Banjogirl Junho de 2019

Em junho a agraciada com a honraria de ser a Banjogirl do mês coube a cantora e pianista de jazz, Diana Krall (16/11/64). Essa bela loira canadense que é casada com o cantor e guitarrista Elvis Costello, agora ilustra aqui o cafofo virtual. Ela tem mais de 15 álbuns gravados em sua carreira, além também de vários DVDs de shows ao vivo. Já gravou e excursionou com o cantor Tony Bennett, recentemente tocou piano na gravação de um álbum de jazz com o Beatle, Paul McCartney.
Então temos Diana Krall como a Banjogirl do mês de Junho. Parabéns!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diana Krall

O “alarmante” uso de agrotóxicos no Brasil atinge 70% dos alimentos

Imagine tomar um galão de cinco litros de veneno a cada ano. É o que os brasileiros consomem de agrotóxico anualmente, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Os dados sobre o consumo dessas substâncias no Brasil são alarmantes”, disse Karen Friedrich, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos. Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de acordo com dados divulgados pela Anvisa. Segundo o Dossiê Abrasco – um alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde, publicado nesta terça-feira no Rio de Janeiro, 70% dos alimentos in natura consumidos no país estão contaminados por agrotóxicos. Desses, segundo a Anvisa, 28% contêm substâncias não autorizadas. “Isso sem contar os alimentos processados, que são feitos a partir de grãos geneticamente modificados e cheios dessas substâncias químicas”, diz Friederich. De acordo com ela, mais da metade dos agrotóxicos usados no Brasil hoje são banidos em países da União Europeia e nos Estados Unidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os países em desenvolvimento, os agrotóxicos causam, anualmente, 70.000 intoxicações agudas e crônicas.

O uso dessas substâncias está altamente associado à incidência de doenças como o câncer e outras genéticas. Por causa da gravidade do problema, na semana passada, o Ministério Público Federal enviou um documento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendando que seja concluída com urgência a reavaliação toxicológica de uma substância chamada glifosato e que a agência determine o banimento desse herbicida no mercado nacional. Essa mesma substância acaba de ser associada ao surgimento de câncer, segundo um estudo publicado em março deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS) juntamente com o Inca e a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC). Ao mesmo tempo, o glifosato foi o ingrediente mais vendido em 2013 segundo os dados mais recentes do Ibama.

Em resposta ao pedido do Ministério Público, a Anvisa diz que em 2008 já havia determinado a reavaliação do uso do glifosato e outras substâncias, impulsionada pelas pesquisas que as associam à incidência de doenças na população. Em nota, a Agência diz que naquele ano firmou um contrato com a Fiocruz para elaborar as notas técnicas para cada um dos ingredientes – 14, no total. A partir dessas notas, foi estabelecida uma ordem de análise dos ingredientes “de acordo com os indícios de toxicidade apontados pela Fiocruz e conforme a capacidade técnica da Agência”.

Enquanto isso, essas substâncias são vendidas e usadas livremente no Brasil. O 24D, por exemplo, é um dos ingredientes do chamado ‘agente laranja’, que foi pulverizado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã, e que deixou sequelas em uma geração de crianças que, ainda hoje, nascem deformadas, sem braços e pernas. Essa substância tem seu uso permitido no Brasil e está sendo reavaliada pela Anvisa desde 2006. Ou seja, faz quase dez anos que ela está em análise inconclusa.

O que a Justiça pede é que os ingredientes que estejam sendo revistos tenham o seu uso e comércio suspensos até que os estudos sejam concluídos. Mas, embora comprovadamente perigosos, existe uma barreira forte que protege a suspensão do uso dessas substâncias no Brasil. “O apelo econômico no Brasil é muito grande”, diz Friedrich. “Há uma pressão muito forte da bancada ruralista e da indústria do agrotóxico também”. Fontes no Ministério Público disseram ao EL PAÍS que, ainda que a Justiça determine a suspensão desses ingredientes, eles só saem de circulação depois que os fabricantes esgotam os estoques.

O consumo de alimentos orgânicos, que não levam nenhum tipo de agrotóxico em seu cultivo, é uma alternativa para se proteger dos agrotóxicos. Porém, ela ainda é pouco acessível à maioria da população. Em média 30% mais caros, esses alimentos não estão disponíveis em todos os lugares. O produtor Rodrigo Valdetaro Bittencourt explica que o maior obstáculo para o cultivo desses alimentos livres de agrotóxicos é encontrar mão de obra. “Não é preciso nenhum maquinário ou acessórios caros, mas é preciso ter gente para mexer na terra”, diz. Ele cultiva verduras e legumes em seu sítio em Juquitiba, na Grande São Paulo, com o irmão e a mãe. Segundo ele, vale a pena gastar um pouco mais para comprar esses alimentos, principalmente pelos ganhos em saúde. “O que você gasta a mais com os orgânicos, você vai economizar na farmácia em remédios”, diz. Para ele, porém, a popularização desses alimentos e a acessibilidade ainda levarão uns 20 anos de briga para se equiparar aos produtos produzidos hoje com agrotóxico.

Bittencourt vende seus alimentos ao lado de outras três barracas no Largo da Batata, zona oeste da cidade, às quartas-feiras. Para participar desse tipo de feira, é preciso se inscrever junto à Prefeitura e apresentar todas as documentações necessárias que comprovem a origem do produto. Segundo Bittencourt, há uma fiscalização, que esporadicamente aparece nas feiras para se certificar que os produtos de fato são orgânicos.

Segundo um levantamento da Anvisa, o pimentão é a hortaliça mais contaminada por agrotóxicos (segundo a Agência, 92% pimentões estudados estavam contaminados), seguido do morango (63%), pepino (57%), alface (54%), cenoura (49%), abacaxi (32%), beterraba (32%) e mamão (30%). Há diversos estudos que apontam que alguma substâncias estão presentes, inclusive, no leite materno.

Em nota, a Anvisa afirmou que aguarda a publicação oficial do estudo realizado pela OMS, Inca e IARC para “determinar a ordem prioritária de análise dos agrotóxicos que demandarem a reavaliação”.
Os alimentos mais contaminados pelos agrotóxicos

Em 2010, o mercado brasileiro de agrotóxicos movimentou 7,3 bilhões de dólares e representou 19% do mercado global. Soja, milho, algodão e cana-de-açúcar representam 80% do total de vendas nesse setor.


Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), essa é a lista da agricultura que mais consome agrotóxicos:

Soja (40%)
Milho (15%)
Cana-de-açúcar e algodão (10% cada)
Cítricos (7%)
Café, trigo e arroz (3 cada%)
Feijão (2%)
Batata (1%)
Tomate (1%)
Maçã (0,5%)
Banana (0,2%)

As demais culturas consumiram 3,3% do total de 852,8 milhões de litros de agrotóxicos pulverizados nas lavouras brasileiras em 2011.

*Por Marina Rossi

 

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*Fonte: elpais

Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil todos os anos, alerta ONU

Em uma mensagem em vídeo divulgada para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, marcado nesta segunda-feira (17), o secretário-geral daEm uma mensagem em vídeo divulgada para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, marcado nesta segunda-feira (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo perde anualmente 24 bilhões de toneladas de terra fértil.

Além disso, a degradação da qualidade do solo é responsável por uma redução do produto interno bruto (PIB) de até 8% ao ano.

“Desertificação, degradação da terra e seca são grandes ameaças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo” – alertou Guterres – “particularmente mulheres e crianças”. Ele disse que é hora de mudar “urgentemente” essas tendências, acrescentando que proteger e restaurar a terra pode “reduzir a migração forçada, melhorar a segurança alimentar e estimular o crescimento econômico”, bem como ajudar a resolver a “emergência climática global”.

A data, que busca ampliar a conscientização sobre os esforços internacionais de combate à desertificação, foi estabelecido há 25 anos, com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), o único acordo internacional vinculante sobre meio ambiente, desenvolvimento e gestão sustentável da terra.

Sob o lema “Vamos fazer o futuro crescer juntos”, o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca deste ano se concentra em três questões-chave relacionadas à terra: seca, segurança humana e clima.

Em 2025, informa a ONU, dois terços do mundo estarão vivendo em condições de escassez de água – com a demanda ultrapassando a oferta em determinados períodos – com 1,8 bilhão de pessoas sofrendo escassez absoluta de água, onde os recursos hídricos naturais de uma região são inadequados para suprir a demanda.

A migração deve aumentar como resultado da desertificação, com a ONU estimando que, até 2045, será responsável pelo deslocamento de cerca de 135 milhões de pessoas.

Restaurar o solo de terras degradadas, no entanto, pode ser uma arma importante na luta contra a crise climática. Com o setor de uso da terra representando quase 25% do total de emissões globais, a restauração de terras degradadas tem o potencial de armazenar até 3 milhões de toneladas de carbono anualmente.

A importância de assegurar que a terra seja bem gerida é observada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que declara que “estamos determinados a proteger o planeta da degradação, incluindo por meio do consumo e produção sustentáveis, gerindo de forma sustentável os seus recursos naturais e adotando ações urgentes sobre as mudanças climáticas, para que possa apoiar as necessidades das gerações atuais e futuras”.

O Objetivo 15 declara a determinação da comunidade internacional em deter e reverter a degradação da terra. Saiba mais clicando aqui.

UNESCO alerta para crise global de desertificação

Também por ocasião do dia mundial, a chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, denunciou que o planeta vive “uma crise global de desertificação, que afeta mais de 165 países”.

“A desertificação e a seca aumentam a escassez de água num momento em que 2 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável – e mais de 3 bilhões podem enfrentar uma situação semelhante até 2050”, alertou a autoridade máxima da agência da ONU.

Segundo o Secretariado da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, até 2030, 135 milhões de pessoas devem migrar em todo o mundo como resultado da deterioração das terras.

“Essas migrações e privações são, por sua vez, fonte de conflito e instabilidade, demonstrando que a desertificação é um desafio fundamental para a paz”, ressaltou Audrey, que afirmou ainda que a crise da desertificação tem consequências dramáticas para o patrimônio ambiental da humanidade e para o desenvolvimento sustentável.

A dirigente lembrou que a UNESCO tem apoiado seus Estados-membros na governança da água e no enfrentamento de estiagens, aprimorando as capacidades de atores envolvidos na gestão hídrica e consolidando orientações políticas sobre o tema.

Entre as atividades apoiadas pelo organismo internacional, estão o monitoramento de secas e o estabelecimento de sistemas de alerta precoce para populações na África. A UNESCO também participa do desenvolvimento de atlas e observatórios para determinar a frequência e a exposição a estiagens. A agência trabalha ainda na avaliação de vulnerabilidades socioeconômicas e na concepção de indicadores de seca para a formulação de políticas na América Latina e no Caribe.

 

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*Fonte: ONU

Trip to Relvado

Com o final de semana surgindo e a promessa de um dia de sol e bastante calor – antes da volta do frio, novamente por aqui, a pedida da vez foi então uma trip de moto até a cidade de Relvado (RS). Na verdade não é uma viagem muito distante daqui de Venâncio Aires (RS), inclusive inúmeras vezes já passamos de viagem pelo trevo da cidade. Algo por volta de uns 90km de distância daqui. Dessa vez resolvemos mudar um pouco os planos e a rota, assim entramos para conhecer a cidade de Relvado.

Como disse, é um trajeto já é bem conhecido pela gente em nossas trips anteriores. Primeiro saímos em direção de Lajeado (RS 453), como já era perto do meio dia (saímos por volta das 11h30), optamos por uma pit stop no caminho, com um clássico cachorro-quente do Carmelito, mesmo encarando uma enorme fila com tipo umas 40 possoas a nossa frente – mas sempre vale a pena! Depois dessa parada estratégica, tomamos o rumo de Arrio do Meio e Encantado pela RS 130, então mudando mais adiante para a RS 332, e quando finalmente chegamos no trevo para Relvado, pegamos a RS 433. Aí sim, um caminho totalmente novo para nós, eu e o Pretto. E para nossa grande surpresa, um trajeto MUITO bonito, uma subida de serra cheio (eu disse – cheio) de curvas, bom para andar de moto. Só que teve um detalhe no dia de hoje, com esse calor e o clima bastante abafado, quando a estrada era em um trecho de sombra em subida e bem junto parede de um morro, então a pista ficava completamente molhada (isso deixa a coisa um pouco perigosa no caso de motocicletas. Ainda tendo em conta de que depois, na volta esse mesmo trajeto seria uma bela descida para nós. Mas tudo bem, nada como pilotar com uma certa atenção e cuidado a mais, nessa hora. E a tal prudência não faz mal a ninguém! Em um determinado momento desse trajeto em direção à cidade, tem uma ponte com uma só via de veículos, ou seja, tem de parar e verificar se vem algum veículo no sentido contrário – só passa um de cada vez.

Chegando lá, deu par aperceber que é uma cidade pequena, mas bonita, bem organizada e limpa, coisa típica dessa região. Me fez lembrar de que é parecida com outras em que já estivemos, tipo Nova Bréscia ou então Canudos. Eu gosto de lugares assim. Aproveitamos para darmos uma volta pela cidade, passamos por uma ponte do arroio Jacaré e também por um moinho bem antigo, no centro da cidade. Pararmos na quadra da praça central (toda cidade tem essa tal praça), descansamos um pouco e depois demos uma caminhada pelo local. Bem em frente tem a igreja da cidade com uma grande escadaria. Claro que subimos lá para termos uma boa visão da cidade. Como já disse, uma cidade bem agradável, inclusive alguns garotos vieram conversar com a gente, curiosos com as nossa motos.

Depois de todas essa função era hora de voltarmos para casa. Ainda uma parada no caminho para abastecer a moto e tomarmos um café. No mais era seguir o nosso rumo costumeiro de volta. Um passeio muito bom, um lugar novo e interessante. Pretendo voltar. Valeu! Mais um sábado daqueles.

Abaixo algumas fotos na sequência dos fatos do rolê de hoje.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cientistas descobrem ‘chifre’ crescendo no crânio de jovens por uso do celular

Os jovens estão desenvolvendo chifres na parte de trás de sua cabeça devido à postura incorreta. As causas estão sendo atribuídas ao uso de dispositivos portáteis

Que a tecnologia transforma a maneira como realizamos diversas tarefas diárias a gente sabe, mas que ela pode mudar algo em nosso corpo é bastante preocupante. Diversas pesquisas no campo da biomecânica estão sugerindo que os jovens estão desenvolvendo chifres (sim, você não leu errado) na parte de trás de seus crânios.

Na verdade, são esporões ósseos causados pela inclinação frontal da cabeça. A principal causa está sendo apontada como o uso de celulares e outros aparelhos portáteis. Quando usamos um aparelho qualquer, é normal que nosso pescoço fique curvado e esse desvio de postura pode causar um crescimento ósseo e de tendões na parte de trás do pescoço. Isso pode acontecer devido à transferência de peso da cabeça para apenas uma parte da coluna.

Essa situação pode ser comparada à maneira como a pele engrossa a região de calos e outros traumas em resposta à pressão exercida naquele local. Como resultado de tudo isso, um gancho ou uma ponta semelhante a um cifre está crescendo e saindo do crânio de várias pessoas.

Segundo cientistas da Universidade da Costa do Sol, na Austrália, essa pode ser a primeira documentação de uma adaptação fisiológica ou esquelética devido à penetração de tecnologia avançada na vida cotidiana. Eles disseram ainda que os smartphones e outros dispositivos portáteis são os principais responsáveis pelo corpo humano estar se “contorcendo” ao exigir que usuários inclinem suas cabeças para entender o que está acontecendo nas telas em miniatura.

Mesmo com o estranhamento causado, David Shahar, um dos autores do estudo, alerta que essa formação incomum é um grave sinal de que a postura do indivíduo está totalmente incorreta, e que isso pode lhe causar sérias dores de cabeça crônicas, além de dores na parte superior da coluna e no pescoço.

Os mais afetados

O estudo vem sendo realizado desde 2016. David contou que eles tiveram amostra de 218 raios X de pessoas de 18 a 30 anos, onde foi observado que o crescimento ósseo foi visto em 41% dos resultados, muito mais do que as projeções iniciais dos pesquisadores.

Outra característica bastante reveladora foi que a condição prevalece entre os homens. Nas mulheres isso não foi muito comum. Esses resultados levantam questões alarmantes sobre a nossa postura e o quanto estamos deixando que a tecnologia esteja presente em nossas vidas.

Os que mais devem se preocupar com isso são as pessoas que usam algum tipo de tecnologia desde pequenos. “Essas formações demora muito para se desenvolver, então isso significa que aqueles indivíduos que sofrem com elas provavelmente têm forçado essa área desde a infância”, explicou David.

Há algum meio de evitar?

Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, “a resposta não é banir a tecnologia, há maneiras menos drásticas”. Eles enfatizam a conscientização da população sobre o uso indiscriminado da tecnologia e de seus danos à estrutura óssea. “Todos os que usam a tecnologia durante o dia devem adquirir o hábito de ‘recalibrar’ sua postura durante a noite”, diz o estudo.

