Somos cada vez menos felizes e produtivos porque estamos viciados na tecnologia

“Há um usuário novo, uma notícia nova, um novo recurso. Alguém fez algo, publicou algo, enviou uma foto de algo, rotulou algo. Você tem cinco mensagens, vinte curtidas, doze comentários, oito retweets. (…) As pessoas que você segue seguem esta conta, estão falando sobre este tópico, lendo este livro, assistindo a este vídeo, usando este boné, comendo esta tigela de iogurte com mirtilos, bebendo este drinque, cantando esta música.”

O cotidiano digital descrito pela jornalista espanhola Marta Peirano, autora do livro El enemigo conoce el sistema (O inimigo conhece o sistema, em tradução livre), esconde na verdade algo nada trivial: um sequestro rotineiro de nossos cérebros, energia, horas de sono e até da possibilidade de amar no que ela chama de “economia da atenção”, movida por tecnologias como o celular.

Nesse ciclo, os poderosos do sistema enriquecem e contam com os melhores cérebros do mundo trabalhando para aumentar os lucros enquanto entregamos tudo a eles.

“O preço de qualquer coisa é a quantidade de vida que você oferece em troca”, diz a jornalista.

Desde os anos 90, quando descobriu a cena dos hackers em Madri, até hoje, ela não parou de enxergar a tecnologia com um olhar crítico e reflexivo. Seu livro narra desde o início libertário da revolução digital até seu caminho para uma “ditadura em potencial”, que para ela avança aos trancos e barrancos, sem que percebamos muito.

Marta Peirano foi uma das participantes do evento Hay Festival Cartagena, um encontro de escritores e pensadores que aconteceu na cidade colombiana entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro. A seguir, leia a entrevista concedida à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

BBC News Mundo – Você diz que a ‘economia da atenção’ nos rouba horas de sono, descanso e vida social. Por quê?

Marta Peirano – A economia da atenção, ou o capitalismo de vigilância, ganha dinheiro chamando nossa atenção. É um modelo de negócios que depende que instalemos seus aplicativos, para que eles tenham um posto de vigilância de nossas vidas. Pode ser uma TV inteligente, um celular no bolso, uma caixinha de som de última geração, uma assinatura da Netflix ou da Apple.

E eles querem que você os use pelo maior tempo possível, porque é assim que você gera dados que os fazem ganhar dinheiro.

BBC News Mundo – Quais dados são gerados enquanto alguém assiste a uma série, por exemplo?

Peirano – A Netflix tem muitos recursos para garantir que, em vez de assistir a um capítulo por semana, como fazíamos antes, você veja toda a temporada em uma maratona. Seu próprio sistema de vigilância sabe quanto tempo passamos assistindo, quando paramos para ir ao banheiro ou jantar, a quantos episódios somos capazes de assistir antes de adormecer. Isso os ajuda a refinar sua interface.

Se chegarmos ao capítulo quatro e formos para a cama, eles sabem que esse é um ponto de desconexão. Então eles chamarão 50 gênios para resolver isso e, na próxima série, ficaremos até o capítulo sete.

BBC News Mundo – Os maiores cérebros do mundo trabalham para sugar nossa vida?

Peirano – Todos os aplicativos existentes são baseados no design mais viciante de que se tem notícia, uma espécie de caça-níquel que faz o sistema produzir o maior número possível de pequenos eventos inesperados no menor tempo possível. Na indústria de jogos, isso é chamado de frequência de eventos. Quanto maior a frequência, mais rápido você fica viciado, pois é uma sequência de dopamina.

Toda vez que há um evento, você recebe uma injeção de dopamina — quanto mais eventos encaixados em uma hora, mais você fica viciado.

BBC News Mundo – Todo tuíte que leio, todo post no Facebook que chama minha atenção, toda pessoa no Tinder de quem gosto é um ‘evento’?

Peirano – São eventos. E na psicologia do condicionamento, há o condicionamento de intervalo variável, no qual você não sabe o que vai acontecer. Você abre o Twitter e não sabe se vai retuitar algo ou se vai se tornar a rainha da sua galera pelos próximos 20 minutos.

Não sabendo se receberá uma recompensa, uma punição ou nada, você fica viciado mais rapidamente.

A lógica deste mecanismo faz com que você continue tentando, para entender o padrão. E quanto menos padrão houver, mais seu cérebro ficará preso e continuará, como os ratinhos na caixa de [B.F.] Skinner, que inventou o condicionamento de intervalo variável. O rato ativa a alavanca obsessivamente, a comida saindo ou não.

BBC News Mundo – Os adultos podem entender isso, mas o que acontece com as crianças que apresentam sintomas de abstinência quando não estão conectadas ao Instagram, YouTube, Snapchat, Tik Tok por exemplo?

Peirano – As redes sociais são como máquinas caça-níqueis, quantificadas na forma de curtidas, corações, quantas pessoas viram seu post. E isso gera um vício especial, porque trata-se do que a sua comunidade diz — se o aceita, se o valoriza. Quando essa aceitação, que é completamente ilusória, entra em sua vida, você fica viciado, porque somos condicionados a querer ser parte do grupo.

Eles [as empresas] conseguiram quantificar essa avaliação e transformá-la em uma injeção de dopamina. As crianças ficam viciadas? Mais rápido do que qualquer um. E não é que elas não tenham força de vontade, é que elas nem entendem por que isso pode ser ruim.

Não deixamos nossos filhos beberem Coca-Cola e comer balas porque sabemos que o açúcar é prejudicial; mas damos a eles telas para serem entretidos, porque dessa forma não precisamos interagir com eles.

BBC News Mundo – E o que podemos fazer?

Peirano – Interagir com elas. Uma criança que não tem uma tela fica entediada. E uma criança entediada pode ser irritante, se você não estiver disposto a interagir com ela, porque talvez você prefira estar fazendo outras coisas.

BBC News Mundo – Olhando para sua própria tela, por exemplo?

Peirano – Vemos famílias inteiras ligadas ao celular e o que está acontecendo é que cada um está administrando seu próprio vício. Todo mundo sabe que os jogos de azar são ruins, que a heroína é ruim, mas o Twitter, o Facebook, não — porque eles também se tornaram ferramentas de produtividade.

Então, eu, que sou jornalista, quando entro no Twitter é porque preciso me informar; a cabeleireira no Instagram estará assistindo a um tutorial; há uma desculpa para todos.

O vício é o mesmo, mas cada um o administra de maneira diferente. E dizemos a nós mesmos que não é um vício, mas que estamos ficando atualizados e mais produtivos.

BBC News Mundo – Poderíamos nos caracterizar como viciados em tecnologia?

Peirano – Não somos viciados em tecnologia, somos viciados em injeções de dopamina que certas tecnologias incluíram em suas plataformas. Isso não é por acaso, é deliberado.

Há um homem ensinando em Stanford (universidade) àqueles que criam startups para gerar esse tipo de dependência.

Existem consultores no mundo que vão às empresas para explicar como provocá-la. A economia da atenção usa o vício para otimizar o tempo que gastamos na frente das telas.

BBC News Mundo – Como você fala no livro, isso também acontece com a comida, certo? Somos manipulados por cheiros, ingredientes, e nos culpamos por falta de vontade e autocontrole (na dieta, por exemplo).

Peirano – É quase um ciclo de abuso, porque a empresa contrata 150 gênios para criar um produto que gera dependência instantânea.

Seu cérebro é manipulado para que a combinação exata de gordura, açúcar e sal gere uma sensação boa, mas como isso [a combinação] não nutre o corpo, a fome nunca passa, e você experimenta um tipo de curto-circuito: seu cérebro está pedindo mais, porque é gostoso, mas o resto do seu corpo diz que está com fome.

Como no anúncio da Pringles, “Once you pop, you can’t stop” [depois que você abre, não consegue parar, em tradução livre]. O que é absolutamente verdade, porque abro um pote e até que eu o coma inteiro, não consigo pensar em outra coisa.

Então, dizem: ‘bem, isso é porque você é um glutão’. O pecado da gula! Como você não sabe se controlar, vou vender um produto que você pode comer e comer e não fará você engordar, os iogurtes light, a Coca-Cola sem açúcar.

E a culpa faz parte desse processo. No momento, no Vale do Silício, muitas pessoas estão fazendo aplicativos para que você gaste menos tempo nos aplicativos. Esse é o iogurte.

BBC News Mundo – Essa conscientização, de entender como funciona, ajuda? É o primeiro passo?

Peirano – Acho que sim. Também percebo que o vício não tem nada a ver com o conteúdo dos aplicativos.

Você não é viciado em notícias, é viciado em Twitter; não é viciado em decoração de interiores, é viciado em Pinterest; não é viciado em seus amigos ou nos seus filhos maravilhosos cujas fotos são postadas, você é viciado em Instagram.

O vício é gerado pelo aplicativo e, quando você o entende, começa a vê-lo de maneira diferente. Não é falta de vontade: eles são projetados para oferecer cargas de dopamina, que dão satisfação imediata e afastam de qualquer outra coisa que não dá isso na mesma medida, como brincar com seu filho, passar tempo com seu parceiro, ir para a natureza ou terminar um trabalho — tudo isso exige uma dedicação, já que há satisfação, só que não imediata.

BBC News Mundo – De tudo o que você cita, manipulações, vigilância, vícios, o que mais a assusta?

Peirano – O que mais me preocupa é a facilidade com que as pessoas estão convencidas a renunciar aos seus direitos mais fundamentais e a dizer: quem se importa com meus dados? Quem se importa com onde eu estive?

Há 40 anos, pessoas morriam pelo direito de se encontrar com outras pessoas sem que o governo soubesse suas identidades; pelo direito de ter conversas privadas ou pelo direito de sua empresa não saber se há uma pessoa com câncer em sua família.

Custou-nos muito sangue para obtê-los (os direitos) e agora estamos abandonando-os com um desprendimento que não é natural — é implantado e alimentado por um ecossistema que se beneficia dessa leveza.

BBC News Mundo – Quando você envia um email, sabe que outros podem lê-lo, mas de fato pensamos: quem se importará com o que eu escrevo?

Peirano – Ninguém realmente se importa, até o momento que se importe, porque todo esse material é armazenado e, se estiver disponível para o governo, ele terá ferramentas para contar qualquer história sobre você. E você não poderá refutá-lo.

Se o governo quiser colocá-lo na cadeia porque você produz um material crítico, ele pode encontrar uma maneira de vinculá-lo a um terrorista. Bem, talvez seus filhos tenham estudado juntos por um tempo e possa ser mostrado que as placas dos seus carros coincidiram várias vezes na mesma estrada por três anos. Nesse sentido, seus dados são perigosos.

BBC News Mundo – Você diz no livro que “2,5 quintilhões de dados são gerados todos os dias”, incluindo milhões de e-mails, tuítes, horas de Netflix e pesquisas no Google. O que acontece com tudo isso?

Peirano – Estamos obcecados com nossos dados pessoais, fotos, mensagens… Mas o valor de verdade é estatístico, porque suas mensagens, com as de outras bilhões de pessoas, informam a uma empresa ou a um governo quem somos coletivamente.

Eles os usam primeiro para os anunciantes. E depois para criar previsões, porque este é um mercado de futuros.

Eles sabem que quando, em um país com certas características, o preço da eletricidade sobe entre 12% e 15%, acontece X; mas, se sobe entre 17% e 30%, outra coisa Y acontece. As previsões são usadas para manipular e ajustar suas atividades — para saber, por exemplo, até onde você pode prejudicar a população com o preço das coisas antes ela se revolte contra você ou comece a se suicidar em massa.

BBC News Mundo – Como o que aconteceu no Chile, com manifestações motivadas inicialmente pelo aumento no preço da passagem do metrô..?

Peirano – Talvez o governo chileno não esteja processando dessa maneira, mas o Facebook está, o Google está — porque todas as pessoas na rua têm o celular no bolso. E elas o carregaram durante os últimos anos de sua vida.

O Facebook sabe em que bairros aconteceu o que e por quê; como as pessoas se reúnem e como se dispersam; quantos policiais precisam chegar para que a manifestação se dissolva sem mortes.

BBC News Mundo – Mas quem está disposto a ficar sem o celular, a internet? Qual é o caminho para o cidadão normal?

Peirano – O problema não é o celular, não é a internet. Todas as tecnologias das quais dependemos são ferramentas da vida contemporânea, voluntariamente as colocamos em nossos celulares. Mas elas não precisam da vigilância para funcionar, nem precisam monitorar você para prestar um serviço. Eles não precisam disso, o que acontece é que a economia de dados é muito gulosa.

BBC News Mundo – Os negócios são tão lucrativos que vão continuar a fazê-lo da mesma maneira ainda que tentemos impor limites?

Peirano – É muito difícil para um governo enfrentar tecnologias que facilitam esse controle populacional, que é interessante. Mas a ideia é exigir que isso aconteça.

Se, agora, você desativar todos os sistemas de geolocalização do seu celular, eles continuarão a geolocalizá-lo.

Assim como no Facebook ou no Twitter, em que você pode bloquear o que posta para algumas pessoas ou para todos — somente você… e o Facebook veem. O que acontece nos centros de dados deles, acontece para você e para eles. Você não pode bloquear o Facebook, porque você está no Facebook.

BBC News Mundo – Você está sugerindo que precisamos nos rebelar e exigir privacidade?

Peirano – Mas não contra empresas. É natural que elas se beneficiem de uma fonte de financiamento tão barata e gloriosamente eficaz.

O que não é natural é que um governo destinado a proteger os direitos de seus cidadãos o permita. E a questão é que cada vez mais governos chegam ao poder graças a essas ferramentas.

Então, o que deve ser feito? Precisamos começar a transformar essa questão fundamental em um debate política nos níveis local e mais amplo, ou seja, em ação coletiva, ação política.

BBC News Mundo – Esse debate está acontecendo em algum lugar do mundo?

Peirano – Nas primárias democratas da campanha presidencial dos EUA deste ano, essa é uma das questões cruciais. Está em debate se essas empresas devem ser gerenciadas de outra maneira ou serem fragmentadas, porque além de tudo também são um monopólio.

No entanto, na Europa e na América Latina, nos cansamos de falar sobre notícias falsas, seus efeitos, campanhas tóxicas… Na Espanha, houve três eleições gerais em três anos e nenhum político fala sobre isso.

BBC News Mundo – O sistema é nosso inimigo, então?

Peirano – Somos integrados a e dependemos de sistemas que não sabemos como funcionam ou o que querem de nós. Facebook, Google e outros dizem que querem que nossa vida seja mais fácil, que entremos em contato com nossos entes queridos, que sejamos mais eficientes e trabalhemos melhor, mas o objetivo deles não é esse, eles não foram projetados para isso, mas para sugar nossos dados, nos manipular e vender coisas.

Eles nos exploram e, além disso, somos cada vez menos felizes e menos produtivos, porque somos viciados [na tecnologia].

*Por Diana Massis

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*Fonte: bbc-brasil

Por um novo trecho

Depois de algum tempo sem postar sequer alguma imagem ou comentários de trip de moto, hoje resolvi publicar aqui alguma coisa já que fez um belo sábado de sol, mas não de muito calor, um dia muito bom para se pegar a estrada. Resolvemos dar um rolê na tarde, eu, Pretto e o Rafa.  Nada de mais, um tiro curto mas por um caminho diferente. Partimos para a direção de Taquari (RS) pela 287, onde a ideia era de no trevo da cidade tomarmos então um caminho de atalho até a 386, pela 436. E foi isso que fizemos, tudo de boas e aproveitando cada minuto de moto nessa incrível tarde.

Uma pequena alteração no trajeto habitual desse rolê. Aliás, agora a 386 tem pedágio, inclusive para motos (R$2,20) – só para constar. Claro que planejamos uma passada também na cervejaria Salva, que fica no caminho. Mas chegamos lá e estava fechada (essa é já a segunda vez que nos acontece isso). Encontramos nessa função um parceiro de Encantado, que também chegou por lá com sua HD e a mesma intenção nossa. Mas não deu, fica para a próxima uma visitinha na Salva.

Seguimos viagem, uma parada em Lajeado e depois para casa. Tudo tranquilo, exceto uma abilolado que quase me atropela me utrapasando em um pequeno espaço de estrada (sabe aquela cara que vem em alta velocidade e força uma ultrapassagem onde não dá, quase jogando o carro pra cima de ti?…pois é…). Mas tranquilo, esse bosta vai arder no inferno…kkkk

Na chegada então aquela tradicional pausa para um cerveja e mais um tanto de boa conversa. valeu! Até a próxima.

*Veja alguns retratos da trip de hoje.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

11 diferenças entre pessoas positivas e pessoas negativas

Existem pessoas que encaram a vida com um sorriso e outras para as quais o mundo é um local cheio de desafios que nunca conseguirão ultrapassar. Que tipo de pessoa é você?

Acredito que tudo é energia. Ao permitir que a energia negativa nos envolva, abriremos espaço para a melancolia, ciúme, preguiça e tantas outras coisas.

Existem pessoas que encaram a vida com um sorriso e outras para as quais o mundo é um local cheio de desafios que nunca conseguirão ultrapassar. Que tipo de pessoa é você? É do tipo que tenta ver o bem em tudo e encara a vida de forma positiva, e luta por aquilo que quer ou é aquela que se queixa constantemente da vida que leva, só pensa de modo negativo e culpa o destino por tudo o que lhe acontece?

Sei que o conselho “afaste-se de pessoas negativas, elas sempre têm um problema para cada solução” parece repetitivo mas, quem sabe, de tanto ler ou ouvir, você decida colocá-lo em prática? Decida-se de que lado da balança você quer estar.

Confira abaixo as 11 diferenças:

1. Mudanças na vida
Uma pessoa negativa teme as mudanças e,muitas vezes, entra em estado de ansiedade por causa delas. Gosta das coisas tais como elas são e, sem grandes alaridos, não procura, portanto, mudança, embora se queixe com frequência de que as coisas vão mal.

Uma pessoa positiva olha para as mudanças como uma forma de avançar, aprender algo e andar para a frente, por isso abre portas à mudança e assume novos desafios, sem ter medo do que daí poderá ocorrer.

2. A atitude perante os outros
As pessoas negativas, sempre que se fecham no próprio mundo, tendem a se achar o centro do Universo e sofrem bastante da chamada mania de perseguição. Por serem dessa forma, vão achar sempre que falam mal delas e que tudo o que fazem será observado e criticado.

As pessoas positivas falam e se relacionam com as outras pessoas, e estão sempre dispostas a ajudar quem mais precisa. Ao se relacionar, percebem facilmente que não são o centro do Universo e que devem ser iguais, embora todos tenham as suas diferenças. Percebem também que cada um tem a sua vida, portanto, não passam o tempo metidos na sua.

3. Lidar com os erros
Sendo negativa, a pessoa acabará por colocar a culpa dos seus erros constantemente nas outras pessoas e não assumirá a sua parcela de responsabilidade nos processos. Como se julga o centro do Universo, facilmente depreende que os outros é que estão errados e que são responsáveis por todos os seus problemas.

Sendo positiva, uma pessoa conseguirá parar para pensar nos seus erros, perceber quem os causou e como os solucionará. Saberá que, se errou ou fracassou em algo, provavelmente, foi por sua culpa apenas e que terá de melhorar no futuro para atingir tudo o que deseja.

4. Pedir perdão e assumir culpas
Pedir perdão é algo muito raro para uma pessoa negativa porque, na maior parte dos casos, ela nem sabe sequer que teve culpa. Como está tão preocupada em colocar a culpa em tudo o que não seja ela própria, é muito complicado que consiga responsabilizar-se por algo e pedir perdão a alguém.

Uma pessoa positiva, como é capaz de assumir suas culpas, é também capaz de pedir perdão a quem quer que seja, reconhecer que errou e fazer as pazes com essa pessoa, sem guardar rancores.

5. Egoísmo (esse item é atualíssimo)
Pisar nas outras pessoas para conseguir o que deseja é algo que os negativos fazem com frequência. Como não se preocupam com mais nada, além de si próprias, é muito fácil passar por cima dos outros para ficar bem na vida.

As pessoas positivas sabem que todos temos sentimentos e que as palavras, muitas vezes, magoam mais do que as ações. Para além disso, demonstram os seus sentimentos e não se fecham no próprio mundo impenetrável.

6. Sucesso alheio
O sucesso dos outros é uma ameaça para as pessoas negativas, aliás, elas secretamente desejam que as demais fracassem, estão sempre à espera de que as outras pessoas não consigam aquilo que desejam para ficar sempre por cima delas.

As positivas ajudam as demais a atingirem os objetivos e ficam contentes com a vitória delas, festejam o sucesso juntas e lutam para que outras possam chegar ao mesmo patamar.

7. Críticas dos outros
Com toda a negatividade e pensamento de que estão certas, as pessoas negativas não aceitam crítica de ninguém, até porque não sabem ver quando a crítica é construtiva, principalmente em redes sociais. Pensam sempre que os outros apenas os querem para baixo, por isso se fecham no seu mundo.

As positivas aceitam as críticas e as usam (desde que certas) para melhorar aspectos da sua vida. Percebem que os outros dizem as coisas que dizem para tentar ajudar e nem sempre para reduzi-las.

8. Conhecimento
Pensam que sabem tudo e não aceitam que ninguém as supere ou tenha opinião diferente. Muitas vezes, essas pessoas são totalmente o contrário das sabichonas que pensam ser.

As positivas, por sua vez, gostam de falar com as outras pessoas e aprender com elas, têm a mente aberta para novas aventuras e estão constantemente à procura de conhecimento, mesmo nas áreas que acreditam dominar.

9. Trabalho alheio
Vão achar sempre que conseguem fazer o trabalho melhor do que os outros e nunca vão dar o devido mérito às pessoas que trabalham e que se esforçam para deixar tudo perfeito.

Pessoas positivas olham para os outros como seus iguais, com capacidade de fazer as coisas, e são capazes de elogiar as demais e reconhecer quando fazem bem um trabalho.

10. Lidar com o destino
Uma pessoa negativa acredita piamente no destino e que tudo o que lhe acontece é culpa de alguma divindade. Não sabem como podem mudar o seu destino e aceitam tudo como uma espécie de maldição.

A positiva não acredita no destino, mas que são as suas escolhas que farão o dia de amanhã. Vive um dia de cada vez, mas consciente de que o que faz no presente vai afetar o seu futuro.

11. Ajudar os demais
Uma pessoa negativa não consegue ajudar a si, por isso dificilmente conseguirá ajudar alguém positivamente. A positiva, entretanto, vai tentar de todas as formas animar a outra pessoa, mesmo que ela própria não esteja no seu dia mais animado.

