Por que o mundo do esporte está se tornando vegano?

A popularidade do veganismo tem incentivado o mercado a se adaptar e correr atrás de novidades, investindo em produtos que possam atender a alta da demanda. As evidências científicas que comprovam os resultados benéficos das dietas ricas em alimentos vegetais trazem também uma resposta lógica ao questionamento: mas atletas podem se tornar veganos? Com mais tempo de vida, função imunológica e saúde cardiovascular melhorados parece óbvio que o desempenho nas atividades, inclusive no esporte também seja potencializado, não é mesmo?

Tão óbvio que atletas de alto rendimento se atentaram aos benefícios de uma dieta baseada em vegetais. Há aqueles que adotaram o veganismo por ideologia e aqueles que durante as temporadas, mantém uma dieta vegana. Entre eles, nomes conhecidos e que, provavelmente, podem te surpreender com o veganismo associado ao sucesso no esporte.

As irmãs Williams são veganas, o jogador de basquete Kyrie Irving adota uma dieta vegana durante a temporada, o melhor jogador de futebol do mundo, Lionel Messi tem uma dieta baseada em vegetais enquanto a bola está rolando, o famoso jogador de futebol americano Tom Brady tem uma dieta baseada em vegetais predominantemente, Steph Davis, Novak Djokovic, Colin Kaepernick, Lewis Hamilton…. A lista é grande e inclui ainda o primeiro fisiculturista vegano, Barny du Plessis. Ele conta, inclusive, que tem melhores resultados com metade do treino que costumava fazer. O motivo? O corpo funciona perfeitamente.

Não é à toa que atletas de sucesso se voltaram para uma dieta vegana e continuam ou alcançaram sucesso no esporte. Há inúmeros benefícios no veganismo e nós listamos cinco motivos pelos quais atletas como Lionel Messi estão “se tornando veganos”.

Mais proteína do que carne

Como assim? Isso mesmo. O mito “mas de onde vem a proteína?” cai por terra rapidamente quando atletas conhecem e entendem melhor a dieta baseada em vegetais. Diversos alimentos veganos são mais ricos em proteínas do que a carne. Em 2019, um estudo alemão publicado na revista Nutrients mostrou que atletas com uma dieta baseada em vegetais e com a suplementação adequada de B-12 tinham resultados nutricionais melhores do que atletas que consumiam carne.

Porções de feijão podem ter mais proteína do que carne de frango, lentilha do que hambúrguer, suco de laranja fortificado pode atender metade da necessidade diária de cálcio, espinafre tem o dobro da quantidade de ferro que a carne tem, chocolate preto tem seis vezes mais ferro que a carne. Mas, e a B-12? Alimentos e suplementos fortificados podem suprir essa necessidade.

Suplementos e bebidas esportivas veganas ganham mercado

Uma pesquisa da Lumina Intelligence apontou que 21% dos pós treinos mais vendidos nos Estados Unidos são feitos à base de plantas. A disponibilidade desses produtos facilitou a vida dos atletas que optaram pela dieta vegana.

O mercado está atento a essa tendência e, de acordo com a própria Lumina, existe uma corrida em busca da “proteína vegetal perfeita”. Até o momento, a proteína da ervilha ganhou o posto.

Melhora na saúde do coração

Os atletas de resistência têm riscos elevados quanto o assunto é a saúde do coração. Aterosclerose e danos ao miocárdio são “comuns”, mas o risco pode ser reduzido significativamente com uma dieta à base de plantas e livre de laticínios. Além disso, pesquisadores do Comitê de Médicos para Medicina Responsável sugerem ainda que a dieta vegana não apenas reduz os riscos como melhora o desempenho atlético devido a saúde cardiovascular, pressão arterial e colesterol reduzidos e perda de peso.

Dietas veganas melhoram recuperação

Patrik Baboumian, o armênio-alemão considerado o “homem mais forte do mundo”, apontou o motivo para o seu sucesso no esporte: dieta vegana. “Meu tempo de recuperação foi muito mais rápido e assim eu pude treinar mais”, disse.

Segundo evidências da Harvard Medical School, as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias das plantas reduzem o tempo de recuperação, a dor muscular tardia, a dor nas articulações e permite cicatrização mais rápida das lesões. Além disso, uma dieta baseada em plantas melhora a viscosidade do sangue, ajudando a fornecer oxigênio de maneira mais eficiente ao corpo. Tudo isso contribui para a longevidade da carreira.

Atletas profissionais e de sucesso garantem bons efeitos do veganismo

Produzido por Arnold Schwarzenegger, o documentário Game Changers mostra depoimentos de atletas de elite que descrevem a melhora do desempenho a partir da dieta vegana.

Uma das atletas de maior sucesso e que exalta o veganismo é Venus Williams. A tenista multicampeã fez a transição para a dieta vegana e crudívora depois de descobrir um distúrbio autoimune que a fazia sofrer com dores nos músculos e articulações.

“Sinto que estou fazendo a coisa certa por mim”, disse em entrevista à revista Health. Para ela, a nova dieta mudou sua vida e a permitiu voltas às quadras de tênis.

A melhora no desempenho no esporte, seja ele qual for, tem inclinado atletas de alto rendimento à dieta vegana. Ao que parece, a tendência é que a lista aumente cada vez mais.

*Por Adrieli Levarini

…………………………………………………………………………
*Fonte:

A primeira vida alienígena que encontrarmos provavelmente será inteligente. Saiba por que

Segundo cientistas do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), é mais provável que encontremos evidências de vida extraterrestre inteligente antes de encontrarmos microrganismos aliens, por exemplo.

Por quê?

Vida simples x vida inteligente

Se você costuma ler notícias sobre a busca científica por vida alienígena, deve saber que os pesquisadores andam apostando suas fichas em descobrir alguma bactéria microscópica no solo de Marte, ou então algum organismo muito simples nos mares da lua Europa, de Júpiter.

Enquanto podemos assumir, intuitivamente, que formas simples de vida são mais abundantes no universo e é tal tipo de organismo alienígena que encontraremos primeiro, os cientistas explicam que nossa busca por essas formas de vida é muito limitada.

O problema é que a tecnologia que temos disponível hoje (bem como a que teremos em um futuro próximo) não nos permite olhar (ou vasculhar) muito longe no sistema solar, menos ainda em sistemas de estrelas próximas.

“Existem dois cavalos na corrida para encontrar vida além da Terra. O primeiro é a busca por assinaturas químicas em planetas e o segundo é a busca por inteligência extraterrestre. A vida inteligente tem vantagem, pois pode ser detectada em toda a galáxia”, disse Andrew Siemion, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), na conferência Association for the Advancement of Science em Seattle.

Assinaturas tecnológicas

Outra questão sobre a busca por vida alienígena é que assinaturas químicas encontradas em outros planetas podem ser ambíguas. Como poderemos ter certeza se o metano ou produtos químicos similares que detectarmos em outros planetas são realmente produzidos por seres vivos?

Assinaturas tecnológicas, por outro lado, são mais claras. Estas seriam evidências de tecnologia ou vida inteligente extraterrestes enviadas pelo cosmos através de ondas de rádio, pulsos de laser e outras formas de radiação eletromagnética.

Os cientistas do SETI, por exemplo, se concentram em tentar detectar tais sinais que não poderiam ser criados pela natureza, bem como outros vestígios de tecnologia alienígena.

E, enquanto ainda não obtiveram sucesso, Siemion é otimista com relação ao futuro, especialmente porque nossa capacidade de detecção deve ser três ordens de magnitude maior até a próxima década.

“Vimos uma explosão dramática no número de observatórios, no número de cientistas que estão trabalhando neste campo”, afirmou.

Apesar disso…

Apesar das apostas de Siemion, os pesquisadores podem de fato acabar encontrando vida alienígena simples no nosso sistema solar primeiro.

Se isso acontecer, os cientistas precisarão refletir sobre o que isso significa para o medo humano de estarmos “sozinhos” no universo: a descoberta pode muito bem apontar para uma conjetura na qual a vida no cosmos é de fato abundante, só que raramente sobrevive por tempo suficiente para evoluir inteligência ou desenvolver a capacidade de ir além de seu próprio mundo. [Forbes]

*Por Natash Romanzoti

…………………………………………………………………………….
*Fonte: hypescience