O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos

Não devemos discutir com quem demonstra total ignorância e falta de sensibilidade em relação ao que a gente sente. Quando percebemos que estamos sendo incompreendidos, que não estão querendo ouvir, ou pouco se importam com algo que para nós é muito importante, devemos nos retirar em silêncio.

Nenhum esforço vai valer a pena nesse caso.

Muitas pessoas passam pela nossa vida, ou até permanecem, só que não querem realmente ficar. Ficam porque estão, de algum modo, esperando por algo melhor, e constantemente, agem com indiferença quando o assunto não diz respeito a elas.

Elas não conseguem nada melhor porque ainda não perceberam que esse algo melhor não existe, e sempre buscarão por coisas impossíveis, porque os padrões de felicidade que impuseram para si próprios, desde a infância, são muito altos, por isso vivem frustrados, por isso, precisam descontar essa frustração nos outros.

Seria simples resolver esse problema interno, a solução seria apenas diminuir esses padrões, mas elas não sabem como, e isso realmente é difícil de ser feito, é necessário querer. E elas não querem. Tentamos uma aproximação gentil, mas sempre levamos uma pancada e recebemos aquela palavra arrogante de desdém. Eles são assim e estão fechados para balanço.

Essas pessoas estão mergulhadas na própria infelicidade. E se mostram inteiros dentro do seu egoísmo mesquinho. Já diziam os sábios: Onde a ignorância faz morada, não há espaço para a inteligência dar palpites. Por tanto, não palpite.

Vejo muitas pessoas se desesperando, quebrando a cabeça para tentar se fazer entender e sofrendo por tentar mudar a atitude do outro. Mas contra fatos não há argumentos. Não se pode forçar o outro a te tratar bem. Ponto.

Aquela sensação de afeto e vontade de fazer o bem só é manifestada por quem possui dentro de si a beleza da gentileza. São raras as pessoas que possuem esse poder. Elas são magnificas, estão prontas para ajudar e amar, se colocam a disposição e se sentem muito úteis quando percebem que ajudaram alguém.

Fiquei encantada outro dia quando meu filho chegou da escola todo empolgado dizendo que era um ótimo professor. Eu perguntei por quê, e ele respondeu: Mãe sabe aquela minha amiga da escola que eu sempre converso no whatsapp? Eu disse que sim. Ele então continuou: Ela não sabia nada de geografia e a prova dela era hoje, daí eu sentei com ela no recreio e comecei a explicar a matéria e sabe quanto ela conseguiu tirar na prova? 9.0 mãe! Não é demais? Eu sou um ótimo professor!

Muito emocionada e orgulhosa eu disse: Filho, você realmente é um ótimo professor, parabéns por se colocar à disposição em ajudá-la! E sabe de uma coisa? Ela também é uma ótima aluna! Porque só aprende aquele que está disposto a aprender.

Esse exemplo foi apenas uma ilustração para mostrar que não adianta perder tempo com gente tola. Geralmente os tolos não estão abertos para aprender nada que não seja massagem para o seu ego. Não sabem receber críticas, mas criticam o tempo todo. Então não vale a pena dispender energia falando e tentando os convencer com seus argumentos. Eles possuem um bloqueio descomunal, só escutam o que querem e você vai gastar um tempo precioso da sua vida e não surtirá efeito algum.

Não estou dizendo para você desistir dessa pessoa se ela for realmente importante para você, estou dizendo para não forçar a barra. Esse tipo de pessoa precisa estar totalmente envolvida para que você comece a falar sobre um assunto que ela não quer. Não fique dando indiretas, elas odeiam pessoas chatas e você será uma delas se começar a fazer isso. Não comece um assunto importante quando ela estiver fazendo uma coisa que ela gosta, interromper um hobby de um tolo para falar sobre você é tolice.

Fale apenas quando ela estiver com os ouvidos abertos só para você, isso é raro, e pode ser que ela ainda saia e te deixe falando sozinha. E aí? Você acha que vale realmente a pena? O que ela espera de você? Que você se humilhe e fique falando por horas na cabeça dela. E você faz exatamente isso.

Quando você acatar o silêncio como o melhor remédio, talvez, eu disse, talvez, ela sinta que algo esteja diferente e perceba que você não vai mais aturar ignorância ou desamor.

Mas olhe… Eu disse talvez…

*Por Iara Fonseca

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*Fonte: resilienciamag

Vídeo simula impacto de asteroide de 500 Km contra a Terra

Um dos maiores temores da humanidade é que a Terra esteja em rota de colisão com algum asteroide gigante que tenha o potencial de nos aniquilar por completo.

O medo não é de forma alguma infundado: estes monstros existem mesmo no espaço e podem, sim, se chocar contra nós.

Na verdade, a história do nosso planeta é repleta desses impactos. Enquanto ainda estava em formação, a Terra era bombardeada com maior frequência, e acredita-se que a Lua tenha sido formada graças a um destes eventos.

De acordo com o Jet Propulsion Laboratory, da NASA, 556 asteroides pequenos cruzaram a atmosfera de 1994 até 2013.

A maioria deles se desintegra, no entanto alguns conseguem chegar até a superfície e provocar estragos, como o objeto que atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, há dois anos.

Mas o que aconteceria com o nosso planeta se colidisse com um asteroide realmente grande?

O Discovery Channel fez uma simulação que dá uma resposta a esta dúvida.

O vídeo mostra um asteroide com diâmetro de 500 quilômetros (quase a distância de São Paulo a Belo Horizonte) se chocando contra o Oceano Pacífico e produzindo ondas de choque que viajam em velocidades hipersônicas.

Um episódio destes decretaria o fim da vida na Terra. A força do impacto seria tamanha que romperia completamente a crosta terrestre da região, lançando os detritos ao espaço.

Eles entrariam em uma órbita baixa e, conforme fossem caindo, destruiriam toda a superfície.

Como se o cenário não fosse catastrófico o bastante, a destruição não para por aí: uma tempestade de fogo se espalharia pela atmosfera e vaporizaria qualquer forma de vida em seu caminho.

Em apenas um dia, o planeta inteiro se tornaria inabitável.

O mais chocante de tudo é a quantidade de vezes que os cientistas acreditam que tal apocalipse tenha acometido a Terra ao longo de sua história – seis.

*Por Davson Filipe

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*Fonte: realidadesimulada

Japão supera os EUA com supercomputador mais rápido do mundo

Fugaku’ ‘é quase três vezes mais veloz que o norte-americano ‘Summit’

O supercomputador japonês “Fugaku“, desenvolvido pelo instituto público de pesquisas Riken em associação com o grupo de informática Fujitsu, foi considerado o mais rápido do mundo, segundo ranking divulgado pelo Top500.

Com isso, o “Fugaku” ultrapassou o até então líder “Summit”, supercomputador projetado nos Estados Unidos pela IBM e instalado no Laboratório Nacional de Física Nuclear, em Oak Ridge, no Tennessee. O Summit ocupou a primeira posição nas últimas quatro edições do Top500 – os rankings são divulgados duas vezes por ano.

Sobre o “Fugaku”

O supercomputador foi batizado em homenagem ao monte Fuji, também chamado de Fugaku, em japonês. Sua velocidade é aproximadamente 2,8 vezes maior do que a do norte-americano “Summit”. Em comparação, são 415,53 petaflops do “Fugaku” contra 148,6 petaflops do “Summit”. Lembrando que um pentaflop corresponde a um trilhão de operações por segundo.

Por enquanto, o supercomputador japonês ainda não atingiu toda sua capacidade. Espera-se que, até 2021, “Fugaku” atinja 100% de rendimento. Apesar disso, a máquina já está em uso no país, auxiliando em pesquisas sobre o novo coronavírus.

*Por Vinicius Szafran

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*Fonte: ciclovivo

Pessoas que se arrepiam ouvindo música têm cérebro especial

Você já se arrepiou ouvindo uma música? Então saiba que, mais do que sensível, você tem um cérebro especial.
Cientistas de Harvard descobriram que o cérebro de quem se arrepia com canções possui conexões especiais.

Esse tipo de reação física à música acontece apenas com cerca de metade da população.
Os cientistas analisaram o cérebro de 20 voluntários, usando a técnica de ressonância magnética de tensor de difusão, que mostra as conexões entre diferentes regiões do cérebro.

Eles descobriram que os participantes do “grupo do arrepio” tinha mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo e se ligando ao córtex insular anterior e o córtex prefrontal, que processam sentimentos e monitoram emoções.

A conectividade extra desses cérebros provavelmente intensifica a experiência sensorial provocada pela música.

Os pesquisadores não sabem se as pessoas que se arrepiam nascem mais sensíveis ou se é possível desenvolver essas conexões ouvindo e se emocionando com novas músicas.

Orgasmo da pele

A nova descoberta indica para os cientistas que a música deve ter uma função evolutiva.

Se existem conexões cerebrais, passadas de geração em geração, que ligam os receptores de som diretamente ao centro emotivo do cérebro, é porque algum papel ela deve ter para a sobrevivência humana (nem que seja facilitar as relações sociais).
A reação química que temos a uma música emocionante é parecida com o que sentimos em outras tarefas essenciais, como comer, ou fazer sexo: uma injeção de dopamina que percorre o corpo.
Por isso, o arrepio musical é chamado pelos neurocientistas de “orgasmo na pele”.

A pesquisa

Os pesquisadores recrutaram vinte fãs de música: dez que sentem arrepios musicais com frequência e outros dez que nunca passaram pelo fenômeno.
Cada um teve direito a trazer até 5 das suas músicas favoritas: as opções iam desde Coldplay até as sinfonias de Wagner.

Primeiro, eles observaram os efeitos das músicas dentro do laboratório.
Monitoraram os batimentos cardíacos e o suor da pele, que indica excitação (tanto sexual quanto emocional), enquanto os voluntários ouviam só os trechos arrepiantes de cada faixa.
O coração de todos os participantes acelerou, mas a resposta emocional dos participantes que arrepiam foi bem mais intensa.

Outras pesquisas científicas relacionam o arrepio musical a reações de expectativa e surpresa.

As pessoas que escutam as músicas de forma mais “intelectual”, tentando prever os acordes que vem depois, têm mais chances de se arrepiar quando a música não segue suas expectativas.

Por outro lado, quando o compositor cria um crescente musical que culmina em uma nota aguda, o cérebro cria expectativa e tem uma reação de prazer quando o acorde final já esperado finalmente aparece.

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*Fonte: sensivelmente

A estranha história da mulher que tocou violino por 4 anos em uma orquestra que não existia

O técnico de som do estúdio de televisão entrou em pânico.

Com a transmissão ao vivo prestes a começar, ele não conseguia ouvir nenhum dos instrumentos da orquestra que estava prestes a tocar, como parte de um evento de caridade organizado pela rede de televisão americana PBS.

Mas o que parecia uma terrível falha técnica na verdade era algo comum para o conjunto de músicos.

Eles estavam em turnê pelo país fingindo tocar música clássica enquanto uma faixa gravada estava tocando. Já o público pensava que eles estavam tocando ao vivo.

“Essa prova de som nos denunciou, mas ainda estamos no ar”, disse a violinista Jessica Hindman à BBC.

Compositor misterioso

Durante quatro anos, entre 2002 e 2006, Hindman “tocou” o violino com a orquestra em lugares tão diversos quanto shopping centers e grandes auditórios. Eles viajaram pelos Estados Unidos e até visitaram a China.

Ela descreveu sua experiência no livro “Sounds Like Titanic” (Soa como Titanic, em tradução livre), publicado em 2019, que é mais uma biografia do que uma denúncia: o diretor da orquestra que inventou o truque nunca é mencionado, por exemplo.
‘Compositor’ é um personagem complexo no livro de Hindman, no qual ela narra sua passagem pela orquestra falsa (Foto: Getty Images via BBC)

‘Compositor’ é um personagem complexo no livro de Hindman, no qual ela narra sua passagem pela orquestra falsa (Foto: Getty Images via BBC)

No livro, ele aparece como Compositor, um personagem complexo em uma narrativa em que Hindman tenta justificar seus anos de fantasia.

