As pessoas se ofendem com quem é autêntico

“Ser autêntico virou ofensa pessoal. Ou a criatura faz parte do rebanho, ou é um metido a besta.” (Martha Medeiros)

Uma de nossas características enquanto seres humanos gregários vem a ser a necessidade de interação com o próximo e, para tanto, precisamos ser aceitos. É na comunicação com o mundo que nos rodeia que amadurecemos nossas ideias e nos tornamos capazes de agir frente ao que nos desagrada. Em determinadas situações, é em grupo que nos fortaleceremos e nos motivaremos a continuar.

Essa necessidade de aceitação é mais forte entre os adolescentes, que querem se autoafirmar junto àqueles com os quais se identifica, ou mesmo junto aos que julgam descolados. A maturidade vem nos tranquilizar nesse sentido, facilitando nossa conformidade com o que somos e temos, tornando-nos mais aptos a nos aceitar, a sermos o que pulula aqui dentro.

Infelizmente, muitos não conseguem encontrar a própria individualidade, incapazes que são de se tornarem seres autônomos, com vontades e desejos próprios, permanecendo dependentes do julgamento alheio enquanto viverem. Passam a vida seguindo o rebanho homogêneo do que é comum, socialmente disseminado como o certo, do que é da maioria, menos de si próprio. Lutam contra si mesmos, deixando adormecidos seus sonhos e aspirações, por medo da censura alheia.

Isso porque não é fácil viver as próprias verdades, correr atrás do que faz o nosso coração vibrar, dizer o que sentimos, exprimir o que pensamos, haja vista o policiamento ostensivo de gente que critica agressivamente qualquer um que não siga o rebanho dos ditames e convenções sociais já cristalizadas. Hoje, ser alguém único, autêntico, verdadeiro consigo mesmo, é ofensivo e passível de ataques condenatórios por parte da sociedade.

Até entendemos a homogeneidade nas vestimentas e linguajares de adolescentes, porém, a vida adulta nos impõe nada menos do que viver o que se é, lutar pelo que se acredita, fazer o que se gosta, sem ferir ninguém, mas agindo de acordo com que pulsa dentro de cada um de nós. Agradar a maioria, enquanto se vive em desagrado íntimo, equivale a uma tortura diária e injusta. Nascemos livres para sermos nós mesmos, porque não há nada mais belo e prazeroso do que uma vida sem mentiras e frustrações.

*Por Marcel Camargo

 

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*Fonte: resilienciamag

Red Band, Marionete Rock and Roll

Red Band é mais que um show de TV com marionetes. Red Band é mais que uma banda que faz releituras de rock e folk americano. Red Band é a fusão dos dois elementos em um dos grupos de humor mais conhecidos de Israel, no Oriente Médio.

A banda de bonecos foi formada em 2005 pelos artistas Ari Pfeffer, Micha Duman e Ami Wizel para apresentações na rua com o nome de “The Puppet Folk Revival”. Três anos depois, uma rede os contratou para apresentarem o programa “Red Band”, que também gerou um talk show em 2013, apresentado pelo líder da banda, Red Orbach, um rock star roxo com um baita mustachão e índole duvidosa.

De lá para cá, a banda virou um fenômeno no país ao participar de diversos festivais, ao fazerem turnês até mesmo internacionais e sempre com o diferencial de convidarem artistas da cena local para interpretarem as músicas que tocam durante as performances.

Aliás, essa é a fórmula do seriado protagonizado pelo trio. Red, Poncho e Lefty são as estrelas de uma banda que planeja um grande retorno aos palcos. Inteiramente rodada como se fosse um documentário, a série que durou duas temporadas mescla personagens feitos de espuma com pessoas reais e é falada em inglês e hebraico. Todo episódio embute a participação de algum músico e a discografia da banda inclui dois álbuns.

A personalidade dos integrantes do conjunto musicial é simplesmente hilária. O vocalista Red é um estereótipo do rock star envelhecido, megalomaníaco, que não para de xingar e se preocupa muito em manter a tríade do Rock and Roll acesa. Poncho é um entusiasta de motocicletas, um lobo solitário que toca guitarra na banda e busca fugir da juventude transviada. Já Lefty é o tecladista, baixista e baterista que se transformou espiritualmente e virou riponga. Outro membro, extra-oficial, é o rato Phillip, traficante e fã número um da banda, que sempre está chapado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: ideafixa