Um olhar positivo para a Inteligência Artificial

Ao contrário do que se teme, a Inteligência Artificial não representa uma ameaça e pode ser uma grande oportunidade para comunicadores.

Medo é o sentimento dominante entre as pessoas quando o assunto é Inteligência Artificial, segundo pesquisa realizada sob encomendada da Hanover Communications International, consultoria para marcas nas áreas de reputação, comunicações e relações públicas com sede em Londres. Segundo o estudo, 21% das pessoas se preocupam que a inteligência artificial (AI) causará desemprego e 46% temem suas implicações a longo prazo mais do que as implicações de longo prazo do Brexit.

Para o consultor em estratégias de comunicação, Guto Harri, em artigo publicado no site PR Week, Inteligência artificial fornece inúmeras oportunidades para a indústria de Relações Públicas especialmente porque ela vai causar uma reviravolta em vários setores.

As funções mais em risco parecem ser aquelas relacionadas a tarefas repetitivas. Mas Harri tem um olhar positivo para o tema: assim como no passado as máquinas livraram as pessoas de vários trabalhos que demandavam grande desgaste físico, a Inteligência Artificial deve dar fim à necessidade de realizarmos tarefas banais, monótonas e pouco demandantes de esforço intelectual.

Isso se aplicará até a trabalhos de alto nível e com bons níveis salariais. “Por que um advogado gastaria horas escrutinando documentos em busca de alguma falha que poderia ser identificada em alguns segundos por um sistema de Inteligência Artificial? ”, questiona. “Nós sempre precisaremos de advogados, mas por seu conhecimento técnico e não por sua capacidade de escrutinar documentos”, diz.

Para Harri, é essa humanidade que as atuais conversas sobre AI precisam focar. Ele cita o diálogo que teve com um assistente virtual, ao vivo, durante uma apresentação que realizou sobre o tema:

– Minha filha é bonita?
– Desculpe, mas eu não sei a resposta.
– Eu devo mentir para o meu chefe?
– Não sei o que você deve fazer.
– Deus existe?
– Esse é um tema para outro dia ou outro assistente.

O diálogo demonstra que o assistente virtual ficou perdido ao ter que responder perguntas sobre três das coisas mais significativas da vida – beleza, moral e espiritualidade. Isso não foi compreendido pela inteligência artificial, o que para Harri serve como lembrete de que ainda podemos bater as máquinas quando tratamos de inteligência além daquilo que se pode aprender via programação.

“Como comunicadores nós temos a responsabilidade de falar sobre AI de forma positiva para facilitar o caminho da sua assimilação no dia-a-dia. Aproveitar AI vai nos permitir focar em aspectos mais humanos do trabalho”, diz.

Para Harri, o que é crucial é que as empresas comuniquem uma narrativa clara e convincente sobre seus planos em relação a esta tecnologia. “Elas devem reforçar o discurso sobre os benefícios do uso responsável e ético da Inteligência Artificial”, diz.

“Esses são tempos muito interessantes para as Relações Públicas, e as empresas que melhor aproveitarão as oportunidades que vão surgir serão aquelas que estiverem conduzindo os debates sobre o assunto”, conclui.

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*Fonte: jornal140

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