Ontem nos deixou aos 70 anos uma das grandes lendas do automobilismo mundial, o austríaco Niki Lauda (Andreas Nikolau Lauda). A nota triste da vez, visto que acredito que ainda tinha muita coisa a acrescentar e compartilhar de seu vasto conhecimento ao universo dos automobilismo, especialmente a F1.
Lembrar de Lauda é lembrar de minha infância, de torcer por Emerson Fittipaldi mas também acompanhar de perto o grande rival, que era Lauda e sua Ferrari vermelha – ainda mais na fase do número “12” (clássico!). Sem dúvida alguma um dos maiores pilotos da F1. Gostava muito dele. Me recordo também de seu acidente. Até recentemente, alguns poucos anos atrás fizeram um filme que abordava a sua história e a do piloto James Hunt. Um bom filme, mostra bem como eram as coisas naquela época, muito bem feito e emocionante as cenas de ação, mas creio que forçaram muito a barra pro lado do inglês Hunt nessa história, que na boa, apesar de ter sido campeão (apenas 1 vez), nem era tudo isso! Tanto que pouco ou quase nada mais de significativo fez nas pistas depois.
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Uma curva aqui nessa história… Um adendo particular.
Também me fez relembrar uma história clássica na minha família. Em um determinado Natal muito, muito distante no tempo, depois de grande insistência, súplicas e inúmeras promessas de boas notas na escola e de bom comportamento (sic!), ganhei junto com meu irmão um Autorama. Até aí tudo bem e maravilhoso, era um brinquedo que todo garoto desejava e como não poderia deixar de ser, foi só alegria lá em casa. Mas no melhor estilo da retórica de “Game of Thornes”, logo veio junto o drama! Na época o brinquedo vinha com 2 carrinhos de corrida, sendo que um era a Ferrari do Niki Lauda, que era o carro da vez, o mais bonito, campeão, vencedor, e o outro era um o Coopersucar, o carro do piloto brasileiro Emerson Fittipaldi, que já não era mais um grande destaque no universo TOP da F1. Então surge o grande impasse – nós dois queríamos exatamente o mesmo carro – a tal bonitona Ferrari do Lauda, é claro. O clima ficou tenso e fechou o tempo.
A treta do carrinho do Autorama acabou se resolvendo meio que “na marra” – meu irmão que na época estava com 12 anos, se valendo de prerrogativas naturais de sua idade e poder intimidação, foi quem ficou com a Ferrari (difícil ir contra esses argumentos naquela época, quando se tem apenas 7 anos…rsrsrsrsrs).
*Mas OK. Justiça seja feita, durante vários anos depois tive lá meus bons momentos na antiga sala de casa com o meu Coopersucar, inclusive vencendo-o inúmeras vezes. Aliás, por ter perdido essa contenda, me recusei a aplicar no carrinho os adesivos que vinham junto no brinquedo e imitavam as pinturas do carro original. Ficou um carro “pelado”, só com o número, que aliás nem era o do Emerson Fittipaldi na época. Tudo por birra!
Descanse em paz Niki Lauda!
Grato por tudo.
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Adendo II – *Encontrei algumas imgs antigas dos nosso carrinhos de Autorama: o Coopersucar e tal Ferrari da discórdia, junto com algumas carenagens de outros modelos clássicos de F1 da época (Mc Laren e Lotus), que comprei anos mais tarde. Na primeira img estão somente as carenagens – aqui já sem os tais adesivos que caprichosamente meu irmão havia aplicado no seu carro e incrementavam o visual, deixando bem parecido com o carro original. Na segunda img, o meu Coopersucar cinza completinho. E sim! Ainda o único que mantém a tal adesivação “de protesto”, aliás, tenho eles até hoje, completos.