“Tudo se resume ao fato de que eu precisava de dinheiro”, diz ela. “Minha história não era sobre o Compositor.”

“Não havia a necessidade de nomeá-lo, especialmente depois que outros músicos me disseram que ele não era o único a fazer isso (fingir ter músicos tocando ao vivo) dentro da indústria.”

Mudança de carreira

Hindman, que se formou como violinista clássica, já havia desistido de uma carreira musical quando conseguiu um emprego na orquestra de Nova York.
Hindman tinha dois empregos e até vendeu óvulos para morar em Nova York (Foto: Divulgação)

Ela tinha se formado em Estudos sobre Oriente Médio na Universidade Columbia na esperança de se tornar jornalista.

Para cobrir os custos da faculdade e morar em Nova York, uma das cidades mais caras do mundo, ela tinha dois empregos e até vendeu seus óvulos para uma clínica de fertilização.

Em 2002, Hindman tinha 21 anos e procurava um terceiro emprego quando viu um anúncio em um fórum de estudantes na internet.

Eles procuravam violinistas e flautistas para “tocar em uma banda premiada”.

Bom demais para ser verdade

O fato de ter conseguido o emprego sem uma única entrevista e sem tocar uma única nota na frente de alguém a surpreendeu.

“Sim, eu tocava violino e fazia aulas há 13 anos, mas nunca a ponto de fazer isso profissionalmente”, explica.

Mas o pagamento que eles ofereceram dobrou sua renda. E ela sonhava em tocar violino desde a infância.

Até que ela se deu conta de que, como membro dessa orquestra em particular, ela não precisava tocar.

Seu primeiro trabalho, no dia seguinte à sua contratação, foi ajudar nas vendas de CDs durante um show ao ar livre em uma pequena cidade no Estado de New Hampshire.

Os dois músicos responsáveis ​​pela música ao vivo estavam tocando muito alto e perfeito demais pelo que saiu do sistema de som.

“Mesmo com meu treinamento musical, levei um tempo para descobrir o que estava acontecendo”, diz ela.

“O Compositor queria que a música soasse perfeita e que os músicos parecessem jovens e frescos”.

Enquanto isso, os CDs com música do Compositor eram vendidos feito pães quentes.

“As pessoas gostavam muito da música. Sim, elas não ouviam os músicos tocando ao vivo, mas as faixas gravadas eram músicas originais feitas no estúdio por músicos reais”, explica Hindman.

“Isso tinha que ser dito.”

Este é um dos momentos da entrevista em que ela demostra uma certa admiração pelo Compositor.

Hindman acredita que seu empregador prestou um serviço ao levar música clássica para o público que, de outra forma, nunca teria tido acesso a ela.

“O Compositor aproveitou uma lacuna no mercado”, argumenta. “As pessoas que vieram nos ver realmente queriam ouvir música clássica, mas talvez não pudessem pagar os ingressos … ou talvez se sentissem intimidadas pela formalidade dos concertos mais tradicionais.”

É legal

Também é importante observar que não é ilegal usar faixas pré-gravadas — ou reproduzir — em shows. Esse é um recurso que até grandes estrelas da música como Beyoncé às vezes usam durante suas apresentações ao vivo.

Os músicos clássicos também fazem o mesmo: em janeiro de 2009, um grupo liderado pelo aclamado violoncelista Yo-Yo Ma usou uma faixa pré-gravada durante a posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Temia-se que o tempo frio pudesse desafinar ou até danificar os instrumentos.

Ainda assim, Hindman e os outros músicos imitavam regularmente na frente de microfones silenciados. Mas isso teve seu preço.

“Como estávamos apenas imitando os temas, tínhamos tempo para pensar sobre o que estava acontecendo e a falsidade de tudo passava pela minha cabeça”, admite.

“Havia alguns músicos realmente bons que fizeram isso porque tinham dificuldade de encontrar trabalho em outro lugar.”

‘Êxito’

Também não causou problemas de imagem: para as pessoas que moravam em sua pequena cidade natal, na região dos Apalaches, uma das mais desfavorecidas socialmente do país, Hindman havia “triunfado na cidade grande” contra a maré e o vento.

“Meus pais e conhecidos me enviaram mensagens doces ​​dizendo que me viram na televisão e não sabiam dizer o que estava acontecendo. Me senti pressionada a ser vista como um sucesso. De certa forma, isso me fez semelhante ao Compositor.”

E acrescenta: “ele podia compor, mas apenas um pouco. Ainda assim, ele encontrou uma maneira de ter sucesso. Eu fiz o mesmo com o violino.”

Para lidar com as duras horas de trabalho e longas viagens por todo o país, Hindman desenvolveu um vício em cocaína e anfetaminas que contribuíram para a deterioração de sua saúde mental.

Os ataques de pânico se tornaram um companheiro de viagem, até que ela deixou a orquestra e voltou para a casa de seus pais.

Ela tinha 26 anos.

Mais tarde, Hindman conseguiu um emprego como secretária, que também pagava as mensalidades da faculdade para ela.
Segundo Hindman, uma das peças do Compositor ‘pegou emprestado’ passagens da popular canção do filme Titanic (Foto: Getty Images via BBC)

Segundo Hindman, uma das peças do Compositor ‘pegou emprestado’ passagens da popular canção do filme Titanic (Foto: Getty Images via BBC)

Seus estudos em escrita criativa a inspiraram a escrever Soa como Titanic, com base nas reações da plateia a uma das peças do Compositor. Os comentários, ao que parece, não foram equivocados, pois ele “emprestou” trechos da música popular My Heart Will Go On do filme de James Cameron, de 1997, sobre o naufrágio.

Alguns meios de comunicação dos Estados Unidos afirmaram ter identificado o Compositor, mas sua identidade nunca foi confirmada oficialmente.

Embora Hindman tenha entrado em contato com seus ex-colegas enquanto escrevia seu livro, ela nunca mais falou com o Compositor.

“Espero que você concorde com o livro”, diz Hindman, que dá aulas de redação criativa na Northern Kentucky University desde 2014. “Ele não entrou em contato comigo depois que o livro foi publicado, e alguém me disse que ele ainda estava em turnê.”

Mas desta vez, conta ela, parece que seus músicos estão realmente tocando os instrumentos ao vivo.

*Por Fernando Duarte

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*Fonte: epocanegocios

Quentin Tarantino e a fórmula secreta de suas trilhas sonoras

Quentin Tarantino conta que, quando termina um roteiro, vai para sua sala de música. Lá, cercado por sua considerável coleção de discos, escrupulosamente ordenados por estilos, procura faíscas, o elemento catalisador: as canções, as peças instrumentais que acompanharão as sequências. É essencial, claro, a música do início, que determinará a têmpera, a pulsação do filme.

Acompanhado por Mary Ramos, a assessora musical de suas produções, Quentin vai detalhando suas seleções. Atenção: estas não são sugestões, gravações inseridas temporariamente até que um compositor profissional faça seu trabalho ou surja um tema acessível (e barato). Tarantino quer esses títulos e ficará decepcionado se não conseguir os direitos (embora, é claro, tenha alternativas). Musicalmente, é onívoro, por isso não vê inconveniente em usar fundos musicais de outros filmes, como mostra em Era Uma Vez em… Hollywood: uma melodia de Maurice Jarre tirada de Roy Bean – O Homem da Lei, de John Huston. Ou artistas identificados com outros territórios do cinema: aqui recupera I Cantori Moderni di Alessandroni, octeto vocal que colaborou com Ennio Morricone.

Em sua nova obra, o principal fio condutor da música é a estação KHJ, muito popular no período de tempo em que se desenvolve a ação. A chamada “Boss Radio” destacava os sucessos do momento, com a particularidade de adicionar ao Top 100 da Billboard discos apreciados somente na região de Los Angeles e alguns caprichos dos locutores. Pensada para pessoas que se deslocavam de carro, Tarantino coloca assim muito hard rock: Bob Seger, os Box Tops, Mitch Ryder, os primeiros Deep Purple.

