Dia: 25 de dezembro, 2019
Viajar deixa as pessoas mais felizes do que comprar coisas
Gastar dinheiro com uma viagem pode te fazer muito mais feliz do que comprar um celular novo. Esta é uma das conclusões de um estudo divulgado recentemente e produzido por pesquisadores da Universidade de Chicago e de Cornell. Durante a pesquisa eles analisaram quais eram os sentimentos dos participantes em relação às experiências e à compra de produtos. Viagens, jantares e outras atividades parecem ter o poder de deixar todos mais felizes e gratos.
Uma das justificativas para esta conclusão está no hábito constante e praticamente inerente ao ser humano de comparar suas posses com os demais. Segundo o estudo, é muito mais comum que as pessoas compararem os tipos de celulares, carros ou casas, do que ficar tentando avaliar quem teve a melhor viagem, por exemplo. Esta comparação não tende a ser algo saudável para o corpo e, muito menos, para o bolso.
Em contrapartida, as experiências têm poder para elevar as interações interpessoais. Seja em um passeio ao parque ou em um jantar com a família, investir tempo e dinheiro em atividades tende a juntar pessoas, o que as deixa também mais gratas.
Em uma das fases de pesquisa, os cientistas colocaram os participantes em contato com sites de apoio a viagens, como o TripAdvisor, e com sites de compras, como a Amazon. No experimento os pesquisadores perguntaram aos voluntários quais tinham sido as suas emoções após as duas abordagens. Em todos os casos os sites que proporcionam experiências instigaram sentimentos melhores e mais gratidão do que as páginas de compras.
“As pessoas podem dizer ‘eu estou emocionada com o produto que eu acabei de receber’, mas raramente eles dirão que estão gratos por isso. É mais comum as pessoas dizerem ‘Eu sou muito grato pela oportunidade que eu tive de conhecer aquele país’”, explica Thomas Gilovich, um dos autores do estudo.
Clique aqui para acessar o estudo completo.
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*Fonte: ciclovivo
Rússia se desconecta da internet mundial
País realizou uma série de testes para se desconectar do resto do mundo e criar sua própria rede, a RuNet
O governo russo anunciou ontem (23) que concluiu uma série de testes para desconectar o país da internet mundial. O objetivo era testar a infraestrutura nacional da nova internet da nação, conhecida como RuNet, e verificar se o sistema interno poderia funcionar sem acesso ao DNS global e à rede externa.
Foram necessários alguns dias para a conclusão dos testes, que envolveram agências governamentais, provedores locais de serviços de internet e empresas russas locais. O tráfego do sistema de computadores foi redirecionado internamente, o que fez com que o RuNet se tornasse a maior rede intranet do mundo.
Apesar do sucesso dos testes, como de praxe o governo não revelou muitos detalhes técnicos. Apenas houve a constatação de que foram testados vários cenários de desconexão, incluindo um quadro em que era simulado um ciberataque de um país estrangeiro. Segundo declarações da coletiva concedida na segunda-feira, o experimento foi um sucesso.
“Em geral, as autoridades e as operadoras de telecomunicações estão prontas para responder efetivamente a possíveis riscos e ameaças e garantir o funcionamento da internet e da rede de telecomunicações unificada na Rússia”, afirmou Alexei Sokolov, vice-chefe do Ministério de Desenvolvimento Digital, Comunicações e Meios de Comunicação de Massa. O executivo também disse que os resultados serão apresentados ao presidente Vladimir Putin em 2020.
Avaliação
Ainda que as avaliações tenham ocorrido em alguns dias, o êxito do plano teve como base anos de planejamento, elaboração de leis e modificações físicas na infraestrutura da internet local. Inicialmente, os teste estavam marcados para abril deste ano, mas acabou adiado para dar ao Kremlin (sede do governo russo) mais tempo para aprovar uma lei necessária para o processo.
A chamada lei “soberania da internet” concede o poder legítimo ao governo de desconectar o país do resto do mundo sem muitas explicações, que tem como base a segurança nacional e o temor de interferências estrangeiras. Para que isso acontecesse, a legislação determina que os serviços de internet redirecionem o tráfego por meio de estratégias administradas pelo Ministério das Comunicações.
Vale ressaltar que este mês o presidente Vladimir Putin afirmou que o país não iria se desconectar, e a lei era uma precaução. “Não estamos caminhando para fechar a internet e não temos intenção de fazer isso”, disse o mandatário. “Esta lei pretende apenas evitar as consequências negativas de uma possível desconexão da rede global, que é amplamente controlada do exterior”, concluiu Putin.
A criação da lei foi alvo de críticas de ativistas de direitos humanos na Rússia desde o começo do ano. Eles argumentaram que sua possível efetivação era uma ameaça à liberdade de expressão e à mídia. Ainda é cedo para falar em mudanças em outras nações, mas a atitude pode configurar em uma iniciativa a outros governos que queiram criar sua própria rede de internet.
*Por Fabricio Filho
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*Fonte: olhardigital