Dia: 7 de dezembro, 2019
Efeito dominó irreversível das mudanças climáticas já pode estar em curso
Você sabe bem o que acontece quando enfileiramos um punhado de peças de dominó e a última delas é derrubada: ela arrasta junto todas as outras. Quanto mais nosso entendimento em sustentabilidade avança, mais claro fica que a habitabilidade da Terra funciona como uma gigantesca fileira de dominós. E vários indícios apontam que não é só uma peça que ameaça tombar — são nove.
Especialistas de renomadas instituições de pesquisa pelo mundo publicaram nesta quarta (27) na revista Nature um artigo com a conclusão de que metade dos “pilares” de sustentação da estabilidade climática global parecem começar a desabar. Cientistas da área chamam essas “peças de dominó” de tipping points: pontos de ruptura que, se ultrapassados, ameaçam desestabilizar todo o sistema terrestre.
Esse conceito foi criado há cerca de 20 anos pelo IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU. Naquela época, os pesquisadores achavam que só haveria risco de efeito cascata caso as temperaturas globais subissem 5°C acima dos níveis pré-industriais – o que deve acontecer até o final do século, se nada mudar. É motivo de consternação ver que a situação é mais grave do que se pensava.
“Não é só que as pressões humanas na Terra continuam crescendo a níveis sem precedentes”, disse em comunicado o co-autor Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático. “Também se trata de que conforme a ciência avança, nós precisamos admitir que subestimamos os ricos do desencadeamento de mudanças irreversíveis, em que o próprio planeta amplia o aquecimento global.”
E isso com apenas 1°C de aumento na temperatura. Os nove tipping points que aparentam ter sido ativados ficam nas geleiras do Ártico, da Groenlândia e da Antártida, nas florestas boreais, nas correntes do Oceano Atlântico, na Amazônia, em recifes de corais e no permafrost (o solo permanentemente congelado do Ártico). São todos elementos vitais para manter aspectos básicos do nosso planeta funcionando da forma como funciona hoje.
“Cientificamente, isso fornece evidências fortes para declarar um estado de emergência planetária, para desencadear ação mundial e acelerar o caminho adiante para um mundo que possa continuar evoluindo em um planeta estável”, afirma Rockström.
Mas como é possível que ecossistemas tão diversos e distantes estejam encadeados numa mesma fileira de dominó? Bem, por maior que a Terra nos pareça, ela não é tão grande assim.
Muitos dos ciclos e processos que ocorrem em escala regional afetam o equilíbrio do sistema na escala global. As florestas tropicais, as boreais e o permafrost, por exemplo, são tipping points especialmente catastróficos. A vegetação, quando queimada, emite CO2 na atmosfera – bem como gelo siberiano, que ao derreter libera gases de efeito estufa que antes estavam retidos no solo. Já a perda total das geleiras da Groenlândia e da Antártida causaria um aumento de 10 metros no nível do mar — com danos irreparáveis às populações costeiras do planeta.
Nem tudo está perdido, contudo.
“É possível que nós já tenhamos passado do limiar para um efeito cascata de tipping points inter-relacionados”, disse outro co-autor da análise, Tim Lenton, da Universidade de Exeter, no Reino Unido. “No entanto, a taxa nas quais eles progridem, e portanto o risco que eles oferecem, podem ser reduzidos se cortarmos nossas emissões.” No artigo, os cientistas analisam tal efeito no derretimento das geleiras.
Contendo o aquecimento global a 1,5°C, a perda total das estruturas e o consequente aumento de 10 metros no nível do mar levariam 10 mil anos para acontecer. Caso a temperatura suba 2°C, a estimativa cai para mil anos. Nossa única esperança para manter a Terra e a civilização humana minimamente estáveis é largar de vez os combustíveis fósseis até 2050. Só assim teremos tempo de nos adaptar para as mudanças que virão.
*Por A. J. Oliveira
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*Fonte: superabril
Polarizando no Taquari
O rolê de hoje contou com a volta da turma dos amigos na estrada, o Pretto já de volta de suas férias na praia e o Vladi, que está nos seus pais de visita em Venâncio Aires, também pode participar. Mesmo com esse calor danado que fez hoje, não teve essa de arregar, partimos para a estrada ainda na primeira hora da tarde. Primeiro uma passada na pista de BMX local no Parque da Fenachim, onde o Pretto nos aguardava. Estava rolando por lá uma etapa do gaúcho de bicicross (será que é assim que se diz hoje em dia?). Uma rápida reunião de pauta e decidimos o nosso roteiro do dia. Sempre assim, de última hora…rsrsrsr
A ideia era dar uma volta por algum lugar não muito longe e que ainda o Vladi não tivesse anteriormente andado com a gente. Optamos então por começarmos indo até Estrela (RS), onde mostramos a famosa revenda da Volkswagen que está fechada há mais de uma década – “Revenda Gaúcha”, e é mantida pelo proprietário intacta até hoje, como se estivesse parada no tempo, mesmo que não esteja mais funcionando.
*Mais informações sobre a história dessa revenda [ AQUI ].
Depois uma passada no centro da cidade, onde tem algusn lugares com escadarias que dão na margem do Rio Taquari. Uma delas inclusive fica no local onde era antigamente a cervejaria da Polar. Hoje também abandonada. Não Estrela não é uma Detroit da vida, no sentido de cidade onde faliu muitas coisas – nada disso! É uma cidade muito bonita, mas casualmente esses dois pontos de referências que visitamos são de empresas “fechadas”. Aliás esse ponto onde fica a Polar, também tem uma bela escadaria até o rio e conta com uma estrutura bem bacanuda ao redor para visitantes. Uma breve caminhada pelo local. Não esqueça de que o sol hoje estava muito forte e deu um calorão na turma. Mas sempre em frente!
Depois dessa parada seguimos a viagem, ainda tínhamos de pegar a RS 453 em direção da serra gaúcha mas desviarmos no caminho para Imigrantes (RS). Antes uma parada num posto de gasolina para uma devida hidratação. O bicho tava pegando. Que calor! Uma sombra, uma água gelada e já estávamos prontos outra vez. Seguimos então adiante até chegamos no trevo para Imigrantes. Gosto desse trajeto em diante, muitas paisagens incríveis e bonito, com diversas casas e fazendas muito bem cuidadas (talvez por causa de estarmos próximo do Natal, mas hoje estavam especialmente muito bem ajeitadas). Uma parada no monumento do imigrante, que eu não conhecia ainda. Mais adiante um pinguela antiga e uma nova contruída ao lado. Foi divertido. Mas na real até que um banho no riacho abaixo não teria sido uma má ideia.
Passamos então na sequência por Colinas (RS), que também mantém uma vibe bem parecida com Imigrantes. Cidades vizinhas, muito parecidas e ambas bem legais eu diria. Então chegamos outra vez em Lajeado e daí era só tomar o tradicional caminho de casa. Na chegada uma nova hidratação, mas agora com cerveja e uma boa conversa com os amigos.
Gracias por mais um dia incrível!
*Abaixo as já tradicionais fotos do rolê do dia: