Dia: 31 de maio, 2019
Como o trigo ‘domesticou’ a humanidade – e vice-versa
Do pãozinho de cada dia ao macarrão de domingo, o trigo é um dos alimentos mais consumidos no mundo atual. Mas o que não paramos para pensar entre um bocado e outro é que esse cereal, em suas variedades contemporâneas, é praticamente artificial.
Não fosse a ação do Homo sapiens, o trigo não seria assim.
Não fosse a evolução provocada pelo ser humano, esses tipos de trigo simplesmente não existiriam.
Mas, para muitos pesquisadores, o inverso também é verdade: não fosse o trigo ter conquistado nossos ancestrais, o homem não teria se tornado sedentário, não teria feito a chamada Revolução Agrícola, não teria se aglomerado em cidades.
O trigo domesticou a humanidade de tal forma que não é exagero dizer que ele acabou sendo o combustível – até mesmo literalmente, em forma de calorias ingeridas – para que as civilizações fossem criadas.
Era só mato
Por volta de 18 mil anos atrás, com o fim da última Era Glacial, o aquecimento global provocou um período de fortes e intensas chuvas. Essa mudança climática favoreceu uma gramínea na região do Oriente Médio.
Era trigo, mas não como o conhecemos hoje. As sementinhas eram ralas e pequenas. O vento conseguia espalhá-las – e, assim, a planta se multiplicava. Os ancestrais humanos daquela época viviam em bandos nômades. Eram caçadores-coletores – alimentavam-se basicamente de carne e frutas.
Em algum momento dessa história – ou em vários momentos, já que uma descoberta assim não ocorre de forma tão linear -, os Homo sapiens perceberam que havia animais que se alimentavam de gramíneas. E decidiram experimentar.
Conforme relata o historiador Heinrich Eduard Jacob (1889-1967) em seu livro Seis Mil Anos de Pão – A Civilização Humana Através de Seu Principal Alimento, começaram colocando sementes na carne. E viram que suavizava o sabor. Caía bem.
“As pessoas começaram a comer mais trigo e, sem querer, favoreceram seu crescimento e difusão”, afirma o historiador Yuval Noah Harari, no best-seller Sapiens: Uma Breve História da Humanidade. “Como era impossível comer grãos silvestres sem antes escolhê-los, moê-los e cozinhá-los, as pessoas que coletavam esses grãos os carregavam a seus acampamentos temporários para processá-los.”
Mas os grãos de trigo eram pequenos e numerosos. “Alguns deles inevitavelmente caíam a caminho do acampamento e se perdiam”, pontua Harari. “Com o tempo, cada vez mais trigo cresceu perto dos acampamentos e dos caminhos preferidos pelos humanos.”
Jacob frisa que, naquele tempo, trigo era só mato. Ou gramíneas. “Todos os cereais eram primitivamente plantas herbáceas selvagens”, escreve. “Todos os cereais foram originariamente herbáceas cujas sementes tinham um sabor de que o homem primitivo gostava. Mas o homem tinha, para além dos insetos, um rival bem mais temível que lhe estragava a colheita dessas plantas. Era o grande criador do tapete verde de ervas. O vento.”
Se o vento espalhava as sementes – e isto garantia a perpetuação do trigo -, ele atrapalhava o homem: afinal, não era possível colher o cereal maduro, este “voava” embora antes.
Seleção artificial: a domesticação do trigo
Sem entender nada de genética, nossos ancestrais acabaram interferindo na evolução do trigo. “O primeiro objetivo do homem teve de ser portanto o de conseguir fazer com que as espécies que eram mais do seu agrado não perdessem os grãos com tanta facilidade. E foi o que efetivamente sucedeu, já que o homem ao longo de milhares de anos foi cultivando apenas aqueles exemplares que guardavam os grãos durante mais tempo na espiga”, diz Jacob.
“Nasceram assim, a partir das herbáceas selvagens, devidamente protegidos pelos seus elmos, os heróis da nossa epopeia da alimentação”, completa o historiador, referindo-se às versões do cereal que, evoluídas, “têm frutos que se fixam tão bem ao eixo da espiga que só se desprendem com golpes ou sob pressão, ou seja, por intermédio de uma ação voluntária, aquilo a que chamamos a debulha.”