Então, de que lado você quer estar: quer ser uma pessoa negativa, que culpa a vida e os outros por tudo, ou positiva, que encara a vida como deve ser encarada e não desiste a cada novo desafio?

Lembre-se: seja o tipo de pessoa que você gostaria de conhecer.

*Por Gu Ferrari

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*Fonte: osegredo

Músicos criam todas as melodias possíveis, as registram e liberam de graça para “acabar” com processos de plágio

Plágios são sempre uma questão complicada na música. Quantas vezes não ouvimos uma melodia que nos remete a outra? Para “salvar” a vida de músicos de levar tantos processos, a dupla Damien Riehl e Noah Rubin teve uma ideia genial.

Os dois usaram um algoritmo para criar virtualmente todas as melodias possíveis no mundo. Em seguida, muito graças ao conhecimento de Riehl como advogado de direitos autorais, protocolaram todas as suas criações e, finalmente, distribuíram as “músicas” gratuitamente.

A intenção, segundo eles, é evitar futuros processos por plágio. Como contou originalmente a Vice, Riehl falou:

De acordo com a lei de direitos autorais, números são fatos, e de acordo com a lei de direitos autorais, fatos têm direitos autorais claros, praticamente nenhum direito autoral, ou nenhum direito autoral. Então talvez se esses números existem desde o princípio dos tempos e nós só estamos os retirando, talvez as melodias sejam apenas matemática, que é apenas fatos, que não possui direitos autorais.

Melodias, direitos autorais e “salvação” dos músicos

Para isso, a intenção principal do projeto foi provar que há uma natureza finita das melodias. Riehl explicou no TEDx disponível acima (em inglês) que eles compilaram a base de dados determinando algoritmicamente todas as melodias contidas em uma oitava.

Em seguida, o algoritmo passou a ser capaz de gravar cada melodia que combinava 8 notas e 12 batidas a um impressionante ritmo de 300 mil melodias por segundo. Com isso, os dois programadores esperam evitar futuros processos como o do Radiohead contra Lana Del Rey, que acabou não sendo verdade mas foi seriamente considerado pela equipe da banda.

Se vai resolver a questão, não é possível saber agora. A dupla já disponibilizou na internet o algoritmo e as bases de dados, e acredita que pelo menos no que diz respeito a melodias a iniciativa pode ajudar. Veremos!

*Por Felipe Ernani

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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos

Valdir Espinosa

Um dos grandes símbolos do time do Grêmio e de suas conquistas, seja como jogador, técnico ou então da Comissão Técnica, tem em sua história marcas do empenho e da dedicação de Valdir Espinosa, que lamentavelmente veio a falecer no dia de hoje.

Decanse em paz mestre Espinosa!
Como torcedor do Grêmio, só tenho a lhe agradecer.

 

 

Não espere que outra pessoa faça por você o que somente você mesmo pode e deve fazer

Acredito que a maioria das pessoas não seja muito fã desta palavra: limite. Relacionamos com limitação, barreira, contenção. Um outro enfoque está relacionado com uma visão de que, de alguma maneira, devemos exercer algum tipo de controle sobre o outro. Colocá-lo “em seu lugar”.

Convido você a ter um novo olhar sobre esta palavra, e entendê-la como… fronteiras.

Desta maneira, limites são as suas fronteiras, as demarcações do que é seu território. E o que isso tem a ver com relacionamentos? Simplesmente tudo!

Você precisa ter muita clareza de qual é o seu território, o que lhe pertence (e isso só muito autoconhecimento pode fornecer), a fim de assumir responsabilidade sobre a sua vida e fazer escolhas alinhadas com a sua essência.

A regra é bem simples: o que está dentro das suas fronteiras lhe pertence e é sua responsabilidade. O que está fora das suas fronteiras, pertence ao outro e é responsabilidade dele.

Vamos a alguns exemplos? Os seus sentimentos, as suas expectativas, os seus sonhos, as suas necessidades… são seus! Portanto, sua responsabilidade. Você deve dar conta das suas questões. Elas estão em seu território, dentro das suas fronteiras.

Não cabe ficar esperando que outra pessoa assuma responsabilidade por algo que pertence a você.

Relacionamentos saudáveis, equilibrados, com trocas dignas, são aqueles nos quais, dois adultos (isso é muito importante) entendem perfeitamente quais são os seus territórios e assumem a responsabilidade por cuidar deles.
Portanto, sua felicidade deve ser conquistada por e para você! Não espere que outra pessoa faça por você o que somente você mesmo pode e deve fazer.

Relacionamento é um encontro para melhorar a vida dos dois, não um atendimento de emergência em um pronto socorro! E, muito menos, a materialização do gênio da lâmpada, que resolverá todos os meus problemas, atendendo a 3 pedidos.

*Por Carine Caloy

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*Fonte: osegredo

Dispositivo gera eletricidade a partir do “ar”

Pesquisadores da Universidade de Massachusetts em Amherst nos Estados Unidos, desenvolveram um dispositivo chamado de “Air-gen” que pode gerar eletricidade usando basicamente nada.

A tecnologia é baseada no fenômeno natural de uma bactéria capaz de criar eletricidade com nada além da presença de ar no meio em que a mesma se encontra.

“Estamos literalmente produzindo eletricidade do nada. O Air-gen gera energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana”, disse o engenheiro eletricista Jun Yao.

Geobacter sulfurreducens

A bactéria, chamada de Geobacter sulfurreducens, foi descoberta décadas atrás nas margens do rio Potomac, nos Estados Unidos. Os cientistas logo notaram que ela tinha a habilidade de produzir magnetita na ausência de oxigênio.

