Dia: 20 de dezembro, 2019
Contato com a natureza previne ansiedade, depressão e estresse
O agito dos grandes centros urbanos prejudica a saúde física e mental. As poluições sonora, visual e atmosférica somadas ao enclausuramento do dia a dia contribuem com o desencadeamento de problemas pulmonares, cardíacos e emocionais. Diante deste contexto, a ciência vem mostrando que praticar atividades ao ar livre, em contato com a natureza, é o que precisa ser incorporado na rotina das pessoas como forma de tratamento preventivo.
Pesquisadores da Universidade de Chiba, no Japão, reuniram 168 voluntários e colocaram metade para passear em florestas e o grupo restante para andar nos centros urbanos. As pessoas que tiveram contato com a natureza mostraram em geral uma diminuição de 16% no cortisol (hormônio do estresse), 4% na frequência cardíaca e 2% na pressão arterial.
Para o neurologista e psicoterapeuta cognitivo Mário Negrão, é possível notar uma melhora significativa no aparelho digestivo, nas alergias e na resistência à bactérias e infecções, mas o mais importante é a sensação de bem-estar. “Quando você coloca um indivíduo em uma cidade sem muita natureza, você está colocando-o em um ecossistema hostil, onde tudo que o rodeia é artificial. É comprovado que isso gera um impacto imenso na saúde”, relata.
Na Austrália, um estudo produzido na Universidade Deakin mostra que a natureza oferece às pessoas momentos de liberdade e relaxamento, impactando positivamente o estado mental dos indivíduos e reduzindo sintomas de ansiedade e depressão. Na Holanda, pesquisadores do Centro Médico Universitário de Amsterdã constataram que pessoas que vivem próximas da natureza reduzem em 21% as chances de desenvolverem depressão. Os benefícios também envolvem uma melhora na qualidade do sono, no desenvolvimento cognitivo, na imunidade, nos problemas cardíacos e pulmonares, além de uma redução na ansiedade, na tensão muscular e na possibilidade de desenvolver doenças como obesidade e diabetes.
Para a doutora em Ciências Florestais e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Teresa Magro, a sensação de bem-estar está relacionada também ao que fazemos no ambiente natural. “Só o fato de olhar uma paisagem, fazer um passeio em um parque ou em uma área com menos barulho, já nos dá uma sensação de relaxamento”, afirma.
No país com a mais rica biodiversidade do mundo, o contato com a natureza pode ocorrer em diferentes espaços, como parques, praças, cachoeiras e ambientes costeiros e marinhos. “Os benefícios fornecidos pela natureza – como ar puro, água, regulação microclimática, redução de partículas poluentes, relaxamento mental e físico, entre outros – e sua conexão com a saúde das pessoas devem ser vistos pela sociedade e pelo poder público como uma prioridade. Ter espaços verdes acessíveis e bem cuidados próximos da população estimula a visitação e a prática de atividades, o que resulta em indivíduos mais relaxados e produtivos”, completa a gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Leide Takahashi.
Sobre a Rede de Especialistas
A Rede de Especialistas de Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
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*Fonte: ciclovivo
Cientista replica condições de Marte em câmara e descobre que podemos viver no Planeta
Marte tem sido frequentemente considerado como um planeta do plano B, com empreendedores como Elon Musk fazendo planos ambiciosos para colonizar o Planeta Vermelho. A NASA até flertou com a idéia, lançando uma estratégia para exploração e colonização humana de Marte em 2015.
No entanto, não há provas de que o corpo celeste possa realmente sustentar a vida. Agora, de acordo com o Tomorrow’s World da Amazon Prime, um cientista replicou as condições de Marte em uma câmara para testar se a vida poderia realmente sobreviver no planeta.
Prosperando no Planeta Vermelho
O que ele descobriu foi que a vida não apenas sobreviveu, mas também prosperou. O Dr. Jean-Pierre Paul DeVera, do Centro Alemão de Pesquisa Espacial em Berlim, criou o que é chamado de “câmara marciana” para testar as condições de vida no Planeta Vermelho.
Nesta incrível invenção, a “temperatura, pressão atmosférica, composição química, raios UV” e mais de Marte foram recriados e regulados com precisão para corresponder às condições reais do planeta.
Em 2012, a DeVera começou testando quanto tempo as cianobactérias poderiam sobreviver na câmara. Ele descobriu que o filo durou várias semanas sem complicações.
Ele então estendeu sua experiência ao uso de microrganismos da Antártica. Esses organismos também prosperaram na câmara marciana.
Organismos complexos
“Pelo que vimos, pelos resultados que tivemos, seria possível encontrar vida lá, ou vida terrestre, que microorganismos poderiam sobreviver em Marte”, disse DeVera no programa da Amazon.
“É impressionante, nunca imaginamos esses resultados, especialmente com organismos mais complexos. Eles não são bactérias, são organismos que usam a fotossíntese. A vida é possível em Marte, e Marte pode ser um habitat para organismos que vivem na Terra “, acrescentou.
Embora essa seja uma notícia promissora para a humanidade, deve-se notar que realmente chegar a Marte e tornar o planeta habitável está muito além do nosso alcance no momento. Como tal, é melhor não contar com os planos B e nos esforçar ao máximo para salvar o planeta em que estamos agora.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae