Desmatamento é um dos principais causadores de surtos de doenças, diz estudo

As mudanças de uso da terra, geradas principalmente pelo desmatamento, monocultura, pecuária em grande escala e mineração, estão entre as principais causas de surtos de doenças infecciosas em humanos e pelo surgimento de novas doenças no continente americano. Essa é uma das conclusões apontadas no Relatório de Biodiversidade da ONU, que analisou mais de 15 mil pesquisas científicas e informações governamentais durante três anos.

“Os bens e serviços fornecidos pela natureza são os fundamentos definitivos da vida e da saúde das pessoas. A qualidade do ambiente em que vivemos desempenha papel essencial na nossa saúde. Em ambiente natural, com florestas intactas, mamíferos, répteis, aves e insetos se autorregulam. O desmatamento, somado à expansão desordenada das áreas urbanas, faz com que os animais migrem para as cidades. No caso dos mosquitos, que são vetores de muitas doenças, a crise climática e o aumento da temperatura também trouxeram condições favoráveis à reprodução desses indivíduos. Nas cidades, eles passam a se alimentar também do sangue das pessoas, favorecendo a transmissão de enfermidades”, explica a gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Leide Takahashi.

Nessa linha, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Convenção da Diversidade Biológica (CDB) reconheceram que a biodiversidade e a saúde humana estão fortemente interligadas e, durante a COP-13, em 2016, recomendaram uma série de ações. Segundo a OMS, ao menos 50% da população mundial corre o risco de contaminação por doenças transmitidas por mosquitos, chamadas de arboviroses. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que o número de arboviroses tenha dobrado nas últimas três décadas. Algumas delas, como malária, dengue, febre amarela e zika, já causaram surtos em áreas urbanas.

Doutora em Ciências Florestais, Leide destaca ainda que a conservação do patrimônio natural é importante para o controle de outras doenças, especialmente as mentais. O contato com a natureza é capaz de diminuir a ansiedade e o estresse, contribuindo com o bem-estar da população. “A natureza nos fornece água, ar puro, alimentos e outros recursos essenciais para o nosso dia a dia. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio para que as pessoas aproveitem esses recursos de forma responsável, sem prejudicar a fauna e a flora e sem colocar as próximas gerações em risco”, afirma Leide, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

*Por Mayra Rosa

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*Fonte: ciclovivo

Ônibus elétrico, autônomo e impresso em 3D é testado na Califórnia

A fabricante de automóveis norte-americana Local Motors tem uma aposta sustentável para a mobilidade urbana: Olli 2.0. Com sensores, incluindo radar e câmeras, o veículo autônomo monitora a direção sem precisar de um motorista. E não estamos falando de uma solução para o futuro, mas sim para o agora – já em funcionamento em pequena escala.

Com velocidade máxima de 40 km/h, é projetado para áreas que exigem baixa velocidade, como hospitais, bases militares e universidades. O motor elétrico garante zero ruídos e emissões poluentes, além de alcance de até 160 quilômetros com uma única carga.

Olli também é 80% impresso em 3D e seus componentes, em sua maioria, são recicláveis.
E ainda é personalizável: seu interior (inclusive o número de assentos) pode ser alterado para atender a diferentes necessidades.

Sua primeira versão, o Olli 1.0, foi lançada em 2016 e está em operação em nove campi dos EUA. Enquanto veículos autônomos não tomam conta das ruas, podemos ter um “gostinho” colocando em prática o que é possível hoje – testando sua segurança, confiabilidade e outras questões que certamente surgirão como qualquer alternativa de transporte.
Testes

As experimentações na Califórnia acontecem na estação GoMentum, uma antiga base naval, próxima a São Francisco, que funciona como campo de testes para veículos autônomos. Ali, o modelo que possui sistema de prevenção de obstáculos, será colocado em vários cenários, incluindo travessia de cruzamento, interação com pedestres e túneis.

“A segurança é fundamental em todas as novas tecnologias de veículos, por isso estamos entusiasmados para realizar testes rigorosos sob condições realistas na estação GoMentum para garantir que nossos ônibus estejam prontos para as vias públicas”, Vikrant Aggarwal, presidente da Local Motors.

O veículo também está sendo testado em Peachtree Corners, no subúrbio de Atlanta. O Olli percorre um pequeno trecho separado do tráfego comum, de segunda a sexta-feira, o que tem atraído moradores curiosos para testar a novidade.

A china, sempre à frente, inaugurou seu primeiro transporte público autônomo e elétrico em 2017.

*Por Marcia Sousa

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*Fonte: ciclovivo