Dia: 5 de novembro, 2019
Estamos num ponto em que precisamos de menos Whatsapp e mais abraços
Certamente a tecnologia, as redes sociais, as mensagens instantâneas se
tornaram um excelente recurso para nos manter conectados com o mundo,
especialmente com as pessoas de nossa afeição, aqueles que não temos
disponibilidade para ter perto quando as necessitamos expressamente, no
entanto, isso não deve ser, em nenhum caso, algo para nos isolar em um mundo
cibernético e nos fazer esquecer as coisas importantes e detalhes que nos
alimentam a alma.
As visitas inesperadas, os abraços, os olhares expressivos … a presença,
devem ser as coisas que sigam mantendo valor, não devemos nos contentar com
emoticons e rótulos em fotos como mecanismos de contato e proximidade. As
redes sociais estão tendo um boom tão grande que, assim como nos aproximam
dos que estão longe, incluindo pessoas que nunca vimos, além de algumas fotos,
elas também nos afastam das pessoas que estão ao nosso lado.
É cada vez mais comum ver pessoas em lugares públicos que não se
comunicam, que não se olham nos olhos, que estão concentradas em uma tela de um telefone celular. Devemos voltar ao hábito de dar carinho de maneira presencial, prestando atenção em quem fala conosco, sem fazer intervalos para checar o celular.
É necessário viver cada momento e realmente desfrutar dele, além de estar
ciente de capturar uma foto de algo que provavelmente nem exista, apenas para
compartilhá-lo com pessoas que não estão necessariamente interessadas em
nossas vidas. Devemos aprender a amar e aceitar a nós mesmos para além de
um número de gostos, não devemos viver buscando a aprovação dos outros
para nos sentirmos bem conosco e menos dispostos a transmitir algo que muitas
vezes não somos parados.
A tecnologia e tudo o que ela traz de mãos dadas é muito benéfica, quando
sabemos como usá-la, limitá-la e abrir espaço para ela em nossas vidas até
certo ponto, sem que ela se torne o centro de nossa atenção.
Não devemos negligenciar nossos relacionamentos pessoais, não podemos
substituir beijos, abraços, carícias, nada que recebemos por meio de um
dispositivo eletrônico, aproveitemos a tecnologia e usemos-a em nosso favor,
não contra nós, porque quando nos acostumamos a sentir através de uma tela,
perderemos o gosto pela magia que só a presença pode nos oferecer.
Abrace, beije, sinta, sussurre em seu ouvido, delicie-se com uma conversa, perca-se rapidamente, enrosque seus pés com a pessoa que você ama, observe seus gestos, ouça sua voz, sinta, se alimente do contato que nutre e usa o resto os recursos quando você não tem outra opção, não o contrário.
*Por Sara Espejo
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*Fonte: pensarcontemporaneo
O sucesso só é possível depois do fracasso
Um novo estudo da Universidade Northwestern (EUA) descobriu que o fracasso é um “pré-requisito essencial para o sucesso”.
Não, você não leu errado.
Ao que tudo indica, não basta só trabalhar muito e persistir – é preciso errar e aprender com esses erros para ser bem-sucedido.
Metodologia
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram uma quantidade enorme de dados envolvendo sucesso e fracasso em diversos cenários diferentes – por exemplo, examinaram 776.721 pedidos de bolsas para pesquisa apresentados aos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA de 1985 a 2015, além de 46 anos de investimentos em startups de capital de risco e até 170.350 ataques terroristas realizados entre 1970 e 2017.
Depois de vasculhar todas essas informações, os cientistas descobriram que “todo vencedor começa como um perdedor”.
Mais do que isso: vencedores e perdedores tentaram o mesmo número de vezes, então não é sobre persistência após o fracasso. É sobre aprender com seus erros.
“Você precisa descobrir o que funcionou e o que não funcionou e depois se concentrar no que precisa ser melhorado, em vez de se debater e mudar tudo. As pessoas que falharam não necessariamente trabalham menos [do que as que tiveram sucesso]. Eles podem realmente ter trabalhado mais; é que fizeram mais alterações desnecessárias”, explicou Dashun Wang, professor de administração e organização da Universidade Northwestern.
Modelo matemático
Os pesquisadores analisaram, entre outras coisas, quantas vezes um pesquisador pediu por financiamento, o que mudou nesses pedidos e quão espalhadas foram suas tentativas. No domínio das startups, olharam coisas como oferta pública inicial, fusões de alto valor e aquisições. Por fim, no caso dos ataques terroristas, sucesso era matar pelo menos uma pessoa, enquanto fracassos eram tentativas sem casualidades.
A ideia do estudo era formular um “modelo matemático” explorando os “mecanismos que governam a dinâmica do fracasso”. A equipe identificou estatísticas que separavam grupos bem-sucedidos dos fracassados.
Por exemplo, um indicador de sucesso era o tempo entre as tentativas fracassadas. Quanto mais rápido uma pessoa falha, melhor suas chances de sucesso. Quanto mais tempo se passa entre as tentativas, mais propensa ela fica a falhar de novo.
Trabalhando com dados em tão larga escala, Wang e sua equipe puderam identificar pontos críticos em comum às diversas tentativas falhas, entendendo qual caminho leva ao progresso e qual leva ao fracasso.
Segundo os pesquisadores, a existência de tais pontos de inflexão contraria as explicações tradicionais sobre fracasso e sucesso, que envolvem fatores como sorte ou hábitos de trabalho.
“O que estamos mostrando aqui é que, mesmo na ausência de tais diferenças, você ainda pode ter resultados muito diferentes”, disse Wang. O que importa é como as pessoas falham, como respondem à falha e aonde essas falhas levam.
No futuro
De acordo com Albert-László Barabási, da Universidade Northeastern, o modelo desenvolvido por esse estudo pode ser usado em outras pesquisas e ferramentas.
“Existem inúmeros trabalhos tentando entender como as pessoas e os produtos são bem-sucedidos. No entanto, há muito pouco entendimento do papel do fracasso. O trabalho de Wang reescreve fundamentalmente nossa compreensão do sucesso, mostrando o papel principal que o fracasso desempenha nele, oferecendo finalmente uma estrutura metodológica e conceitual para colocar o fracasso onde ele pertence dentro do cânone do sucesso”, argumenta.
O próximo passo da pesquisa é refinar o modelo para quantificar outras características individuais e organizacionais que podem influenciar no sucesso, além de aprender com erros passados.
Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica Nature. [ScientificAmerican]
*Por Natasha Romanzoti
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*Fonte: hypescience