Neste momento você deve ter ficado preocupado com isso, certo? Você mesmo pode verificar o surgimento desse “chifre”, basta passar a ponta dos dedos próximo a área onde há o encontro do pescoço com a coluna, caso seja constatada alguma protuberância ou precipitação na região, o conselho é o de procurar um médico para avaliar a condição.

 

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*Fonte: olhardigital

Brasil é dos que mais produz e menos recicla plástico no mundo

O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, alcançando 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (70,8 milhões), China (54,7 milhões) e Índia (19,3 milhões). E o pior: o país só recicla 1,28% do total produzido, um dos menores índices da pesquisa e bem abaixo da média global de reciclagem plástica que é de 9%. O brasileiro descarta, em média, aproximadamente 1 quilo de plástico a cada semana.

Esses são alguns dos dados do relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) publicado na terça (05/03), realizado com base em números do Banco do Mundial e que analisou a relação de mais de 200 países com o plástico. O levantamento “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização” reforça a urgência de um acordo global para conter a poluição por plásticos.

O estudo destaca como é crucial que os líderes globais se comprometam em uma ação coordenada internacionalmente a reduzir a poluição do meio ambiente por esse material. Na próxima semana (de 11 a 15 de março), um acordo sobre a poluição dos plásticos marinhos será votado durante a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-4), em Nairóbi, Quênia.

O texto do estudo lembra que o material plástico em si não é um problema. Ao contrário, ele trouxe vantagens para a sociedade. Mas a forma voraz com que está sendo consumido e a maneira irresponsável como está sendo tratado após seu uso – em sua maioria único – é que estão causando um desastre ambiental. “Aproximadamente metade de todos os produtos plásticos que poluem o mundo hoje foram criados após 2000. Este problema tem apenas algumas décadas e, ainda assim, 75% de todo o plástico já produzido já foi descartado”, descreve o relatório.

Segundo o estudo do WWF, mais de 104 milhões de toneladas de plástico irão poluir nossos ecossistemas até 2030 se nenhuma mudança acontecer na nossa relação com o material. E está atrelado a uma petição da ONG que circula desde fevereiro para pressionar os líderes globais a defenderem um acordo legalmente vinculante na próxima semana. Até agora, já são cerca de 200.000 assinaturas em todo o mundo. Para assiná-la, acesse: http://bit.ly/OceanoSemPlastico

O volume de plástico que vaza para os oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, o que equivale a 23 mil aviões Boeing 747 pousando nos mares e oceanos todos os anos – são mais de 60 por dia. Nesse ritmo, até 2030, encontraremos o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km2.

“Nosso método atual de produzir, usar e descartar o plástico está fundamentalmente falido. É um sistema sem responsabilidade, e atualmente opera de uma maneira que praticamente garante que volumes cada vez maiores de plástico vazem para a natureza”, afirmou em comunicado Marco Lambertini, Diretor-Geral do WWF-Internacional.

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*Fonte: revistaplaneta

Quer uma prova de que você é uma criatura incrível e absurdamente única?

Você já parou para pensar em todas as coisas que tiveram que acontecer e dar certo para que você fosse você? Para começar, os seus pais tiveram que se conhecer e, depois… se conhecer melhor. Como se fosse pouco, um único dos milhões de espermatozoides do seu pai teve que vencer a concorrência e chegar até o óvulo da sua mãe.

Depois disso, ocorreu a fecundação e uma porção de processos biológicos supercomplexos — que poderiam ter dado errado a qualquer momento! Entretanto, o milagre da vida aconteceu, e você está aqui, lendo esta matéria. E se você já começou a se achar único só com essa breve descrição, se prepare para conferir uma série de contas e estatísticas que farão você se sentir uma criatura incrivelmente rara!

Esbarrão inicial

Só para termos uma referência inicial, vamos considerar que os seus pais tenham se conhecido há 20 anos, ok? Pois, de acordo com uma porção de estimativas e cálculos feitos por Ali Binazir — publicados pelo pessoal da Universidade de Harvard —, há duas décadas a população mundial era de 4 bilhões de pessoas, aproximadamente.

Então, digamos que os seus pais poderiam ter esbarrado com um décimo do total, ou seja, com 400 milhões de pessoas. Dessas 400 milhões, podemos assumir que metade seria do sexo feminino e a outra, do masculino, certo? Agora, vamos considerar que os seus pais tenham conhecido um indivíduo do sexo oposto por dia dos 15 aos 40 anos idade. Segundo Binazir, a soma seria de 10 mil pessoas.

