Jeff Buckley – Biografia

Jeffrey Scott Buckley (Anaheim, Califórnia, 17 de novembro de 1966 —- 29 de Maio 1997) foi um cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Conhecido por seus dotes vocais, Buckley foi considerado pelos críticos umas das mais promissoras revelações musicais de sua época. Entretanto, Buckley morreu afogado enquanto nadava no rio Wolf, afluente do Rio Mississipi, em 1997. Seu trabalho e seu estilo único continuam sendo admirados por fãs, artistas e músicos no mundo todo.

Jeff Buckley passou a sua adolescência ouvindo diversos tipos de música como blues, rock e jazz. Após terminar o colegial, decidiu que a música seria o caminho a seguir. Com medo de ser comparado com o seu pai, Tim Buckley, em vez de cantar, Jeff decidiu inicialmente tocar guitarra, tendo ido estudar no G.I.T (Guitar Institute of Technology). Diversas experiências vieram em seguida: Jeff trabalhou em estúdio, tocou em bandas de funk, jazz e punk e até mesmo na Banana Republic, de onde foi demitido após ter sido acusado de roubar uma T-shirt.

Em 1991, ao ser convidado para participar num show tributo a seu pai, Jeff resolveu cantar. A semelhança vocal com o pai (Tim Buckley) veio à tona nesse momento. Foi nesse tributo, também, que conheceu o ex-guitarrista da banda Captain Beefheart, Gary Lucas, que, impressionado com sua voz, decidiu convidá-lo para integrar a banda Gods and Monsters. Afiada tanto nas performances ao vivo como nas composições próprias, Gods and Monsters estava prestes a assinar com uma gravadora quando Buckley decidiu abandonar o projeto por achar que um contrato, naquele momento, restringiria as suas ambições musicais.

No ano seguinte começou a apresentar-se sozinho (voz e guitarra) num bar nova-iorquino chamado “Sin-é”. Foi no “Sin-é”, segundo o próprio Jeff, onde mais tocou e gostava de tocar. Um lugar pequeno, onde as pessoas iam para conversar e não para ouvir alguém cantar músicas desconhecidas. Mas foi pela diferença que Jeff Buckley conquistou as pessoas que freqüentavam o lugar. Foi nesse pequeno bar, sem palco, que um dos empresários da Columbia o viu cantar e tocar. Em outubro de 92 assinou com a Columbia Records para a gravação do seu primeiro álbum solo. Antes do álbum, Jeff decidiu fazer uma turnê pela Europa, só depois gravaria o primeiro álbum em estúdio. Nesse período, acordou também, lançar um EP com 5 músicas, gravadas no “Sin-é”.

“Grace” chegou às lojas em agosto de 1994 e foi imediatamente aclamado pela crítica e por artistas como Paul McCartney, Chris Cornell, Bono Vox (“Jeff Buckley é uma gota cristalina num oceano de ruídos”) e Jimmy Page (“Quando o Plant e eu vimos ele tocando na Austrália, ficamos assustados. Foi realmente tocante”). Apesar disso e de uma longa turnê de dois anos “Grace” vendeu muito menos do que o esperado. A música de Buckley era considerada leve demais para as rádios alternativas e pouco comercial para as rádios FM.

Em 1996, começou a trabalhar no seu segundo álbum e, contrariando a sua gravadora, que queria um disco mais comercial, chamou Tom Verlaine, do grupo Television, para a produção. Quando as gravações estavam prestes a encerrar, Jeff, insatisfeito com o resultado, decidiu que o material não deveria ser lançado e, assim, começou a compor novas canções. Foi o que fez até Maio de 97, quando finalmente chamou os colegas da sua banda para começarem as gravações em Memphis, cidade onde morava na época.

No dia 29 de Maio de 1997, helicópteros sobrevoavam o Wolf River em busca duma pessoa que ali havia desaparecido. Segundo o relato do amigo Keith Foti, Jeff Buckley resolveu parar para nadar naquele rio antes de se encontrar com a sua banda. Depois de alguns minutos, Foti foi até ao carro para guardar alguns objetos, enquanto ouvia Jeff nadando e cantarolando “Whole Lotta Love”. Quando voltou, não viu mais nada. Gritou por “Jeff” por quase dez minutos e, não obtendo resposta, decidiu chamar a polícia. O corpo de Jeff Buckley foi encontrado apenas uma semana depois, dia 4 de Junho, perto da nascente do Mississippi.

O álbum póstumo, “Sketches for My Sweetheart the Drunk”, foi lançado em 1998. “Sketches” é composto por gravações que Jeff fez com Tom Verlaine, mais músicas nas quais Jeff trabalhava antes de morrer.

Em 2000, “Mystery White Boy” veio relembrar Jeff nas suas performances ao vivo.

Em 2007 surge uma compilação com os melhores êxitos de estúdio e ao vivo, este álbum contém uma versão acústica de “So Real” gravada no Japão e uma versão de “I Know It’s Over” dos The Smiths nunca antes editadas.

Apesar da morte trágica, Jeff Buckley tem conquistado novos fãs. Artistas como Radiohead, Coldplay e Muse não se cansam de mencionar Jeff como uma das suas principais influências. Além disso, “Grace” é constantemente citado como um dos melhores álbuns de todos os tempos.

Discografia:

>> Álbuns
1994 – “Grace”

>> Álbuns “ao vivo”:
1993 – Live at Sin-é
1995 – Live from the Bataclan
2000 – Mystery White Boy
2001 – Live À L’Olympia
2003 – Live at Sin-é (Legacy Edition)

>> Compilações:
2002 – The Grace EPs
2004 – Grace (Legacy Edition)
2007 – So Real: Songs from Jeff Buckley

>> Álbum póstumo:
1998 – Sketches for My Sweetheart the Drunk

>> Parcerias:
2002 – Songs to No One 1991-1992 (colaboração com Gary Lucas)

www.jeffbuckley.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jeff Buckley

Há alguns anos atrás, acho que por volta de 2005, meu amigo um dia me apresentou o álbum “Grace” (1994), de um artista que eu até então desconhecia, chamado Jeff Buckley. Até aí tudo bem, achei que seria apenas mais um álbum qualquer, só que aconteceu o inesperado,  já na primeira audição me deu um estalo e curti. E não era nada parecido com os álbuns que andava escutando na época, tudo muito na adrenalina, heavy e cheio de riffs de guitarra. E foi justamente por ser um álbum assim diferente dessa vibe, que me chamou a atenção na época. Pode-se dizer que Jeff Buckleyt é fantástico, criou ótimas composições para qualquer as situações do amor – música para corações partidos, de adeus, de chegada, saudades, felicidade, celebração, fim, começo e de recomeço. Tudo lá! Sempre com uma sutil harmonia e um belo jogo acertado de palavras. É um álbum simples e sem arranjos mirabolantes e na boa, é até difícil de definir um álbum assim, explicar como e porque ele que te prende. Por outro lado também sei que muita gente escuta e não consegue gostar ou entender esse álbum. Ok! Faz parte. Muitas coisas boas da vida nem sempre são compreendidas ou para degustação de todos.

então é isso, só sei dizer que desde então é um de meus álbuns preferidos (são vários, a lista é grande é verdade, mas o Grace está sempre lá, junto no topo). Agora o detalhe triste é o fato de que se trata de seu único álbum de estúdio em sua carreira, sendo que o Jeff Buckley morreu afogado em 1997, quando nadava no Wolf River. Isso justamente quando estava fazendo um grande sucesso e uma carreira meteórica, inclusive era apontado como uma das grandes revelações da música americana naquela época. Uma pena.

Mas e aí, que tal você se permitir de ao menos ouvir o álbum inteiro ao menos uma vez!? Não tem rock pauleira ou então riffs apimentados, é tudo muito simples e básico, mas de bom gosto. Ao menos é o que penso. Então fica a dica. Talvez você também passe a curtir.

 

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25 anos de “Grace”

Este mês de Agosto de 2019 marca os 25 anos do lançamento do disco de estreia de Buckley. Sendo assim, a Columbia/Legacy prepara grandes surpresas para homenagear o cantor, tido como um dos talentos mais relevantes da música na sua geração.

A partir de do dia 23/08/2019, a gravadora vai disponibilizar nas plataformas de streaming mais de 50 gravações raras de Jeff, incluindo o lançamento oficial da demo “Sky Blue Skin”, registrada em estúdio em 1996. Também serão relançados o álbum póstumo Sketches for My Sweetheart the Drunk (1998) e o ao vivo Mystery White Boy (2000).

Além disso, outros quatro materiais de shows chegarão aos serviços digitais: Live at Wetlands, New York, NY 8/16/94; Live From Seattle, WA, 5/7/95; Cabaret Metro, Chicago, IL, 5/13/95; e a sessão de Buckley em 1995 na Columbia Records Radio.

Em entrevista à NME, a mãe do falecido cantor, Mary Guilbert, comentou os novos lançamentos. “A indústria da música mudou bastante desde à partida de Jeff deste planeta. Eu estou muito feliz de ter a oportunidade de conferir esses materiais chegando até os fãs dele: os antigos e os novos, até aqueles que ainda nem nasceram ainda”, disse.

Apesar de ter morrido há mais de 20 anos, Jeff Buckley segue sendo uma inspiração e influência para diversos novos artistas.

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos