Malásia, Holanda, África do Sul, Reino Unido e EUA. A escolha dos países se deveu ao fato de que eles têm sua segurança alimentar ameaçada por danos à natureza, além de oferecer contribuições significativas nos danos por meio da produção, consumo ou desperdício de alimentos.

“Na semana passada, um importante relatório da ONU destacou as ameaças causadas pelo sistema de alimentos às mudanças climáticas e o curto prazo que temos para agir. Embora haja muito sendo feito para melhorar o sistema alimentar, devemos trabalhar em todos os setores em maior escala e com maior urgência”, complementa Campari.

Segundo o levantamento, 80% dos entrevistados sentem que pode ser feito mais para resolver o problema, 66% querem especificamente que os governos tenham mais ações e 60% querem que as empresas aumentem seus esforços .

“Trabalhando juntos para realizar a Food 2.0, um sistema alimentar evoluído, todos nós temos o poder de levar a comida ao topo da agenda de conservação e ajudar a proteger nossa segurança alimentar global”, continuou Campari.

Para trabalhar em prol da Food 2.0, o WWF já possui cerca de 100 programas relacionados a alimentos em todo o mundo, em parcerias com governos, produtores de alimentos, empresas e outras organizações não-governamentais, e introduzirá vários programas globais nos próximos meses. O WWF está adotando uma abordagem sistêmica para alcançar mudanças transformadoras no setor de alimentos, concentrando-se em três áreas principais: Produção Sustentável, Dietas Sustentáveis e Perda de Alimentos e Resíduos.

 

Pensando em como os alimentos são produzidos e consumidos… qual seria a ameaça à natureza ou ao planeta, caso exista?
total Idades entre18-24 25-34 35-44 45-54 55+
Nenhuma ameaça 10% 11% 11% 10% 7% 10%
Nenhuma ameaça significante 29% 29% 27% 28% 28% 31%
Total considerando que a ameaça é menos que significante 39% 40% 38% 38% 35% 41%
Ameaça significante 52% 50% 50% 53% 57% 52%
A maior ameaça 9% 9% 12% 10% 8% 6%

 

Para cada um dos grupos, por favor, indique se você acha que eles estão fazendo muito, muito pouco ou o suficiente para garantir que todos tenham comida o suficiente enquanto protegem a natureza e o planeta da produção e consumo dos alimentos.
Governos ONGs Empresas Produtores de alimentos Consumidores
Fazendo muito menos que o necessário 32% 12% 27% 18% 22%
Fazendo menos que o necessário 34% 30% 33% 33% 37%
Fazendo o suficiente 10% 19% 10% 16% 12%
Fazendo mais que o suficiente 9% 14% 11% 13% 11%
Fazendo muito mais que o suficiente 5% 6% 7% 8% 7%
Não sei 11% 19% 13% 12% 12%

*Pontos percentuais arredondados para facilidade de referência e visualização

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*Fonte: ciclovivo

Menos brinquedos, mais imaginação

Brinquedo é coisa séria quando o assunto é infância. Saber avaliar o que é um bom brinquedo para a criança depende primeiramente da compreensão do significado do brincar e do seu ciclo.

Brincar é o motor que move a infância. Brincar brota da alma. É um processo de ativação da criança. E como todo processo, é vivo, se manifesta numa sucessão de etapas e se expressa em gestos e formas maleáveis, moldáveis, permitindo a criança criar, construir, desmanchar e transformar.

Toda brincadeira parte de um desejo da criança, das suas narrativas e interesses pessoais. Ela pensa em brincar de determinada forma, e a partir dessa ideia, elabora maneiras possíveis de realizar a brincadeira, buscando reunir e compor materiais para alcançar seu objetivo. Na sequência, ela mesma constrói seu brinquedo, sua brincadeira e desfruta desse brincar, fechando assim o ciclo.

Estudos e pesquisas sobre as sinapses do brincar, apontam que criar um brinquedo prepara a criança para o desenvolvimento de estratégias na vida adulta e que a concentração exigida numa brincadeira, corresponde à mesma que será empregada em atividades profissionais no futuro.

Quando a criança brinca apenas com brinquedos industrializados, brinquedos prontos, inibimos seu impulso de transformar em brinquedo, elementos do cotidiano que estão à sua volta. O brinquedo pronto entregue nas mãos da criança quebra o ciclo do brincar indo direto para a etapa final do processo, desestimulando a imaginação, a criação livre, e o trabalho de construção.

Além disso, a criança perde rapidamente o interesse pelo brinquedo que lhe é dado pronto, pois com a ruptura desse ciclo, ela não se vincula ao brinquedo por não ter sido ativa no processo de criação.

Um bom brinquedo tem que ter plasticidade, de maneira que o mesmo objeto possa ser transformado pela imaginação da criança em várias coisas diferentes, de acordo com o enredo de suas brincadeiras.

Um bom brinquedo é aquele que funciona e é movido pela energia da própria criança, por sua imaginação e capacidade criadora. É a força interior da criança que coloca em movimento objetos, que reúne materiais e compõem um todo repleto de sentido, produzindo alegria. Essa mesma energia movimenta também o corpo da criança promovendo seu desenvolvimento e gerando saúde.

Num simples passeio ao parque, é possível descobrir o lúdico ao alcance das mãos – gravetos, sementes, folhas, pedrinhas, entre outras coisas, que magicamente podem se transformar em brincadeiras divertidas. Quer algumas dicas? Leia aqui.

Aqui vale a expressão “menos é mais”. Menos brinquedos prontos, é mais imaginação, criatividade, desenvolvimento e saúde na vida da criança.

*Por Ana Lúcia Machado

 

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