Dia: 24 de dezembro, 2019
Paradoxo do tempo via universos paralelos é matematicamente possível, dizem cientistas
Vamos ignorar o “porquê”, mas se você voltasse no tempo para matar seus avós, você nunca teria nascido. O que significa que não existiria ninguém para matar seus avós.
Esses tipos de paradoxos do tempo de quebrar o cérebro têm nos intrigado para sempre, inspirando histórias que vão de “De volta ao futuro” ao seriado “Dark”.
Até discutimos isso de forma mais embasada na matéria “Dark e o Paradoxo de Bootstrap”.
Agora, a New Scientist relata que os físicos Barak Shoshany e Jacob Hauser, do Perimeter Institute, no Canadá, encontraram uma solução aparente para esses tipos de paradoxos que exigem um número muito grande – mas não necessariamente infinito – de universos paralelos.
O artigo de pesquisa deles descreve um modelo no qual uma pessoa poderia viajar teoricamente de uma linha do tempo para outra, atravessando um buraco no espaço-tempo, ou buraco de minhoca, de uma maneira que eles afirmam ser “matematicamente possível”.
“A abordagem de universos paralelos que sugerimos diz que existem universos paralelos diferentes em que as coisas são praticamente as mesmas e cada um deles é matematicamente uma variedade de espaço-tempo separada”, disse Shoshany à New Scientist. “Você poderia vagar entre essas variedades quando viaja de volta no tempo.”
Várias linhas do tempo permitiriam que você viajasse para uma linha do tempo diferente e matasse seus avós sem causar um paradoxo. Mas o número de linhas do tempo não precisa ser infinito para que isso funcione, calcularam os pesquisadores.
O modelo tem uma grande desvantagem, pelo menos para fins narrativos: viajar no tempo não fará nenhum bem para sua própria linha do tempo.
“O que significa viajar no tempo aqui é entrar entre essas histórias – isso é ainda mais esquisito”, disse à New Scientist o especialista em matéria de astrofísica e matéria escura Geraint Lewis, da Universidade de Sydney, que não participou da pesquisa. “Em algum nível, nem parece mais uma viagem no tempo, porque qual é o sentido de voltar e matar Hitler se a Segunda Guerra Mundial ainda ocorreu no universo de onde você existe?”
*Por Flávio Croffi
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*Fonte:
Celestial Greetings 2019
Inspirado no 20º aniversário do lançamento do videoclipe “Intergalactic” dos Beastie Boys. Filmado no PATH subterrâneo de Toronto, na Union Station e no TTC.
Fazendas produzem alimentos no topo de edifícios de Nova Iorque
Mais de 36 toneladas de vegetais orgânicos são cultivados em plantações que ficam nos topos de edifícios de Nova Iorque, todos os anos. Mais do que alimentar as pessoas, os tetos verdes também impedem que muitos poluentes cheguem aos rios da cidade.
Cobrindo uma área de 2,3 hectares, as fazendas estão localizadas no topo de 3 edifícios históricos. O solo tem apenas 25 centímetros de profundidade, mas absorvem milhões de litros de água de chuva por ano – impedindo que a água chegue aos drenos da cidade.
Problema antigo, solução sustentável
Há tempos, Nova Iorque tem um problema conhecido como inundação por esgoto combinado, quando as chuvas alagam as plantas de tratamento de água da cidade, levando o esgoto diretamente para os rios Hudson e East (Leste).
A cidade melhorou nas última décadas, investindo cerca de US$ 45 bilhões desde os anos 80 no tratamento de águas residuais. Mas, com mais de 70% de sua área pavimentada e mais de 8 milhões de habitantes, a inundação por esgoto combinado continua frequente quando chove muito.
Soluções multifacetadas
Brooklyn Grange, empresa responsável pelas 3 plantações nos topos dos edifícios históricos, construiu sua primeira fazenda em 2010. O investimento se pagou no primeiro ano, passou a dar lucro no segundo ano e hoje emprega 20 pessoas em tempo integral e 60 pessoas em trabalhos temporários.
Tetos verdes ajudam a reduzir o calor nas áreas urbanas, absorvendo a radiação que seria refletida por tetos convencionais. Com isso, também reduzem o consumo de energia elétrica gerado por aparelhos de ar condicionado.
As plantações nos tetos verdes usam resíduos orgânicos (restos de alimentos) para produzir adubo. Metade da produção é vendida para restaurantes e a outra parte vai para dois mercados ou é entregue para as pessoas por meio de uma iniciativa comunitária de apoio à agricultura urbana, que conecta diretamente produtores e consumidores. Além disso, os espaços abrigam cerca de 40 colmeias de abelhas.
Até o momento, as plantações receberam 50 mil jovens em visitas educacionais a respeito de agricultura orgânica nas cidades. São oferecidas capacitações que ensinam de produção orgânica de corantes a molhos apimentados. Os espaços também são palcos de aulas de yoga e até casamentos.
Impacto positivo
Os fundadores da Brooklin Grange acreditam que a agricultura urbana comercial pode ajudar as cidades a se tornarem mais limpas e verdes. Eles medem o sucesso das suas iniciativas usando o lucro, o impacto ambiental e impacto social dos projetos.
A empresa ampliou sua atuação para o planejamento e construção de mini plantações em topos de edifícios e casas para clientes particulares em toda a cidade.
A previsão é de que quase 70% da população mundial esteja vivendo em cidades até 2050. Ao mesmo tempo que os espaços urbanos impulsionam a economia, eles são responsáveis por ¾ das emissões globais de CO2.
Projetos como estes são cada vez mais importantes para que as cidades cumpram as metas de Desenvolvimento Sustentável e os objetivos do Acordo de Paris.
*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo