Dia: 28 de setembro, 2019
O que são os esqueumorfos e por que estão em toda parte
Você já ouviu – ou pronunciou – a palavra esqueumorfo?
Você pode não estar familiarizado com ela, mas se você olhar em volta, não será difícil saber do que se trata: os esqueuomorfos estão em toda parte.
Mas o que eles são?
A palavra vem do grego: skeuos, que significa ferramenta ou recipiente; e morphé (forma). No entanto, o termo é usado há muito tempo, principalmente pelos historiadores e arqueólogos.
Ela se refere à “presença em um objeto de características formais que carecem de motivação em relação às suas funções ou condições de sua produção e que só podem ser explicadas como atavismos em relação a um modelo diversificado em seu uso ou em condições técnicas”, conforme explicou especialista em Idade Média Serafín Moralejo Álvarez, em seu livro Eloquent Forms.
Ainda não está muito claro? E a foto acima, mais do que esclarecer, confunde você?
Bem, não se preocupe: com alguns exemplos, você identificará os esqueuomorfos sem dificuldade. Vamos começar por essa foto
Na calça jeans da foto, e talvez na sua também, os esqueuomorfos são os rebites, aquelas peças estranhas e familiares de metal.
Por quê?
Porque eles são uma herança estética de uma época em que os jeans eram muito grossos para serem unido apenas com linhas. Embora mais tarde eles não fossem mais necessários, ainda eram usados rebites de metal… e isso é um esqueuomorfo.
Eles são, como Moralejo escreveu, “o testemunho mais espetacular das raízes profundas do instinto figurativo da consciência e subconsciência humanas”.
Os esqueuomorfos são produzidos, explica ele, “porque as formas, ligadas por gerações a certos usos, acabam parecendo inatas”.
Pense em um carro e em sua rodas.
As rodas de carroças do passado e de bicicletas precisavam de aros (aquelas linhas dentro do círculo), mas as rodas dos carros, não. Porém, muitos veículos ainda assim usam os aros apenas pela aparência.
É como se as rodas sem os aros não fossem rodas.
Por outro lado, os motores dos carros foram originalmente colocados na frente dos carros porque os cavalos puxavam as carroças e carruagens pela parte da frente.
O “cavalo-vapor”, unidade de medida da potência, ficou conhecido entre nós muito tempo depois de libertarmos os cavalos dessa tarefa.
E há mais um exemplo em carros de luxo: ornamentos de capô, que costumavam ser simples tampas de radiador.
Um exemplo clássico de esqueumorfismo é encontrado nas decorações das pedras dos antigos templos gregos.
Os triglifos dóricos, aqueles desenhos com três faixas verticais separadas por sulcos, eram derivados dos templos de madeira anteriores e criados exclusivamente para fins ornamentais.
Os triglifos na pedra estão no lugar que costumava ser as extremidades das vigas com as quais os telhados das casas eram feitos. Embora a madeira tenha deixado de ser usada, sua marca permaneceu, como decoração, na pedra.
“A forma de um objeto é mais do que sua forma”, disse Serafín Moralejo Álvarez, historiador da arte.
Tríglifo são apenas uma das várias memórias deixadas pelas vigas de madeira nos templos gregos de pedra
Agora você vai vê-los em todos os lugares
Embora os esqueuomorfos nos acompanhem desde os tempos pré-históricos, eles se tornaram comuns no século 20.
Eles se esgueiram por todas as fendas… mesmo nos lugares de cultos religiosos.
Você já reparou que, em muitas igrejas, as velas nos altares não são mais de cera, e sim elétricas? O costume de fazer oferendas acendendo velas permanece, embora essas “velas” continuem apenas por sua forma simbólica.
Assim, existem muitos outros exemplos no mundo físico, mas é no mundo digital que vemos a maioria dos esqueuomorfos hoje em dia.
Na tela
Com a proliferação de computadores na década de 1980, um novo mundo de esqueuomorfos foi aberto como um meio de tornar os sistemas operacionais mais “amigáveis”, criando um vínculo intuitivo com o passado.
Um de seus grandes promotores foi Steve Jobs, fundador da Apple e pioneiro da revolução dos microcomputadores nos anos 70 e 80. Ele acreditava firmemente que os equipamentos deveriam ser tão simples de usar que um novato poderia dominá-los com base apenas em seu instinto.
Portanto, se você deseja excluir um arquivo, é necessário arrastá-lo para uma representação de um lixo real e, se você deseja armazená-lo, coloca-o em pastas semelhantes às pastas normais, físicas.
E, falando em eliminar, em vários casos, os projetistas dos esqueuomorfos usam precisamente os objetos que a inovação está enviando ao esquecimento.
Quantos envelopes foram deixados sem uso com a chegada do e-mail, cujo ícone é um envelope?
O que a moda levou e a intuição resgatou
Enquanto isso, no campo do design de interface gráfica, surgiu outro modelo – o Flat- como uma alternativa ao esquema esquomomórfico. O Flat design utiliza menos elementos que dão sensação de tridimensionalidade.
Essa tendência tornou-se moda e conseguiu destronar o esqueumorfismo como um paradigma no design de interfaces.
No entanto, talvez seja mais apropriado, nesse caso, usar o outro nome que os designers usam para o esqueumorfismo – design realista – porque nem sempre é fácil dizer que o design Flat deixou para trás o esqueumorfismo.
De qualquer forma, quando o uso de smartphones se generalizou, o esqueumorfismo retornou fortemente.
Um novo léxico do esqueumorfismo foi usado para tornar nossa mudança para essa nova tecnologia muito mais fácil.
Ironicamente, o ícone clássico do telefone agora representa a funcionalidade da ligação. Ou pense no carrinho de compras ou nas cestas que encontramos quando compramos on-line.
E o futuro?
Embora o design criativo possa nos levar a um território mais abstrato, parece haver uma familiaridade reconfortante sobre o esqueumorfismo.
No final, é esse estranho desejo por como as coisas costumavam ser.
*Por Dalia Ventura
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*Fonte: bbc-brasil
Aquele sábado maroto de sol
Na expectativa do sábado chegar logo para poder pegar a estrada, já pela manhã como previsto, o dia já dava sinais de que seria um belo de um sábado de sol. Mas como tive que resolver algumas coisas ainda pela manhã, já que fui deixando-as de lado ao longo da semana, acabaram assim, por me impossibilitar de fazer algum programa de viagem mais longo, que er a o que eu inicialmente queria fazer. Tudo bem, fica para uma outra oportunidade.
Tive de me contentar com uma volta mais curta e tradicional mesmo. O que eu resolvi agora chamar de “VRP”, ou seja – Volta Rápida Padrão. Rsrsrsrsrsrs. Uma volta de moto apenas para tomar um sol, vento na cara e andar por locais que já conheço muito bem e que de alguma forma não ficam tão distantes e assim. Isso não atrapalharia a minha programação par ao resto do dia (que tbém andou mudando de última hora). Ou seja, hoje a coisa acabou sendo meio que na marra mesmo, não tinha como perder de pegar a estrada com esse sol, mesmo que por pouco tempo e uma distância não tão longa.
Hoje fui sozinho, o Pretto ainda está no estaleiro se recuperando de uma cirurgia (melhoras aí!) e a dupla Rafa & Luís não deram sinal de vida (trabalho provavelmente). Então fui por conta própria. Tudo tranquilo, tudo certo, até parei algumas vezes no caminho mesmo que nem precisasse. Gosto disso. Faço o meu caminho e o meu tempo quando estou de moto! Acabei indo até Santa Cruz do Sul, ainda passei no autódromo (não fiz fotos de várias coisas), fui até Rio Pardo e voltei. Tudo de boa e na tranquilidade. Apenas o fato de um Gol , que num determinando trevo, converge e entra bem na minha frente, só que tem um dos passageiros descascando bergamota e atirando as cascas pela janela do carro. É claro que as tais cascas voavam e vinham direto na minha direção e da moto. Cada uma….kkkkkk
Abaixo, como de costume, alguns registros do passeio de hoje: