É oficial: um dos maiores sucessos da MTV Brasil está de volta!
Estreado em 1990, o Acústico MTV foi uma verdadeira febre na música brasileira. O programa contava com o mesmo formato da versão americana e, no Brasil, trouxe arranjos e versões belíssimas das maiores bandas e artistas nacionais daquela época.
Atingindo quase todos os estilos musicais populares em nosso país, o programa contou com convidados que iam do rock do Charlie Brown Jr, Rita Lee e Engenheiros do Hawaii, passando pelo samba de Zeca Pagodinho, o pagode do Art Popular, o hip hop de Marcelo D2 e a MPB de Gilberto Gil e Jorge Ben Jor.
As gravações das apresentações costumavam gerar CDs de grande sucesso de vendas, como as 1,8 milhões de cópias do Acústico MTV dos Titãs e 900 mil cópias nas edições do Legião Urbana, Lulu Santos e Cássia Eller. Além do recordista que é o Kid Abelha, com 2 milhões de cópias em 2002.
A última edição do programa foi em 2011, no Acústico MTV do Arnaldo Antunes.
O retorno do projeto faz parte de uma estratégia de reposicionamento da MTV no Brasil, que pretende retomar sua relevância no ano que vem.
Susan Greenfield é neurocientista e pesquisadora sênior da Universidade de Oxford, e tem observações importantes sobre como o ambiente digital pode alterar nosso cérebro.
A britânica explica que tudo o que fazemos no dia a dia inevitavelmente afeta nosso cérebro, pois ele muda a todo instante de nossas vidas.
Nosso poderoso órgão se desenvolveu para se adaptar ao ambiente, não importa qual ele seja. Fator tão importante para compreender como o ciberespaço pode afetar nossas vidas, uma vez que nossas interações estão cada vez mais tecnológicas.
Identidade
Um dos pontos mais críticos da análise de Susan é como as redes sociais têm impacto na construção da identidade, afetando consequentemente os relacionamentos.
Se antes as pessoas viviam em comunidades locais, e construíam a identidade dentro de determinada cultura ou país, agora a constroem em presença global.
Isso é preocupante porque a construção da identidade dentro das redes sociais parte do princípio da aprovação de terceiros, ou seja, dos “likes”.
E, nada é real. Prova disso é quando alguém está em determinado local ou evento e apenas se preocupa em publicar o acontecimento nas redes sociais. Ela não está, de fato, vivendo aquilo.
A pesquisadora aponta como as pessoas se sentem muito importantes e conectadas, mas igualmente inseguras, com baixa autoestima e constantemente inadequadas.
Crianças + internet + videogames
Quando se trata de videogames, Susan se preocupa em como eles podem influenciar na atenção, agressividade e dependência.
Já foi demonstrado como jogar videogames é semelhante a fazer um teste de QI. Uma das possíveis razões do aumento de QI é devido a repetição de uma certa habilidade.
No entanto, não significa que o aumento do QI esteja relacionado ao aumento da criatividade ou capacidade escrita.
Estudos também já mostraram através de exames de imagem como os videogames aumentam áreas do cérebro que liberam dopamina.
Ela ressalta como na ciência nada é definitivo, e é preciso realizar mais estudos acerca do assunto.
Em relação ao TDAH (transtorno de déficit de atenção e da hiperatividade), há um aumento alarmante do diagnóstico. Nos últimos 10 anos, a prescrição de drogas como ritalina, usadas no tratamento da condição, quadruplicaram.
Há duas possibilidades para esses índices: ou há um diagnóstico maior do TDAH, ou maior prescrição dos remédios pelos médicos.
A causa principal, entretanto, pode estar nas tecnologias digitais.
O uso do medicamento ainda pode estar sendo utilizado de maneira equivocada.
A preocupação em torno do vício em jogos tem sido combatido com o uso da ritalina. Se ambos liberam a mesma substância, estão sobrecarregando o cérebro com dopamina.
Susan diz que é preciso aprofundar no aprendizado sobre os mecanismos cerebrais para compreender como funciona essa dinâmica.
A vida no ciberespaço
A pesquisadora cita um estudo americano, de 2010, que indicou como mais de metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos gastam mais de 30 horas por semana na internet.
São cinco horas por dia em frente às telas, sem contato com o mundo real, sem tomar sol, sem brincar no quintal. Enfim, sem realizar atividades que crianças costumavam apreciar.
Crescer no ciberespaço pode implicar na falta de capacidade de olhar nos olhos de alguém, interpretar tons de voz ou linguagem corporal.
Ela acredita que essa geração, chamada de “nativos digitais”, poderá enfrentar dificuldades em desenvolver o contato físico e perderá o interesse em conhecer pessoas no mundo real.
As comunicações tendem a ser cada vez mais escolhidas através das telas.
TV vs Internet
Ao contrário da televisão, nosso contato com a internet é altamente interativo e estimulante.
Um estudo publicado pela agência internacional We Are Social revelou que o Brasil é a terceira nação mais conectada do mundo.
Diariamente gastamos em média 5 horas e 26 minutos online via computador ou tablete e mais outras 3 horas e 46 minutos pelo celular.
São 9 horas e 13 minutos diários imersos no ambiente digital.
A pesquisadora cita que já foi comprovado que passar 10 horas na frente das telas tem forte correlação com anormalidades em exames cerebrais.
O futuro da nova geração
Quanto ao futuro da nova geração, a neurocientista tem previsões otimistas quanto pessimistas.
Segundo ela, pessoas nascidas na metade do século 21 podem apresentar um QI maior e boa memória.
Em contrapartida, essa geração pode ter identidade mais frágil, menos empatia, menos concentração e pode viver estagnada no presente, sem desenvolver o senso de passado, presente e futuro.
Essas explicações foram compiladas de uma entrevista que a neurocientista concedeu à Veja, em 2016.
Hoje o sábado começou muito bem, foi dia de ouvir um bate-papo/palestra do documentarista e aventureiro em duas rodas, Vantuir Boppre. Foi aqui na Honda Valecross, do amigo e gerente Ideraldo “Paulista”. Sempre interessante esse tipo de evento, ainda mais quando a pessoa é organizada, profissional e tem um belo material de apoio (DVD’s muito bem feitos de suas trips), mas ao mesmo tempo também tem um bom papo e sobretudo, conhecimento sobre o que fala. É o caso do Vantuir.
Isso foi muito conveniente hoje, porque há poucos mais de uma semana, eu e alguns amigos retornamos de uma trip de moto de vários dias pela Argentina e Chile. Assim é evidente que em muitos momentos dos vídeos e comentários hoje apresentados, me remetiam diretamente a fatos e acontecimentos similares de nossa viagem (guardadas as devidas proporções, é claro – a parada dele é muito mais “forte” e off road – do que foi a nossa). Mas os sentimentos e pensamentos de quem faz uma trip assim de moto, são parecidos, pode crer. E sabe aquele chavão de sensação de liberdade…PQP, é uma grande verdade! Se bem que quem curte andar de moto, seja lá onde for ou que tipo de terreno for, entende muito bem isso. Mas viajar para longe tem uma coisa diferente, ainda mais quando se ultrapassa fronteiras, isso proporciona outros conhecimentos e aprendizados, talvez pelo esforço e empenho aplicados na rotina do dia a dia na estrada. Mas enfim, estamos sempre aprendendo e é isso o que no final de contas realmente vale. A cada viagem você retorna outra pessoa. Melhor ou pior talvez eu não saiba afirmar (tenho a minha opinião sobre isso), mas retorna diferente. Com uma outra visão do mundo. Ainda bem.
Assim foi a viagem de hoje, mesmo que tenha sido apenas uma trip de palavras e vídeos, um outro tipo de viagem, mas incrível mesmo assim, com aquela vibe boa de sabedoria a ser compartilhada.