Bem, vamos focar no seu pai por enquanto: se ele esbarrou com cerca de 10 mil mulheres (uau!) até a idade adulta, a chance de que ele encontrasse a sua mãe no meio das 200 milhões de mulheres possíveis é de 1 em 20 mil! Mas, como você sabe, o amor não é nem um pouco simples…

Na verdade, temos que somar à chance de 1 em 20 mil de os seus pais cruzarem o caminho um do outro, a probabilidade de que eles se falassem nesse primeiro momento (1 em 10), a de eles combinarem um segundo encontro (também 1 em 10), e a chance de que eles continuassem se vendo (1 em 10 também) depois disso.

No fim das contas, a probabilidade de os seus pais permanecerem juntos depois daquele esbarrão inicial e terem filhos juntos é de 1 em 2 mil. Ficou espantado? Esse número nem é o mais impressionante: as chances combinadas de que todos esses eventos dessem certo é de 1 em 40 milhões! Agora, que tal conferir as chances de que você se tornasse fruto da relação entre os seus pais?

A raridade aumenta

Em média, as mulheres contam com um “estoque” de aproximadamente 10 mil óvulos, enquanto os homens geralmente produzem 4 trilhões de espermatozoides durante a fase fértil. Sendo assim, a chance de que um desses espermatozoides todos do seu pai encontrasse com um dos óvulos da sua mãe é de… se prepare: 1 em 400 quadrilhões! Pense no absurdo dessa probabilidade. Mas, calma, pois a coisa se torna ainda menos “provável”.

Para que os seus pais tenham se conhecido, conversado, curtido a companhia um do outro, marcado novos encontros e terem decidido ter filhos juntos, os ancestrais deles tiveram que existir primeiro! E não estamos falando apenas de avós, bisavós, tatara… que também venceram todas as probabilidades acima para que você pudesse estar aqui — multiplique aqui os 400 quadrilhões por eles mesmos diversas vezes.

Antes dos seus ancestrais diretos, você ainda tem que considerar o Homo sapiens e, antes dele, o Homo erectus, que, por sua vez, veio depois do Homo habilis! E esses caras, assim como outros tantos, evoluíram a partir dos primeiros organismos unicelulares que surgiram aqui na Terra — há 4 bilhões de anos. Isso significa que, para que você surgisse no planeta, uma cadeia de eventos teve acontecer do jeito certinho.

E isso que nem vamos incluir aqui na conta a probabilidade de a Terra ter se formado na distância exata do Sol para que a água na sua forma líquida pudesse existir por aqui — propiciando o surgimento da vida. Também nem vamos considerar que os demais planetas do Sistema Solar nos protegem de inúmeros pedregulhos espaciais que nos acertariam em cheio, não fosse pela ação de suas gravidades. E vamos deixar a Lua e sua influência pra lá também…

Voltando às probabilidades

Mais precisamente, segundo os cálculos de Binazir, para descobrir a probabilidade de que a sua “linhagem” permanecesse intacta ao longo da existência da humanidade, temos que considerar uma chance em duas de que uma criança nasceria, cresceria e se reproduziria em cada geração — durante 150 mil gerações. Sabe quanto dá isso? Uma chance em 10^45.000.

Isso mesmo, a chance de que todos os seus ancestrais tenham se reproduzido com sucesso e a sua linhagem tenha sobrevivido ao longo de milhares de gerações é de 10 seguido por 45 mil zeros. Desculpe, mas a gente nem sabe como dizer esse número! Mas, calma, as contas ainda não acabaram!

Pense que, para cada encontro dos seus ancestrais, o espermatozoide certo teve que fecundar o óvulo certo — ou um quadrilhão multiplicado por um quadrilhão para cada geração —, o que significa que, na verdade, a probabilidade de que essas células específicas se encontrassem 150 mil vezes é de uma em 10^2.640.000. É muito zero! E esses zeros todos não chegam nem perto da quantidade de zeros que representam a probabilidade de você existir!

De acordo com Binazir, contabilizando tudo — ou seja, multiplicando 10^2.640.000 por 10^45.000 por 2 mil e por 20 mil —, temos que a probabilidade de você ser você é de absurda e inimaginável 1 em 10^2.685.000. Você tem noção do que é isso?

O número de átomos que compõem a Terra, por exemplo, é de míseros 10^50, e o número estimado de átomos que existem no Universo conhecido é de apenas 10^80. Entende agora como você é uma criatura incrível e absurdamente única?

*Por Maria Luciana Rincón

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*Fonte: megacurioso

Painéis solares transparentes transformarão as janelas em geradores de energia renovável

Pesquisadores da Universidade Estadual do Michigan, EUA, desenvolveram painéis solares completamente transparentes, que podem ter inúmeras aplicações na arquitetura e também em outros campos, como por exemplo no desenvolvimento de automóveis mais amigos do ambiente.

Já antes se tinha tentado criar um dispositivo deste género, mas os resultados finais nunca foram satisfatórios. Até agora.

A equipe concentrou-se especialmente na transparência, de modo que, desenvolveu um concentrador solar luminescente transparente, que pode ser colocado sobre uma superfície transparente como uma janela, por exemplo. Pode colher energia solar sem afetar a passagem da luz.

A tecnologia utiliza moléculas orgânicas que absorvem comprimentos de onda de luz que não são visíveis ao olho humano, como a luz infravermelha e ultravioleta.

Estes dispositivos podem aproveitar ao máximo as fachadas dos enormes edifícios cobertos de vidro espalhados pelo globo. Não mudando em nada a aparência dos mesmos, e em simultâneo aproveitar a energia solar de forma eficiente. Podem ser instalados em qualquer edifício.

Segundo o New York Times:

“Se as células puderem ser feitas de forma a durarem muito tempo, estes dispositivos poderão ser integrados em janelas de modo relativamente barato, já que grande parte do custo da energia fotovoltaica convencional não é da própria célula solar, mas dos materiais em que é aplicada, como o alumínio e o vidro. O revestimento de estruturas existentes com células solares eliminaria parte desse custo de material.”

Se as células transparentes, no final das contas, se mostrarem comercialmente viáveis, a energia que geram poderia compensar significativamente o uso de energia de grandes edifícios, disse o Dr. Lunt, que começará a lecionar na Universidade Estadual do Michigan neste outono.

“Não estamos a dizer que poderíamos abastecer todo o edifício, mas estamos a falar de uma quantidade significativa de energia, suficiente para coisas como iluminação e energia elétrica diária”, disse ele.

 

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*Fonte: bastanteinteressante

“Cozinhar não é serviço… Cozinhar é um modo de amar os outros”, por Mia Couto

A avó, a cidade e o semáforo

Quando ouviu dizer que eu ia à cidade, Vovó Ndzima emitiu as maiores suspeitas:
– E vai ficar em casa de quem?
– Fico no hotel, avó.
– Hotel? Mas é casa de quem?
Explicar, como? Ainda assim, ensaiei: de ninguém, ora. A velha fermentou nova desconfiança: uma casa de ninguém?
– Ou melhor, avó: é de quem paga – palavreei, para a tranquilizar.
Porém, só agravei – um lugar de quem paga? E que espíritos guardam uma casa como essa?

A mim me tinha cabido um prêmio do Ministério. Eu tinha sido o melhor professor rural. E o premio era visitar a grande cidade. Quando, em casa, anunciei a boa nova, a minha mais-velha não se impressionou com meu orgulho. E franziu a voz:
– E, lá, quem lhe faz o prato?
– Um cozinheiro, avó.
– Como se chama esse cozinheiro?

Ri, sem palavra. Mas, para ela, não havia riso, nem motivo. Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno. Quem assegurava a pureza da peneira e do pilão? Como podia eu deixar essa tarefa, tão íntima, ficar em mão anônima? Nem pensar, nunca tal se viu, sujeitar-se a um cozinhador de que nem o rosto se conhece.

– Cozinhar não é serviço, meu neto – disse ela. – Cozinhar é um modo de amar os outros.
Ainda tentei desviar-me, ganhar uma distração. Mas as perguntas se somavam, sem fim.
– Lã, aquela gente tira água do poço?
– Ora, avô…
– Quero saber é se tiram todos do mesmo poço…

Poço, fogueira, esteira: o assunto pedia muita explicação. E divaguei, longo e lento. Que aquilo, lá, tudo era de outro fazer. Mas ela não arredou coração. Não ter família, lá na cidade, era coisa que não lhe cabia. A pessoa viaja é para ser esperado, do outro lado a mão de gente que é nossa, com nome e história. Como um laço que pede as duas pontas. Agora, eu dirigir-me para lugar incógnito onde se deslavavam os nomes! Para a avó, um país estrangeiro começa onde já não reconhecemos parente.

– Vai deitar em cama que uma qualquer lençolou?

Na aldeia era simples: todos dormiam despidos, enrolados numa capulana ou numa manta conforme os climas. Mas lá, na cidade, o dormente vai para o sono todo vestido. E isso minha avó achava de mais. Não é nus que somos vulneráveis. Vestidos é que somos visitados pelas valoyi e ficamos à disposição dos seus intentos. Foi quando ela pediu. Eu que levasse uma moça da aldeia para me arrumar os preceitos do viver.

– Avó, nenhuma moça não existe.

Dia seguinte, penetrei na penumbra da cozinha, preparado para breve e sumária despedida, quando deparei com ela, bem sentada no meio do terreiro. Parecia estar entronada, a cadeira bem no centro do universo. Mostrou-me uns papéis.

– São os bilhetes.
– Que bilhetes?
– Eu vou consigo, meu neto.

Foi assim que me vi, acabrunhado, no velho autocarro. Engolíamos poeiras enquanto os alto-falantes espalhavam um roufenho ximandjemandje. A avó Ndzima, gordíssima, esparramada no assento, ia dormindo. No colo enorme, a avó transportava a cangarra com galinhas vivas. Antes de partir, ainda a tentara demover: ao menos fossem pouquitas as aves de criação.

– Poucas como? Se você mesmo disse que lá não semeiam capoeiras.

Quando entrámos no hotel, a gerência não autorizou aquela invasão avícola. Todavia, a avó falou tanto e tão alto que lhe abriram alas pelos corredores. Depois de instalados, Ndzima desceu à cozinha. Não me quis como companhia. Demorou tempo de mais. Não poderia estar apenas a entregar os galináceos. Por fim, lá saiu. Vinha de sorriso:

– Pronto, já confirmei sobre o cozinheiro…
– Confirmou o quê, avó?
– Ele é da nossa terra, não há problema. Só falta conhecer quem faz a sua cama.
Aconteceu, depois. Chegado do Ministério, dei pela ausência da avó. Não estava no quarto, nem no hotel. Me urgenciei, aflito, pelas ruas no encalço dela. E deparei com o que viria a repetir-se todas tardes, a vovó Ndzima entre os mendigos, na esquina dos semáforos. Um aperto me minguou o coração: pedinte, a nossa mais-velha?! As luzes do semáforo me chicoteavam o rosto:

– Venha para casa, avó!
– Casa?!
– Para o hotel. Venha.

Passou-se o tempo. Por fim, chegou o dia do regresso à nossa aldeia. Fui ao quarto da vovó para lhe oferecer ajuda para os carregos. Tombou-me o peito ao assomar à porta: ela estava derramada no chão, onde sempre dormira, as tralhas espalhadas sem nenhum propósito de serem embaladas.

– Ainda não fez as malas, avó?
– Vou ficar, meu neto.
O silêncio me atropelou, um riso parvo pincelando-me o rosto.
– Vai ficar, como?
– Não se preocupe. Eu já conheço os cantos disto aqui.
– Vai ficar sozinha?
– Lá, na aldeia, ainda estou mais sozinha.

A sua certeza era tanta que o meu argumento murchou. O autocarro demorou a sair. Quando passámos pela esquina dos semáforos, não tive coragem de olhar para trás.

O Verão passou e as chuvadas já não espreitavam os céus quando recebi encomenda de Ndzima. Abri, sôfrego, o envelope. E entre os meus dedos uns dinheiros, velhos e encarquilhados, tombaram no chão da escola.

Um bilhete, que ela ditara para que alguém escrevesse, explicava: a avó me pagava uma passagem para que eu a visitasse na cidade. Senti luzes me acendendo o rosto ao ler as últimas linhas da carta: “… agora, neto, durmo aqui perto do semáforo. Faz-me bem aquelas luzinhas, amarelas, vermelhas. Quando fecho os olhos até parece que escuto a fogueira, crepitando em nosso velho quintal…”.

* Texto retirado do conto ‘A avó, a cidade e o semáforo’, do livro “O Fio das Missangas”. São Paulo-Companhia das Letras, 2016.

 

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*Fonte: fasdapsicanalise