Arthur Maia (R.I.P.)

A nota triste de hoje é o falecimento de Arthur Maia, por parada cardíaca. Foi um dos maiores expoentes brasileiros na lida com o contrabaixo elétrico. O músico que era sobrinho do lendário Luizão Maia, da banda de Elis Regina, com quem aprendeu as primeiras técnicas no baixo, Arthur acompanhou, ao vivo ou em estúdio, alguns dos nomes centrais da MPB, como como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Djavan, Gal Costa, Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Ivan Lins, Luiz Melodia, Lulu Santos e Marisa Monte. Também integrou uma das formações da Banda Black Rio, a banda pop/rock oitentista Egotrip e o quarteto instrumental Cama de Gato, ao lado de Mauro Senise, Pascoal Meirelles e Rique Pantoja.

Descanse em Paz Arthurzinho Maia!

Batata Doce é a chave para o fim da gastrite, refluxo, azia, e até mesmo úlceras!

Com toda a certeza, você já conheceu pessoas que têm o seu dia a dia afetado por sofrerem de sérios problemas estomacais, como úlceras ou gastrite.

Porém, existe um alimento que consegue eliminar todos esses distúrbios: a batata doce!

É só juntar esse ingrediente com 600 ml de água filtrada para resolver qualquer incômodo no estômago.

Como tratar de problemas estomacais através da batata-doce:

1 – Tire a casca da batata e ponha-a juntamente com um bocadinho de água numa tigela: desse jeito, a batata nunca ficará escura;

2 – Ponha a batata e os 600 ml de água num liquidificador e, depois, recorra a um pano para coar o preparado;

3- Você deverá ficar com uma mistura idêntica a essa que apresentamos na imagem seguinte. A parte escura corresponde ao líquido. Já a parte branca é o polvilho;

4. Jogue o líquido fora, ficando somente com o polvilho;

5. Ponha tudo o que restou numa área que não esteja molhada;

6. Assim que o preparado ficar seco, dissolva uma colher de polvilho de batata em 200 ml de água e misture tudo muito bem;

7. Beba – deve ingerir um copo assim que acordar, antes do café da manhã, outro, antes do almoço, e outro, antes do jantar.

……………………………………………………….
*Fonte: tudopratico

Consumo, Logo Existo: A sociedade de consumo por Bauman e Baudrillard

A sociedade contemporânea, a qual muitos definem como pós-moderna, é uma sociedade caracterizada por um discurso polissêmico. Dito de outra forma, não há um sentido próprio ao ser, tampouco à vida. Desse modo, cabe ao indivíduo a busca por aquilo que lhe defina e, conseguintemente, lhe sirva de norte, dada a sua extrema liberdade.

Apesar de toda essa liberdade, existe uma lei, a qual todos ainda devem seguir, a saber, a lei do mercado. O mercado, assim, se apresenta como uma forma de sentido à vida, moldando a “personalidade” dos indivíduos e construindo os seus valores. Entretanto, na sociedade de consumo, as mercadorias não possuem apenas o valor de uso e de troca (visão marxista), mas, sobretudo, o valor simbólico. Isto é, os objetos passam a determinar um referencial para as pessoas.

Essa ideia é proposta pelo francês Jean Baudrillard, que aduz que os objetos possuem signos, os quais são impostos pelo sistema hegemônico. Ou seja, a sociedade por meio do sistema hegemônico, como a mídia, determina o valor que os produtos possuem, como slogans do tipo: “Se não é um Iphone, não é um Iphone”. Dessa forma, somos retribalizados segundo o que consumimos, já que não é a minha personalidade que me define, mas sim, o que eu consumo.

É nesse ponto que o mercado age, associando o consumo de determinados produtos com vidas bem-sucedidas e felizes. Ao passo que aqueles que não consomem, ou consomem produtos “chinfrins” são tristes, infelizes e perdidos na vida. O mercado utiliza-se, portanto, do consumismo para definir aquilo que devemos ser (e ninguém projeta uma vida infeliz).

As mercadorias, nesse contexto, são analisadas pelo signo que comunicam – como uma vida bem-sucedida – deixando de considerar a sua utilidade. Sendo assim, pouco importa se preciso ou não de determinado produto. Essa relação está obsoleta. Devo considerar o seu valor sígnico, ou seja, qual a mensagem que possuo ao consumir tal produto.

Nesse contexto de extrema “liberdade”, ser livre é poder consumir o que se deseja. Todavia, aceitando o “consumo, logo existo”, como brinde ganhamos a lei do mercado, e nela você não é apenas consumidor, é também mercadoria. Sendo mercadorias, como qualquer outra, somos analisados pelos signos que possuímos perante a sociedade. Assim, à luz de Zygmunt Bauman, buscamos pelo consumo aumentar o nosso valor sígnico, pois:

“Na sociedade de consumidores, todos nós somos consumidores de mercadorias, e estas são destinadas ao consumo; uma vez que somos mercadorias, nos vemos obrigados a criar uma demanda de nós mesmos.”

Essa demanda de nós mesmos, como dito, é construída pelo que consumismos, posto que, em uma sociedade em que os valores são determinados por aquilo que se consome, faz-se necessário consumir para possuir valor, inclusive, enquanto indivíduos socialmente e sexualmente atrativos para o mercado. E não se esqueça de que há sempre outras oportunidades no mercado acenando com valores maiores.

Desse modo, quando não consumimos e, sobretudo, os produtos com valores sígnicos relevantes, ficamos fora do mercado. Em outras palavras, não somos socialmente aceitos. No entanto, não vejo sentido em adequar-se ou ser “socialmente aceito” por um sistema que cria escravos de si mesmos.

A tentativa de dar sentido à vida por meio do consumo parece-me uma tentativa frustrante, dado que não se conseguiu estabelecer um sentido à vida das pessoas. Pelo contrário, fortaleceu a lei do mercado, e aumentou ainda mais o vazio deixado pela morte de Deus e/ou da razão na medida em que a lei do mercado transforma cada vez mais as pessoas em mercadorias e sem pessoa humana de verdade é impossível estabelecer um significado valorativo para a vida.

É claro que há de se considerar a possibilidade de que a vida não possua sentido. Mas esse não é o cerne da questão, mas a tentativa de dá-la por meio do consumo, uma vez que apenas somos retribalizados, excluídos e tratados sem grandes diferenças em relação a uma barrinha de cereal (ser fitness está na moda).

Por trás do culto da liberdade pregado pela modernidade líquida, existem inúmeras ditaduras, como essa, a qual altera de forma substancial o pensar e o agir das pessoas, distorcendo a realidade e construindo uma hiper-realidade caracterizada pela perda do referencial de identidade, atendendo a uma imposição econômico-cultural.

Sendo assim, vivemos, produzimos e consumimos artificialidade. Mas se você é um consumista assumido (é difícil) não se preocupe, estamos em tempos líquidos, ninguém dá muita bola para nada. Apenas cuidado, pois como a lei que lhe rege é a lei do mercado, talvez possa amanhecer em uma vitrine em dia de liquidação.

*Por Erick Morais

………………………………………………………………………..
*Fonte: provocacoesfilosoficas