Após desembarcar de sua nave, em 1961, Yuri Gagarin, o primeiro humano a ir ao espaço, disse a eternizada frase “A Terra é azul!”. Carl Sagan também fala dessa característica de nosso planeta em seu livro “O Pálido Ponto Azul”.
Essa cor característica da Terra é resultado do reflexo da luz do Sol pelos oceanos, que cobrem cerca de 70% da superfície terrestre.
Um estudo publicado na Nature Communications mostra que nas próximas décadas o tom de azul da água dos oceanos mais quentes deve ficar ainda mais forte. Isso ocorrerá porque com o aumento da temperatura média dos oceanos, resultado do aquecimento global, a quantidade de fitoplânctons deve diminuir consideravelmente. A presença desses conjuntos de organismos gera uma tendência ao verde na água.
Em águas mais frias, no entanto, mais próximas aos polos, o tom verde deve ficar mais acentuado.
É previsto que até 2100 haja uma mudança de temperatura de 3°C e até 50% na cor dos oceanos.
Essa diminuição na concentração de fitoplânctons não é nada boa. Eles exercem grande importância não só para a vida marinha, mas também para a vida terrestre. Ele está na base da cadeia alimentar, e produz mais da metade do oxigênio da atmosfera terrestre, além de absorver grande parcela do dióxido de carbono.
As mudanças não serão tão perceptíveis a olho nu, mas irão afetar muito mais a cadeia alimentar marinha e a produção de oxigênio.
*Por Felipe Miranda
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*Fonte: ciencianautas