Como efeito disso, o trigo contemporâneo não sobrevive sem a mão humana. “A questão é precisamente o campo de batalha entre a robustez da espiga e o desejo que o homem tem de obter a farinha”, sintetiza Jacob. “Os ‘cereais domésticos’ morreriam amanhã se o homem desaparecesse.”
Harari conta que os acampamentos daqueles nômades começaram a se fixar ao redor de locais onde havia mais trigo. Para facilitar, eles “limpavam” o entorno, derrubando árvores e promovendo queimadas. Sem conhecer nem os rudimentos da agricultura, acabavam favorecendo justamente as gramíneas: que podiam crescer sem concorrência, livres das sombras das grandes árvores.
Foi o início do sedentarismo. O princípio da chamada Revolução Agrícola. “No começo, talvez eles acampassem por quatro semanas durante a colheita. Na geração seguinte, com a multiplicação e o alastramento do trigo, o acampamento da colheita talvez durasse cinco semanas, depois seis, até que se tornou um assentamento permanente”, conta Harari. “Evidências de tais acampamentos foram encontradas em todo o Oriente Médio, sobretudo no Levante, onde a cultura natufiana floresceu de 12,5 mil a.C. a 9,5 mil a.C.”
Os natufianos ainda eram caçadores-coletores, mas viviam em assentamentos permanentes. Inventaram ferramentas – como pilões de pedra para moer trigo -e armazenavam os cereais para épocas de necessidade.
Seus descendentes descobriram que podiam semear. Além disso, se enterrassem os grãos sob o solo, tinham resultados mais interessantes do que se simplesmente os espalhassem pela superfície.
Descobertas recentes apontam para a provável localização geográfica em que primeiro aconteceu esse fenômeno. Por meio de análises genéticas, cientistas descobriram que pelo menos a variedade Triticum monococcum começou a ser domesticada na região de Karaca Dag, no leste da atual Turquia, há cerca de 9 mil anos.
“À medida que dedicavam mais esforços ao cultivo de cereais, havia menos tempo para coletar e caçar espécies silvestres”, relata Harari. “Os caçadores-coletores se tornavam agricultores.”
No ano de 8,5 mil a.C., o Oriente Médio estava cheio de povoados fixos. O excedente de alimentos fez com que a população crescesse.
E o homem também acabou domesticado
No livro Sapiens, Harari apresenta uma visão interessante sobre essa evolução concomitante homem-trigo. Para ele, se a Revolução Agrícola aumentou o total de alimentos à disposição da humanidade, isso não se refletiu em uma dieta melhor – tampouco em uma vida melhor. “Em média, um agricultor trabalhava mais que um caçador-coletor e obtinha em troca uma dieta pior. A Revolução Agrícola foi a maior fraude da história”, diz ele.
“Quem foi o responsável? Nem reis, nem padres, nem mercadores”, completa. “Os culpados foram um punhado de espécies vegetais, entre as quais o trigo, o arroz e a batata. As plantas domesticaram o Homo sapiens, e não o contrário.”
O historiador afirma que, para passar de gramíneas insignificantes a cereais onipresentes, o trigo “manipulou” o ser humano “a seu bel-prazer”. “Esse primata vivia uma vida confortável como caçador-coletor até por volta de 10 mil anos atrás, quando começou a dedicar cada vez mais esforços ao cultivo do trigo. Em poucos milênios”, ressalta, “os humanos em muitas partes do mundo estavam fazendo não muito mais do que cuidar de plantas de trigo do amanhecer ao entardecer.”
“Nós não domesticamos o trigo; o trigo nos domesticou”, enfatiza. “A palavra domesticar vem do latim ‘domus’, que significa casa. Quem é que estava vivendo em uma casa? Não o trigo. Os sapiens.”
Pesquisador do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o bioquímico Juliano Lindner corrobora a tese: para ele o trigo foi o principal motivo que levou a humanidade a se tornar sedentária.
“Quando o Homo sapiens deixou de ser coletor e passou a domesticar plantas e animais, o trigo foi um dos primeiros cultivos a serem controlados e se tornou uma das plantas mais prósperas na história do planeta”, diz ele, em entrevista à BBC News Brasil. “Esse momento da evolução, pelo simples efeito que a domesticação de animais e plantas gerou na possibilidade da sociedade se organizar sem a necessidade vital do nomadismo, ocasionou o grande salto da civilização humana.”
Tal tipo de relação entre homem e trigo, em que ambas as espécies sofrem um processo de transformação resultante da relação entre elas, é abordado pela médica e escritora Alice Roberts no livro Tamed – Ten Species That Changed Our World (Domesticadas – Dez Espécies que Mudaram O Nosso Mundo, em tradução livre). Além do trigo, a pesquisadora aponta que fenômenos semelhantes ocorreram com a vaca, o cachorro, o milho e a maçã, entre outras espécies.
Onipresença x pouca variedade
Saltemos para o século 20. A civilização humana, alimentada com derivados de trigo, chegou a um estágio de desenvolvimento industrial e científico intenso. O cultivo do estimado cereal, aliás, desde então cobre 2,25 milhões de quilômetros quadrados do globo – nove vezes o tamanho do Estado de São Paulo.
Harari conclui que o trigo “não ofereceu nada para as pessoas enquanto indivíduos, mas concedeu algo ao Homo sapiens enquanto espécie”. “O cultivo de trigo proporcionou muito mais alimento por unidade de território e, com isso, permitiu que o Homo sapiens se multiplicasse exponencialmente”, afirma o historiador.
A população da humanidade, atualmente na casa dos 7,7 bilhões de habitantes, confirma isso. E, sozinho, o trigo fornece 15% do consumo calórico global. De acordo com informações relatadas pelo pesquisador Juliano Lindner, da UFSC, mais de 75% das calorias ingeridas pela humanidade hoje são resultantes de plantas domesticadas milhares de anos atrás – além do trigo, o milho, o arroz, a batata, entre outros.
Mas ao mesmo tempo em que é onipresente, o trigo representa pouca variedade. Estudo publicado na quarta-feira (29) pelo periódico Science Advances analisou geneticamente 4506 amostras de trigo de todo o mundo – incluindo cepas regionais -, recolhidas em 105 países diferentes.
Os cientistas constataram que, se por um lado o trigo ajuda a traçar os antigos caminhos migratórios humanos, da Ásia para a Europa e, mais tarde, para a América, por outro lado a transformação do cereal em commodity dizimou sua variedade.
Sobretudo no período seguinte à Segunda Guerra Mundial, quando a chamada Revolução Verde passou a empregar tecnologia para incrementar a produção agrícola mundial, o chamado pool genético do trigo acabou modificado: atualmente, praticamente toda a produção em escala de trigo remonta a variedades que se desenvolveram na Europa – nas regiões sudeste, mediterrânea e ibérica.
“Nossa pesquisa traz novos olhares sobre a difusão e a diversidade genética mundial do trigo”, afirma à BBC News Brasil um dos autores do estudo, o geneticista François Balfourier, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Agronômicas da França. “Recentes seleções e disseminações levaram a um germoplasma moderno que é altamente desequilibrado em comparação com os ancestrais.”
Do ponto de vista da produção de trigo, seria estratégico entender e caracterizar as pouco exploradas comercialmente versões asiáticas do trigo, afirma o cientista. “Caracterizar melhor esses recursos genéticos podem resultar em exploração eficiente dos mesmos em programas de melhoramento, obtendo benefícios de sua resistência natural a estresses bióticos e abióticos”, comenta Balfourier.
*Por Edison Veiga
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*Fonte: bbc-brasil
14 dicas e boas práticas de imprensa para bandas independentes
Viver de música sempre será o sonho de milhares de jovens mundo afora. E, num momento em que o rock nacional está cada vez mais forte, há diversas bandas novas surgindo pelos cinco estados do Brasil.
Mas no século XXI, formar uma banda é como começar um negócio. Os integrantes precisam estar atentos a táticas online e offline para se auto promoverem, além de questões do dia-a-dia para manter uma programação rentável e interessante de lançamentos, divulgações e apresentações. Afinal, não existem mais “olheiros” e produtores que vão magicamente levar o seu grupo para o mainstream.
A boa notícia é que o músico independente não precisa fazer tudo isso sozinho! No mercado da música há um profissional para necessidade, e basta organizar o orçamento para atacar em todas as frentes.
Esse foi o tema de um episódio do podcast Tenho Mais Discos Que Amigos, que convocou especialistas em todas essas áreas para reunir dicas para você, artista independente. Ouça o programa no final deste texto, ou siga-nos em plataformas como Spotify, Deezer, Instagram ou Facebook. Abaixo, reunimos os 14 principais toques dados no programa!
1. Identifique seus pontos fortes…
O produto que você oferece deve determinar a sua estratégia de produção. Se a sua banda investe em um som experimental e rico em instrumentos, por exemplo, vale a pena ir atrás de uma masterização perfeita, em estúdio de qualidade. Agora, se o visual e a estética do grupo chamam mais a atenção, talvez vocês devam investir em um videoclipe marcante ou figurino para os shows. É mais fácil que as pessoas se interessem por um fato marcante, e depois de virarem fãs, procurem conhecer o “universo” da banda mais a fundo.
2. …Mas não esqueça do resto
Reunir uma grana para botar o seu material no ar não é nada fácil, por isso pense bem antes de gastar o orçamento e faça as divisões corretas. De que adianta gravar um disco impecável se não vai sobrar dinheiro para investir na divulgação? Ou prensar milhares de CDs e não ter condições de sair em turnê para apresentá-lo? Comprar espaços publicitários em veículos que têm bom alcance ou impulsionar seus posts em redes sociais também são boas estratégias.
3. Entenda seu momento e suas ambições
Bandas em momentos diferentes têm necessidades diferentes. Antes de “largar tudo” pra viver de música, meça suas ambições e seu nível de comprometimento. Se o grupo é recém-formado, deve investir primeiro em conquistar uma base de fãs dentro de sua própria comunidade. Se já tem um tempo de carreira, pode pensar em entrevistas na mídia ou ações em parceria com marcas. Reúna-se com o grupo e levante questões como: quantas horas por semana vocês podem dedicar à promoção da banda, além dos ensaios? O quanto vocês estão apostando nesse disco para o futuro das suas carreiras?
4. Aposte no “midstream”
Ok, o sonho da maioria das bandas é aparecer na televisão, tocar nas rádios e ter destaque no Spotify. Mas e se a gente te disser que o “midstream” brasileiro está mais forte do que nunca? O que não faltam por aí são circuitos e festivais de bandas independentes, que atraem muito público e se mostram um negócio rentável. Invista em nichos e ações voltadas para determinadas faixas etárias. Faça parcerias com artistas do mesmo patamar, principalmente se for de outro estilo musical. É possível viver fazendo o que gosta, mesmo que não envolva o glamour das bandas de outrora.
5. Capriche na identidade visual
No episódio #30 do podcast TMDQA, recebemos como convidado André Felipe de Medeiros, diretor do Música Pavê, portal voltado à parte visual e estética da música, que analisa videoclipes, cenários e ações artísticas criadas pelas bandas. Além de veículos como esse, o músico precisa se preocupar com os fotógrafos que atuam nos shows. Pense bem na disposição de palco, saiba se posicionar e se comunicar visualmente durante sua apresentação. Lembre-se que a imagem captada por esse profissional pode causar uma série de emoções e reações do público.
6. Analise seu público online…
Ter presença na internet, hoje em dia, é apenas uma obrigação. A competição no mundo online se tornou gigante, por isso, use seu site e redes sociais de forma inteligente: crie campanhas, hashtags, responda a mensagens de fãs, publique vídeos de bastidores e, principalmente, analise o público-alvo. Todas essas plataformas oferecem dados e estatísticas que podem ajudar a moldar futuras ações, como perfil social dos seguidores, posts que geram maior engajamento e melhores horários de publicação.
7. …Mas aposte no offline
O caso recente da “banda-fake-news” Threatin nos mostrou que um grande número de seguidores não significa realmente uma grande base de fãs. Antes de investir no online, busque criar laços e parcerias com a sua comunidade, sua cidade ou sua cena musical. Tente criar ações e experiências diferentes para os fãs, devolvendo algum benefício pra ele. Faça shows marcantes em espaços públicos. Frequente feiras e conferências musicais, faça o famoso “networking” e ouça palestras de especialistas na área, que podem acabar solucionando as dúvidas que sua banda tem.
8. Conheça os veículos da área
Cada jornal, revista, emissora ou portal tem a sua linha editorial, ou seja, a forma como os temas de interesse daquele veículo serão abordados pelos jornalistas. O Música Pavê, citado no item 5, é um exemplo. Nós, do Tenho Mais Discos Que Amigos, com 10 anos no ar, falamos sobre música e cinema de forma geral, mas com destaque especial para bandas e lançamentos nacionais. Antes de indicar a sua música a um editor, pesquise se o gênero que você toca é comumente divulgado naquele jornal. Procure sites e fóruns que sejam especializados no seu “nicho” musical, assim você irá atingir o público certo.
9. Envie um material completo
Algumas informações são básicas para que o repórter possa conhecer, avaliar e escrever sobre sua banda – um release (texto jornalístico que resuma a trajetória da banda, ideia por trás daquele lançamento e dados sobre o material e os integrantes), fotos em alta resolução e links para ouvir seu trabalho. E o mais importante: tenha certeza das informações contidas no material. Pega mal ficar pedindo correções em textos ou fichas técnicas depois que a reportagem já foi publicada. Além disso, tente não anexar grandes arquivos no e-mail: prefira hospedá-los em algum serviço e mandar os links para o alvo, assim não irá pesar a caixa de entrada de ninguém.
10. Seja direto
Envie de uma vez todo o material citado no item 9. Não há necessidade de fazer um contato prévio, pedindo autorização para mandar. Busque os contatos oficiais indicados pelo veículo, normalmente um e-mail ou formulário online, e jamais envie por redes sociais ou números pessoais. Lembre-se que o jornalista não é inacessível e não precisa “manter distância” dos artistas. Se nos encontrar nos eventos por aí, pode (deve) vir bater um papo!
11. Cuidado ao personalizar e-mails
Mesmo que você envie seu material para vários veículos ao mesmo tempo, em um “pacotão”, é importante ter o mínimo de pessoalidade em cada e-mail. Cuidado para que os cabeçalhos personalizados contenham corretamente o nome do jornalista e do portal. Não minta sobre entrevistas exclusivas. Se quiser oferecer um porta-voz, das duas uma: ou dê a possibilidade a todos os veículos igualmente, ou a apenas um deles, que seu grupo acredita que dará o maior retorno.
12. Pense bem no “timing”
Uma das maiores chances da sua banda ser divulgada é em listas e rankings, como “melhores do ano” ou “artistas revelação”. No entanto, esses especiais geralmente começam a ser produzidos em outubro ou novembro. Portanto, lançar um disco em dezembro não costuma ser uma boa ideia. Da mesma forma, se sua banda divulgar material em janeiro, há uma boa chance de o trabalho perca relevância até o fim do ano.
13. Busque ajuda profissional
Apesar de todas essas dicas, a banda não precisa fazer tudo sozinha. No mercado da música, há um profissional para cada necessidade. No episódio #30 do podcast TMDQA, nossos amigos Daniel e Nathália Pandeló falaram sobre seu trabalho na agência de comunicação Build Up Media. Segundo eles, a credibilidade de uma assessoria de imprensa chama a atenção dos jornalistas, e faz com que o material chegue aos lugares certos, na hora certa. No mesmo programa, nosso editor Tony Aiex também indicou os livros “Band Smart” e “Tour Smart”, em que o renomado baterista Martin Atkins encurta os caminhos pra quem está iniciando na música.
14. Tente estar em playlists
Nos dias de hoje, as playlists de serviços de streaming como o Spotify funcionam como uma estação de rádio: os editores dos veículos fazem uma seleção do que há de mais interessante, atualizam com frequência e indicam para seus leitores. As playlists costumam ter milhares de seguidores fixos, por isso, sua música pode acabar atingindo alguém que não procuraria sua banda por conta própria. Para ter a chance de entrar nessa seleção, preste atenção aos itens 1 e 9 dessa lista. Ou seja, envie o seu material dando destaque ao single mais impactante do disco.
*Por Rafael Teixeira
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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos