Dia: 31 de dezembro, 2018
Por que a mudança de ano é importante?
As pessoas carecem de motivações para buscar fazer aquilo que não conseguiram antes. De incentivos para tentar superar barreiras que antes foram intransponíveis. De novas oportunidades para tentar de novo.
A passagem de um ano para outro é um “rito de passagem” marcado pela simbologia do fim de um ciclo e recomeço de outro. Nesse rito, deixa-se simbolicamente muitas coisas indesejáveis para trás ou congela-se no passado as experiências cotidianas não fortuitas. As boas e belas experiências são relembradas como se estivessem no fundo de um baú (que podemos esticar os braços e pegar o que nos interessa), ainda que essas tenham ocorrido a poucas horas: antes da zero hora do dia um.
Já dizia Mario Quintana que “bendito
quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça…”
O poeta usou adequadamente o termo “impressão”. De fato a vida continua; está enquadrada em um contexto estrutural, fruto de uma construção histórica. Pouca coisa depende apenas da boa vontade do indivíduo para mudar, principalmente de um dia para outro. Mas ainda assim precisamos crer que podemos atuar dentro dos limites da limitada liberdade que temos.
Precisamos do “rito do Ano Novo”. Carecemos da falsa ilusão de que será um recomeço. Precisamos de motivação, incentivo e oportunidade para, pelo menos, tentarmos…
*Por Cristiano Bodart
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*Fonte: cafecomsociologia
Japão, 30 mil suicídios por ano: riqueza, tecnologia, mas… vazio na alma?
Bispo do país atribui as causas à falta de sentido existencial, conectada à profunda carência de espiritualidade e religiosidade.
Uma análise do período compreendido entre 1998 e 2010 apontou que mais de 30 mil pessoas se suicidaram no Japão em cada ano desse intervalo, taxa que, aproximadamente, continua se aplicando até o presente. Cerca de 20% dos suicídios se devem a motivos econômicos e 60% a motivos relacionados com a saúde física e a depressão, conforme recente pesquisa do governo.
O assunto é abordado pelo bispo japonês dom Isao Kikuchi em artigo divulgado pela agência AsiaNews. Ele observa que o drama se tornou mais visível a partir de 1998, “quando diversos bancos japoneses se declararam falidos, a economia do país entrou em recessão e o tradicional ‘sistema de emprego definitivo’ começou a colapsar”.
Durante os 12 anos seguintes, uma média superior a 30 mil pessoas por ano tirou a própria vida num país rico e avançado. O número, alarmante, é cinco vezes maior que o de mortes provocadas anualmente por acidentes nas rodovias.
Riqueza, tecnologia e… vazio na alma
Rodeados por riquezas materiais de todo tipo, os japoneses têm tido graves dificuldades em encontrar esperança no próprio futuro: perderam esperança para continuar vivendo, avalia o bispo.
Paradoxo: após histórica tragédia nacional, suicídios diminuíram
Um sinal de mudança, embora pequeno, foi registrado por ocasião do trágico terremoto seguido de tsunami que causou enorme destruição em áreas do Japão no mês de março de 2011: a partir daquele desastre, que despertou grande solidariedade e união no país, o número de suicídios, de modo aparentemente paradoxal, começou a diminuir. Em 2010 tinham sido 31.690. Em 2011, foram 30.651. Em 2012, 27.858. Em 2013, 27.283. A razão da diminuição não é clara, mas estima-se que uma das causas esteja ligada à reflexão sobre o sentido da vida que se percebeu entre os japoneses depois daquela colossal calamidade.
Motivos para o suicídio
Dom Isao recorda a recente pesquisa do governo que atrela 20% dos suicídios a motivos econômicos, enquanto atribui 60% a fatores de saúde física e depressão. Para o bispo, os estopins do suicídio são complexos demais para se apontar uma causa geral. No entanto, ele considera razoável e verificável afirmar que uma das razões do fenômeno é a falta de sentido espiritual na vida cotidiana dos japoneses.
O prelado observa que a abundância de riquezas materiais e o acesso aos frutos de um desenvolvimento tecnológico extraordinário são insuficientes para levar ao enriquecimento da alma. A sociedade japonesa focou no desenvolvimento material e relegou a espiritualidade e a religiosidade a um plano periférico da vida cotidiana, levando as pessoas a se isolarem e se sentirem vazias, sem significado existencial. E é sabido que o isolamento e o vazio de alma estão entre as principais causas do desespero que, no extremo, leva a dar fim à própria vida.
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*Fonte: paporetolive
Drone com sementes inteligentes refloresta 1.200 hectares em 5 horas
Um drone com sementes inteligentes está sendo usado para ajudar no reflorestamento de forma rápida, prática e eficaz.
A ótima ideia, diante do desmatamento maciço, está sendo colocada em prática pelo empresário espanhol Juan Carlos Sesma.
O aparelho voador dele é capaz reflorestar 100 mil árvores em apenas 5 horas. O empresário já fez isso em 1.200 hectares de um parque em Guadalajara.
“Estamos diante de um método eficiente para criar ecossistemas, através da criação em série, como se fosse uma fábrica de automóveis”, diz Sesma
Como
Juan Carlos Sesma usa uma seleção de sementes ‘iseed’, ou semente inteligente, que é introduzida em uma cápsula biodegradável.
Ela tem todos os elementos para torná-la viável em sua primeira fase de crescimento, a mais crítica, mas com 80% de chance de sucesso.
Mas não é tão simples como parece. Primeiro é feita uma análise.
O protagonista desta fase executa o projeto mais eficiente, otimizando todas as variáveis em seu banco de dados usando algoritmos para que o futuro ecossistema seja o mais completo, harmonioso e sustentável possível.
O Big Data está presente durante todo o processo antes do plantio. Ele é responsável por escolher o mais adequado para a criação de ecossistemas de sementes nativas.
Com as variáveis escolhidas e as sementes inteligentes criadas, o drone de CO2 entra em ação.
Drone em ação
Com ele é possível que uma zona afetada por um incêndio se recupere completamente.
“Este tem um mini-depósito anexado que lança a iseed, contando com os parâmetros estabelecidos pelo Big Data”, explica Sesma.
Outro ponto a favor da incorporação de drones no trabalho de reflorestamento é que as sementes liberadas podem alcançar lugares que não são facilmente acessíveis pelos humanos.
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*Fonte: sonoticiaboa