No entanto, mais tarde, descobriram que o organismo notável também podia produzir outras coisas, como nanofios que conduziam eletricidade.

E é graças a esses nanofios de proteínas eletricamente condutivos da G. sulfurreducens que os pesquisadores conseguiram criar seu gerador movido a ar.

Mas como funciona?

O Air-gen consiste em um filme fino de nanofios com apenas 7 micrômetros de espessura, posicionado entre dois eletrodos e exposto ao ar.

Devido à exposição ao ar, o filme é capaz de adsorver – sim, com “d”, adsorver significa a adesão de moléculas de um fluido a uma superfície sólida – vapor de água a partir da atmosfera, o que por sua vez permite que o dispositivo gere uma corrente elétrica contínua entre os dois eletrodos.

A carga é criada pela umidade atmosférica. De acordo com os pesquisadores, a manutenção do gradiente de umidade, que é fundamentalmente diferente de qualquer coisa vista em sistemas anteriores, explica a saída contínua de tensão do dispositivo de nanofios.

“Descobri que a exposição à umidade atmosférica era essencial e que os nanofios de proteínas absorviam água, produzindo um gradiente de voltagem no dispositivo”, explicou o engenheiro Yao.

Quais são suas aplicações?

Em estudos anteriores, pesquisadores geraram energia hidrovoltaica usando outros tipos de nanomateriais como por exemplo o grafeno, mas estas tentativas produziram apenas rajadas curtas de eletricidade, algo por alguns segundos.

Já o Air-gen produz uma tensão sustentada de cerca de 0,5 volts, com uma densidade de corrente de cerca de 17 microamperes por centímetro quadrado.

Não é muito, mas diversos dispositivos conectados poderiam gerar energia suficiente para carregar coisas como celulares e outros eletrônicos, necessitando de nada além de umidade ambiente – e isso até mesmo em regiões secas como por exemplo no deserto do Saara.

“O objetivo é criar sistemas em larga escala. Quando chegarmos a uma escala industrial para a produção de nanofios, espero que possamos fazer grandes sistemas que darão uma grande contribuição à produção sustentável de energia”, afirmou Yao, acrescentando que futuros esforços poderiam usar a tecnologia para alimentar casas via nanofios incorporados na pintura de paredes.

Por enquanto, uma das limitações da tecnologia é a quantidade de nanofios que a G. sulfurreducens é capaz de produzir.

Os cientistas já estão trabalhando esta questão. O microbiologista Derek Lovely, que identificou a bactéria pela primeira vez nos anos 1980, está conduzindo uma pesquisa na qual modifica geneticamente organismos como o E. coli para desempenhar a mesma tarefa mas de forma massiva.

“Transformamos o E. coli em uma fábrica de nanofios de proteínas. Com este novo processo escalável, o fornecimento de nanofios não será mais um gargalo para o desenvolvimento dessas aplicações”, afirma o microbiologista Lovley.

*Por Ademilson Ramos

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*Fonte: engenhariae

Assista ao curta The Neighbor’s Window

Vencedor de melhor curta-metragem no Oscar 2020, o curta The Neighbor’s Window é um conto surpreendente sobre voyeurismo, e agora está disponível online pelo próprio diretor Marshall Curry.

A história é centrada em um casal de meia-idade morador do Brooklyn que, ao ver seus jovens vizinhos do prédio da frente fazendo sexo selvagem, começam a questionar o próprio relacionamento e entram em um looping viciante de observação da vida alheia e comparação com a própria.

Curry se inspirou no episódio “The Living Room” do podcast “Love and Radio”, no qual a cineasta e escritora Diana Weipert contou sobre sua experiência pessoal igualmente invasiva com a vida de seus vizinhos mais jovens.

“Eu deveria ter respeitado a privacidade eles e apenas desviado o olhar?”, ela pergunta e ainda brinca “Acho que eu não poderia ter comprado o binóculo”.

O curta trata desse fascínio pela vida alheia, algo tão latente nas redes sociais, em um simbolismo sagaz sobre a janela para a inveja, comparação e insatisfação. Lembrando ainda que o observador também pode passar a ser o observado.

Assista ao The Neighbor’s Window no player abaixo, com legendas em português disponíveis.

 

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*Fonte: geekness

Como estamos gerando abundância em telecomunicações?

Em seu livro a “Singularidade está Próxima”, Raymond Kurzweil [1] apresenta uma série de figuras que mostram tendências exponenciais de crescimento para capacidade de memória em computadores (DRAM em bits por dólar), velocidade de relógio de microprocessador (GHz), transistores por chip, desempenho do processador em milhões de instruções por segundo (em Inglês, Million Instructions per Second – MIPS) e armazenamento magnético (em bits por dólar). Por exemplo, a redução na proporção do custo por MIPS é de cerca de 8 milhões para 1, de 1967 a 2004. No mesmo período, a memória melhorou aproximadamente 2.000 vezes. Roberto Saracco da TIM Itália [2], argumentou que os desenvolvimentos tecnológicos em armazenamento e processamento digital foram consistentes nos últimos anos. O número de terminais na Internet também está progredindo exponencialmente, pelo menos por enquanto. A computação de alto desempenho baseada em supercomputadores (ou agrupamentos de computadores) já atingiu petaflops (1015) operações de ponto flutuante por segundo e a evolução prossegue para exaflops (1018). Por exemplo, em junho de 2018 o supercomputador Summit construído pela IBM atingiu 122.3 petaflops com 4.536 núcleos de processamento.

No mesmo livro, Kurzweil explora qual seria o limite de computação da matéria. Segundo ele, estamos muito mais próximo do zero absoluto, do que do limite superior. Para ele, um limite superior da capacidade computacional que pode ser atingido sem gerar uma quantidade enorme de calor é da ordem de 1042 cálculos por segundo. Isso em um pedaço de matéria com aproximadamente 10 Kg. Para efeitos de comparação, Kurzweil determina que o cérebro humano é capaz de realizar aproximadamente 1016 cálculos por segundo. Segundo ele, as máquinas atingirão a capacidade computacional bruta do cérebro humano em 2029. Ou seja, em 10 anos. Imagine o que faremos com tanta capacidade computacional disponível a preços acessíveis? Reconstruiremos todos os modelos!

A tecnologia de visualização avançou enormemente nos últimos anos, permitindo melhorar a qualidade e telas maiores, melhorando substancialmente a qualidade da experiência e permitindo novas formas de interatividade digital. O avanço dos eletrônicos de consumo na forma de aparelhos eletrônicos, tais como laptops, HDTVs, e-books, videogames, GPS, etc., também apresenta um crescimento exponencial.

Outra tendência é o aumento da quantidade de dispositivos conectados à Internet. É a chamada Internet das Coisas (em Inglês, Internet of Things). Internet das coisas significa todas as coisas conectadas à Internet. Ou uma nova Internet com as coisas. Vai desde eletrodomésticos, automóveis, portões, válvulas de água, dispositivos para monitoramento da saúde, plantações, até equipamentos da indústria, etc. As previsões da quantidade de dispositivos conectados são sempre números enormes, na ordem de bilhões ou trilhões. Uma coisa é certa, se todas as coisas que conhecemos forem conectadas, os números serão realmente grandes. Primeiro vamos conectar o óbvio. Depois serão coisas impensáveis, como guarda-chuvas, pequenos implantes, carregadores de celular (se eles ainda existirem…). A Internet das coisas vai criar uma ponte extraordinária entre o mundo físico e o virtual.

Mais pesquisas estão sendo realizadas para encontrar maneiras de atender a esses requisitos de capacidade em várias partes da infraestrutura corrente de Tecnologias de Informação e Comunicações (TIC). No acesso móvel, a quinta geração de comunicações móveis (5G) está a caminho. Em acesso fixo, a tecnologia de fibra até a residência já é uma realidade, mesmo em cidades pequenas.

A evolução das redes de telecomunicações móveis está em vias de implantar o 5G. Diferentemente das gerações anteriores, o 5G não tem um foco único. Por exemplo no 4G, a principal demanda era o aumento de taxa nos dispositivos móveis. Já no 5G, esse requisito também existe, pois sempre queremos mais taxa. Entretanto, o 5G deve permitir o download de arquivos gigantes em pouquíssimo tempo. Ainda, o 5G deve ainda suportar cenário com baixo atraso de transferência de informação, como por exemplo carros autônomos, drones, telemedicina, realidade virtual. Deve ainda suporta o au- mento exponencial no número de dispositivos conectados à rede. O objetivo é conectar o mundo físico ao virtual, trazendo informações de todo o tipo de coisa conectada. É o suporte a Internet das coisas. Tudo conectado na Internet. De coisas com alguns metros até coisas muito pequenas, invisíveis. E uma quantidade gigantesca de coisas conectadas.

Essas demandas sem dúvida serão úteis ao Brasil. Entretanto, sabemos que o Brasil é um país continental tendo boa cobertura de conectividade nas grandes cidades. Porém, quanto mais para o interior pior a cobertura. Hoje existem no mundo 3,9 bilhões de pessoas sem acesso a Internet (fonte: ONU). Já sabemos que o acesso a Internet melhora a qualidade de vida das pessoas e a geração de receita. Destes 3,9 bilhões, 45% estão em uma categoria que tem interesse, até possuem recursos para pagar o acesso, mas não são atendidos por falta de cobertura. Existem ainda aqueles que não recursos, tem interesse, mas também não tem cobertura. Nesse contexto, a conectividade em áreas rurais se faz muito importante.

O Brasil tiraria gigantesco proveito do uso do 5G em área rural. Estudos mostram que o Brasil tem potencial para suprir 1/4 da demanda global de alimentos com apenas 3% da área global. Ou seja, temos um potencial gigante de ser o celeiro do mundo. Para tanto, devemos investir em tecnologias para o agrobusiness, para permitir a agricultura de precisão, que é aquela que otimiza todas as etapas da produção de alimentos. Nesse contexto, vários estudos mostram que o que falta é conectividade. 4G permite suprir essa demanda de forma limitada, com distâncias que varia de 10 km a 15 km. Já existem testes de conectividade 5G que permitem distâncias de até 50 km. Soma-se ainda a necessidade de inclusão digital das comunidades distantes das cidades, até mesmo em bairros que estão um pouco além desses 10 km.

Essas estimativas são importantes para caracterizar como a capacidade das tecnologias de computação, armazenamento, comunicação e visualização evoluirão nas próximas décadas. O que podemos esperar segundo a Lei dos Retornos Acelerados [1] é que essas capacidades dobrem a cada dois anos gerando uma abundância sem igual de tecnologia que irá desafiar todos os modelos estabelecidos. Abundância pode ser definida como sendo o contrário de escassez. Algo escasso é algo custoso, difícil de se obter. Já o avanço exponencial gera a abundância de recursos de TIC. Lembra quando uma linha telefônica custava um absurdo, o preço de um aluguel de um imóvel. Pois é.

Como resultado dos crescimentos exponenciais na quantidade de dispositivos, conectividade, interatividade e tráfego parece que temos um enorme desafio de escalabilidade. Como aumentar as capacidades para atender tanta demanda? A computação barata leva a mais e mais dispositivos com capacidade computacional. Se eles se conectarem à Internet (por exemplo, através de roupas, edifícios), poderão se tornar a maioria dos dispositivos conectados. Ambientes inteligentes podem emergir não só para melhorar a qualidade de nossas vidas, mas também podem produzir mais pressão na escalabilidade da rede. Mais onipresença leva a mais problemas de escalabilidade, principalmente em relação à identificação, localização, encaminhamento de informação, mobilidade, múltiplas presenças e outras questões técnicas.