A equipe de Tarantino também fez consultas entre os círculos de fãs das ondas médias e localizou 17 horas de gravações da KHJ feitas entre 1968 e 1969: ouvintes que gravaram programas completos, com as apresentações de locutores, a publicidade, o tempo. O diretor decidiu que isso também entraria no filme: ele se lembrou do impacto do LP duplo com as canções de Loucuras de Verão, que incorporaram a voz do bastante lendário Wolfman Jack, que, aliás, aparecia nesse filme de George Lucas.

Tarantino queria ser rigoroso com a cronologia: não há canções posteriores a 1969, embora Lana del Rey e outras estrelas atuais estivessem dispostas a gravar músicas exclusivas para o filme. Também se esquiva de clássicos óbvios: California Dreamin ‘, hino imortalizado por The Mamas & The Papas, está presente, mas na leitura lenta do porto-riquenho José Feliciano. O mesmo acontece com The Circle Game, provavelmente a primeira música assinada por Joni Mitchell transmitida fora do mundo do folk, aqui na versão orquestrada de Buffy Sainte-Marie.

Animam o filme muitos sucessos de grandes figuras (Joe Cocker, Simon & Garfunkel, The Rolling Stones, Aretha Franklin) que não foram lembrados no álbum oficial, editado pela Sony. Pelo contrário, Tarantino se deleita em destacar músicas de Paul Revere & the Raiders, um grupo mais identificado com o som agreste de garagem do noroeste dos Estados Unidos do que com o pop refinado de Los Angeles. É um aceno para quem está por dentro: os Raiders foram produzidos por Terry Melcher, filho de Doris Day, amigo de Charles Manson e inquilino anterior da casa do 10050 Cielo Drive, onde Sharon Tate e seus amigos seriam massacrados.

O segredo de Tarantino como selecionador das músicas é que ele domina o cânone do pop, mas insiste em olhar para fora do comumente aceito. Para a festa na mansão da Playboy, recorre a um grupo comercial esquecido, os Buchanan Brothers, alardeando donjuanismo em Son of a Lovin ‘Man. Redime Los Bravos do injusto rótulo de grupo de um único sucesso ao usar seu lúbrico Bring a Little Lovin’. Até faz referência ao marginalizado movimento chicano de Los Angeles com The Village Callers e sua irresistível Héctor.

Com seu prestígio e seu orçamento, pode-se pensar que Tarantino tem acesso a toda a música que lhe agrade. Mas não. Depois do uso de Stuck in the Middle With You, do Stealers Wheel, em uma cena repugnante de Cães de Aluguel, alguns autores –ou suas gravadoras– querem evitar essas manchas indeléveis. Quentin reconheceu que, para Era Uma Vez em … Hollywood, não conseguiu composições assinadas por Jimmy Webb e Laura Nyro.

Outros não veem nenhum problema em serem associados a momentos de violência. É o caso do grupo Vanilla Fudge, que costumava torturar canções alheias. Chegou a aceitar que Tarantino fizesse uma remontagem de sua You Keep Me Hangin’ On , a serviço das necessidades cinematográficas. Quentin confessa que esta foi uma das tarefas mais agradáveis da pós-produção.

A Caverno dos tesouros

Tarantino se beneficia por morar perto de uma das três lojas da Amoeba Music, fabulosa casa californiana de discos e vídeos (com preços razoáveis!). Localizada na Sunset Boulevard, orgulha-se de ter a maior seleção de música e cinema do mundo. Além de ser cliente regular, Quentin apresentou ali alguns dos seus lançamentos.

*Por Diego A.Manrique

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*Fonte: elpais

A síndrome do pequeno poder: arrogância e cinismo

Abraham Lincoln, 16º Presidente dos Estados Unidos, afirmou “se você quer testar o caráter de um homem, dê-lhe poder.” Essa máxima traz uma intensa relação com a síndrome do pequeno poder, que se expande por meio de suas técnicas de dominação nas relações sociais, causando danos psicológicos e morais nas pessoas e grupos.
O termo síndrome vem do grego “syndromé”, que significa “reunião.” É um conceito utilizado para caracterizar os sintomas que definem alguma doença ou condição. Nesse contexto, a síndrome do pequeno poder se refere às atitudes autoritárias de indivíduos, quando lhes sãos conferidos uma menor parcela de poder, que mesmo assim geram medo e sofrimento em suas vítimas.

Trata-se de um problema psicossocial, sendo que essa síndrome quer controlar a liberdade de outrem, abusando de sua autoridade na convivência humana. Poder é uma palavra que se originou da expressão latina “possum”, que representa “ser capaz de”, um conceito que é aplicado em diversas áreas.

Não é que o poder seja ruim, já que nem todos usam para fins perversos. Mas, na síndrome do pequeno poder ele é usado com soberba por aqueles que possuem chefias em órgãos públicos, empresas, famílias, escolas, igrejas, partidos políticos etc, azedando o relacionamento interpessoal.

Na família tal síndrome exerce a violência doméstica, que desrespeita os direitos fundamentais de mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Isso se deve a concepção patriarcal de que os homens são seres superiores e detêm a força física, econômica e verbal.

É como se o poder fosse uma droga, impulsionando os sujeitos a ficarem mais egoístas, mais cínicos e mais dispostos a praticar atos imorais, uma vez que acreditam que as suas prerrogativas lhes dão o direito de pisar em seus “subordinados”.

Na verdade, os portadores da síndrome do pequeno poder escondem o seu complexo de inferioridade. Essa síndrome não é propriamente uma patologia, contudo, pode provocar um perturbador sentimento de culpa, visto que nenhum ser humano consegue viver desse jeito o tempo todo.

O grande erro está em colocar gente desqualificada em funções de liderança, que utiliza o seu comando para dificultar ou prejudicar a vida dos que se obrigam a conviver com elas por necessidade laboral, financeira e afetiva.

Livrar-se das ações de sujeitos com a síndrome do pequeno poder não é fácil, pois eles fazem qualquer coisa para se manterem nos cargos e ainda não se importam se forem lembrados como maus-caracteres.

Sempre que esses líderes extrapolam os limites do pequeno poder, é porque se tornaram políticos ou executivos, entretanto, continuam indivíduos arrogantes e indiferentes com o bem-estar dos outros e não sentem empatia ou culpa, só que agora ocupam altos cargos públicos ou são CEOs de grandes empresas.

Porém, é como diz o provérbio: “A Justiça tarda, mais não falha” e têm revelado que essas criaturas não dispõem de tanto poder como acreditam. Não é à toa, que ouvimos que determinados fulanos decaíram ou cometeram suicídios por não suportarem a perda do poder.

*Por Jackson César Buonocore

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*Fonte: contioutra

A tentativa de transformar o sofrimento em patologia é o grande marketing da indústria dos psicofármacos

A depressão dá lucro: é o que diz a indústria patologizante que medicaliza o afeto, a tristeza, o sono, os amores, o sentimento de vazio e vende uma ideia de bem-estar, mas que, em algum momento, o sujeito terá que lidar com os sentimentos de uma outra forma.

E medicam tanto que não se tem ânimo para sair de casa, cuidar de si, investir numa relação, fazer rupturas e lidar com perdas. E não se trata aqui de negar que existem casos onde a medicalizacão é necessária.

A sensação de melhora rápida adia aquilo que precisa ser dito e reeditado. Os consultórios, que em um momento de Pandemia foram deslocados, estão vivos (on-line) e repletos de pessoas procurando um lugar de escuta e também de fala para suas dores. Eles estão se dando conta de que não dá para ser forte o tempo todo, solucionar tudo, resolver tudo, não chorar, não sofrer… Perceber que a fragilidade faz parte de nós e, portanto, pedir ajuda não é sinônimo de fracasso.

A tentativa de transformar o sofrimento em patologia é o grande marketing da indústria dos psicofármacos, que vende suas tarjas pretas, que limita o sujeito nas suas possibilidades e saídas para o mal-estar. A ideia do normal e do patológico, precisa ser investigado melhor, assim como uma leitura melhor acima dos diagnósticos e seus efeitos para além das cápsulas.

A psicanálise propõe que o sujeito deprimido volte a fantasiar, faça uma travessia, que facilite o acesso ao imaginário, abrindo espaços para que possa falar das suas dores. Expô-las, ao invés de encobri-las. Todo mundo tem algo a dizer, mesmo que por algum tempo isso não lhe venha à lembrança.