[1] Ray Kurzweil. The Singularity Is Near: When Humans Transcend Biology. Penguin (Non-Classics), 2006. ISBN: 0143037889.
[2] Roberto Saracco. “Telecommunications Evolution: The Fabric of Ecosystems.” In:Revista Telecomunicações Inatel 12.2 (2009), pp. 36–45.

*Por Antônio Marcos Alberti

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*Fonte: engenhariae

Nostalgia impulsiona consumo e atrai marcas. Entenda

O que o lançamento do smartphone dobrável Samsung Galaxy Fold, o sucesso da série Stranger Things e os recordes da turnê da dupla Sandy e Junior têm em comum? Os três são resultados do desejo dos consumidores por produtos, serviços e experiências que remetem a tempos passados.

O que ficou conhecido como “ECONOMIA DA NOSTALGIA” nada mais é do que o uso de memórias afetivas do passado para impulsionar o consumo no presente. Um estudo liderado por Jannine LaSaleta, professora de marketing na Grenoble École de Management, na França, descobriu que a nostalgia induz sentimentos de conexão social, que fazem as pessoas valorizarem menos o dinheiro – e, como consequência, gastarem com menos restrições.

Segundo a pesquisa, é altamente provável que alguém possa ter mais chances de comprar algo quando se sente nostálgico. Além disso, o estudo também mostrou que, quando o futuro parece incerto, ceder à nostalgia faz com que as pessoas se sintam mais otimistas.

Apelar à nostalgia surgiu como uma técnica de marketing estratégica e eficaz nos últimos anos, se espalhando não apenas em produtos, mas também em entretenimento, moda e até estilo de vida.

“A nostalgia traz de volta aquela sensação positiva sobre como as coisas era melhores no passado”, explica Jamie Gutfreund, CMO da agência Deep Focus, em entrevista ao Digiday.

“Você quer reviver esse sentimento e as marcas sabem que podem desencadear essas emoções em seus consumidores”, conclui.

Veja abaixo cinco exemplos de produtos, serviços e experiências que apostam na nostalgia para conquistar o consumidor:

Smartphones dobráveis

Embora seja bem recente e ainda não seja possível aferir o sucesso de vendas dos smartphones dobráveis, como o Samsung Galaxy Fold, o Motorola Razr e o Huawei Mate X, o simples fato de estarmos discutindo sua viabilidade em 2020 já mostra que o formato deve pelo menos fazer algum barulho nos próximos anos.

De todos os modelos lançados até o momento, o Motorola Razr é o que explora de forma mais contundente o sentimento nostálgico dos consumidores. Visualmente, ele é uma atualização do modelo Motorola Razr V3, um clássico lançado em 2004, época em que a gente nem sonhava nas possibilidades de uso de um smartphone. O Razr atual tem o mesmo formato, o mesmo estilo de “flip”, mas tem todas as especificações técnicas de um aparelho super moderno.

Remakes da Disney

A Disney tem um catálogo de filmes e propriedades intelectuais que fizeram parte da infância e juventude de milhões de pessoas. A empresa aproveita esse ativo para produzir novas versões de filmes consagrados que despertam o lado mais emocional da nostalgia nos consumidores.

Somente em 2019 lançou os remakes de O Rei Leão, um de seus maiores sucessos na história, Dumbo, A Dama e o Vagabundo, e Aladin. Para este ano, já está confirmado o lançamento de um live action de Mulan. Estão ainda em produção, sem data oficial de lançamento, novas versões de outros clássicos da Disney, como A Branca de Neve e os Sete Anões e Peter Pan.

Catálogo da Netflix

O que seria do catálogo da Netflix se não fosse a nostalgia? Além de reunir séries e filmes clássicos, a empresa também investe pesado na produção de novos produtos que, de uma forma ou outra, remetem ao passado. Um dos exemplos já citados aqui é a série Stranger Things, que tem toda uma aura dos anos 80 e parece ter sido feita sob medida para quem cresceu assistindo à Sessão da Tarde.

Adidas Originals

Mas há outros exemplos, como as novas temporadas de Full House (Fuller House) e Gilmore Girls, ou até a recriação de formatos que fizeram sucesso no passado, como Project Runway (Next in Fashion) e Queer Eye for the Straight Guy (Queer Eye).

Por meio do marketing e de um intenso trabalho de branding, a Adidas recuperou seu frescor oitentista e conseguiu transformar seu catálogo do passado em uma linha de negócios lucrativa. A linha Adidas Originals hoje é um dos grandes sucessos da marca e revista clássicos como o Adidas Gazelle e o Stan Smith.

Turnês de reunião

Bandas ou artistas que já encerraram a carreira, mas que resolvem dar uma palhinha em uma turnê de reunião são a fórmula certa para os lucros. Aqui no Brasil, impossível não citar a turnê da dupla Sandy e Junior, que aconteceu ao longo do segundo semestre de 2019. De acordo com relatório da Pollstar, publicado no jornal The Washington Post, a turnê dos irmãos foi a segunda mais lucrativa do ano no mundo todo, ficando atrás apenas da tour mundial de Elton John. O ranking mundial mostra que Sandy & Junior arrecadaram pouco mais de US$ 2,25 milhões de dólares, enquanto o cantor inglês faturou cerca de US$ 2,9 milhões.

Outro exemplo de turnê bem sucedida e que levou em conta a nostalgia dos fãs foi a do grupo carioca Los Hermanos, que retomou um calendário limitado de shows em 2019 com apresentações esgotadas em estádios lotados.

*Por Leandro Meireles

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*Fonte: consumidormoderno