*Por Iza Junqueira Rezende

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*Fonte: revistapazes

Conheça a casa cápsula com energia solar e eólica que pode ser usada como trailer por viajantes

Desenvolvido pela empresa eslovaca Ecocapsule, o modelo de uma pequena residência ecológica está sendo vendida por US$ 90 mil. Abastecida por energia solar ou eólica, ela pode ser utilizada como trailer para viajantes.

Em formato de um ovo, a capsula tem pouco mais de 25 metros quadrados. Pensada para ser ocupada por até duas pessoas, ela possui uma cozinha equipada e um banheiro. Além de um quarto que pode ser transformado em uma sala de estar.

Mini casa moderna e ecológica

O modelo desenvolvido pela Ecocapsule apresenta uma proposta bastante ecológica. Utilizando fontes de energia limpa, ela traz diversos recursos tecnológicos modernos e que visam a sustentabilidade. Tais fatores justificam o valor elevado.

Por exemplo, seu formato oval foi concebido para reter mais calor e há canais para coleta da água da chuva. Bem como, a cápsula possui um sistema próprio para filtrar a água coletada que será utilizada pelos usuários.

A bateria de 9,7 quilowatts pode fornecer energia para o trailer por até quatro dias. Como dito, ela é carregada por meio dos painéis solares de 880 watts instalados no teto ou por turbinas eólicas com capacidade de 750 watts.

Novo nicho de moradia

De acordo com os arquitetos da Ecocapsule, a intenção da casa sustentável é ser uma alternativa para profissionais que realizam trabalhos de campo, como guardas florestais e biólogos. Tal como, uma solução rápida de moradia em casos de emergências.

Entretanto, eles notaram um grande interesse de clientes de alta renda que vivem em regiões metropolitanas como Nova York e o Vale do Silício. Nesse caso, eles enxergam a capsula como uma opção de quarto de hóspedes ou acessório para coberturas de prédio.

Conheça o interior do projeto da Ecocapsule na galeria abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: tecmundo

John Fogerty (Creedence): “eu não vou morrer pelo Donald Trump”

John Fogerty, lendário músico americano e fundador do Creedence Clearwater Revival, não está nem um pouco tranquilo em meio à crise do Coronavírus.

Justamente por isso, o ícone deu uma declaração em que garante que não irá se arriscar e muito menos “morrer pelo Donald Trump“, se referindo por nome ao atual presidente americano. Ele também destacou que “não vai morrer pela economia” e você pode ler tudo que ele falou a seguir (via Rolling Stone):

O Coronavírus é tão real e assustador e ameaçador. Eu ainda não vi uma solução que irá funcionar enquanto procuramos uma vacina. Eu acho que sou mais paciente do que alguns. Eu continuo dizendo à minha família, se fossem leões e tigres andando por aí, você poderia vê-los, então isso te prepara psicologicamente e você percebe que não quer sair e ser imprudente. Toda essa coisa da reabertura é bem assustadora para mim. Eu estou com medo de provavelmente acabarmos andando pra trás. E eu não quero ser o cara que contribui com isso. Você vai a um show com 10 mil pessoas, e aí descobre depois que alguns deles morreram? Eu não acho que nenhum de nós estará realmente pronto até termos uma vacina e as pessoas se sentirem seguras novamente. Eu sou uma pessoa mais velha, e muitas pessoas da minha idade morreram. Talvez algum outro cara ache que é uma boa ideia, mas eu não vou morrer pelo Donald Trump. Eu não vou morrer pela economia. Como você pode ter qualquer tipo de plateia?

John Fogerty e questões sociais

Além de suas visões sobre a pandemia, Fogerty tem se mostrado antenado nas questões raciais. Em um vídeo recente no qual ele toca um clássico de Bill Withers com seus filhos, o músico declarou seu apoio aos manifestantes que tomaram conta dos EUA nos últimos tempos.

Ele ainda deixou bem claro que não se trata de uma questão política, e sim de “direitos humanos” se posicionar em meio a tudo isso. Você pode conferir tudo, inclusive a linda performance em um visual estonteante, por aqui.

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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos